–Posso te pedir uma coisa?-fiz que sim com a cabeça. –Feche os olhos. - Fechei e ouvi os passos dele pelo local-abra-os-ele disse e eu o fiz, encontrando Aspen ajoelhado a minha frente com um anel de bronze derretido com uma ametista pequena, pude sentir meus olhos marejarem novamente, só que dessa vez de alegria. - Senhorita América Singer aceita se casar comigo? Ser a senhora Leger? Esposa de Aspen Leger, o seis cabeça-dura e orgulhoso?

–Sim! Eu aceito! É claro que eu aceito!-Disse enquanto ele colocava o anel em mim, naquele momento soube o quanto eu o amava.

–Oh Meri, sou o homem mais feliz do mundo!-exclamou enquanto me girava no alto segurando minha cintura. Quando me colocou no chão me deu um beijo intenso que me fez esquecer o mundo.

Algumas semanas depois

Eu e Aspen havíamos enrolado muito para contar as nossas famílias, temia a reação de minha mãe, mas temia mais ainda a reação de meu pai. Sabia que a dona Magda surtaria, mas não consigo imaginar a reação dele, quero muito que ele nos apoie. Sempre sonhei com o momento em que meu pai me levaria ao altar, como uma forma de aprovar meu casamento.

–Precisamos contar logo, já fazem dois anos e sete semanas. –disse Aspen.

–Eu sei, eu sei-suspirei - mas ,eu preciso de mais tempo, em breve contaremos.- disse calma mais logo em seguida abrindo um sorriso travesso .

–Posso saber oque foi?

–Pode. E eu posso saber quando Aspen Leger virou um romântico incorrigível que conta o tempo de namoro?

–Eu sempre fui assim. Só não saio fazendo demonstrações de amor em público.

–Então acho bom conhecer mais desse seu lado. –disse e sai correndo, quando ele me alcançou me fez muitas cosquinhas e ficamos brincando como crianças no meio da rua.

Mesmo não tendo sido selecionada, minha mãe cumpriu a promessa de me deixar trabalhar sozinha e ficar com metade do dinheiro. A melhor parte é que Aspen tem ido comigo a maior parte dos lugares, quando vai trabalhar perto ou pra me buscar, e uma vez até trabalhou no mesmo lugar que eu, enquanto eu cantava e tocava piano ele servia as mesas do evento. Eu divido meu salário em três partes, metade eu dou para Aspen, mesmo ele não gostando acaba aceitando, a outra metade eu divido metade para casa ,pois eu gosto de ajudar ,então compro comida ,e o resto coloco numa caixa como fundos pro casamento.

Estávamos na praça da cidade, sempre nos separávamos ali, não queríamos que descobrissem antes do necessário. Quando Aspen disse:

–Acho que é agora que nos separamos .

–É, casa da árvore mais tarde?

–Acho não ,você não pode dormir tarde todos os dias.

–Você é muito chato sr. Leger.

–Sou muito mesmo.

–Tenta não morrer de saudades.

–Não ganho nem um beijo?

–Não. – disse e fiz biquinho.

Tem certeza?-ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. –Eu acho que não. -Ele disse e me deu selinho, que logo se transformou em um beijo, só paramos quando ouvimos um grito de mulher bem próximo.

–Mãe?-perguntei a vendo furiosa e chocada e ao seu lado estava May que havia deixado às compras cair.

– Você e esse... –Ela fez uma pausa tentando pensa, ela estava furiosa - e esse aproveitador barato? Oh Meri! Eu não lhe criei para isso. Se não bastasse ser um seis, tinha de ser logo esse? Esse miserável traiçoeiro que fez a cabeça de Kota contra nós, que o incentivou a nos abandonar?!

–Aspen não é nada disso, e Kota tomou as próprias decisões, se ele nos abandonou ou não a escolha foi dele. E não me importo se ele é um seis, um sete ou um oito, eu o amo e ele me ama é isso que importa.

–América não pensava que fosse tão tola! Há quanto tempo nos faz de bobos? Há quanto tempo nos engana guardando esse seu segredo sujo?-esbravejou minha mãe.

–Oque está acontecendo?-Interveio a mãe de Aspen que passava por ali e viu a confusão, as pessoas que passavam nos encaravam com um olha de nojo.

–Encontrei seu filho abusando da inocência de Meri! Esse bastardo imundo e está se aproveitando de minha filha!

–Foi apenas um beijo, e eu não fui obrigada a nada, fiz isso porque o amo. - interferi- E nunca mais diga essas coisas de Aspen!

–Magda jamais repita essas atrocidades sobre o meu filho!-disse a mãe de Aspen toda vermelha de raiva. –Como você mesma ouviu sua filha fez oque fez por livre e espontânea vontade, a culpa não é de meu filho se você não consegue segurar tua filha!-Olhei-a indignada entendia sua raiva, mas eu não havia feito nada.

–Realmente devo cuidar melhor de minha filha para que ela não acabe como você uma meretriz que casou as pressas com um Zé ninguém para esconder a gravidez indesejada do filho bastardo, dizendo logo depois que a criança era prematura. Vai negar? Ou pensas que não me lembro de que chegava em casa minutos antes do toque de recolher?

–Minha mãe chegava em casa tarde porque estava trabalhando, diferente de você que desde sempre só pensava em ter uma casta melhor e agora quer levar seus princípios de alpinista social á atrapalhar a mim a sua filha! Não diga besteiras sobre meu falecido pai!- disse Aspen exaltado, ele ficará o tempo tudo segurando minha mão.

–Se quer fechar os olhos pra verdade, então que feche. E Meri pare de se iludir com as baboseiras que este qualquer lhe diz, ele e a mãe e a família dele são um bando de interesseiros. Vamos pra casa porque não estou aqui para dar show de graça.- Só nesse momento pude perceber que haviam pessoa se amontoando ao nosso redor.

Olhei para Aspen em dúvida e ele fez um gesto indicando que eu deveria ir para casa e eu dei um beijo estalado em sua bochecha e me retirei em passos largos