A Escolha escrita por Leticia R


Capítulo 14
Capítulo 14 ♛ Promiscuidade


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas! Cá estou eu, com um enormeeee capítulo. Então, eu realmente espero muitos comentários por ele. ~ Principalmente por uma cena, em especial... ~
Queria agradecer a minha diva: Juliana Di Angelo. Obrigada por recomendar a fic meu amor, eu amei muito!
Boa leitura meus amores!



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Importante minhas princesas!

Coisas que vocês me pedem, e eu concedo.

Ultimamente, eu tenho recebido muitos pedidos de P.O.V com os personagens originais da Seleção. Por isso, eu decidi implantar alguns pequenos P.O.V da America, Maxon e Aspen ~ Começaremos com eles, de início ~ Então por isso eu pensei:

Para não nos confundirmos com o narrador presente naquele determinado momento da fic, pensei em diferenciar a forma que eu separo todos os tipos de narração.

Vocês podem observar que:

♛♕♛♕♛ - A rainha branca e negra, diferenciam na mudança de narrador. Ou seja, as coroas aparecem quando o narrador muda de 1ª pessoa a 3ª pessoa, ou vise versa.

♕••♛ - As duas rainhas com os pontos presentes no meio, demostram a troca de cenário. Ou seja, o narrador continuará o mesmo.

Mas agora, vou mostrar como os P.O.V irão aparecer (Para os outros personagens):

♚♔♚♔♚ - O rei e a rainha serão a troca de narração dos novos P.O.V (Continua a mesma ideia dos anteriores).

♔••♚ - Troca de cenário para os novos P.O.V (Não se altera ao anterior).

Como eu disse, são pequenos P.O.V, normalmente eles aparecerão apenas para enfeitar e mostrar um pouquinho da vida do Maxon e da America. Eles serão bem pequeninos.

E agora, o segundo recado.

Anjo Indomável – A minha nova história original.

Aposto que vocês devem estar se perguntando: “Cara, porque ela está fazendo propaganda da outra história dela?”

Eu explico...

Porque haverá momentos na fanfic ~ Está daqui, A Escolha ~ Em que eu irei citar acontecimentos da história “Anjo Indomável”. Vocês lembram do suposto livro que eu criei sobre a Vilma Rowling e Alexander Moore? Bom, eu decidi criar uma história sobre a filha deles. Então, para as garotas que ficarem interessadas na história ~ Que evidentemente eu irei citar aqui ~ É só clicar no link.

Bom, acho que é isso minhas princesas!

Estão liberadas!

♛♕♛♕♛

Encarei os seus olhos...

– O-o que? – Perguntei jorrando lagrimas.

Alex maneou levemente a cabeça e agarrou meus ombros. Suas mãos apertaram fortemente meus ombros cansados. Ele estava jogando o seu peso para cima de mim, e eu não estava conseguindo suportar...

– Alex...? – Sussurrei perdendo o foco.

Os olhos de Alexander estavam sombrios, suas mãos me machucavam e eu me sentia tão... Violada. A forma que suas mãos se prendiam em meu corpo e a forma que ele olhava para mim estava-me assustando tanto que...

Ele me largou rapidamente...

– Eu não posso continuar com essa mentira. Eu preciso sair e deixar você, eu não posso... – Alex negou levemente com a cabeça abaixada – Eu não posso monopolizar você e te comparar com ela... Eu não aguento mais essa pressão. Eu quero sair!

Olhei interrogativa para ele. Sua cabeça abaixada estava me preocupando. Alexander raramente abaixa a cabeça... Tudo o que eu gostaria era entende-lo era... Interpreta-lo, como um livro. Mas Alex não deixava, ele não deixava ser lido.

– Kat eu apenas... Não posso mais fingir ser o homem que você pensa que eu sou... Eu, não sei mais o que fazer.

Eu olhei para a porta atrás de nós. O vazio de seu quarto era peculiar. Passando por todas as portas do palácio, o quarto de Alexander era o único que estava da mesma forma, todos os dias. Não que os outros não fossem iguais. Mas o problema era ele. Alex se definia em uma palavra muito meticulosa: Perfeccionista. Não era fato para ninguém, afinal, bastava olhar no fundo de seus olhos e perceber a imensa magia de “Consigo fazer tudo”. Cômoda arrumada, sapatos bem limpos e enfileirados por cores escuras a claras, toalhas para o banho depositadas lindamente em umas das cadeiras inúteis de seu quarto, e claro, ternos arrumados e esticados no grande cabideiro para terno. Seda, linho...

Saindo de meus devaneios, eu olhei novamente para Alexander.

– Você está sendo prepotente.

Não retornando meu olhar, Alex observava o corredor. Virando meu roso, percebi os olhos de meu tio se curvarem e saudarem a minha presença. Os raios de sol tocavam meus pés, fazendo meu corpo se esquentar e aproveitar o momento matinal de último dia de verão. Os olhos verdes de meu tio rodaram por todo o corredor me causando uma leve irritação. A quanto tempo ele está ai? Talvez desde o momento que Alexander me puxou para um abraço e disse aquelas malditas palavras. “Quero sair da seleção”.

Seguindo até nós, o caminhar de meu tio era, cordial. Afinal, um rei deve saber se comportar, mas claro, Aspen não era um rei. Mas teria jeito como um. Alexander estufou o peito e saudou o homem que o fintava tão cautelosamente quanto os próprios passos.

– Alexander – Meu tio o chamou – Posso conversar com você?

Certo, ele não foi nada cortês ao perguntar isso.

Olhando brevemente para mim, Alex se descolocou de seu quarto e foi até o encontro de Aspen. O mesmo, olhou para meus olhos sorrindo e então disse:

– Kat querida, porque não volta para o seu quarto? Irei falar com você depois.

Nem respondi, e eles já tinham saído...

♛♕♛♕♛

– E por que está aqui? Pelo o que eu saiba, você não parece gostar muito de mim.

Com os olhos apertados, Aspen suspirou lentamente fazendo questão de que, Alexander conseguisse observar o seu desafeto perante a ele. Entretanto, não era apenas a desafeição que Aspen queria mostrar ao rapaz a sua frente, mas sim, um pouco de tolerância e gratidão.

– Quero agradecer a você, talvez ele nunca teria mudado se não fosse por sua causa.

Alexander, ainda não muito desperto por aquela frase abrupta que dera a princesa, sentiu um leve desentendimento daquele “obrigada”. Estralando os dedos, Alex olhou em volta do corredor, e depois, pairou os olhos sobre Aspen.

– O que quer dizer com isso?

Aspen sorriu fracamente.

– Se Nicholas e você nunca tivessem brigado naquele dia, talvez ele seria pior do que já é.

Então, Alexander entendeu tudo: Ou talvez você apenas seja um conhecido do meu filho...”. Sim, Alex havia se esquecido desse garoto. Logo depois da pequena pausa para recordar-se, Alex reparou que não era exatamente sobre Nicholas que Aspen gostaria de falar, mas sim, outros assuntos.

– Certo, escute. – Começou Alexander – Posso ver que não está aqui para falar de Nicholas. Então, por que não me diz logo o que quer? – Rudemente ele perguntou.

Aspen respirou fundo.

– Bryan, um dos selecionados foi envenenado. – Alexander arqueou a sobrancelha. – E acabei de ser informado de que Dante, outro selecionado pediu a saída do palácio.

Ainda em choque, Alexander engoliu a saliva e piscou repetidas vezes para Aspen na esperança de encontrar alguma mentira em suas palavras bravias. Mas não, ele não encontrou nenhuma mentira.

Os olhos azuis olharam para a grande pantográfica aos fundos do corredor. Em todos os andares, uma enorme pantográfica decorava as paredes refinadas do palácio. A janela era tão larga, que Alexander conseguia observar os arbustos e árvores recheados de diversas camélias de cores alegres. Conseguia observar o boldo que crescia perto o guaco e do capim limão com tanta suavidade, quanto a própria camélia.

O momento de sensibilidade passou Alexander.

– Ele foi envenenado pelo o que?

Aspen abaixou os olhos.

– Mamona.

Colocando a mão no estomago, Alexander pensou em vomitar. Sentiu uma terrível dor coração por Bryan. Observando novamente a pantográfica e fora dela as preciosas camélias, Alex suspirou ao se lembrar que a mamona não era cultivada em Illéa.

Abaixando a cabeça, Alexander disse:

– Resina... Basta uma pequena semente para fazer o pior. Bryan vai morrer, mas aposto que você já sabia disso.

Aspen concordou.

– Você estar se perguntando o porquê eu vim até você, bem... Katherine confia em você. Se ela confia em você, eu também confio. Sei que existe problemas entre você e o meu filho, afinal, obriguei ele a me contar toda a história de vocês dois. Sinto muito pela Margo.

Alexander assentiu.

– Aposto que você a amava muito para..., bem, bater no meu filho.

Alexander assentiu, então, abriu a boca:

– Isso foi a anos. A última vez que vi Nicholas, ele estava importunando alguns garotos do fundamental. Era algum tipo de aposta, não sei... Tive que pagar para os garotinhos o dinheiro que seu filho roubou deles. Ainda quero o meu ressarcimento.

Aspen riu.

– E por isso, lhe darei meu ressarcimento – Os olhos verdes de Aspen se fecharam por um breve momento – Se Katherine escolher você, eu irei te dar todo o apoio do mundo.

Alexander já havia escutado essa mesma frase antes...

– Esse é o meu ressarcimento? Uma aprovação? Seu filho deve muito dinheiro para mim. Talvez o reembolso seja melhor que um ressarcimento.

Aspen sorriu novamente.

– Deveria estar feliz, afinal, conseguir minha aprovação é algo muito, mais muito difícil. – Alexander sorriu de canto – Mas não, considere a minha aprovação como um extra. O meu verdadeiro ressarcimento será outra coisa, uma coisa bem melhor.

Alex assentiu ironicamente e perguntou:

– Certo, e qual será esse seu... “ressarcimento”? – Ele perguntou debochado.

Aspe sorriu.

– Não se preocupe, o seu ressarcimento virá na hora em você mais precisar. Basta pedi-lo para mim.

Alexander sorriu fraco.

♛♕♛♕♛

– Me desculpe princesa Katherine. Agora que Bryan foi... Eu não posso mais continuar aqui, estou com medo de que aconteça alguma coisa e eu... Não posso, me perdoe.

Dante dizia as palavras com lagrimas nos olhos. Suas mãos tremiam nervosamente assim como seus dentes que se batiam fortemente. O jeito que ele olhava para os corredores me deixavam cada vez mais amedrontada.

– Eu entendo Dante, sei que a notícia não foi nada afável, afinal, Bryan era muito querido para você, e para nós. Não posso obriga-lo a ficar, então, irei providenciar tudo para que o seu retorno seja o mais agradável possível.

Dante sorriu nervosamente para mim.

– Obrigado.

♕••♛

Andando rapidamente pelos corredores, eu senti meus olhos lagrimejarem. Bryan iria morrer, e todos sabiam disso. A minha vida estava se tornando um inferno desde que a seleção havia se iniciado. Por um momento eu pensei: Quero voltar no tempo...

Abaixando o rosto e apertando os passos, eu corria a fim de chegar ao meu quarto e me trancar. Pensei em correr para os braços de Alex, afinal, ele era o único homem que não poderia deixar essa seleção. Passei as mãos no meu rosto e senti uma pancada de frente.

– Vem cá – Disse a voz grave e masculina.

Abrindo os olhos e levantando meu rosto, observei Alexander, com o seu terno acinzentado e sua gravata magenta me puxar para a sala de música. Senti uma das alcinhas do meu vestido preto cair pelo meu ombro, me deixando insegura.

Assim que as portas foram abertas, Alex correu comigo para dentro. Deixando-me um pouco sozinha, ele chegou até a grande porta e a trancou com a própria chave embutida nela. Ele se aproximou de mim...

– Não chore, por favor... Não me faça chorar também. – Disse ele.

Meus olhos e meus lábios inchados. Meu rosto pálido e minhas maças do rosto com finos traços de rubor. Minha roupa pesada e minhas sandálias finas. Eu queria tirar tudo aquilo, mesmo que se fosse na frente dele.

– Ele vai morrer Alex, Bryan vai morrer porque não existe cura... Resina mata Alex, eu não sei o que fazer – Me derramei em lagrimas – E agora, você quer me deixar também, você vai embora e vai me deixar sozinha aqui.

Ele se aproximou de mim e passou a mão pelo meu rosto avermelhado.

– Você irá sumir da minha vida, não é? Você vai embora e eu...

Alexander encostou a boca nos meus lábios e enfiou ligeiramente sua língua contra a minha. Seus movimentos rápidos e enlouquecedores estavam me desestabilizando. Senti sua mão descer até a parte de meu bumbum, e eu não o impedi.

Retirando minha língua de sua boca, eu olhei para ele:

– Tire... – Sussurrei.

Alex agarrou as minhas coxas e me levantou. Agarrada a sua nuca, eu gemi em seu pescoço e beijei a marquinha reprimida. Ele fechou brevemente os olhos, e me deixou tocar aquela pequena falha. Senti sua mão forte tocando uma parte proibida do meu corpo, uma parte que eu nunca deixei nenhum homem tocar.

Com um pequeno roçar de dedos, eu senti seus dedos dedilhando a parte interna de suas coxas. Levantei meu pescoço e fechei meus olhos.

– Kat... Eu quero saber o que eu sou para você? – Ele perguntou chupando o meu pescoço.

– Você...? – Perguntei embriagada por seu perfume contagiante. – Meu deus, Alex...

Com uma pressão, eu suspirei ao sentir o meu corpo tombando na parte de cima do piano. Alex havia me prendido na fria madeira e me feito encarar os seus olhos.

– Você me ama? – Ele perguntou tão docemente que eu perdi o foco.

Passei a mão nos seus cabelos e sorri ao escutar aquelas palavras que eu esperei tanto, mais tanto para escutar - Mesmo que fosse na forma de uma pergunta. Levantei a minha perna para tocar a sua cintura. E novamente, estávamos nos beijando.

– Eu amo... – Disse em um sussurro tão fraco, que cheguei até a duvidar se ele tinha escutado.

Passando a mão pelas minhas pernas, Alex sorriu ao escutar a minha resposta.

– Você quer que eu fique aqui, com você? – Ele fez outra pergunta.

Me retirando de cima do piano e voltando a me entrelaçar em sua cintura. Beijei Alex rigorosamente. Puxei seu cabelo, me apertei em suas pernas e rapidamente, depositei a sua mão na última alcinha do meu vestido.

– Tire... – Disse novamente.

Alexander sorriu e então cambaleou até o sofá mais próximo. O sofá que no qual eu me sentava para escutar a minha mãe tocando seus diversos instrumentos.

Sentamos brutamente no sofá e senti a pressão de uma região genital. Céus, o que eu estou fazendo? Continuei a beijar o homem incrivelmente bom que estava em minha frente.

Por um momento eu pensei em minha mãe: “Que tipo de comportamento é esse? Não assim que uma princesa deve agir”. Pensei em meu tio: “Isso é sujo Katherine, o que está fazendo é vulgar, pare imediatamente”. E por último, pensei em meu pai: “Eu estou tão decepcionado com você, que não quero mais vê-la. Quero você longe da minha vida. Longe do império que você não faz parte! Não pedi para ter uma filha tão promíscua como você”.

Mas por um momento, eu amaldiçoei os meus pensamentos e fui empurrada para o sofá.

– Kat... – Alexander sussurrou – Você quer que eu a torne mulher? Eu posso fazer isso. Eu posso amar você Katherine, eu posso te fazer sentir...

Voltando a nos beijar, eu embolei minhas pernas em torno sua cintura. Beijei o seu nariz, boca, orelha e... Olhos... Meu deus, beijei tanto aquelas pálpebras. Os olhos safira, que evidentemente me lembravam tantas outras cores. Piscina, turquesa...

– Alex, tire... – Me debati em seu corpo.

Senti que suas mãos retiravam todo o tipo de pano de meus ombros. Suas mãos nuas tocavam meus ombros nus. Minha mão fria tocava seu rosto robusto. E meu corpo, se apertava cada vez mais ao seu.

Sim, eu amava ele.

Mas de repente, Alex diminuiu os seus toques e olhou profundamente para os meus olhos. Assim que estávamos quietos e nossos corpos colados um ao outro, Alex acariciou a minha têmpora com o seu polegar. Sorrindo para ele, eu suspirei longamente e acariciei os seus cabelos.

– Quando eu era pequeno – Alex começou sussurrando – Minha mãe havia comprado o meu primeiro terno. Ela disse que havia pagado caro, mas que não importava. Sabe qual era o único problema dele? – Ele me perguntou sorridente.

– Não faço ideia... Qual era? – Perguntei retornando seu sorriso.

– Ela tinha comprado um terno quatro vezes maior que o meu número, na época. Eu tinha oito anos, e o terno já era para um homem. Então eu perguntei a ela: “Por que você comprou um terno para adulto, se eu ainda sou uma criança?”

Sorri ao escutar a sua tentativa de imitar a voz de uma criança.

– Ela respondeu: “Porque quando você crescer, eu quero que o use em seu casamento. Quero que beije a sua esposa estando com ele. Quero que guarde ele para o resto da sua vida”.

Sorri novamente para ele.

– O terno que eu estou usando agora, é o terno que ela tinha comprado para mim.

Afaguei seus cabelos.

– Ela ficaria orgulhosa em saber que você cuida desse terno mais que a própria vida. – Disse gentil – E aposto que ela ficaria feliz em saber que você se tornou um homem incrível.

Senti o roçar de seus lábios contra os meus. Arfei sorridente e fechei meus olhos brevemente.

– Um dia, eu irei te transformar em mulher. E quando eu tiver essa chance, eu vou te paparicar tanto que, você vai querer chutar a minha bunda. – Alex disse baixinho no meu ouvido.

Gargalhei alto.

– E quando essa chance chegar – Eu selei rapidamente meus lábios no dele – Eu irei deixar você me amar.

Ele assentiu ainda sorrindo.

– Finalmente eu fiz você sorrir. – Disse animada.

Ele enterrou o rosto do meu peito e suspirou.

– Eu amo o seu perfume de camélia.

Ele virou a cabeça e se preparou para uma soneca.

♚♔♚♔♚

Observei minha esposa, America, se levantar a cama com cuidado. O seu robe azul e seu cabelo preso em um coque a deixava incrivelmente linda. Sorri satisfeito com a ideia de me aconchegar a ela mais tarde.

– Qual é o problema? – Ela me perguntou docemente.

– Esse seu robe azul, está e perturbando... – Disse alegre.

– E essa sua perturbação... É boa ou, ruim? – Ela perguntou de forma sensual enquanto eu a observava soltar os cabelos.

– Depende do que você está disposta a enfrentar...

America sorriu, e com o dedinho, me convidou para a cama. Sorri levemente e arrumei minha gravata. Deixando seus olhos por um tempo, eu me lembrei de Bryan, e então, todas as coisas que eu desejava naquela noite, se foram...

Voltando a encarar aquelas lindas orbitas claras, por um momento, uma culpa acumulou em mim. Abaixando os olhos, eu neguei com a cabeça.

– Não minha querida, dessa vez eu não posso.

Abri a porta e corri para o corredor.

♚♔♚♔♚

Acordando, eu observei os cabelos de Alex espalhados sobre o meu peito. Suas mãos estavam abraçadas ao meu corpo, com medo de que eu fosse deixa-lo ali ou algo do tipo.

Abaixando a minha cabeça e observando o couro cabeludo de Alex, percebi que o meu vestido estava quase sendo arrancado do meu corpo. Esse vestido não mostrava nenhum tipo de decote. Porém, suas alcinhas foram abaixadas, e Alex, estava bem na fenda dos meus seios.

Sorri fracamente.

Não, Alex não conseguiu ver nada além do decote criado por causa das alcinhas derrubadas. Mas eu sim, conseguia enxergar muito mais que um simples decote.

Lembrando dos acontecimentos anteriores. Me lembrei que havia pedido para Alex retirar o meu vestido. E se ele fizesse? Se ele retirasse o meu vestido e observasse o meu corpo? Qual seria a minha reação?

E se Alex me transformasse em mulher?

O que eu faria se ele beijasse todo os cantos do meu corpo enquanto eu ruborizava? Não tinha nenhuma resposta para isso, mas... Eu sabia, sabia exatamente a palavra que me descrevia naquele momento: Promiscua.

– Katherine... – Alexander sussurrou.

Passei meus dedos sobre o seu cabelo e espiei a janela. Estava frio, estava escuro, e já era noite.

– Que horas são...? – Alex perguntou.

– Tarde, bem tarde. Alex...

Ele levantou a cabeça e depois encarou o meu rosto. Passando as mãos em minha cintura, ele depositou uma delas na minha barriga e outra ele a colocou no sofá. Virando os seus olhos para a janela, ele rapidamente os arregalou e saiu de cima de mim.

– Ei, aonde...

Alexander arrumou a camisa pouco aberta, afinal, depois de nossas brincadeiras libertinas, ocorreu uma pequena sessão: “Você é homem, e eu sou mulher”. Mas claro, nada passou do limite.

Abotoando os botões, Alex arrumou o terno e se levantou. Ele virou seu rosto para a janela e analisou o jardim. Um pouco tenso, ele voltou seus olhos para os meus e sorriu acanhado.

– Se nos pegarem aqui, estamos mortos – Ele chegou mais perto de mim – Preciso tomar banho e cair na cama. Acho que amanhã eu irei aparecer no telão de Illéa.

Beijando a minha bochecha, ele se direcionava para a grande porta. Mas eu o chamei, e ele voltou.

Segurando a sua gravata e o trazendo para mim, eu selei meus lábios nos dele e sorri. Mesmo Alex parecendo um pouco aflito, ele correspondeu o meu selar de lábios uma, duas e três vezes mais do que a minha expectativa.

– Boa noite – Eu disse.

Rapidamente, ele passou o polegar na minha bochecha.

– Boa noite.

Beijou a minha testa, e saiu.

♛♕♛♕♛

Escutando o som de folhas sendo quebradas, Alex levantou os olhos e observou Dante caminhando lentamente até ele. O homem da cicatriz rodava seus olhos para todas as fendas da “floresta”, na esperança de não esbarrar em nenhum guarda.

– Eu li a sua carta – Dante deu início a conversa – Disse que precisava falar comigo. Então... O que é?

Alexander olhou nervoso para o Padrasto.

– Aquele dia que você foi até o meu quarto... O que estava fazendo no palácio?

Dante estreitou os olhos.

– Estava procurando o escritório de Maxon. Faz muito tempo desde a última vez que eu andei livremente por aqui. Muitas reformas e novas salas, tudo está diferente. O local de trabalho do rei não costumava a ser no último andar.

Alexander assentiu.

– Bryan, um dos selecionados foi envenenado por mamona. – Dante levantou o cavanhaque – Resina mata Dante. Bryan irá morrer e todos de Illéa saberão disso, é apenas uma questão de tempo. Escutei Maxon conversando com um homem, Aspen, esse nome soa familiar?

Dante negou.

– Acho que a seleção será cancelada.

Dante respirou alto e então assentiu para o chão.

– Não me diga que você acha que eu...

– Não, não acho que você tenha envenenado Bryan. Afinal, envenenamento não é tipo de arma que você utiliza. – Um silencio bateu – Tem rebeldes aqui, Dante. Eles também querem a coroa.

Dante passou a mão pelo cabelo.

– Esses garotos... – Suspirou – Quantos você acha que... São?

– Por enquanto, o que eu saiba, são três – Alex cruzou os braços – Mas um deles está fora da seleção, então sobrou apenas dois para terminar o serviço. Mas, ainda acho que existam mais lá dentro, só não tive a oportunidade de avaliar.

– Então avalie – Dante exigiu – Faça amizade com eles, passe mais tempo com eles do que com a princesa. Sei que você é do tipo quieto e na sua, admiro isso em você, mas agora eu preciso que descubra quantos deles ainda existem. Mas claro, quero que encontre a coroa também.

Alexander assentiu.

– Acha que eles são nortistas ou sulistas? – Dante perguntou.

Alex deu de ombros.

– Não consegui encontrar nenhum tipo de suástica. Então... Isso me faz criar uma outra ideia...

– Que eles não são nem um nem outro? – Dante sorriu ao ver Alexander assentir – Algo me diz que esses são os garotos do Cian, não acha?

Alex assentiu novamente.

– Ou talvez... Rebeldes renegados e raivosos. Mas, pensando em Cian...

Dante se escorou em uma das árvores e observou as feições de Diego. “Tão igual a mim... Em todos os aspectos”. Pensou ele. As olheiras profundas e os olhos avermelhados de sono. Dante não iria mais ocupar Diego com conversas degradadas. Não se fosse para o seu filho se cansar.

– Por que não volta para o seu quarto e tenta dormir? Você parece muito cansado.

Alexander suspirou. Dante estava certo, ele precisava descansar, talvez só assim ele conseguiria esquecer do seu precipitado desejo de ter a princesa.

– Acho que está certo, vou voltar dormir.

Virando-se de costas, Alexander já se preparava para a retirada. Uma dor no coração de Dante se passou. Alex estava indo embora sem nem se despedir do próprio pai, e isso, era um problema. Não que Dante estive esperando algo como: “Adeus papai, eu te amo”. Mas apenas uma despedida simples e rápida já era o bastante para ele.

– Ei... – Dante chamou Alex novamente. – Eu iria gostar de um adeus. Se você não se importa...

Alexander se virou e não se mexeu, mas também, não bateu em retirada. Ficou ali, encarando as grandes orbitas azuis. Seus olhos eram quase da mesma cor, porém, Dante tinha azuis mais puxados para o celeste, mas continuava sendo azul. A barba de Dante seguia o mesmo padrão que a de Alexander. E por um momento, o garoto pensou em parar de fazer a barba, e deixá-la crescer até se tornar rala.

– Adeus Nick, tenha uma boa noite.

Dante abaixou os olhos enquanto escutava Alex se deslocar.

♚♔♚♔♚

Os diamantes da coroa eram magníficos. Mas claro, assim como as esmeraldas. Abrindo a porta do quarto de Katherine, percebi que ela não se encontrava em nenhuma parte do aposento, o que me fez avançar. Olhei para o vitral com a grande camélia amarela. Realizar os desejos de minha filha me deixam feliz, pelo menos assim, ela não citaria a frase: “Sair do palácio”.

Abrindo a cortina do vitral, eu encarei a luz do luar e observei as estrelas reluzentes. Katherine tinha razão, as camélias são mesmo belas. Assim como ela era. Já enfrentei muitas desfeitas com a minha filha, principalmente por eu não conseguir ser um pai muito presente como a mãe dela era. Mas isso não significa que eu não pense em Katherine todos os dias. O que eu faço ou deixo de fazer, escolhas e escolhas que eu selecionei por serem certas para mim, me fizeram ser o homem que eu sou. Pedir para ficar, implorar que ela não se vá seria forte demais.

Olhei para a coroa em minha mão.

Amar pela aparência é uma coisa. Mas amar pelo simples desejo de amar era uma coisa totalmente diferente. Katherine iria se casar por amor, e não por desejo. E claro, estava convicto disso, mas... E se homem certo para ela não existisse? Talvez eu devesse dar uma chance a Katherine. Uma chance de mostrar o mundo para ela.

Subi em sua cama e encostei meus dedos na parte interna de seu vitral. O compartimento secreto se abriu, assim, revelando uma pequena escuridão que ansiava pela coroa. Depositando o arco de pedras preciosas, eu fechei a pequena abertura e olhei para trás.

– Tenho certeza que está fazendo a coisa certa. – Aspen disse atrás de mim.

Sorri de canto.

– Só espero que ela não me odeie depois disso.

Aspen estreitou os olhos.

– E por que ela odiaria? Ela nem mesmo queria participar da seleção.

Desci da cama e fechei a cortina do vitral.

– Ela realmente não queria participar – Respondi a Aspen enquanto observava pela a última vez, a luz do luar – Mas isso foi antes de ela conhecer Alexander.

Aspen sorriu.

– Ela vai conseguir sobreviver sem ele, os garotos estão aqui a um mês e meio. Não é tanto tempo assim. Ela vai se acostumar sem a presença dele.

Ri ironicamente.

– A diferença entre nós dois, é muito clara Aspen: Eu sou o pai dela, e você não é nada. Ela ama você por sempre apoiar as suas decisões, ela briga comigo por eu não deixa-la escolher. E quando eu encerrar essa seleção e ele não estiver mais com ela, será eu que irei levar toda a culpa.

Caminhando até a porta, eu suspirei.


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Notas finais do capítulo

Lembrando que, se eu não tiver muitos comentários, vou matar o Alex. SHAHSAHSHASAH - Ai cara, como eu sou má. RSRSRS
Agradecendo novamente a recomendação da Juh! ^.^
Bjss minha lindas, até o próximo!
Leticia R.