A Escolha escrita por Leticia R


Capítulo 15
Capítulo 15 ♛ Revolta


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas princesas. Antes de qualquer pergunta, peço encarecidamente que leiam a primeira nota do capítulo, ok?
Não tive muito tempo para revisar o capítulo, então me desculpe qualquer errinho.
Um beijo meus amores.



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Leticia, você continua viva?

Olá minhas princesas. Sei que vocês estavam muito preocupadas comigo. Afinal, eu nunca sumi assim, não é? Assim como nunca demorei tanto para postar um novo capitulo, não é? Bom, irei explicar o que aconteceu comigo.

Meus amores, eu passei por pequena crise de falta de criatividade por causa da escola. Ultimamente eu tenho tido muitos trabalhos escolares que acabaram me sobrecarregando muito. Não tenho mais tempo para ler, e muito menos para digitar. O que me deixa absurdamente derrotada. Sei que vocês se irritaram comigo, me mandaram mensagens perguntando se eu estava bem e eu nem acabei respondendo porque eu simplesmente me desliguei do Nyah. Então, eu peço mil desculpas.

O que vai acontecer agora? Bom, eu tentarei postar os capítulos seguindo o mesmo esquema. Talvez, eles demorem um pouquinho mais, afinal, até essa fuzarca de trabalhos escolares acabarem, eu ainda estarei sobrecarregada de tarefas e problemas.

Quero dizer que, Não poderei responder os comentários dos capítulos anteriores. Eu li todos eles meus amores, mas responder cada um deles exige tempo. O tempo que eu não tenho.

Escrevi esse capítulo em partes. Tenho que admitir que demorei duas semanas para completa-lo de tão lotada que eu estava, e estou. Então eu peço desculpas.

As leitoras do Anjo Indomável, não se preocupem. Tentarei escrever o próximo capítulo o mais rápido possível, ok?

Me desculpe por isso minhas princesas. Me desculpem mesmo.

Uma boa leitura ^.^

♛♕♛♕♛

Encarei as flores do jardim...

A maldita manhã... Pensei furiosamente. O outono havia chegado e faltava apenas um dia para o festival. Uma pena que ninguém estava em clima para isso.

Suspirei sentindo a friagem.

Bryan faleceu na terça-feira. Ele conseguiu aguentar três dias, claro que, muito mais do que os medidos estimavam. Diziam que ele estava péssimo no último dia. Um garoto de dezoito anos com aparência de trinta. Seus olhos se incharam, sua pele empalideceu e seus cabelos negros perderam cor. Ele parecia um morto-vivo... Disse o meu pai.

O outono estava carregado de sofrimento para o palácio, e para mim. Duas semanas se passaram, e Bryan, não iria voltar. Estava arrependida desde o dia de sua morte. Meu coração saltava do meu peito assim que lembrava que Bryan foi envenenado. Tentei todo o tipo de consolo, lhe garanto. Mas nada irá me fazer desistir desse sentimento doloroso que eu venho carregando desde a morte dele.

Culpa, por não conhecê-lo. Culpa, por não se importar com ele antes. Dor, por saber que ele está morto.

Sim, eu estava péssima.

No banquinho em que eu relaxava, eu escutava os passarinhos brincando no galho da árvore. Senti uma leve movimentação ao meu lado.

– Alguém já lhe disse que você parece uma camélia amarela?

Virando meu rosto, eu encarei aquelas orbitas azuis e suspirei. Alex estava de camiseta de manga longa da cor preta e calça jeans. Pela a primeira vez, eu o vejo em sua forma mais desleixada possível. Claro que, eu não estava um encanto. Estava com uma camiseta de manga longa de estampa florida. Minha calça jeans era branca e eu usava uma sapatilha qualquer. E sem contar que o meu rosto estava natural. Nada de maquiagem, nada de fingimento.

– Ei, pensei que estava jogando bola com os garotos – Rapidamente, eu me aconcheguei em seus braços.

Alexander colocou suas mãos em volta dos meus ombros e beijou o topo da minha cabeça. Enterrei o meu rosto em sua camisa e inspirei o seu perfume forte e rustico. Ele percebeu o que eu estava fazendo, e sorriu.

– Vou borrifar o meu perfume no seu travesseiro. O que acha?

Sorri para ele.

– Acho perfeito.

A brisa me tocou novamente. Meu corpo estremeceu com esse toque, então, me encolhi no corpo de Alex, que já se arrumava para receber o meu corpo. Sentindo o perfume masculino, e a brisa, eu fechei os olhos na esperança de esquecer um pouco da minha preocupação. E da minha culpa.

– Eu estava vendo a previsão do tempo – Alex sussurrou para não me assustar – É possível que tenha tempestades com raios, relâmpagos e trovões. – Ele acariciou o meu cabelo – Será que hoje... Eu posso dormir com você? Não quero ficar sozinho.

Me apertei ainda mais em seu corpo.

– Dormir comigo? – Eu sorri de olhos fechados – Pode sim.

Ele me abraçou ainda mais forte.

– Minha camélia – Ele sussurrou fracamente.

♕••♛

Naquele momento, eu estava completamente perdida em meus devaneios. Observava o enorme lustre da sala de estar mais próxima da cozinha. Sentindo o cheiro de bolo de laranja, eu levantei o meu queixo e fechei os olhos inspirando o doce perfume adocicado da cozinha.

Escutei alguns passos em minha direção, então, abri meus olhos lentamente. Minha mãe me olhou de canto e se sentou no mesmo sofá acinzentado em que eu me encontrava.

– Gil me disse que você queria falar comigo. – Ela passou a mão em meu cabelo – Não sei se já reparou, mas... O seu cabelo está diferente. Parece que o ruivo está perdendo cor...

– E ele está – Eu respondi rapidamente sem nem mesmo olha-la – Tudo na minha vida está perdendo cor.

America estreitou os olhos para mim e fez uma expressão um tanto raivosa. Talvez o tom que eu havia usado para lhe responder a tenha ofendido. Ou talvez porque a muito tempo eu não tenho me importado muito com ela, ou com o meu pai.

– Está sendo dramática, sabia? Ultimamente eu nem tenho te visto. É como se você não morasse mais nessa casa. O que aconteceu, Katherine? Eu lhe fiz alguma coisa?

Não respondi, apenas observei a porta da cozinha sendo aberta.

– Eu te deixei magoada? – America perguntou novamente - Katherine, eu preciso saber o porquê de toda essa hostilidade.

Assim que a porta da cozinha se abriu, eu fixei meu olhar nas grandes panelas do fogão e nos docinhos na grande mesa. Os cozinheiros mexiam os alimentos da panela com destreza, assim como os confeiteiros, que apertavam levemente o saquinho de chantilly recheando a taça para criar o especial parfait de chocolate. O bolo de laranja também estava sendo recheado. Uma intensa cobertura de chocolate belga. Do jeito que eu gostava...

– Katherine? Você está me escutando?

Joguei a minha cabeça para o lado e virei meus olhos para minha mãe.

– Como ele está? – Eu perguntei baixinho.

Ela suspirou profundamente e fechou brevemente os olhos.

– Dizer que ele está péssimo, é mentira. Ele está acabado, completamente destruído. Já tentei de tudo, nada irá melhorar o seu humor.

– Você deveria conversar com ele, faz muito tempo que eu não vejo vocês conversando.

– Talvez porque nós dois realmente não estamos conversando. – Conclui.

Minha mãe suspirou raivosamente.

– Se você me chamou aqui para descarregar o seu mal humor, pode dar meia volta agora mesmo. Estou tentando manter uma conversa normal, e você está conseguindo me chatear.

Dei de ombros.

– Você sempre está chateada comigo, então, isso não me importa mais.

America cruzou os braços abriu a boca indignada com a minha indisciplina. Por um momento eu pensei que ela iria brigar comigo, mas não, ela apenas virou a cabeça de lado e assentiu para ela mesma.

– O que aconteceu? Vai começar a me condenar também? – Ela, irritada, apontou para mim – Quer saber, eu estou farta desse tratamento hostil que você tem me dado. Não conversa mais comigo, não interage com o seu pai. Sabia que ele está doente? Não, você não sabia.

Bufei de forma rabugenta.

– Pouco me importa. – Respondi baixinho.

Mas ela ouviu...

Levantando firmemente, America me fuzilou com os seus olhos de um jeito tão maldoso quanto o seu próprio temperamento, nesse momento. Não sabia até onde o meu poder de ser irritante chegaria, assim como eu também não sabia até onde a paciência de minha mãe aguentaria.

– Tudo o que o seu pai mais quer, é que você seja feliz Katherine! Se não está feliz agora, é por seus motivos. Não irei mais perder tempo com você. Só espero que pelo menos se desculpe com o seu pai.

Ri de forma irônica.

– Me desculpar com ele? Ele falou coisas horríveis para mim aquele dia, e quer que eu o desculpe. Ele é quem deveria me pedir desculpas.

America bufou.

– Não me faça trata-la como uma criança, Katherine!

Sorri para ela.

– Então não se faça de idiota, mamãe.

Merecia levar um tapa na cara por isso.

♚♔♚♔♚

~ Duas semanas atrás ~

Observei Alexander com os olhos baixos ao meu lado. Azuis, mas não azuis... Mesmo aquele homem frio não conseguindo chorar, ele se sensibilizava por dentro. E aquele homem é o homem que Katherine amava.

Depois de todas aquelas palavras sobre Bryan, eu observei Katherine com olhos repletos de lagrimas cristalinas que se desmanchavam de acordo que rolavam por sua têmpora. Sua boca estava rosada e inchada devido ao choro constante.

– Parece que o tempo irá fechar.

Comentei ao lado de Alexander. Ele suspirou fracamente deixando bem claro o seu nervosismo. Com as mãos no bolso, ele virou seus olhos para mim e abriu a sua boca lentamente.

– Não gosto muito de... Dias assim.

Virei meu rosto para ele.

– Eu também não, mas... A coisas piores, não é?

Alexander assentiu.

Olhando para o céu, eu estreitei os olhos para observar as nuvens acinzentas se agrupando.

– Sabe Alex, e acho que eu nunca perguntei da sua família. Ou perguntei?

Ele abaixou a cabeça.

– Perguntou sim senhor. Lembro que lhe contei sobre meu padrasto e minha mãe.

– Sim... Acho que agora eu me lembro.

O silêncio bateu entre nós dois. Ficamos assim, quietos, enquanto escutávamos a choradeira em volta. O pior de tudo? Bom, já era esperado a ameaça de processo vindo da família de Bryan. A família O'connor nunca iria deixar essa passar. Não que eu gostaria que eles deixassem mas... Tentar extorquir dinheiro é realmente coisa dos O'connor.

– Quando voltarmos para o palácio, quero que me acompanhe até a minha sala.

♔••♚

Deixando a minha sala, e Alex, eu segui até o meu quarto.

Escutei gritos ecoando no ar, e logo, estreitei meus olhos e desentendi. Caminhando apressadamente pelo corredor, eu comecei a ficar aflito. Eram gritos femininos, gritos femininos e ferozes.

Assim que me pegava correndo, eu percebi que o corredor me levava para o meu quarto, ou seja, os gritos vinham diretamente de lá. O susto passou por mim assim que me lembrei de America...

Abri a porta do quarto no solavanco.

– America! – Gritei.

Então, percebi um montinho de cabelos ruivos que se encolhia na parede esmagando o seu corpo. Com o vestido branco, sandalinhas nos pés e mãozinha nos olhos, Katherine se acabava em lagrimas.

Não, não era America, mas sim, Katherine.

– Senhor, Katherine! – Corri até ela e passei minhas mãos sobre os seus ombros nus – O que é isso? O que aconteceu...

Mas assim que fui levanta-la, ela depositou suas pequenas mãos em meu peito e me empurrou com força. Para longe eu fui, e assim, fiquei. Observei aqueles olhos verdes me encararem com horror, com temor. O cabelo ruivo e a sua franja estavam descabelados, sem contar, o vestido de malha fina que se podia enxergar tudo.

– Katherine...?!

Ela voltou a jorrar lagrimas. Seus gemidos abafados pareciam de dor, sofrimento. Como se ela tivesse levado uma facada na barriga, e estivesse ardendo.

Arrumei a minha coluna.

– Katherine, qual é o problema?! Por que me empurrou?! – Perguntei nervoso.

Ela voltou a colocar a mão em seu rosto, escondendo seus olhos de mim. A falta de contato visual estava me deixando irritado, afinal, eu já estava de cara fechada naquele dia por causa do maldito enterro de Bryan, o filho fiel de uma família da religião protestante que nem se dava o trabalho de esconder toda a sua posição burocrática. E para completar o dia, minha filha aos prantos de um desespero sem causa.

– Katherine, por favor... – Levantando o meu corpo completamente, eu a segurei pelos os braços e puxei para cima completamente.

– Não me toque! – Ela gritou furiosa.

Com os olhos em chamas por ser insultado, empurrado e maltratado pela própria filha, empurrei o corpo frágil de Katherine na grande cama e a encarei. Os olhos claros recusavam o meu olhar de todas as formas possíveis, seus olhos cheios de temor, ódio e acima de tudo, de desprezo.

– Qual é problema?! – Perguntei aos berros – Me diga logo, antes que eu perca a minha cabeça.

Ela negou rapidamente e voltou a chorar.

Suspirei profundamente.

– Escutei aqui, eu sei que o dia de hoje não foi bom para ninguém. Merda Katherine, eu estou completamente derrotado. Meu corpo dói e minha cabeça arde de tão nervoso que estou. Estucar o seu maldito choro não é o que eu quero agora.

Ela então, virou seus olhos para mim.

– E manda-lo embora, parece ser o que eu quero agora? – Ela perguntou da forma mais fria que conseguiu.

Abaixei meus olhos e assenti compreendendo.

– Certo, quem te contou? – Perguntei.

Ela abanou a cabeça em discórdia.

– Dane-se quem me contou ou não. Está querendo acabar com a seleção sem o meu consentimento. O que está querendo fazer de mim, a sua boneca?

Bufei para ela.

– Não é esse o ponto.

Ela revirou os olhos.

– Não é o ponto, não é? Por quanto tempo você irá me enganar? O meu próprio pai esconde coisas de mim e ainda exige o meu respeito. Não sou simpática a quem não é simpático a mim.

– Está passando do limite Katherine.

– Já passei do limite a muito tempo, e o que você faz a respeito disso? Me prende nesse maldito palácio na esperança de me deixar eternamente leiga sobre os assuntos exteriores? Eu cansei de ser tratada como uma boneca Maxon – Levantei a sobrancelha assim que ela me chamou pelo nome – Cansei de ser manipulada por você. E cansei de ser sua filha. Eu te odeio. Odeio mais que a minha própria vida.

E nesse momento, eu fui chacoalhado fortemente...

♔••♚

– Maxon! – America gritou para mim.

Assim que abri completamente meus olhos, enxerguei duas orbitas preocupadas. Percebi que eu agarrava os lençóis brancos de tão nervoso que estava. Meu corpo estava suado; sentia as gotas de suor escorrendo pelo meu abdômen e pela minha testa.

– Maxon... – Ela segurou o meu rosto e me encarou preocupada – O que aconteceu? O que você sonhou?

Suspirei nervoso.

– Onde ela está?

– Quem...? Ela quem?

– Katherine, onde está Katherine?

– Ela está no jardim com um dos seleci... Maxon!

E então, atrás dela eu fui.

♛♕♛♕♛

~ Duas semanas depois ~ Dias Atuais ~

Com a cabeça abaixada, eu observava o céu fechar. Sentia as pequenas gotas da chuva se chocarem com o meu cabelo ruivo. Havia cortado ele, afinal, não estava aguentando pentear aquele liso e volumoso cabelo. Então, voltando ao antigo estilo Katherine, ele estava em meus ombros. Poderia até dizer que seu comprimento competia com o próprio de Alexander.

– Irá se molhar – Escutei uma voz me avisando.

Virando meu rosto, vi meu tio Aspen retirando a sua jaqueta preta e colocando-a sobre a minha cabeça na intenção de me proteger dos pinguinhos da chuva. Ele sentou de baixo da árvore assim como eu, e isso, foi reconfortante.

– Será que pode me dizer o que aconteceu entre você e a sua mãe? – Ele perguntou doce – Agora mesmo ela está chorando loucamente enquanto segura uma almoçada laranja e resmunga o seu nome.

Dei de ombros.

– Ela queria que eu lhe contasse a verdade, e foi isso que eu fiz.

Disse retirando a franja dos meus olhos.

– E qual era a verdade? Sobre qual assunto?

Olhei para ele.

– Ela me perguntou se eu estava feliz com a seleção, e eu disse que sim. Então, ela perguntou o porquê. Eu respondi que não era preciso ter uma resposta para isso. Ela me tratou como se eu fosse uma garotinha inocente, e eu xinguei ela.

E então, Aspen gargalhou.

– Você...? Xingou ela?

Assenti.

– E do que você a xingou?

Sorri de canto.

– Perua laranja. – E ele gargalhou ainda mais.

Me senti muito mal depois de dizer essas palavras. Alexander estava me ensinando coisas ordinariamente engraçadas, tinha que admitir. Mas não podia deixar de pensar na minha péssima educação que eu mostrei ao discutir com ela a três dias atrás. “Você não está pronta para sair desse palácio! “Ela disse, e isso, me deixou insana.

– E qual foi o motivo da briga? Quer dizer, o real motivo da briga.

– Minha vida – Ele assentiu – A seleção – Assentiu novamente – Deixe-me pensar... Meu comportamento e... Alexander.

– É mesmo? É o que eles falaram sobre o alemãozinho de fachada?

– Falaram que ele era um homem incrível, porém, reservado demais. Minha mãe não gosta muito de pessoas... sombrias sobre os seus sentimentos.

– Como se o seu pai fosse um livro aberto...

– Bom, você tem razão.

Ele bufou.

– E Maxon? O que aconteceu com vocês?

“Pare de ser assim, eu não aguento esse tratamento. Se você não se importa, pelo menos finja”. Ele disse quando eu o ignorei. Cuspi as palavras, assim como ele também cuspiu suas palavras em mim.

– Ele? Não faz mais diferença.

Meu tio fez biquinho.

– E eu? Eu ainda faço diferença? – Ele perguntou curioso.

Assenti muitas vezes.

– Mas é claro que faz. Se não fizesse, eu nem estaria conversando com você.

Senti os braços do meu tio envolvendo a minha cintura. Coloquei a minha cabeça em seu ombro e fechei meus olhos sentindo a ventania. Inspirei o cheiro de grama molhada e o perfume do jasmim ao nosso lado.

– Sabe por que eles não compreendem mais você? – Ele perguntou rapidamente. Sacudi a cabeça em negação – Você amadureceu rápido demais. Pelo menos, nesse ano, você acabou mudando toda a sua opinião e conceitos. Irá demorar um pouco para que eles lidem com isso.

– Para quem escutou uma longa conversa sobre o meu caráter e sobre a minha inocência. Já estava na hora de mudar de opinião. Você não disse que eu precisava crescer, bom, eu fiz tudo o que pude. Li livros, estudei os fatos e olhe para mim. Gostaria que meu pai e minha mãe me olhassem como uma mulher e não como uma garota.

Meu tio beijou o meu cabelo.

– Um dia eles irão acordar e perceber que a princesa deles desabrochou e se tornou uma mulher inteligente. E esse dia só chegará quando você estiver vestindo um vestido branco prestes a se casar. Até lá, você não passará de um bebezinho que deve ser protegido e aprisionado nesse palácio.

– Por isso brigamos tio, não aguento mais aqueles dois me dizendo o que eu devo fazer. Nunca pensei que iria discutir com a minha mãe, mas... Sabe? Parece que meu pai conseguiu manipular a cabeça dela também.

Meu tio assentiu.

– Maxon tem uma boa oratória. E ele é o mestre na manipulação mental.

– Talvez...

Fiquei ali com meu tio até a noite chegar.

♚♔♚♔♚

– Já chega, eu tenho que contar a ela.

Maxon segurou o meu corpo e me puxou para os seus braços me prendendo. Tentei me soltar dele, mas foi em vão. Já relaxada, eu suspirei fortemente e sentei na poltrona próxima de mim e da lareira. Agarrei o bule de chá e servi uma xícara cheia de hortelã com abacaxi.

– Não pode dizer a ela, se ela souber, ficará furiosa. Por isso, temos que ter certeza que Alexander não é um deles ou... Se os outros selecionados, também não são.

Cruzei meus braços nervoso.

– Alexander não é um deles, não tem como Maxon. Se ele fosse um nortista ou sulista renegado, não iria se arriscar tanto ficando perto de nossa filha. Katherine está apaixonada por aquele homem e eu sei disso, vejo nos olhos dela. E Alex... Ele também a ama. Estou dizendo Maxon, ele será o escolhido.

Sacudindo as mãos, Maxon negou.

– Está muito cedo para decidir alguma coisa.

– Tem razão mas... E a Elite? Ela deve escolher os mais próximos dela para chegar a essa categoria.

Então, ele negou.

– Acredite em mim minha querida, não haverá elite porque não existirá mais seleção. Ela não entende, e nunca intenderá.

Estreitei os olhos.

– Ela irá entender. Sei que ela pensa que nós a tratamos como uma criança, e que ela está furiosa por nunca sair deste palácio. Mas Maxon, imagine o que ela irá fazer quando ela descobrir que essa seleção foi usada para descobrir clãs inimigos...

Nesse momento, escutei outra voz.

– Se ela descobrir que a Seleção foi praticamente uma armação, ela nunca perdoará nenhum de nós – E então, Aspen se sentou ao meu lado – Katherine está em um período frágil de autoafirmação e descobrimento de seu próprio caráter. Ela nunca irá nos perdoar.

Coloquei minha mão no braço de Aspen e supliquei.

– Por favor Aspen, me diga que conversou com ela.

Ele assentiu.

– Conversei sim, mas a nossa conversa não foi das mais agradáveis que já tivemos. Ela está um tanto fria, não? Depois que Bryan faleceu, Katherine entrou em uma crise existencial, e claro que, isso envolve todos os seus sentimentos e desejos.

Aspen virou seus olhos para Maxon.

– Ela quer sair desse palácio, mas ao mesmo tempo quer ficar porque Alex está aqui e vocês também estão. Ela se culpa por nunca se importar com Bryan, o garoto que ela nem se deu o trabalho de conhecer. Ela sofre por causa do sentimento de luto, afinal, Katherine nunca chegou a presenciar a morte de alguém, então... É obvio que ela está arisca e deprimida. Muitas coisas aconteceram a ela nesse meio tempo. Katherine só precisa de espaço.

Maxon assentiu.

– Estava pensando em... Deixa-la escolher. Sair, ou ficar. Queria poder dar liberdade a ela mas... Como poderei Aspen? O que a aguarda lá fora? – Maxon passou sua mão no rosto e apertou seus olhos fortemente – Acha que eles viriam atrás dela?

Era minha vez de falar...

– Certo, primeiro vamos nos concentrar na coroa. Ela está escondida não está? Não tem como a acharem, não é?

– Não tem como encontrarem a coroa, ela está... Muito bem guardada. – Aspen lançou um olhar calmo para Maxon.

Observei os dois homens.

– Vocês realmente não irão me contar aonde guardaram a coroa, não é?

Eles ficaram quietos.

– Pois muito bem... – Mexi meu corpo na poltrona – Então, recapitulando, por que escondemos a coroa?

– Evitar que rebeldes a vedam ou que a usem para nos chantagear. Afinal, aquela coroa é o troféu para a fortuna. Já que os rebeldes renegados não ficaram com nada.

– Certo, passando para a seleção. Maxon, iremos cancela-la? Porque... Se nós fizermos isso, Katherine nunca irá nos perdoar por fazer com que Alexander vá embora. Não quero a minha filha triste, então, porque não deixamos Alex aqui no palácio enquanto mandamos os outros embora.

Aspen tossiu levemente.

– Minha garganta está péssima. Mas enfim, se mandarmos os selecionados embora, suas famílias irão exigir explicações, já que, como toda a seleção, nós temos o dever de finaliza-la com a elite. E se não chegar a essa fase da seleção, teremos que remunerar todas as famílias.

– Correto. – Maxon disse – Mas eu ainda quero cancela-la... – Ele resmungou a última parte.

Suspirei e tomei um gole de meu chá.

– E Katherine, onde se encaixa? Ela quer sair do palácio Maxon, mas se ela sair... Coisas ruins acontecerão a ela. E também, estamos esquecendo o misterioso homem que possivelmente esteja atrás dela para nos atingir. Estamos esquecendo de Bryan também, ele foi morto por envenenamento e o nosso palpite é que, o homem que mexeu com a Katherine, provavelmente seja o mesmo homem que envenenou Bryan.

Aspen maneou um pouco a cabeça.

– Mas, não quer dizer que um dos selecionados o tenha envenenado. Vejam bem, é muito fácil mandar um aliado jovem para fazer o trabalho sujo. O que impede um dos selecionados de envenenar Bryan no momento de distração. Nada, nada o impede. Temos que considerar essa teoria.

Assenti concordando.

– E Alexander? Ele é confiável? Quer dizer, sei o que ele sente pela Katherine, mas realmente podemos confiar nele?

Aspen assentiu.

– Tenho certeza que podemos confiar em Alexander. Ele é um homem sério e as vezes frio, mas entre os outros é o mais responsável e engenhoso. Enquanto o resto é um bando de moleques, ele é um... Homem.

Maxon então, levantou a voz.

– Então, parece que sabemos exatamente o que fazer.

♛♕♛♕♛

Caminhando pelo corredor, eu escutei os risos dos selecionados. Me retrai na parede na esperança de evitar o encontro de algum dos garotos. Escutei um nome sendo chamado.

~ Ei, Alex! O que está fazendo ai? Venha, elas chegaram.

Não identifiquei aquela voz, mas pude escutar muito bem a quem aquela voz chamava. Alexander, elas chegaram... Elas quem? Quem chegou?

~ Já estou indo, só um minuto.

O vão do corredor era o meu desafio. No outro corredor, Alex e os outros se encontravam, já eu, estava caminhando a fim de chegar ao jardim. Era onze e meia da noite, os guardas param de me perturbar assim que eu havia peitado cada um deles. Me deixavam passar sempre, não importava o lugar ou a hora, sempre me deixavam passar.

Apenas um lugar que eu não podia cruzar...

~ Alexander, venha logo!

Parei abruptamente assim que vi a sombra de Alex. O vão que levava para o corredor esquerdo tinha um fácil acesso, então, para cruza-lo, eu só precisaria caminhar pelo o espaço vazio do pequeno e estreito corredorzinho, e eu chegaria a Alexander no próximo corredor.

~ Merda, já estou indo.

E então, ele foi. Alexander passou pelo o corredor e eu pude o observa-lo. Os selecionados não usavam seus ternos habituais como antes. Na verdade, depois da morte de Bryan, os selecionados... Se largaram. Alexander também não foi muito diferente.

Depois de Alexander passar, eu corri para os jardins e observei as estrelas. A luz fraca da noite e a falta de luminosidade do jardim deixava tudo mais acolhedor.

Sentando-me na grama, eu suspirei ao observar o céu estrelado.

♛♕♛♕♛

Alexander estava um tanto entediado. Afinal, ele não estava com Katherine e nem com Mark, e isso o deixaria aborrecido. Um bando de idiotas fazendo coisas idiotas em uma noite idiota. Raio que o parta o anfitrião dessa palhaçada...

– Muito bem, aqui estão elas! – Jack disse retirando o uski e a vodka de dentro de uma caixa de papelão.

– Senhor! Onde conseguiu isso?! – Jace perguntou incrédulo.

Jack sorriu orgulhoso para ele.

– Tenho meus contatos aqui nesse palácio, sabe? – Ele agarrou a vocdka e se preparou para abri-la – E também, não me custou nada.

Erick riu.

– Não custou nada? Eu duvido disso. Fale logo quem é o seu fornecedor.

Erick era um homem difícil. Seu temperamento era ousado e muitas vezes sombrio. Alex tinha suas suspeitas que ele era algum rebelde, mas acabou descartando essa suposição assim que percebeu que ele não passava de um homem infeliz com sua vida.

– Tudo bem, mas não contem a ele que eu contei – Ele olhou bem para nossos olhos – Oscar conseguiu para mim.

E nesse momento, Alex se assustou. Carter estava no canto da parede, olhando para ele. Nos olhos de Carter, se passava uma certa desconfiança, assim como o do próprio Dupke. Virando o seu rosto para os outros garotos ao seu lado, Alex procurou por Oscar e Albert. Eles não estavam lá.

– Será que iremos ser pegos? – Ethan perguntou atrás de Alexander.

Jordan cochichou algo com ele, mas Alex não fez questão de ouvir o que era. Observando a sala, ele arrastou seus olhos na esperança de encontrar Mark, mas também não o encontrou.

– Viram Mark? – Alex perguntou para alguns garotos do seu lado.

Não, eles não viram Mark.

♕••♛

Correndo rapidamente pelos corredores, Alex alcançava a escada que o levaria ao terraço. Sim, ele estava desesperado. Mark, Albert e Oscar eram os únicos homens que não estavam presentes no salão dos homens, e isso era suspeito.

Agarrando o corrimão, ele correu para a escada subindo dois degraus de uma vez. Sentiu que sua testa suava freneticamente por causa disso.

Vodka, Uski... Desgraçados... Alexander pensou. Ele sabia o que Albert e Oscar estavam fazendo. Era uma distração, uma distração para conseguirem pegar a coroa!

Chegando na porta do terraço, um chute violento foi escutado. Alexander havia chutado a porta com tanta força que se duvidasse, ele teria a quebrado. E lá estavam eles...

– Alexander? – Albert perguntou parecendo um tanto surpreso – O que está fazendo aqui?

E então, Alex viu. Mark estava encostado na parede de pedra com seu nariz sangrando. Seus olhos não conseguiam ficar abertos, eles levemente se fechavam, como se estivessem cansados. Uma raiva irradiou do corpo de Alex, fazendo-o assim, começar a retirar o seu suéter acinzentado que ele havia posto no momento em que o frio o atacou.

Mas agora, o frio não interessava mais...

– A semanas eu vigio vocês dois – A camiseta de manga longa preta ficou a vista – E eu sei exatamente o que vocês pretendem e para quem trabalham. – Alexander jogou seu suéter no chão.

– Sabe? – Oscar perguntou.

Albert levantou a mão, tendo assim, a atenção de Alex.

– Então você é o filho do Dante? – Ele zombou – Meu deus, não pode estar falando sério. Cian disse que o nome do filho de Dante era Diego. Procurei esse otário por dias, e adivinhe só, não existia nenhum Diego. Então quer dizer que Alexander Dupke na verdade é Diego Dummer.

Ele gargalhou.

– O que fizeram com Mark? – Alex perguntou.

Oscar sorriu.

– Ele irá acordar, talvez amanhã ele já esteja bom de novo.

Alexander apertou os punhos.

E por um momento, ele perdeu a cabeça.

♛♕♛♕♛

Retirei a minha roupa e fiquei apenas de calcinha e sutiã. Me olhando no espelho, eu me avaliei. Meus seios não eram grandes, na verdade, eles eram pequeninos.

Suspirei tristonha.

– Malditos seios – Disse para mim mesma.

Agarrei o meu roupão azul e o coloquei.

Nesse momento, escutei um solavanco em minha porta. Olhei assustada para ela, já cobrindo o meu corpo. Avistei Alexander transpirando e com a roupa suja de sangue. Soltei meus braços assim que ele colidiu com o chão.

– Alex! – Gritei rouca.

Correndo até ele, eu segurei os seus braços tentando o levantar. Mas foi em vão. Alexander era muito mais pesado do que eu, e eu... Bem, o que eu conseguiria levantar? Nada.

– Alex, levante! – Eu gritava para ele – Meu deus, o que aconteceu?! – Senti algumas lagrimas escorrendo.

– Katherine, meu estomago... – Ele resmungou.

Com os olhos aflitos, eu consegui deixar Alexander de pé, e assim, pude observa-lo. Toda a sua camiseta preta estava manchada de sangue; seus punhos estavam encharcados de sangue assim como a sua têmpora esquerda estava manchada sangue. A repetição da palavra sangue era frequente em minha mente. Eu não conseguia enxergar nada mais do que o sangue, sangue, sangue e sangue...

– Senhor... – As minhas mãos também estavam sujas de sangue.

Alexander tombou na parede. Ele respirava fundo por causa da falta de ar que sentia. Ele olhou para mim com medo, seus olhos eram de puro susto, assim como os meus.

Não poderia leva-lo ao meu pai, ele iria exigir explicações que, pelos olhos de Alex, ele não gostaria de dar a ninguém. Então comecei a pensar em maneiras de resolver esse pequeno problema, e sim, eu consegui pensar.

Puxando as mãos de Alex, eu o trouxe comigo. Entrando no banheiro eu virei meus olhos para a banheira e para o box. Deixando o homem ensanguentado encostado na parede, eu corri para a banheira e abri todas as torneiras. Virei para o lado direito e abri a ducha do box regulando a temperatura da água.

Virei meus olhos para Alex, e caminhei lentamente até ele. Olhando para mim, ele estreitou os olhos e jogou a cabeça e seus braços para trás, me permitindo fazer o que eu gostaria.

Comecei com a sua calça. Abrindo o botão que me levaria a cueca. Nesse momento, eu olhei para ele e observei seus olhos derrotados em mim, ele assentiu para mim me fazendo continuar o que eu estava fazendo.

Passei meus dedos sobre sua camiseta preta; senti uma certa resistência da parte dele ao me dar liberdade de retira-la. Mas mesmo assim, eu fiz.

– Espere, calma... – Ele disse.

Encostei meus dedos em sua barriga e puxei a camiseta preta. E agora, eu entendia porque ele não queria que eu retirasse.

Alexander tinha duas marcas em seu pescoço. Uma cicatriz do lado esquerdo que era realmente uma cicatriz talhada, e uma marquinha do lado direito que se parecia apenas com uma marca de nascença. Mas assim que eu retirei a sua camiseta, eu percebi que não era apenas uma pequena cicatriz, assim como não era apenas uma marquinha de nascença.

Alexander tinha todo o corpo todo talhado. Das costas ao abdômen era completamente revestido por cicatrizes pesadas a leves. Mas não foi apenas isso que me assustou. Ele tinha uma tatuagem no tórax, uma tatuagem que no começo eu não compreendi, mas assim que virei meu rosto, eu arregalei meus olhos.

Era uma camélia preta e branca...

Uma camélia tatuada bem em cima do seu coração. Alexander não tirava seus olhos de mim, talvez ele estivesse me observando a fim de encontrar alguma reação exagerada da minha parte. Bem, talvez ele encontrasse...

– O que aconteceu com você? – Eu perguntei olhando para os seus olhos.

Ele abaixou a cabeça.

Percebi que ele não queria conversar, então, continuei a despi-lo para assim, empurra-lo para o box e limpar toda aquela sujeira. Voltei a atenção para a sua calça. A puxei para baixo e observei que o sangue se arrastava para a sua virilha. Encarei ele.

– Tire a cueca e entre no box.

Sim, eu estava brava. O que era aquilo? Aquelas cicatrizes, a tatuagem... Tudo bem que, a tatuagem eu até entendia o porquê. Mas ele nunca havia me contado que tinha uma. E eu, estava muito, mais muito brava com ele.

Pelo espelho, eu observei Alexander se desfazendo de sua cueca, e obviamente, fechei meus olhos assim que ele não continha mais nenhuma peça de roupa.

Mas o que adiantaria fechar os olhos? Eu teria que dar banho nele de toda a forma..

Alexander nem conseguia se manter em pé. Ele estava com alguns hematomas pelo corpo, que para mim pareciam marcas de socos. Suas cicatrizes ardiam, eu pude perceber isso. Ele estava suado e cansado, e nem conseguia manter seus olhos abertos.

Virei meus olhos para ele e encarei seus olhos, mas depois, fui obrigada a abaixa-los. Sim, é claro que eu encarei e analisei. Não era mais uma garota envergonhada, agora, eu era uma garota que precisava fazer porque tinha que fazer.

E Alex, era o problema que tinha que concertar...

♕••♛

E lá estávamos nós. Alexander estava na banheira com a cabeça tombada em minhas mãos, enquanto eu massageava seus cabelos com o shampoo de camomila. Depois da ducha, Alexander se desfez da tinta vermelha que escorria por seu corpo. Mas ele ainda tinha marcas. Hematomas. Machucados. E Cicatrizes.

Ele suspirava de vez em quando. E isso me deixava muito feliz, afinal, significava que ele estava mais aliviado, e isso também me aliviava. Arrisquei fazer perguntas a ele, mas não adiantou nada. Ele não respondia nenhuma delas. E quando eu lavei a parte de sua virilha, ele me encarou com o rosto vermelho. E eu o encarei ruborizada.

– Eu tenho que buscar o seu pijama. – Disse baixinho a ele – Vou conversar com o meu pai, pedirei a ele alguns calmantes e anti-inflamatórios. Irei dizer que são para mim.

Alex soltou um resmungo.

– Pensei que estivesse brigada com o seu pai. – Ele sussurrou tão baixo que eu tive que raciocinar para compreender.

– Eu estou, mas não vou te deixar assim. Não posso te deixar assim...

Ele suspirou.

Será uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

Só treta HSAHSHSH Meus amores, se eu não receber no minimo 12 comentários, eu me suicido. Nossa, calma, não vou fazer isso. SHAHSAHSHA Mas eu preciso de comentários, se não a minha crise irá voltar.
Lembrando que, esse foi o maior capítulo da fanfic. E claro, existem muitas perguntas a serem esclarecidas, não é? Então, aguardem.
Um beijo minhas camélias.
Leticia R.