El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 21
Capítulo 21 - Uma resposta, uma decepção


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez, peço desculpas pela demora :/

Quero deixar um super agradecimento para a NiniPatrIlario, que comentou em todos os capítulos, favoritou e recomendou a história! :o Obrigada!!!

Boa leitura a todas!



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Rodrigo Narrando:

Cheguei em casa, planejei com mais calma os detalhes do meu plano e assim que resolvi tudo, voltei ao correio.

– Posso te pedir mais um "favor"? - perguntei ao mesmo funcionário assim que ele me viu

– Depende... - sorriu de maneira sarcástica

– Está vendo essa carta aqui? – tirei-a do bolso - Quero que ajeite tudo para que pareça ter vindo do México. Para ser mais exato, coloque esses dados - entreguei-lhe um papel com o endereço da igreja, o nome do suposto remetente e, claro, o nome completo da minha amada Paulina juntamente com o endereço do hotel em que está hospedada– Coloque-a em um envelope com um selo adequado e faça com que chegue ao destinatário.

– Esse seu favorzinho vai custar um pouco caro...não é algo tão simples assim de ser feito. - entendi muito bem a indireta

Tirei disfarçadamente de meu bolso o dinheiro que havia acabado de sacar do banco e lhe entreguei.

– Aqui tem 2 mil dólares. Coloque a metade no envelope e fique com a outra metade. - ordenei.– Se fizer alguma coisa errada ou pegar todo o dinheiro, pode ter certeza que ficarei sabendo e isso te trará consequências. - disse sério

– Não se preocupe, não terá queixas de mim. – afirmou– Para não levantar suspeitas, em dois dias a carta estará nas mãos dessa tal Paulina.

– Assim espero. - respondi e me retirei

Em apenas dois dias, Paulina definitivamente vai escolher ficar comigo...

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Paulina narrando:

Estava a dois dias esperando ansiosamente uma resposta de Carlos Daniel... já tinha perdido a conta de quantas vezes fui até a recepção perguntar se havia algo para mim, até que hoje finalmente tinha recebido. Agradeci a recepcionista e entrei no elevador com pressa assim que constatei que o remetente era ele.

Entrei em meu quarto, sentei na cama e respirei fundo antes de abrir o envelope. Não sabia como me sentir diante da situação em que estava, pois não fazia ideia do que poderia estar escrito. Na verdade, nem mesmo fazia ideia do que,exatamente, eu esperava que ele respondesse.

Finalmente, com as mãos trêmulas e o coração acelerado, o abri.

"Paulina:

Recebi sua carta - claro, do contrário não estaria te respondendo - e acredito que você tem razão sobre eu não desistir de minha vocação. Não seria bom para mim, pois ser sacerdote é realmente o que quero.

Digo isso porque refleti muito depois do que ocorreu entre nós dois e entendi que, se ficássemos juntos, futuramente acabaria fazendo você sofrer por não poder te corresponder de verdade. O que aconteceu foi um impulso, uma confusão de sentimentos, mas já esclareci tudo e estou com minha mente e coração tranquilos.

No entanto, quero que fique sabendo: estou feliz pelo que me disse. Claro, fui tomado de surpresa, mas uma criança sendo gerada é sempre uma bênção. Mesmo assim, espero que compreenda que não posso assumir meu papel de pai.

Talvez não seja muito, mas estou te enviando esse dinheiro para que possa começar o enxoval do bebê, e se precisar de mais alguma ajuda financeira, envie-me o número de sua conta corrente que farei o possível para te auxiliar.

Sei que uma criança deve sempre crescer ao lado de uma família, por isso desejo de coração que você possa encontrar alguém que faça você e esse neném felizes, e tenho certeza que vai encontrar. Você é linda, inteligente, amável... certamente qualquer homem será capaz de ver em você a mulher certa para formar uma família.

Desculpe se te machuquei de alguma forma, nunca foi minha intenção. Fique com Deus, anjo.

Carlos Daniel."

A cada linha que meus olhos acompanhavam, meu coração se partia mais. Até que, com meu rosto totalmente encharcado pelas lágrimas, terminei de ler aquilo que acabava de me causar a maior decepção de minha vida.

Realmente, não sei o que esperava, mas com toda a certeza, algo diferente disso.

Impulso? Confusão? É assim que define nosso amor?

Sei que agi mal com ele, mas não posso acreditar que o que vivemos não tenha passado disso, e pior ainda, que tenha pensado que poderia simplesmente resolver tudo com dinheiro.

Me tratou como um objeto, nunca me amou, mentiu... mentiu sem piedade e eu caí como uma tonta.

Fui tomada por uma raiva que até então desconhecia que poderia sentir. Rasguei aquele papel nos menores pedaços possíveis e, em meio ao meu choro descontrolado, comecei a jogar objetos na parede, sem me importar com o que poderiam pensar os outros hóspedes ou quem quer que fosse.

Minha cabeça latejava, meus soluços ecoavam alto pelo quarto, mas nada me importava, continuava ali, deixando tudo da mesma forma que meu coração estava: destroçado.

Fui freada ao sentir uma pontada em meu ventre. Só aí pude perceber que estava fazendo mal para a única coisa que me mantinha com vontade de seguir em frente.

Não posso arriscar a vida do meu filho, não posso cometer mais um erro entre tantos. Sentei-me na cama rapidamente e comecei a acariciar minha barriga, embora não conseguisse cessar meu choro.

– Perdão, você não merece isso... perdão - conversava como se aquele pequeno ser pudesse me entender

Comecei a ouvir batidas desesperadas e vozes na porta. Há quanto tempo estavam ali? me perguntei

– Senhora, está tudo bem? Abra por favor! - ouvi mais uma vez, e então me dirigi até a maçaneta

Fiz o possível para não parecer tão mal... sequei as lágrimas, abri e me deparei com duas funcionárias e o gerente do hotel, visivelmente preocupados.

– O que houve aqui? - perguntou o gerente

Agora mais calma, olhei em torno de onde estava e reparei o estrago que havia feito.

– Me desculpe, eu... perdi o controle, não vai se repetir.

– A senhora precisa que eu chame um médico? - questionou

– Não, já está tudo bem. Vou ligar para um amigo... desculpe mais uma vez, vou arcar com os gastos necessários. - disse, envergonhada

– Não precisa se desculpar, acertamos isso depois. Mas tem certeza de que está bem? Vou pedir para as camareiras organizarem tudo por aqui.

– Sim. – confirmei com a cabeça - E obrigada pela atenção

Não comentei nada ao gerente sobre minha gravidez, do contrário acabaria chamando um médico e eu não considerei necessário, graças a Deus a pontada não passou de um alerta.

Pedi uma água com açúcar, esperei que o quarto fosse arrumado e peguei meu celular.

– Vai ficar tudo bem. - sussurrei para mim mesma, antes de discar.

Conversei brevemente com Rodrigo e pedi que fosse me ver. É hora de termos uma conversa definitiva.


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Notas finais do capítulo

Créditos pela ajuda com a carta do capítulo anterior e essa: @LeriaSSilva

Capítulo triste né? :( comentem!