"X" não era apenas um problema na Policia Federal, mas já tinha tomado conta das redes sociais, pelo que se via, o povo tinha achado alguém para se apoiar, e enfim encarar o governo de frente, manifestações com seus símbolos já estavam sendo feita nas ruas, isso já era um grande motivo pelo qual o governo deveria se preocupar. Já no prédio central da Policia Federal no Cento do Rio de Janeiro, representantes de todos os estados, delegados peritos e etc, estavam reunidos na sala de conferências, ao entrar o Comissário junto com o Cabo Morrison, todos olhavam para os mesmo esperando o começo do diálogo.

–Olá a todos, eu sou o Comissário Torres, e este em meu auxílio é o Cabo Morrison, convoquei esta reunião para que possamos debater sobre o caso "X".

Neste momento, um perito criminal federal de área 17 se levantou e disse.

–Desculpe Comissário, mas eu como um dos peritos mais experientes do estado, acho que não vai adiantar, nos dedicamos ao máximo neste caso, usamos recursos antes nunca usado em perícia, acho que uma reunião não vai adiantar muita coisa.

–Talvez, não vim aqui exatamente para entre nós resolvermos o caso em questão, vim para dizer algo importante, tomei a liberdade de entrar em contato com o detetive "Z".

Ao dizer isso, um dos agentes ali presente se levanta indignado e diz.

–Comissário, o que está havendo com o senhor? Sabe que compartilhar informações dos casos a alguém de fora é totalmente contra aos princípios da Policia Federal.

–De fato, mas todos nós sabemos que não temos a capacidade de resolver o caso em questão, devemos aceitar a verdade, precisamos de ajuda capacitada para resolver este mistério. Disse o Comissário com certeza em seus olhos.

–De acordo, mas o senhor escolhe um garoto de 16 anos pra fazer isso, uma criança ainda. Retruca o agente para com o Comissário.

–Pois é, mas foi esta criança que resolveu inúmeros casos internacionais pela Interpol e FBI, e também a criança que na qual o "L" depositou toda sua confiança, então sim, eu escolhi esta criança para liderar toda a investigação.

Após o sermão do Comissário Torres toda a sala fica em silêncio, o agente se senta não muito satisfeito, e em seguida o Cabo Morrison sussurra no ouvido do Comissário.

–Senhor estamos online com o "Z" no Skype.

–Ótimo Morrison, passe ao telão.

–Por favor, quero a atenção de todos agora para o telão, estamos online com "Z" em conferência. Disse o Comissário.

Todos, por mais que não gostassem da ideia de ter uma criança de 16 anos liderando o caso principal da Policia Federal, estavam ansiosos para saber afinal quem era "Z", se realmente ele fazia jus a sua suposta reputação. Então a conexão se inicia. Uma voz alterada por computador e a letra "Z" como imagem de identificação.

–Olá a todos, eu sou "Z", estudei o caso em questão e achei interessante, me responsabilizo por ele, resolve-lo e revelar o culpado. Antes de começar a trabalhar no mesmo, peço que a Policia Federal não se intrometam mais na investigação. Quero apenas o auxílio do Comissário Torres e seu auxiliar, o Cabo Morrison.

O mesmo agente que debateu com o Comissário se levanta e diz.

–Esse caso é de interesse exclusivo da Policia Federal, como não quer ela envolvida nisso?

–Vocês tiveram 2 meses para resolver isso, e até agora nenhuma pista conseguiram, acha que serão de grande ajuda? Acho que não! Disse "Z" afirmando.

Depois disso o agente se senta e não debate mais com o "Z", o Cabo Morrison bota a mão na boca para que não notem sua risada.

–Agradeço a presença de todos, e ao Comissário Torres, entrarei em contato.

"Z" então desliga a chamada, logo todos saem da sala, ficam somente o Comissário e o Cabo Morrison, um ar de alívio e certeza de que agora a resolução do caso vai a frente toma conta da sala, o Comissário com seu semblante mais tranquilo diz ao Cabo.

–Vamos Morrison, vamos tomar um refrigerante.

–Claro senhor.

Enquanto tomam um refrigerante em uma lanchonete no centro, o Cabo faz uma certa pergunta ao Comissário.

–Comissário, a risco das pessoas envolvidas no esclarecimento caso, serem assassinadas?

O Comissário olha para o Cabo, sem esboçar muita reação, afinal, aquilo nem havia passado pela cabeça dele, havia mais gente envolvida, não só eles dois, e provavelmente ele teria de convocar mais alguém a pedido de "Z", alguém que teria uma família, filhos para criar, seria o mesmo que abandonar tudo isso se fosse se dedicar ao caso, porque poderia morrer a qualquer momento, assassinado pelo próprio assassino, ou sofrer um atentado por um de seus seguidores. Seria mais uma coisa a se pensar. Nesse momento, seu celular toca, ele olha, ve na tela um número privado, mesmo assim atende.

–Alô.

–Olá Comissário, é o "Z" quem fala.

O Comissário se assusta, afinal, como ele havia descobrido seu número, aquele era o celular privado de uso restrito da Policia Federal, ficou impressionado com a habilidade do garoto. Mas abobalhado ele responde.

–Aaah, s-sim, pode falar.

–Quero que convoque um homem de confiança para trabalhar no caso.

–Mas tenho comigo o Cabo Morrison! Disse o Comissário.

–Sim também irá auxilia-lo, mas todos da Policia Federal sabem que o Cabo está infiltrado no caso, preciso que convoque outro homem de confiança, para ajudar, pois este a Policia Federal não terá conhecimento! Disse o "Z".

–Ah claro, de acordo. Vou providenciar. Disse o Comissário olhando para Morrison.

–Ok, eu agradeço pela sua fiél colaboração no caso Comissário, até.

"Z" desliga, o Comissário guarda seu celular no bolso, pega sua lata de refrigerante toma mais um gole, nisso o Cabo Morrison pergunta.

–Comissário, aconteceu alguma coisa?

–Era o "Z", quer que eu convoque mais um homem de confiança para ajudar no caso.

O Cabo espantado disse.

–Mas senhor, este não é o celular de uso restrito da Policia Federal?

O Comissário abaixa a cabeça, fica em silêncio por alguns segundos, da um simples sorriso e diz.

–Sim, de fato como você disse, ele foi aprendiz de "L", já era de se esperar algo assim.

O Cabo sorrir para o Comissário afirmando com a cabeça.