El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 24
Capítulo 24 - Primeiro dia... será ele?


Notas iniciais do capítulo

Sei que dessa vez demorei demais, mas com o fim de ano chegando, tô cheia de provas e tá complicado encontrar tempo.

Mas espero que gostem do capítulo, e como não gosto muito de enrolação, preparem-se que em breve a verdade será revelada para o nosso casal tão querido!



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Paulina narrando:

Fui durante todo o caminho em silêncio, apreensiva, como se soubesse que algo inesperado estava para acontecer.

Assim que coloquei o pé na porta principal, senti um calafrio.

– Meu amor, está tudo bem? - Rodrigo, que segurava minha mão, perguntou ao me notar diferente

– Claro, por que não estaria? - sorri, na tentativa de dar veracidade às minhas palavras

– Meus pais são ótimas pessoas, você vai ver! - disse, supondo que o nervosismo que estava presente enquanto estávamos no avião, ainda persistia em mim

Apenas assenti e então entramos.

– Filho, que saudade! - uma mulher de cabelos castanhos e lisos até os ombros, olhos da mesma cor e mais ou menos 1,60 de altura se aproximou de Rodrigo e o abraçou

– Oi, mamãe! - Rodrigo correspondeu-lhe o abraço

– Boa tarde, senhora! - a cumprimentei com um sorriso, assim que eles se separaram

– Mamãe, essa é minha esposa. - apresentou-me

– Prazer, sou Cristina Bracho. Seja bem-vinda à família! - bastante amável, me abraçou

Depois de nos cumprimentarmos, fui apresentada ao senhor Maurício Bracho, “pai” de Rodrigo. Assim como Cristina, foi bem simpático comigo. Conversamos um pouco os 4, sobre como eu e Rodrigo nos conhecemos e o casamento, mas optei por não mencionar ainda a gravidez. Depois, subimos para descansar.

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Carlos Daniel narrando:

Apesar da febre que tive mais cedo, me senti um pouco melhor e resolvi não mudar meus planos, acreditando que Paulina está bem e que tudo não passou de imaginação minha, devido a falta que ela me faz. Assim, segui para o aeroporto.

No entanto, enquanto aguardava o voo ser chamado, voltei a sentir aquele aperto no peito. Algo me dizia que essa viagem não era o meu destino certo.

Apesar de não ter sido uma experiência ruim, senão o contrário, cometi um erro ao me tornar padre. Por isso, não posso me arriscar a errar novamente, e mais em um lugar distante, onde não conheço ninguém... de repente pensar na adaptação em outro país me amedrontou um pouco. Sendo assim, acabei pedindo um táxi e voltei para casa.

Um pouco sem jeito, expliquei para os meus pais que não estava me sentindo muito bem e que ainda não era o momento de viajar. Inicialmente ficaram preocupados com minha saúde, mas logo tratei de explicar que não era nada grave e que só precisava descansar. Eles apoiaram minha decisão, apesar de não entenderem muito bem o porquê dessa desistência aparentemente definitiva. Depois, fui informado que Rodrigo havia chegado com a esposa e que estavam descansando, mamãe disse que era uma moça muito bonita e simpática e que eu a conheceria no jantar. Sem dar muita importância, assenti com a cabeça e subi com minhas malas. Ao entrar em meu quarto, observei o jardim pela janela e percebi o quanto o dia estava bonito e ensolarado – até então não havia reparado nisso – e decidi dar um mergulho na piscina para relaxar um pouco. Vesti minha sunga preta, peguei uma toalha e desci.

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Paulina narrando:

Não consegui descansar direito. Talvez tenha estranhado estar numa casa totalmente desconhecida para mim, pois mesmo com o alto grau de conforto que ela proporciona, não é como a minha. Claro, suponho que seja questão de tempo até que eu me acostume com essa vida.

Depois de me revirar várias vezes na cama, acabei desistindo de dormir e então parei para analisar melhor o grande quarto que, por enquanto, seria meu. As paredes de um tom de lilás, ainda sem nenhum quadro fixado nelas, combinavam muito bem com os móveis em marfim, além do belo lustre que ficava no centro do ambiente, que chamou minha atenção por sua grandiosidade. Rodrigo teve a gentileza de ficar em um quarto separado, já que eu não estava ainda preparada para assumir uma intimidade com o meu novo marido. Imagino que ele deseje o contrário, mas soube aceitar bem meu pedido.

Levantei e tomei uma ducha. Vestida de roupão e secando os cabelos com uma toalha, dirigi-me a janela que proporcionava uma linda vista lá de fora. Era possível ver dali o jardim - por sinal, muitíssimo bem cuidado - e uma piscina.

Fiquei alguns segundos observando o acaso, pensando em nada e ao mesmo tempo com um turbilhão de pensamentos na minha cabeça. De repente, algo – uma lembrança, talvez – me tirou de meus devaneios e fez minha visão se fixar lá embaixo, na piscina. Parei de secar os cabelos, meio paralisada com a figura diante de meus olhos.

Um homem em pé, fora da piscina e de sunga falando ao telefone. Mesma estatura, cabelos pretos. E só me veio um nome naquele momento – Carlos Daniel.

Senti meu coração palpitando só com a ideia que me ocorrera naquele momento. Mas rapidamente me dei conta que era impossível. Será? Improvável haver tamanha coincidência.

Me esforcei para ver o rosto, queria confirmar pra mim mesma que tudo era fruto de minha imaginação. Mas o homem não se virava.

“– Não, claro que não Paulina. Você está cansada, e por isso imaginado coisas" – falei em voz alta, tentando confirmar que estava “sonhando”.

A ideia começou a se desfazer de minha cabeça. Porém, mesmo assim, continuei a observar aquele homem. Não podia negar, mesmo de longe, parecia ser muito bonito. Talvez por isso ainda estivesse olhando.

Finalmente, desligou o telefone, e então notei que estava prestes a se virar. Mesmo certa de que não o conhecia, insistia na ideia de ver seu rosto. Curiosidade, apenas. No entanto...

Toc- toc.

– Paulina? – Era Rodrigo me chamando, por isso fui obrigada a me virar e ir em direção a porta.

– Estava no banho, espera eu me vestir? – falei com a porta entreaberta.

– Sim, claro. Na verdade, só ia avisar que vou dar uma saída, volto daqui a pouco para jantarmos juntos.

– Está bem, espero.

– Tchau. - despediu-se sorrindo

– Até logo!

Rodrigo saiu, voltei à janela, mas o homem havia saído. Suspirei, um pouco frustrada, ao perceber que não foi dessa vez que vi seu rosto.

Como Rodrigo não estava, passei o resto da tarde no quarto, pois ainda não me sentia à vontade para descer sozinha. Sentada em minha cama, olhei para a aliança em minha mão esquerda e comecei a me perguntar se essa é realmente a vida que quero ter. Levantei-me e fui até o espelho que havia na frente da porta do guarda roupas , então levantei minha blusa e me pus a acariciar meu ventre.

– Você vai ser feliz, meu filho. Independente de qualquer coisa. - afirmei com convicção

Como será que os pais de Rodrigo vão reagir ao saberem que terão um “neto”? Não sei se é certo mentir para eles, mas, ao mesmo tempo, tenho medo do que poderão pensar de mim se eu contar que o pai é outra pessoa, pois com certeza vão achar que sou uma aproveitadora. Ainda tenho que conversar com Rodrigo sobre isso.

– Paulina, está acordada? - outra vez Rodrigo bateu na porta

– Sim, aguarde um instante. - arrumei minha blusa e fui em direção a porta, abrindo-a

– Acabei de chegar e mamãe me disse que você passou toda a tarde aqui trancada, está tudo bem?

– Sim, é só que... - não queria decepcioná-lo, mas também não poderia mentir – ainda não me sinto muito à vontade, fiquei sem jeito de descer sabendo que você não estava. - admiti

– Não se preocupe, logo você vai se sentir em família, quando conhecer melhor todos por aqui. - sorriu

– Assim espero. - murmurei – E quantas pessoas vivem nessa casa? Digo, a mansão é enorme... - perguntei, tentando descobrir quem seria o homem que há pouco tinha visto na piscina

– Apenas meus pais e 5 empregados, e claro, agora nós dois. – aproximou-se e me deu um selinho, ainda estávamos parados na porta – Vamos jantar? A governanta acabou de avisar que a comida está pronta.

– Certo, vamos. - assenti e então descemos sem que minha dúvida fosse esclarecida

Quando estávamos nos dirigindo à mesa, o celular de Rodrigo tocou. O notei um pouco nervoso ao atender, mas depois pensei que fosse só impressão minha. Logo, afastou o celular do ouvido um instante e me disse:

– Desculpe meu amor, mas é uma ligação da empresa e preciso conversar com calma, se incomodaria de jantar sem minha presença? Assim já vai se “enturmando” com a família. Ah, peça desculpas em meu nome e diga que não precisam me esperar.

– Não me incomoda, pode atender tranquilo. - obviamente não me agradava muito a ideia, não assim no primeiro dia, porém não tinha como lhe negar isso.

Rodrigo voltou a subir as escadas apressado, pelo visto realmente se tratava de algo importante.

Um pouco receosa, adentrei a sala de jantar e percebi que havia três lugares vagos na mesa.

– Sente-se Paulina, onde está o Rodrigo? - perguntou Cristina

– Foi atender uma ligação da empresa, pediu desculpas e disse para não o esperarmos. – respondi enquanto me acomodava no lado esquerdo da mesa

– Bom, então só falta o Carlos Daniel. - afirmou

Ao ouvir esse nome, minhas mãos gelaram e automaticamente arregalei os olhos. O homem da piscina, a semelhança... não, não pode ser!

Quando fiz menção de dizer alguma coisa, a voz que me apaixonou naquele confessionário voltou a soar em meus ouvidos, e dessa vez não era um sonho ou um devaneio, era... ele!

– Esperando por mim? Estou aqui mam... - e se calou quando nossos olhares, tão conhecidos, encontraram-se pela primeira vez depois de tanto tempo.


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Notas finais do capítulo

Rodrigo está misterioso, quem pode estar ligando? E o que vai acontecer agora que a Paulina e o Carlos Daniel se reencontraram?

Comentem!!!