E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 252
Capítulo 252:


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo....



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– Ai e que eu to muito preocupada né amiga... – Minha avó, vindo pra cá, eu tenho certeza que ela vai implicar com o Fred. – Julia confidenciava seus anseios, enquanto dividia um lanche com as amigas na cozinha de sua casa.

– Bom veja pelo lado positivo Ju, você tem uma avó, eu tenho praticamente uma família inteira contra mim e o Ben. – Anita acabou fazendo piada com o nervosismo da amiga.

– É ok, mais você tem o Ben do teu lado. – Julia afirmou. – E outra o Fred também não merece passar pelas loucuras da minha avó. – disse Julia tencionada pela situação.

– É cumplice nessa doideira toda a gente sempre foi sim. – ela se viu obrigada a concordar com os argumentos da morena. – E o Ben não é o Fred, ele não é passional ao contrário, é impulsivo até demais, ele não baixa a cabeça devolve a altura, ainda mais agora né, que nós já viramos gato escaldo nessa história. – verbalizou ela. – Mais não sofre por antecipação né, é o melhor. – Anita aconselhou querendo que ela se mante-se tranquila em meio a tudo.

– É e logo você, que sempre tem o jeito certo pra resolver tudo, nem combina vai Julia. – deu força Monique.

– Eu já disse pra ela, não ficar tão nervosa, o problema da mamãe é comigo, não com ela que é neta. – A mãe de Julia interviu o papo, no momento que soltava um bolo sobre a mesa.

– Como se você não conhece ela, não é, a primeira frase que minha avó vai soltar é que só pode ser carma de gerações isso. – ironizou Julia preocupada, com as opiniões tortas da avó.

– Talvez a primeiro momento sim, mais ela vai acabar entendendo filha. – reforçou a mulher, sentando-se a mesa com as meninas.

– É, e depois também, tua avó te conhece, sabe que você é bem teimosa quando quer de verdade uma coisa. – brincou Anita.

– Ah e você não. – retrucou Julia nem disfarçando o sorriso de deboche.

– Talvez. – ponderou Anita. – Mais sabe, eu me conheço também, de alguma forma eu tenho consciência que se essa história com o Ben tivesse começado a uns dois anos atrás, eu estaria até agora sentada numa cadeira esperando um milagre acontecer, enquanto ela namorava minha irmã ou qualquer outra. – supôs Anita.

– Ah sei. – Julia ficou descrente.

– Claro que sim, nessa época eu conseguia ser mais trouxa do que hoje Julia, minha única prioridade era fazer minha mãe morar com o Ronaldo. – E agora eu to aqui não é, ao relento praticamente, quando precisou eu ajudei, agora ela tá lá me recriminando ao máximo, aí só de pensar me sobe uma raiva sabia. – a menina confidenciou impaciente.

– Ih amiga esquece, melhor você pular essas parte. – aconselhou Julia risonha. – Até porque as chances de você se arrepender depois são enormes. – ela revelou, Julia conhecia demais Anita para achar que não, qualquer coisa que dissesse respeito à mãe sempre faria a amiga voltar atrás depois.

– Que jeito não é. – a garota entendeu mesmo não muito satisfeita. – E de repente o bolo da tua mãe, é um assunto muito melhor. – afirma Anita em um tom brincalhão.

– Não sei é eu aconselho vocês a colocarem tanta fé assim. – Rita respondeu lisonjeada.

– Imagina, o cheirinho está ótimo. – também elogiou Monique.

– Deve estar uma delicia mãe. – reforça Julia pegando um pedaço. - Mais até parece que você não conhece a Anita mãe, só nunca experimentou comer pedra, acho que porque nunca passou pela cabeça dela. – Julia riu da amiga de infância.

– Ai que legal né. – Anita a encarou em total ironia. – Ultimamente nem isso, até pra comer de hora em hora eu ando sem cabeça, mais to levando. – admitiu ela, que seu estado quase sempre nervoso a andava atrapalhando um pouco.

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Já à tarde...

– Então o que você queria tanto falar comigo? – Anita questionava o namorado, sentada a beira da calçada do Embaixada.

– É na verdade, eu queria te pedir uma coisa, quer dizer me pediram pra pedir isso. – proferiu Ben, de forma atrapalhada sem saber como prosseguir.

– Hãm o que? – Anita continuou sem compreender. – Será que dá pra você ser mais direto, por favor, quando mais voltas você der pior vai ser. – a garota declarou impacientemente.

– Tá desculpa, é que assim, bom... – disse ele, virando-se para encará-la. – Meu pai, ele pediu pra gente ir lá em casa, porque bom a gente sumiu do nada né. – Ben revelou apreensivo.

– Que casa, aquela onde ninguém conseguia ver a gente juntos, vai ver eles até ficaram felizes de não ter que cruzar mais com nossas caras todo dia. – ela disse fingindo não ligar.

– Também não é assim né Anita. – ele quis ponderar. – Não dificulta as coisas vai. – praticamente suplicou o rapaz.

– E você não torra minha paciência. – rebateu Anita visivelmente insatisfeita. – Ou melhor, o que sobrou dela Benjamin. – bufou.

– É que assim Anita, as coisas não podem... – Ben procurou argumentar.

– Ah não Ben, eu vou embora. – disse ela erguendo-se exasperada.

– Anita, não espera. – pediu ele indo atrás dela. – Espera, um segundo. – o garoto ponderou a puxando pelo braço.

– Tá bom Ben, o que. – perguntou ela.

– A gente não vai brigar né, por uma bobagem dessas. – devolveu Ben, querendo amenizar as coisas.

– Nós não estamos brigando. – exclamou Anita, mantendo a calma. – Mais é, vamos conversar em outro lugar, o Antônio não tira o olho da gente. – contou ela, ao olhar novamente para dentro do restaurante e perceber o garoto concentrado nos dois como estava antes deles saírem porta fora.

– Eu percebi isso, desde que você chegou. – Ben concordou frustrado.

– Vem cá, já que tocamos no assunto, como que tá a Tita hein, Hernandez disse mais alguma coisa. – questionou ela, ao ter lembrança da menina.

– Tá bem, não foi nada de mais, até pendei em ir fazer uma visita pra ela, mas desisti, acho que você imagina por que. – respondeu Ben tencionado.

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– Ben! – Para, para, Ben, eu não vou que coisa, já disse. – Anita esbravejava em protesto, quando Ben praticamente a obrigava a entrar pela porta do casarão. – Uma pessoa não pode voltar atrás não. – argumentou ela tenebrosa.

– É só uma visita, também não custa vai. – o garoto argumentava a empurrando com as duas mãos pausadas em suas costas.

– Custa, porque eu não decidi isso, você decidiu isso. – ela reclama parando a sala.

– Anita, por favor, você tinha concordado. – Ben argumenta, enquanto tenta a convencer com o olhar.

– Olha aqui, escuta, acho bom você não esquecer. – diz Anita virando para encará-lo. – Eu espero sinceramente que você não tente fazer isso nos próximos cem anos, ou eu... – retrucou ela, em um olhar nervoso.

– Você? – Ben indaga com um sorriso divertido, como se quisesse dizer a ela que não se importava nem um pouco com retaliações, devido a sua insistência em trazê-la para falar com Vera.

– Ainda não decidi. – afirmou ela se perdendo em seu raciocínio, enquanto fita Vera de relance concentrada a mexer uma panela a beira do fogão. – Odeio que me convençam a fazer uma coisa que eu não quero. – ela reclama enraivada. – Você não devia de fazer isso, poxa. – a menina alega o olhando séria apenas.

– Foi mal, mais quando eu tiver certeza que é pro teu bem, eu ainda vou cogitar essa hipótese. – explica ele. – Fala com ela vai. – pediu Ben, a puxando pela cintura e a virando em direção da cozinha novamente.

– Ben! – Anita tenta argumentar insatisfeita.

– Anita vai logo. – Ben suplicou discretamente que ela reconsiderasse, ao perceber que Vera havia os notado. Anita apenas o lançou um olhar de brava e fui com pressa até a cozinha.

– Oi mãe. – ela disse procurando sessar seu jeito destemperado.

– Oi filha. – Vera respondeu virando para ela com um leve sorriso e um olhar melancólico.

– Você tá fazendo bolo. – Anita perguntou ao vislumbrar uma panela com calda de chocolate ao fogo, e um bolo a recém saído do formo sobre a mesa, talvez ela jamais confundiria ou esqueceria do cheiro dos bolos da mãe, sempre acordar nos finais de semana com o cheiro inexplicável dos quitutes da doceira seria uma lembrança muito marcante para puxar as saudades que ela sempre sentiria quando estivesse longe do casarão.

– É a Giovana está lá em cima reunida, com alguns amigos resolvi fazer um bolinho simples pra eles. – Vera afirmava depositando algumas formas e recipientes sujos a serem lavados dentro da pia.

– Claro, você sempre mimando todo mundo não é. – Anita constatou em um sorriso implicante.

– Você acha isso ruim. – indagou Vera ficando confusa com a colocação da filha.

– Não. – Anita garanti, pensando se não teria falado demais.

– Eu sou justa, quando se tem que adular, adulo, mas isso não significa que eu não sei dar bronca quando é preciso, não sou complacente com aquilo que eu não concordo. – Vera expressa numa voz severa.

– Eu sei, e como eu sei. – Anita não resisti e acaba soltando com certa ironia.

– Eu liguei anteontem lá pra Bernadete atrás de notícias tuas, mas ela me disse que você estava na casa da Julia, que por acaso anteriormente havia me dito que você não tinha chegado ainda na casa dela. – a mãe fala olhando Anita com um olhar confrontante.

– Nenhuma das duas estavam mentindo. – Anita respondeu verdadeira e não vendo porque esconder algo.

– Que bom não é filha. – retrucou Vera.

– Mãe eu não vim aqui saber a tua opinião a respeito de onde eu deveria ou não passar a noite. – a garota alegou procurando amenizar a clima desconfortável entre as duas. – Só vim saber como você estava, você sabe com plena consciência que eu estava com o Ben, o Ronaldo deve ter comentado que cruzou com nós hoje de manhã naquele dia, então pra que essa conversa. – Anita expressou, calmamente.

– E você confirma assim. – a mulher confronta, como se quisesse esconder que se encontrava desgostosa.

– Você quer que eu confirme como? – perguntou Anita entre olhares de estranheza a mãe.

– Com jeito nenhum você tem razão. – Vera afirmou voltando suas atenções para seu bolo. – Eu estou bem filha, espero que você também, ainda mais diante da tua decisão de sair daqui, aliás, as decisões, porque o Ben também deixou o casarão. – diz a mulher entristecida apesar de tudo com o afastamento de ambos.

– Eu não tive nada a ver com isso, o Ben é bastante sensato pra saber o que faz por si próprio, eu gostaria que ele tivesse ficado se é isso que você quer saber. – Anita respondeu com um olhar sincero e confuso a mãe. – Bom não fica chateada ou preocupada comigo, eu sei me cuidar, não quero perturbar tua paz e felicidade com o Ronaldo, e muito menos a da família. – pediu Anita, depositando um beijo carinho ao rosto da mãe. – Eu vou ver meus irmãos um pouquinho. – disse ela recebendo um sorriso como aprovação apenas.

– Falei pra você, que não era boa ideia eu vir falar agora com ela, acabei levando uma bronca por tabela por ter pousado com você no Omar. – revelava Anita andando apressada pelo quarto de Pedro e Vitor, já que o quarto das meninas era ocupado por amigos e pelos irmãos, que conversavam e tocavam algumas músicas acompanhadas por Giovana, Guilherme e o restante da banda.

– Eu é que não devia ter te levado pra lá não é, era óbvio que iria dar mais rolo. – Ben reconsiderou sua atitude, achando que ela podia ter complicado, mais do que ajudado Anita a se entender com a mãe, já que em tal dia a menina parecia depressiva demais, para que ele quisesse a deixar sozinha.

– Como é que é? – Anita para a olhar para ele, insatisfeita. – Olha aqui, para com isso você. – quase ordena ela, atirando um travesseiro que estava sob a beliche com rispidez em direção a Ben que se encontrava escorado a cabeceira da outra cama.

– Ai Anita. – ele reclama pegando o abjeto e o soltando sobre a cama.

– Só falta agora você me dizer que se minha mãe se demostrasse insatisfeita, você me largaria no altar, simplesmente porque ela resolveu dizer que é contra nossa união. – Anita devaneia irritada com a expressão de arrependimento dele. – Pois você pode ter certeza, que se você pensasse em desistir de alguma coisa que envolvesse nós dois, por retaliação deles a essa altura, eu te deixaria antes, e no altar se precisa-se. – acusa ela.

– Meu deus! – Pirou. – Ben proferiu impaciente olhando para o teto.

– Eu vou falar com o pessoal. – Anita comunicou deixando o quarto.

– Ah pronto chegou quem faltava, já não era sem tempo. – Giovana fala com um sorriso animado quando vê alguém abrir a porta do quarto e Ben entrar.

– E aí Gio. – Ben sorri simpaticamente.

– Você está intimado, a dividir uma música comigo. – a ruivinha afirma vindo lhe dar um abraço.

– Tá bom vai pensando. – ele acabou cedendo. – Gente a Anita não veio pra cá. – Ben, questiona a Serguei e Julia, já que ficou a sós alguns minutos no quarto dos meninos e achou que a namorada havia vindo realmente cumprimentar Giovana e os outros.

– Não, aqui ela não entrou. – Julia respondeu com um sorriso.

– Então Ben escolhe a música eu deixo. – Giovana diz exibida entregando o violão a ele.

– Ah entendi, a Super Diva vai me dar a honra. – Ben diz brincalhão indo sentar ao lado da irmã, na cama que era de Anita. – Bom deixa eu ver, faz um tempinho que não me dedico a meus talentos como músico, mais vamos de Far Way, pode ser. – sugeriu Ben.

– Bela escolha, adoro Nickelback, as músicas deles são incríveis. – adere Giovana sorrindo animadamente.

– Olha Ben, eu não entendo nada de banda de rock, mas com certeza se você cantasse essa música pra mim, eu juro que não te largava nunca mais. – Drica dispara audaciosa, enquanto Ben continua inercio a olhar para as cordas do violão, enquanto pensa na cifra da música para se escapar de responder.

– Perfeita a música mesmo. – Giovana reafirma diante da expressão sem reação do irmão, que fitava Anita adentrando o local com uma pose indecifrável a respeito de suas ações, já que parecia ter ouvido plenamente o que a morena dizia a um segundo atrás.

– Sem sombras de dúvidas Gio, até arrisco a dizer que até uma das letras mais lindas entre tantas músicas que existem por aí. – Anita pega o embalo nas palavras da irmã postiça, evitando confrontar Drica, mesmo sabendo que para isso teria que engolir o sapo e consequentemente sua raiva, apenas olhando a garota de relance que estava com cara de quem esperava ser confrontada, ela somente veio para mais perto de Ben e tão somente o beijou rapidamente, que conseguiu compreender que estava tudo certo e que não haveria retaliações depois, já que ela sorria tranquila a ele, e sentou-se ao lado de Giovana. – E você o que anda aprontando, saudades sabia. – ela disse cumprimentando a ruivinha com um beijo e um abraço.

– Ai Anita você bem que podia voltar pra casa não é, só receber visitas tuas não sanam minha saudade. – Giovana choraminga a ela, numa tentativa de persuadi-la.

– Também sinto tua falta, minha futura Diva. – confessou Anita em um tom brincalhão. – Mais eu não quero atrapalhar os irmãos prodígios não, eu vou conversar com a Julia ali, depois a gente se fala com calma. – anunciou ela.

– Achei que você fosse surtar. – Julia retrucou ao ver a menina vir em sua direção e se por ao sentar ao seu lado.

– Hum, só se eu quisesse brigar até amanhã com o Ben, aí não tem quem aguente né Julia, nem o Ben, eu já perturbei demais a cabeça dele por esses dias. – constatou Anita. - Por mais que eu estivesse me segurando pra não fazer uma bobagem. – Anita confidenciou a irritação, aos cochichos para a amiga.

– Ignora mesmo, é o mais recomendável. – Julia a apoiou.

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– Flaviana eu já expliquei, o Sidney vai tomar um susto tão grande, que dessa vez sim ele vai aprender a nunca mais me subestimar. – Sofia fazia confidencias para a amiga, que ainda estava em Nova York.

– Ah juro, pois se ele ainda não percebeu isso é muito mais otário do que eu pensava, ou te ama de verdade não é Sofia, pra ignorar isso. – a morena quis lhe abrir os olhos, afoita com os planos da patricinha.

– Ai Flaviana desiste, você não vai me fazer mudar ideia. – Sofia disse, sentando a cama e repousando o notebook sob as próprias pernas.

– Eu não, não estou tentando, até porque te conheço, o cabeça dura. – resmungou Flaviana. – Só estou com pena do pobre do Sidney. – ela disse preocupada.

– Ai Flaviana corta essa vai. – a loira nem ligou. – Quem mandou ele, sair com aquela loira azeda, agora que aguente. – Sofia afirmou mordida de ciúmes.

– Ah Sofia e o Serguei hein, nem consegui falar com ele hoje. – pergunta Flaviana suspirando de saudades do namorado.

– Eu não vi ele hoje, devia estar no salão, mais se eu fosse você não o subestimava também, volta logo, antes que ele esqueça que tem namorada, você sabe como é a concorrência por aqui, por mais que eu achasse no início e ainda acho um pouco, você de caso com um cabelereiro do bairro, se fosse da Barra da Tijuca ainda, mais do Grajaú Flaviana, quem te viu quem te vê. – Sofia deu um sermão na amiga.

– Sofia pula essa parte, tá bom, semana que vem eu estou de volta tá, e eu não estou de caso com ninguém eu amo o Serguei, e sei que ele me ama também, você é que tem que parar com essas meias verdades aí, antes que acabe sozinha, porque não dá valor pra quem te quer e nem admite que você também quer. – Flaviana devolveu a altura.

– Ai corta essa Flaviana. – a loirinha revirou os olhos, desgostosa.

– Sofia... – chamou Anita escancarando a porta. – Eu não sabia que vocês estavam de papo. – disse ela ao constatar que estaria interrompendo.

– Anita! – Ai Anita foi deus que te mandou aqui, sabe do meu ruivinho. – Flaviana indagou ao ouvir a voz da garota do outro lado da tela.

– Oi Flaviana. – Anita riu da menina voltando sua atenção para ela. – Acho que o Serguei ficou toda tarde em volta com as clientes no salão, parece que tinha uma festa, da mulher aí da rua de baixo, e lotou lá o salão. – Anita revelou o que sabia do amigo, que disse que passaria o sábado trabalhando apenas.

– Ai valeu, me foi mais útil que a Sofia. – falou a menina. – Eu vou tentar falar com ele, e agora, tchauzinho pra vocês, beijos. – se despediu ela animada.

– Tchau Flaviana. – Sofia respondeu debochada.

– Tchau, e juízo em Sofia, e pensa no Sidney um pouquinho antes de fazer alguma bobagem. – ela pediu.

– Do que ela tava falando Sofia, o que você fez. – Anita indagou confusamente.

– Nada, eu hein. – a loira despistou, deixando o laptop de lado.

– Sofia eu não gostei. – Anita a fitou séria e desconfiada.

– Ah é, e olha minhas rugas de preocupação Anita, ah vai. – Sofia suspirou irritada.

– Tudo bem, eu vim falar de outra coisa mesmo com você. – Anita resolveu deixar o assunto de lado. – Eu falei com o Omar mais cedo, e bom aquelas coisas que a Flaviana descobriu sobre o vídeo, com a tal conversa tua e do Sidney, ele não soube me dizer quem poderia ter postado o vídeo no e-mail do restaurante e mandado pra todo mundo. – revelou Anita decepcionada.

– Porque eu me surpreendo. – a loira depositou um sorriso sarcástico nos lábios.

– Ai Sofia, eu sinto muito. – Anita ficou penalizada pela irmã. – Mais porque você tá aqui, nesse quarto. – ela estranhou.

– Você não soube, a Mariana tá dormindo lá no quarto agora, na tua cama, Giovana pediu e minha mãe adorou, não é. –contou ela enraivada com o fato. – A Marta foi pra São Paulo, pra falar alguma coisa com o marido, largou a filha aqui. – revelou ainda.

– Hum legal. – Anita não soube o que pensar. - E você veio pra cá. – deduziu ela dispersa.

– E você acha que eu iria aguentar ficar olhando pra cara daquela garota Anita. – Sofia irritou-se. – Flaviana de novo, pelo jeito não achou o Serguei. – Sofia imaginou ao ver seu celular tocando e o nome da amiga surgir na tela.

– Eu vou, deixar vocês falando. – Anita achou mais aconselhável. – Eu vou ver se o Ben já foi. – disse ela saindo e em seguida fechando a porta devagar.

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– Vitor. – Ben chamou o irmão, ao vê-lo entrar em casa do sofá.

– Oi. – o garoto respondeu carrancudo.

– Eu sei que a gente andou se estranhando. – Ben tentou iniciar uma conversa franca com o irmão.

– E porque, eu estava errado, sempre estive, quando te acusei de não respeitar nossa família e nem a Anita. – Vitor devolveu arredio com a aproximação de Ben.

– Tá ok, mais respeito ou não, aqui nunca estive em discussão, muito menos em relação a Anita. – Ben usou de paciência. – Eu errei em muitos momentos dessa situação, nunca neguei Vitor, talvez eu tenha exagerado da forma como eu coloquei as coisas pra você, naquela nossa briga, mais você é meu irmão, acho que já deu esse clima não é. – argumentou ele.

– Olha só Ben, na boa, eu não estou afim de papo mesmo, tá tudo do avesso pra mim. – afirmou ele desanimado.

– A tal briga com o Guilherme no colégio. – supôs Ben confortando o mais novo.

– Como você sabe disso. – o garoto perguntou com olhos arregalados.

– A Raíssa, ela contou a mim e a Anita. – retrucou Ben.

– E você não disse nada pra ninguém, seria a deixa certa pra se vingar de mim, por eu implicar com você e com a Anita. – falou o menino um tanto surpreso.

– Sim, mais eu não sou o dedo duro, nunca fui, e nem vou começar a ser, eu só fiquei preocupado, vocês sempre foram amigos. – falou Ben com um olhar baixo, se escorando a mesa.

– Éramos até ele roubar minha namorada, ou sei lá também, a Clara sempre me deixava em segundo plano, pra ficar com essa carreira de cantora dela, vai ver isso é mais importante pra ela do que eu. – Vitor se perdeu no que pensava, ainda abalado com a situação.

– Bom o que eu posso te garantir é que nada é definitivo ou dura pra sempre, uma hora tudo toma o seu devido lugar. – disse Ben, numa tentativa de ser solidário com o irmão. – E me desculpa, se de alguma forma você ficou ofendido com o que eu te disse naquele dia, eu perdi a cabeça, deixei o calor da discussão me levar, não vou negar, pra ser mais sincero ainda tudo que diz respeito a mim e a Anita e a tudo isso, me tira do sério sim, eu não consigo aguentar mais calado como se o único errado fosse eu, vocês pegam pesado as vezes também Vitor, e consequentemente, eu ajo por impulso e tudo se torna pior sim. – admitiu ele sua parcela de culpa.

– Tudo certo, você é meu irmão, e eu nunca vou conseguir ficar brigado com você. – Vitor amoleceu indo abraçar Ben.

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– Você tá boa nisso. – Anita pronunciou-se irônica, parando a porta do quarto que sempre dividiu com Sofia e Giovana.

– Nisso o que garota. – devolveu Mariana no susto, quando identificou a presença de Anita.

– Em ocupar território, tá indo cada vez mais rápido né, daqui a pouco tem a casa só pra você. – verbalizou ela sem paciência.

– Só tava separando algumas roupas. – alegou ela, escolhendo as peças que colocaria no armário. – E foi a Giovana que pediu pra mim vir pra cá, eu não ocupei teu espaço, alegou que não queria ficar sozinha com a Sofia. – justificou.

– Sim, minha irmã é um mostro atacaria a Gio, em dois tempos mesmo. – continua Anita, sem se conter.

– O que você quer hein Anita. – Mariana indaga não gostando do rumo da conversa.

– A verdade, é isso que eu quero, porque eu to me cansando de você. – Anita disse em um tom arbitrário, batendo a porta bruscamente para fechá-la.

– Que verdade eu hein, enlouqueceu de vez, tudo bem que você sempre foi meio esquisita, desde pequena. – Mariana desconversou.

– E você sempre foi isso, mimada, sempre se faz de inocente. – devolveu Anita ficando com raiva.

– E você, a santinha, a ops, não é mais não é, resolveu parar de fingir. – riu a garota dissimulada.

– A Giovana te contou. – deduziu Anita não escondendo que o sorriso cínico escondia o seu descontrole.

– Ela comentou sim, mais fazer o que né, se eu quisesse saber, qualquer um do bairro ou do mundo poderia me dizer. – ela alegou.

– Não usa, essa loucura toda de primeira vez na internet, ou seja, lá o que for, pra fugir do assunto não, eu não vou me esconder debaixo da cama com medo de você, e nem disso, já pulei essa fase, faltou você constatar isso. – disse Anita se alterando.

– Eu não estou fugindo de assunto nenhum, caramba hein Anita, você nunca foi a mais normal de todas as primas que eu tenho e olha que a família é grande mais nisso você se superou não é. – caçoou a garota. – Se bem que isso até é considerável. – ela voltou atrás. – Agora o que é estranho mesmo, é um cara como o Ben, arrumar problema com todo mundo, por uma coisinha sem sal como você. – acusou ela. – Se fosse pela tua irmã, até dava pra se pensar em entender, mais você. – completou, enquanto Anita somente escancarava o sorriso irônico, balançando a cabeça negativamente.

– É fala a verdade, você bem que tentou não é, ficar com ele, quando chegou aqui, lamento te informar queridinha, ninguém sabia mais ele já estava comigo novamente, e também se não, ele nunca iria olhar pra você não é. – devolveu Anita vendo uma raiva lhe guiar. – Falta de caráter, não é algo que o Ben, venere, muito ao contrário ele detesta, você armou pra cima da Sofia, aliás, vocês nunca se bicaram mesmo, de alguma forma as duas são um pouco parecidas, com uma única diferença, a Sofia ainda peita de frente, não arma pelas costas como você, que quase nunca consegue ser integra. – acusou Anita, não conseguindo mais sustentar a situação como estava.

– Eu não sei do que você tá falando. – negou ela, junto a um olhar assustado que ficou visível.

– Ah sabe, você descobriu talvez por acaso a palhaçada que o Sidney fez com a Sofia, e resolveu tirar proveito disso. – Anita sustentou taxativa.

– Ah é Anita, então se é assim, porque tá perdendo teu tempo aqui, que não foi lá contar pra todo mundo, ninguém vai acreditar em você né, mais mentirosa nessa casa impossível, tua mãe não vai te levar a sério. – desafiou Mariana, não achando que Anita faria algo.

– Tem razão, mais eu ainda prefiro pagar pra ver e agora mesmo, pode até ser que ninguém acredite em mim, mais o barulho que eu vou fazer nessa casa ao menos vai servir pra deixar todo mundo na dúvida, aí eu quero ver se você se garante tanto assim. – cansou-se Anita.

– Não Anita espera. – temeu ela, tentando segurar Anita por um dos braços.

– Que foi tá com medo, você não era tão esperta. – Anita rebate altiva, enquanto a outra parecia paralisada e longe dali.

– Anita, você tá louca, me solta eu não fiz nada já te disse, porque você não acredita. – Mariana passou a gritar palavras desconexas sem que Anita compreendesse.

– Tá maluca garota, tá fazendo o que endoidou. – respondeu Anita não entendendo onde ela iria querer chegar.

– Eu to falando a verdade, sempre tive, tá bom. – insistiu ela.

– Que isso para, surto foi, para agora. – pediu Anita, tentando conter Mariana que tentava arranhar-se.

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– E foi isso que aconteceu Ben, aí eu preferi me afastar de vez, até porque a Clara que precisa saber se ela gosta de mim ou do Guilherme. – Vitor contava com detalhes o que estava por trás de sua briga com Guilherme para Ben na sala.

– De repente você agiu certo em parte, não que briga resolva nada e não resolve, vai ver a Clara confundiu as coisas, e no final ela vai perceber isso. – pronunciou Ben.

– É quem sabe. – Vitor ficou na dúvida se ainda acreditava em tal esperança. – Que isso gente, porque a pressa. – o garoto não entendeu quando o pai e a madrasta vieram do quintal com cara de apavorados.

– Os dois não ouviram não, essa gritaria. – Vera afirmou nervosa indo até a escada.

– Não. – disse Vitor despreocupado. – Vai ver e a Giovana que tá cantando desafinado, agora canta dia e noite, a maluca Ben inventou que... – ele tentava contar algo, quando foi interrompido por Ben que parou para prestar atenção.

– Pera aí Vitor. – pediu Ben com calma. – Essa voz, é da Anita. – deduziu ele já correndo para a escada.

– É melhor a gente ver também, vem Ronaldo. – Vera saiu puxando o marido para o andar de cima seguindo o enteado.

– Mariana você quer parar com a brincadeira. – Anita ainda insistia em conter o descontrole da garota.

– Anita eu não to acreditando nisso, você enlouqueceu minha filha, como pode. – Vera entrou no quarto deduzindo, aquilo que seus olhos pareciam lhe mostrar, depois que fitou as duas garotas emboladas, e a filha de sua prima Marta, descabelada e com os braços e o rosto um pouco vermelhos.

– Acreditando no que, que essa doida aí simulou isso tudo, porque foi isso. – Anita parecia finalmente entender o propósito da garota, confusa e nervosa mal absorvendo a cena que se passava no ambiente só conseguindo ir até Ben que estendia os braços e a puxava para perto de si.

– Você tá dizendo que eu to mentindo, o que tá óbvio. – sustentou Mariana o que Vera já havia comprado.

– Claro que tá, eu não encostei em você, você é que ficou aí fazendo escândalo e batendo na própria cara. – gritou Anita se irritando de vez. – Mãe eu não fiz nada, Ronaldo, por favor, você também não está achando que eu bati nela, isso é ridículo. – Anita fez uma última tentativa de se defender, apelando para o senso e imparcialidade do padrasto, mas só recebeu um olhar de reprovação em troca.

– Ridícula, está sendo você Anita, que jeito descompensado é esse, eu não te ensinei a resolver tudo a base da agressão nunca, mais você parece viver disso hoje em dia. – Vera a reprendeu.

– Mais eu não fiz nada, ela tá fingindo, eu juro, eu ia descer justamente pra ti contar que... – Anita argumentou indignada, vislumbrando somente impaciência no olhar que recebia da mãe.

– Chega Anita, eu não aguento mais nada, estou cansada de tudo. – alegou Vera exausta.

– Ben tira a Anita daqui, é melhor todo mundo esfriar a cabeça. – previu Ronaldo.

– Não, como assim? - Tira a Anita daqui Ronaldo, vocês vão simplesmente acreditar nela, não posso nem me defender, é isso. – Anita perdeu o controle diante da situação.

– Vem comigo, acredita vai ser melhor, eles não vão te ouvir, não agora. – pediu Ben segurando firme a mão direita de Anita, que parecia tão gélida quanto o susto que se encontrava dentro de seu olhar.

– Ben eu... – ela foi insistente se recusando a deixar o local.

– Não insisti, por favor, vem. – ela alegou com um olhar firme e confuso a ela, não sabia quais pensamentos filtrar em sua mente naquele momento, a situação era o que todos viam, e talvez fosse a real, mais também não conseguia deixar passar despercebido, não para ele, o olhar sincero de indignação que Anita impunha ao encará-lo, assim como a todos que estavam ali.

– Você está bem, minha filha. – Vera foi logo cuidar de Mariana, ao passe que via Ben praticamente arrastar Anita para fora do quarto.

– To sim, foi mais o susto. – Mariana garantiu com a voz chorosa.


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