El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 23
Capítulo 23 - "Grande" dia


Notas iniciais do capítulo

E aí meninas, como estão?

Bom, estou postando esse capítulo por livre e espontânea pressão da Mazinha kkkkkkkkkkkkkk

Brincadeira!

Boa leitura (:



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2 semanas depois - Rodrigo narrando:

Conforme imaginei, a carta do "Carlos Daniel" foi o impulso que Paulina necessitava para tomar a atitude de aceitar minha esposa. Ela me disse que gostaria que fosse o quanto antes, pois não tinha motivos para adiar essa decisão definitiva. Suas palavras foram música para os meus ouvidos...

Realizando mais um de seus desejos, acertei tudo para o casamento ser somente no civil e sem nenhuma comemoração depois, no cartório seremos somente nós e os amigos que arranjei para serem testemunhas.

O tempo para mim se passou lentamente, mas enfim chegou o grande dia. Quanto a sua principal condição, a de não termos nada mais "íntimo" por enquanto, vou respeitar... será uma questão de tempo para que possa tê-la em meus braços por sua própria vontade, e se não... bem, aí veremos.

Para fechar com chave de ouro meu plano, recebi uma notícia que mostra que o destino está a meu favor. Telefonei para minha mãe para contar sobre o casamento, sem dar muitos detalhes, claro, e soube por ela que meu irmão resolveu tentar ser professor e passará um bom tempo na Espanha. Ótimo, a oportunidade que eu precisava para poder voltar ao México com Paulina, e o melhor: Morar na mansão Bracho.

Minha mãe adorou a ideia assim que lhe propus que depois do casamento eu e minha esposa fôssemos viver em sua casa. Revelei a ela o nome de Paulina e pedi que só contasse esse detalhe ao "papai". Embora não tenha dito o porquê de fazer segredo sobre sua identidade, ela prometeu acatar meu pedido.

Estou terminando de me arrumar e logo partirei rumo ao cartório. Mal posso esperar...

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Carlos Daniel narrando:

Estou com as malas prontas para a viagem, meu voo sai ao meio dia.

Estava tão convencido que isso era o certo para mim, passar uma longa temporada fora daqui... exatamente, estava.

Novamente, sonhei com Paulina. Porém, dessa vez foi tudo diferente, não via o brilho especial em seus olhos que sempre estava presente, não passávamos um momento juntos como um casal... em meu sonho, a via de longe, vestida de branco, sendo levada por um homem cujo rosto estava borrado. Em questão de segundos, nossos olhares se encontravam e via neles um pedido de socorro, como se quisesse que eu a resgatasse. Como? Por quê? Quem poderia ser aquele homem?

Acordei de repente, sem encontrar as respostas para essas perguntas. No entanto, aquele pressentimento estranho não me abandonava e depois desse pesadelo, menos ainda.

Olhei no relógio e vi que eram 7:30 da manhã. Em um impulso, engoli o orgulho e, mesmo depois de tanto tempo sem nenhuma notícia sua, decidi ligar para Paulina. Busquei seu número nos contatos, e sorri espontaneamente ao ver sua foto juntamente com o nome em minha lista, como em uma das tantas vezes em que me perdia admirando tal imagem.

Ao primeiro som de "chamando", senti a velocidade de meus batimentos cardíacos se multiplicarem, juntamente com minha esperança de escutar sua voz angelical. No entanto, minha chamada não foi atendida e não me encorajei a deixar um recado. Talvez ela tenha mudado de número, ou então - o mais provável, ainda que me doa aceitar - não quer falar comigo.

Voltei a me deitar, agora minha cabeça dói e tudo parece estar girando. Não me sinto bem.

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Paulina narrando:

Nem acredito que essas duas semanas passaram tão rápido, entre assuntos da fábrica e a preocupação com o casamento, nem tive tempo de ir ao médico para me assegurar de que minha gravidez vai bem. No entanto, não voltei a sentir a mesma pontada que me assustou no outro dia, nem nada parecido.

A verdade é que, quando disse que preferia me casar o quanto antes, estava bastante segura de minhas palavras, apesar de tudo.

Mas agora...

Principalmente nos últimos 3 dias, tenho pensado cada segundo se devo realmente assinar esse papel - nunca pensei que iria me referir ao casamento assim, como um simples papel, porém não consigo pensar de outra forma– que me comprometerá com Rodrigo. É o melhor, sei que sim, mas como convenço meu coração a entender a razão?

Acordei agitada, acho que pela ansiedade... além disso, há o fato de que após o casamento, iremos direto para o México, mais precisamente, para a casa da família de Rodrigo, onde iremos morar. Confesso que no início não me pareceu boa ideia, mas ele me convenceu que eu iria gostar de seus pais e que seria muito bom para meu filho crescer em um lar "completo". No fundo, algo que ainda não compreendo me dizia para não concordar, mas não tive argumentos e acabei aceitando.

Não sei se estou preparada para voltar ao meu país, principalmente para a capital, onde tudo aconteceu... enfim, preparada ou não, é o que farei.

O relógio marcava 8:30 da manhã e o casamento seria às 10:00. Levantei, separei o vestido que tinha comprado, - branco, de comprimento um pouco acima do joelho e feito com renda, um laço da mesma cor na cintura e os ombros caídos. Bastante simples, como a ocasião pedia– suspirei enquanto o observava e logo entrei para o banho.

( Vestido: http://soudiva.com/wp-content/uploads/2012/10/vestido-branco-com-la%C3%A7o.jpg )

Assim que desliguei o chuveiro e vesti o roupão, ouvi meu celular tocar. Abri a porta do banheiro e logo peguei o telefone que estava em cima da cama.

Um arrepio percorreu todo o meu corpo e meu coração falhou uma batida quando vi a foto de quem ligava. Olhei para o nome escrito na tela para ter certeza de que não estava alucinando e, de fato, não estava. Era verdade, como se atreveu?

Imediatamente meus olhos marejaram ao lembrar da carta. O que Carlos Daniel poderia querer falar comigo depois de ter deixado bem claro que nunca me amou? Com raiva, desliguei, não queria ouvi-lo. Não queria, nem deveria. Não hoje, quando estou prestes a dar um passo importante na minha vida e na de meu filho.

Tentei esquecer a ligação e comecei a me arrumar. Fiz uma maquiagem leve, passei apenas lápis de olho preto, rímel e um batom rosa claro. Escovei meus cabelos e deixei-os soltos. Nos pés, um sapato preto de salto baixo.

Assim que fiquei pronta, peguei minha bolsa e a chave do quarto. Na frente do hotel, já tinha um táxi a minha espera.

Não demorou muito e cheguei. Desci do táxi e fui andando até a porta do cartório. Antes de dar o último passo para entrar, respirei fundo. Abri a porta e, como imaginei, Rodrigo já estava lá.

– Você está linda! - Rodrigo me elogiou assim que me aproximei. Apenas sorri sem graça.

Fui apresentada aos testemunhas, todos amigos dele, e logo após nos colocamos frente ao juiz. Não consegui prestar a atenção devida nas palavras ditas pelo mesmo, minha mente estava focada em como seria minha vida daqui para frente.

– Portanto, já que não há nenhum impedimento, podem assinar os testemunhas e logo após, os noivos. - voltei à realidade ao ouvir essa afirmação do juiz.

Vi como todos assinavam e logo chegou minha vez.

– Toma, meu amor! - Rodrigo disse ao me alcançar a caneta

Peguei-a de suas mãos e passei alguns segundos analisando a folha que tinha diante de meus olhos. Queria tanto estar completamente segura do que estava prestes a fazer, mas infelizmente não era assim. Pedi em pensamento para que Deus - apesar de ter pecado, ainda tenho muita fé– me guiasse nessa nova vida. Então, assinei.

– Prometo que vou te fazer feliz, só preciso que me dê a oportunidade para isso. – afirmou Rodrigo antes de se aproximar de meus lábios

Não permiti que ele aprofundasse o beijo e logo me afastei. Não sei por que fujo, simplesmente não consigo.

Fizemos um rápido brinde entre os presentes e logo voltei ao hotel, já que o voo sairia as 11:30. Combinei com Rodrigo que pegaria minhas coisas e nos encontraríamos no aeroporto, embora ele tenha insistido para me buscar.

Troquei de roupa, comi alguma coisa no hotel mesmo e parti.

...

– Pronta para conhecer meus pais? - perguntou-me Rodrigo assim que nos acomodamos no avião

– Estou um pouco nervosa, não sei que impressão terão de mim... - respondi pensativa– A propósito, quase nunca menciona seu irmão, como ele se chama? - casualmente, lembrei disso e decidi perguntar

– É que... Bem, eu... - percebi um certo nervosismo, será que eles tiveram algum problema ou é só impressão minha?– quase não o menciono porque não temos muito contato ultimamente, aliás soube que ele iria passar um tempo na Espanha, acredito que já deve estar vivendo lá.

– Hum... entendi. - me dei conta que Rodrigo não havia comentado o nome do irmão, mas não quis insistir

...

Algum tempo depois, enfim desembarcamos em nosso destino, onde um motorista estava a nossa espera.

Fui durante todo o caminho em silêncio, apreensiva, como se soubesse que algo inesperado estava para acontecer.


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Notas finais do capítulo

Carlos Daniel viajou? Lina vai descobrir a verdade?

Comentem, favoritem, recomendem!!