A Babá da Casa ao Lado escrita por LovelyHappiness


Capítulo 14
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

CASO DE VIDA OU MORTE! LEIA COM ATENÇÃO!

Você sabe o que é perdão? Eu sei o que é perdão. Perdão: Um ato que redime; Um ato que acolhe; Um ato que desculpa. E é por isso que eu venho aqui, com o rabo entre as pernas, pedi o perdão de vocês!

Okay, chega disso.

BABYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYS DA KAT, COMO ESTÃO?! QUE SAUDADES DE VOCÊS! FIC DE CAPA NOVA? *UUUUUUUUUUUU* GOSTARAM? Vocês devem estar querendo me matar, não é mesmo? Depois de três meses, finalmente uma atualização! Eu sei que ando vacilando demais com as atualizações, mas... A sorte não é muito minha fã. Tudo começou quando, infelizmente, ocorreu o falecimento do meu avô paterno. Fiquei muito triste, e ver meu pai sofrendo pela perda do pai dele só piorou minha situação e isso acabou tirando toda a minha inspiração. Depois disso, adivinhem? Fiquei doente. Segundo o médico, eu estava com suspeita de rubéola. Mas, depois de alguns exames, descobri que estava com um vírus chamado Citomegalovírus. Então, tive que ficar de repouso, tomando os remédios necessários, e mais uma vez, sem chances de escrever o capítulo. Passado essa doença, adivinhem? Peguei Caxumba. Mais uma vez, sem chances de atualizar! Como eu tive que ficar de repouso, passei um tempo sem ir para a escola e assim que eu melhorei e voltei as aulas, uma semana antes da minha semana de prova, tive que colocar todas as matérias em dia e depois estudar como uma condenada para as provas! Depois que entrei de férias, me dediquei toda e totalmente a ajustar a fanfic. Três semanas. Precisei de três semanas para ler toda a história, adicionar coisas que eu achei necessária e outras que passaram despercebidas por mim. E ah, preparar diversas novidades pra vocês, pessoinhas lindas *u* Eu sei que depois dessa demora toda, eu deveria postar uns trinta capítulos de uma vez só, mas... Infelizmente não consigo escrever tanto passando por tantas coisas HASHUHASHU' Bom, vou parar de falar e deixar vocês lerem!
Aproveitem bastante...

Ps: Desculpem qualquer erro nesse ou em qualquer outro capítulo :>



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Katniss Everdeen P.O.V ON

— Madge! - exclamo em choque. — O que faz aqui? - arregalo os olhos, fitando o ser de cabelos loiros, sentado caprichosamente bem em cima do meu sofá.

— Ah, eu vim combinar com você a nossa ida as compras, já que, quando nós íamos conversar, você foi fazer não sei o que, em não sei onde, e, como eu já disse, a Annie já confirmou, a Clove me ignorou quando eu perguntei mas eu tenho certeza que ela vai! Vai ser divertido! Vamos passar o dia juntas! Imagina? Eu, você e as meninas como grandes amigas e...

— Quem te deixou entrar? - interrompo-a, expressando minha perplexidade. — E... COMO CHEGOU AQUI TÃO RÁPIDO?! - não posso evitar alterar o tão de voz na ultima frase.

— Bom, quem me deixou entrar foi uma velhinha muito simpática que perguntou o que eu vim fazer aqui, aí, quando eu comecei a explicar que vim te ver e o porque, ela me deixou entrar e pediu pra mim esperar por você na sala. O que foi estranho, já que ela nem me ouviu direito, eu mal comecei a me explicar e ela já disse que eu poderia ficar aqui e te esperar. Que estranho... Mas eu cheguei aqui mais rápido porque eu peguei um atalho com minha moto. Não entendo porque não fez isso, é tão mais fácil! Você poderia ter chegado a uns dez minutos atrás. Se bem que foi divertido ficar contando o tic-tac do relógio e...

— Quem te contou onde eu moro? - eu continuo chocada, e agora levemente assustada, mas, preciso saber o nome do futuro cadáver.

— Peeta. - ela sorri, balançando o corpo de um jeito bobo. — Na verdade, eu nem precisei insistir muito. Eu comecei a falar e ele me interrompeu. Não entendo porque as pessoas sempre me interrompem! Será que ninguém nunca disse pra essa gente que isso é uma completa falta de educação? É estranho, às vezes, parece que elas querem me fazer calar a boca. Mas eu sei que isso é meio impossível, já que eu não falo muito. Eu já te contei da vez em que a minha gata cortou o cabelo do meu tio Will? Tadinho, ele ficou dois anos sem os cabelos da nuca... Mas, em defesa a minha gata, ele que dormiu perto da pata dela. Eu já disse que amo animais? Não? Pois é, eu amo. Muito mesmo! Igual eu amo sorvete de Kiwi! Quem não ama sorvete de Kiwi? Meu primo Leonard. Ele é sempre o do contra! E olha que eu tenho uma família bem grande... Eu já disse que tenho uma família muito grande? Não? Mas eu tenho. São... Por que você 'tá batendo com a cabeça na parede? - paro o que estou fazendo, ao notar que ela para de falar e me encara com o cenho franzido.

— Nada, estava apenas tentando fazer meu cérebro funcionar melhor. - sorrio sem mostrar os dentes, me afastando da parede. — Madge, olha só, nós...

— Katniss? Ah, ainda bem que já chegou. - sou interrompida pela voz da tia Cash. Espera, tia Cash?!

— Tia Cash? - me viro confusa, vendo Cashmere andar até mim. — O que faz em casa agora?

— Ah, esqueci alguns papéis importantes e vim buscá-los. - diz, abanando o ar com uma das mãos, e em seguida sorri, notando a presença de Madge. — Oh, quem é sua amiga?

Ela não é minha amiga.— murmuro enfezada.

— O que disse, querida? - Tia Cash franze o cenho.

— Madge. Ela é a Madge. Madge, essa é a Tia Cash. Ou melhor, Cashmere. - digo, apontando de uma a outra. Tia Cash estende a mão para Mad, que aperta sorrindo largamente. Medo.

— Vão fazer algo hoje, meninas? - Cashmere ajeita seu coque, muito bem arrumado. O que faz com que eu note seu look formal, ou quase. Uma blusa social um pouco parecida com moletom, uma calça skinny branca e saltos relativamente altos de cor prata.

— Não, na verdade...

— Eu vim combinar com a Kat o dia das nossas compras para o baile de boas vindas da escola. - Madge me interrompe, e tia Cashmere abre um sorriso sinistro, igual ao que a Mad deu a segundos atrás.

— Um... Baile? Mas que ótimo! Katniss, você tem que estar linda! Ah, eu adorava os bailes da escola... Vocês podem fazer as compras hoje! - Tia Cash diz tudo em uma animação surpreendente.

— Na verdade, tia, ainda temos bastante tempo... O baile é só na sexta. - digo, fingindo desapontamento. Qual é? De repente a ideia de fazer compras me parece apavorante.

— Mas isso não é problema! Melhor ainda. Assim vocês podem comprar os melhores vestidos com bastante antecedência! - diz, me fazendo bater com uma das mãos na testa.

— Mas tia, não podemos ir hoje. Falta o resto das meninas... Que pena, né? - finjo tristeza. — Então, Madge, você já pode...

— Isso não é problema! - Mad me interrompe. — Eu posso ligar pras meninas agora e..

— Ótima ideia! Ligue para as outras. Eu te dou o meu cartão e vocês não precisam economizar, hein?! - Tia Cash bate palmas animada.

Eu só consigo pensar em uma coisa... Eu. Vou. Matar. O. Loirinho.

— As meninas! - grito de repente, lembrando de uma coisa, e assustando as duas. — Quer dizer, as meninas voltam hoje a tarde, e eu sou a babá... Tenho que ficar pra cuidar delas. - digo, como se estivesse falando comigo mesma, e sorrio com a ideia de que isso pode me livrar da tarde de compras.

— Ah, sem problemas! Eu te libero por hoje. Antes de você aparecer, as meninas ficavam com a Greasy. Ela é de muita confiança. Não vai ser um problema elas ficarem um dia a mais ou a menos com ela. - Cashmere abana o ar com uma das mãos, como se não fizesse diferença.

— Mas, tia Cash...

— Kat, até parece que você não que ir! - Madge franze o cenho.

E eu realmente não quero!

É o que eu gostaria de dizer, mas prefiro guardar pra mim.

— Não é isso! É que... Eu já volto. - digo gesticulando, antes de andar em direção a porta.

— Katniss, onde é que você vai? - ouço tia Cash perguntar.

— Na casa do Peeta. - digo, abrindo a porta e saindo da casa.

Ando a passos rápidos até a casa em frente, mais precisamente, a casa do loirinho. Bato na porta ao mesmo tempo em que bato o pé impacientemente no chão, esperando ser atendida. Olho distraidamente minhas unhas e vejo de relance a porta se abrir. Levanto o olhar e vejo uma mulher de meia idade. Uma empregada. Estranho... Não me lembro de ter visto nenhum empregado da última vez em que estive aqui.

— Ér... O Peeta está? - passo as mãos pela saia do uniforme.

— Sim, senhorita. Um instante, irei chamá-lo. - a mulher diz, antes de se virar e sumir casa dentro.

Estou ferrada. Não acredito que a Madge apareceu aqui, e por coincidência do destino, a tia Cash esqueceu papéis em casa e veio buscá-los.

Sorte, por que você me odeia tanto?

— Katniss? - sou tirada dos meus devaneios por um Peeta, apenas com a calça do uniforme, parado ao batente da porta.

Ah! Que ótimo...

— Por que deu meu endereço pra gralha tagarela da Madge?! - digo rápida, cruzando os braços e desviando a atenção de seu peitoral descoberto.

— Acabou de dizer o motivo. Ela é uma gralha tagarela. Ou eu falava, ou ela estouraria meus ouvidos. - diz como se fosse óbvio. É, realmente faz sentido.

— Só que, agora ela vai me..

Cinderela, sua geladeira é um lixo. Cadê as bebidas? - volto minha atenção ao ser loiro, descalço, com o uniforme desarrumado, e blusa desabotoada, que surge atrás de Peeta. Cato. — Ah, você de novo?! Não se cansa de me perseguir não?!

— Também estou feliz em te ver. - devolvo em tom enfezado.

— Cato, já disse que minha mãe proíbe a entrada de bebidas aqui em casa, a menos que seja um dos vinhos caros dela. E não, pela milésima vez, você não pode quebrar o cadeado do armário onde ela guardar eles. - o loirinho diz, entediado.

— Sua vida é um tédio. Você estraga a graça de tudo! - Cato diz, balançando a cabeça negativamente, antes de se virar e fazer o mesmo caminho por onde veio.

— Me desculpa por isso. - Peeta diz, indicando Cato. — Então, você dizia...

— Como assim não tem bebida, Cinderela? - ouço uma voz familiar, assim que eu faço menção de me pronunciar, e um Gale, tão desleixado quanto o Cato, aparece atrás do loirinho. — Eu não acredito que você convida... Ah! E aí, Catnip?!

— É Katniss. - eu corrijo em um tom entediado.

— Catnip é mais legal. - ele sorri, como se 'tivesse ganhado uma aposta.

— Gale, eu vou dizer pra você a mesma coisa que disse pro Cato. E que eu digo pra vocês todos os dias... Minha mãe proíbe bebidas aqui em casa, a menos que seja um dos vinhos caros dela. E não, você também não pode quebrar o cadeado do armário onde ela guardar eles. Ficou claro?

— Mas eu consigo abrir aquele armário! - ele garante.

Peeta ergue uma sobrancelha.

— Ah é?

— Sim! Eu tenho um tio que é chaveiro, e ele disse que é só observar com atenção, apurar os ouvidos, girar devagar... E MANDAR VER COM A MARRETA! - ele grita repentinamente, fazendo gestos exagerados, enquanto o loirinho e eu o olhamos assustados.

— Gale, você não vai quebrar o armário da minha mãe! - o loirinho aumenta o tom de voz, parecendo aterrorizado com a ideia.

— Hunf! 'Tá! Obrigado por nada. - Hawthorne revira seus olhos cinzas, iguais aos meus, e se vai.

— Ér... Eu acho melhor eu ir. Só queria respirar um pouco e aproveitar pra gritar com você. - suspiro, dando de ombros. — Hora de voltar pra minha morte.

— Desculpa por ter te ferrado, eu só queria me livrar da Madge e... - Peeta começa, coçando a nunca sem jeito e, antes que ele possa continuar, uma coisa grande e macia é atirada de dentro da casa e acerta meu rosto, com tanta força, que eu só percebo que foi uma almofada quando já estou caída no chão. Mas o quê?! — Katniss! Você 'tá bem? - o loirinho me puxa pela mão, me ajudando a levantar.

— Ai, meu nariz... - resmungo, passando a mão no fornecedor de ar para os meus pulmões, vendo se ele está bem.

— Cuidado! Deixa eu ver o estado disso... - ele diz, retirando delicadamente minha mão do meu nariz e substituindo pela sua. — Bom, acho que não tem nada quebrado...

Cinderela, você viu onde caiu a almofada que... Por que estão tão próximos? - Peeta e eu dirigimos nosso olhar para mais um ser seminu, parado a porta com um sorriso malicioso. Finnick.

Volto a olhar Peeta e vejo que, eu não havia notado, mas, realmente estamos muito próximos. Se nos aproximarmos mais um pouco, poderemos sentir a respiração um do outro.

— Estava verificando se o nariz da Katniss está inteiro, depois do ataque da almofada voadora de vocês. - o loirinho diz, retirando a mão do meu nariz e se afastando de mim.

— Em minha defesa, não fui eu quem atirei a almofada. Foi a almofada quem resolveu voar. - Finnick diz, levantando as mãos em sinal de rendição.

— Talvez ela queira voar de novo! - digo sarcástica, pegando a almofada, que parou ao meu lado, e atirando-a com força em Finnick, acertando sua testa em cheio.

— Outch! Madrasta Má, qual é o seu problema?! - ele diz massageando a testa, enquanto o loirinho é só risadas.

Percebendo que Peeta está rindo dele, Finnick dá uma almofadada na barriga do loirinho, que para de rir instantaneamente, me fazendo prender a risada.

— Vai guardar essa almofada. - Peeta diz, dando um pedala em Finnick.

— Eu estou indo embora. - aviso, fazendo um sinal de paz com os dedos e me virando, pronta pra voltar pra casa.

— Espera, Kat! O que, exatamente, a Mad quer com você? - me viro novamente para o loirinho, que me olha com as sobrancelhas arqueadas.

— Ela veio tentar me arrastar pra fazer compras para o baile. - resmungo enfezada. — E pra completar, a tia Cash está em casa apoiando essa ideia!

— Bom, acho que eu te devo uma, então... Acho que eu e os caras podemos ir junto... Podemos amenizar um pouco a matraca da Madge. Talvez assim ela cale a boca.

— Seria...

Cinderela, aquele vaso na mesinha do lado do seu sofá é muito caro? Porque ele quebrou. - Finnick diz, surgindo com Cato e Gale em seu encalço.

Quantas vezes mais eu vou ser interrompida hoje?

— Vaso do lado do meu... O QUÊ?! - Peeta parece finalmente entender o que Finnick diz. — A minha mãe vai me matar!

— Se te consola, sentiremos sua falta. - Gale diz, fazendo um coração no ar com os dedos.

— E eu vou matar vocês antes! - o loirinho diz irritado, antes de correr atrás dos três patetas que correm para algum lugar da casa.

Que ótimo! Fui deixada!

— Kat! - ouço a voz que me causa arrepios na espinha me chamar. Me viro lentamente em direção ao chamado, e vejo Madge atravessar a rua apressadamente, vindo em minha direção. — Ótima notícia! Eu liguei para as meninas e elas aceitaram ir hoje! Claro que não foi fácil convencer a Clove, já que ela desligou o telefone na minha cara sete vezes e depois falou muitas palavras feias pra mim. Mas, a Cashmere é um amor de pessoa e conseguiu convencer ela quando disse que daria seu cartão ilimitado para nós gastarmos no shopping com tudo que precisamos! Sabe, agora eu percebi que estou falando como se você conhecesse a Clove... Você não conhece ela, né? Bom, ela é uma morena baixinha que não gosta muito do Cato. Bom, na verdade, ela odeia ele. Bem, ela odeia todo mundo, mas, o ódio por ele supera os outros ódios. É o que ela diz! Já pensou no seu vestido, Kat? Eu quero que o meu seja azul! Eu amo azul! Dizem que azul é a cor favorita de toda pessoa retardada... Você me acha retardada? Minha mãe diz que eu sou meia louca, não porque gosto de azul, e sim porque bati com a cabeça no chão quatro vezes quando era pequena. Ei, você já tem um par? Eu não! E eu preciso muito de um par! Já pensou? Eu chegar sozinha na festa não rola, né? Isso aconteceu com a minha tia no baile dela. Mas, na verdade, o par dela passou mal. E, além de chegar sozinha, ela ainda rasgou o vestido dela enquanto dançava! Acredita nisso? Não quero que isso aconteça comigo! Já pensou se...

— MAD! - grito, fazendo-a parar de falar. — Não fala mais nada, por favor! - respiro fundo.

Com tantas palavras ao vento, Madge conseguiu me deixar zonza outra vez.

— Vocês são uns idiotas! Bando de trouxas... - a voz de Peeta volta a ecoar e os meninos aparecem novamente, ofegantes e reclamando, até que, param na porta e notam a presença da Madge, logo dando um passo coletivo para trás, com expressões assustadas.

— Oi, meninos! - Madge sorri animada.

— Oi, Mad... - Peeta sorri sem mostrar os dentes, enquanto os três patetas só olham pra nós como se fôssemos algum monstro.

— Eu vim avisar a Kat que podemos ir fazer as compras para o... - Madge para de falar assim que Cato faz sinal com os dedos para que ela fique quieta.

— Você fala demais. - o loiro azedo faz uma careta engraçada.

— Falando em falar demais... Meninos, vocês podem ir com a gente! - Madge bate palmas com sua ideia.

Arregalo levemente os olhos, soltando um ofego ao ouvir as palavras da loira. O quê?!

— O quê?! - dou voz ao meu pensamento, e minha voz acaba saindo um pouco mais alta do que o esperado.

Noto Peeta com um olhar tão desesperado quanto o meu, sem saber o que dizer, Finnick com uma careta confusa, Gale se escondendo atrás de Finnck e Cato, como se isso fosse fazê-lo desaparecer, e finalmente Cato, que ri escandalosamente antes de parar de repente, fechando a cara.

— Não. Nunca. Não mesmo. Sem possibilidades. - o loiro azedo diz de forma ácida.

— Por que? - Madge diz de forma triste, deixando seus ombros um pouco caídos.

— Não gostamos de...

— Perder oportunidades como essa! - Finnick interrompe Cato, colocando uma mão sobre sua boca. O que não dura muito, já que no instante seguinte, ele já se desvencilha, olhando incrédulo para o outro.

— O quê?!

— Que história é essa, cara? - Peeta olha confuso para um Finnick, que sorri ardiloso.

— Pensem bem. Todos nós... Juntos... E o Gale... - ele diz pausadamente e balançando a cabeça devagar, como se isso ajudasse os outros a entenderem melhor, o que me faz estreitar os olhos em desconfiança.

— Oh... - o loirinho balança a cabeça, como quem acabou de compreender, mas Gale parece confuso, já Cato, revira os olhos enfezado.

— Não! Nem pensar. Eu sei o que vocês estão pensando mas eu não sou obrigado a aguentar a tagarela só pra fazer o... - Cato é interrompido por um tapa de Finnick em sua cabeça. — Outch! Por que você fez isso?

— REUNIÃO! - Finnick grita, puxando os meninos para um pouco mais distantes de nós, incluindo o Gale, que parece tão confuso quanto Mad e eu, que arqueamos nossas sobrancelhas ao mesmo tempo, encarando a cena.

— Mad, eu acho que isso é mais um sinal de que não devemos ir a lugar nenhum. - digo da forma mais sério que posso, tentando convencer a garota a desistir dessa ideia.

— Por que? Vai ser ótimo os meninos irem com a gente! Vamos ter opiniões masculinas na hora de escolher os vestidos! E a gente ainda pode usar eles pra carregarem as bolsas. Vamos, Kat, vai ser divertido! Vamos passar a tarde toda juntos! Podemos ir tomar sorvete depois das compras. Sabia que sorvete de mirtilos misturado com milho é uma delicia? Isso forma um mirtilho! Sabe, mirtilo... Mais milho... Ah, você entendeu! Ei, eu já contei da vez em que minha tia Boonie atropelou o cachorro do vizinho? Nunca a vi tão brava! Ela disse várias palavras obscenas pro vizinho dela... Acredita que agora ela é casada com o dono do cachorro? Pois é, eles continuam brigando! Uma vez, eles discutiram tanto, que no dia seguinte, acordaram sem voz! Minha vó diz que isso é castigo dos deuses do céu, que não aguentam mais ouvir esses dois. Eu já contei que minha avó super acredita que existam milhares de deuses do céu? Não? Pois é, ela acredita! Pra ela, existe um deus de tudo. Até mesmo se você espirrar, foi o deus que controla seu nariz que fez isso. Imagina? Um deus do nariz? Minha avó é realmente biruta. Birutinha das ideias! Ei, vocês já pensaram em nadar no mar em um dia chuvoso? Eu sempre imagino que se você nadar no mar durante uma chuva, um raio vai te atingir e você vai queimar igual um desenho animado. É... Mas, Kat, se os meninos forem com a gente, nós poderemos ajuda-los a comprar seus smokings! Acreditam que eu ainda não tenho um par pro baile? Alguns garotos me chamaram mas, ou eles tinham algum problema, tipo encarar fixamente as pessoas, ou eles cancelavam depois que eu tentava puxar assunto com eles. Acho que eles não gostam muito de conversar... Algum de vocês já tentou lamber o próprio cotovelo? Eu tenho certeza que sim! Eu já tentei e cheguei a conclusão de que os cotovelos ficam no lugar errado. Se eles fossem mais em cima, poderíamos lambe-los e tudo estaria numa boa. Mas não! Os cotoveles ficam longe demais das nossas línguas! Será que é possível fazer um implante de língua? Imagina só! Seria divertido e...

— MAD! - Finnick grita, interrompendo a nossa, não querida, gralha tagarela. Noto que Peeta e Gale seguram os ombros de Cato, que não está com uma expressão nada boa, como se tentando contê-lo de avançar na Madge.

Sinto meus ouvidos latejarem...

— Se concordamos em ir, você promete não abrir mais a boca? - o loirinho pergunta, quase que suplicando, soltando o loiro azedo, vulgo Cato.

— Bom, eu posso tentar ficar quieta. Mas eu gosto de interagir com as pessoas ao meu redor e eu...

— PROMETA! - grito interrompendo-a, fazendo a mesma se calar e assentir com um sorriso torto. Só então noto que o loirinho acaba de concordar em ir as benditas compras. Espera... O quê?! NÃO! — Quer dizer... Não será preciso nenhum de nós ir a lugar nenhum. Sabe, vamos deixar isso pra outro dia... - Quem sabe nunca... Completo em pensamento, sorrindo amarelo.

— Katniss! - uma voz conhecida ecoa, fazendo todos nós voltarmos as atenções em direção ao grito.

Do outro lado da rua, paradas ao lado do carro da tia Cash, estão Annie e Clove. Espera... Annie e Clove?!

— A sua TIA MANDOU o MOTORISTA nos BUSCAR em casa. - as duas andam rapidamente até nós.

— Eu só vim pelo dinheiro. - Clove diz entediada, parando junto a Annie ao lado de Madge.

— Mas como o motorista...

— Os meninos vão com a gente! - Madge diz animada, não me deixando falar.

Deus, o que eu fiz de tão ruim? Isso tudo é porque eu não alimentei aquele gato sarnento que encontrei na rua uma vez? Só porque eu desejei que minha antiga professora de matemática morresse? Se for... ME DESCULPA!

— Furmanh. - Cato lança um olhar raivoso para Clove, que retribui.

— Ludwing. - ela rosna entre dentes.

— Dá pra sentir o ódio no ar! - Gale diz gesticulando, recebendo um tapa na nuca de Peeta.

— Não vou a lugar nenhum com esse projeto de Homosapien mal desenvolvido! - Clove diz sarcástica.

— Eu poderia dizer o mesmo! Se soubesse o que Homosapien significa...— Cato resmunga.

Um sorriso brota em meus lábios, assim que tenho uma ideia. É como se uma lâmpada tivesse se acendido em cima da minha cabeça.

— E vocês não precisam! Sabe, não precisamos ir se eles não querem a presença um do outro. - sorrio brilhantemente com minha suposta escapatória.

— Olha, eu não te conheço... Mas já gosto de você, garota. - Clove me lança um quase sorriso.

— Ah, que ótimo! A madrasta má e a vice do satã se conhecem! - Cato revira os olhos.

— Fica na sua, Ludwing! - Clove diz, mostrando o dedo do meio ao loiro.

— Me obriga, surfista de poça d'agua. - Cato debocha, retribuindo o gesto.

— POR QUE VOCÊS dois NÃO podem se CONTROLAR E SE SUPORTAREM DURANTE as compras? - Annie atrai toda a atenção pra si.

— Esses dois? Juntos? Sem brigar? Impossível! - Finnick ri debochadamente.

— Eu posso muito bem me controlar. - Clove garante. — Já esse troglodita ignorante...

— Olha aqui, sua alpinista de formigueiro eu acho melhor você...

— Gente! Pelo amor, vamos acabar logo com essa palhaçada. - Peeta interrompe Cato. — Vocês dois, - ele aponta respectivamente de Cato para Clove. — vão ficar quietos, controlados, longe um do outro e nós vamos fazer a droga das compras hoje. Entendido?

— Ui, Cinderela, a general. - Gale debocha, causando risadas em todos, menos no loirinho, que bufa.

— Eu perguntei se estamos entendidos? - Peeta altera o tom de voz para forte e autoritário, fazendo as risadas cessarem, e todos nós o olharmos surpresos, sem emitir som. — Ótimo. Vou levar esse silêncio coletivo como um sim.

Madge sorri, dando pulinhos e batendo palmas animada.

— E então, vamos as compras?

— Gente, eu nem sequer almocei! Eu 'tô com fome e não quero sair. - bufo, cruzando os braços de forma infantil.

— Katniss! NÃO SE rejeita UM dia DE compras! VOCÊ VAI e ponto final. - Annie diz, como se fosse um absurdo eu não querer ir.

— Não, eu não vou. - digo, apelando para um abordagem mais direta.

É, eu não vou.

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— Eu não acredito que vocês me obrigaram a vir! E nem sequer me deixaram trocar de roupa! - digo me controlando para manter meu tom de voz normal.

Depois da minha suposta palavra final sobre as compras, as meninas me arrastaram para dentro de casa, enquanto os meninos foram ajeitar seus uniformes, e depois me arrastaram novamente para dentro de um dos carros super chiques da tia Cash. É triste saber que minha própria tia se juntou no plano maligno contra mim. Tsc...Tsc...

E, mesmo o carro sendo praticamente uma limousine versão menor, tendo espaço para todos nós, eu e Peeta ainda estamos sendo esmagados entre Clove e Cato. Sim, estamos entre os dois terroristas. Como no carro tem dois bancos grandes, um de frente para o outro, Finnick, Madge, Annie e Gale estão no banco atrás da cabine do motorista, e no outro, o resto de nós. Toda vez que Cato e Clove entram em uma discussão, eu quase vou parar no colo de Peeta e vice e versa. Agora, somos oito adolescentes de uniforme dentro de um carro a caminho do shopping. E eu estou odiando isso.

— VOCÊ não QUERIA vir! TIVEMOS QUE DAR nosso JEITO. - Annie diz, fazendo Gale se encolher a cada vez que ela tem uma mudança repentina no tom de voz.

— Sabe o que eu ainda não entendi? Como o motorista sabia o endereço de vocês? - franzo o cenho, intercalando o olhar ente Annie e Clove.

— Ah, eu anotei o endereço delas pro motorista. - Madge atrai a atenção pra si. — Sua tia disse que eu poderia ir com o motorista buscar as meninas, sabe, para guia-lo. Mas eu preferi anotar os endereço delas e ficar aqui, só pra garantir que você também viria. Sabe, eu não saio muito com meus amigos... Na verdade, eu acho que vocês são meus únicos amigos. Os únicos pra quem eu conto as coisas... Eu já contei da vez em que minha vó caiu da janela do quarto do meu irmão? Nós realmente não sabemos como ela ainda está viva! Eu acho que minha avó é imortal... Imagina? Será que eu também sou imortal? Seria incrível! Eu poderia passar o resto da minha vida comendo sorte de kiwi! Vocês também poderiam ser imortais e aí...

— Madge, sabe o que não é imortal? A minha paciência! - Cato diz, fazendo sinal para a loira se calar.

Agradecendo mentalmente: "Obrigada, Cato."

— É tarde demais pra eu voltar pra casa? - pergunto sem realmente falar com alguém, me encolhendo no estofado do banco.

— Sim, Madrasta Má, já é tarde. - Finnick diz, olhando pela janela.

Desvio meu olhar pelo lado de Cato, e percebo que estamos na rua do shopping.

Ai não!

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— Catnip, já estamos andando a horas! - Gale resmunga, impaciente.

— O que é Catnip? - Finnick franze o cenho em direção a Gale.

— Catnip é o meu nome errado. - respondo antes que Gale possa pensar em falar alguma bobagem.

— Já disse, Catnip é melhor que Katniss! - Gale diz me dando língua, o que me faz revirar os olhos.

— Escolhe logo o que você quer! - Clove diz impaciente. — Ficar respirando o mesmo ar que o Ludwing 'tá me fazendo absorver estupidez aguda.

— Ôh, gandula de pingue-pongue, você devia era se sentir honrada de ter minha companhia!

— Gandula de pingue-pongue é a sua avó, seu aborto de Neanderthal!

— Vai começar... - Peeta comenta ao meu lado.

— Se aquietem os dois! - digo, antes que o Cato possa se pronunciar. — Vocês só estão me apressando porque já compraram as coisas de vocês! Meninas, vocês já acharam seus vestidos perfeitos, e meninos, vocês já compraram seus smokings. Agora é a minha vez! - bufo, começando a me irritar comigo mesma. Essa deve ser a centésima loja em que nós entramos.

Em minha defesa, todos os vestidos que vimos até agora não combinam comigo. Não rolou química.

— Katniss, não aguento mais ver tantos vestidos! - o loirinho diz, olhando em volta.

— Eu estou gostando de entrar em todas essas lojas! Geralmente eu não saio muito, minha família não gosta de sair comigo, então, 'tá sendo bem legal passar o dia com vocês! E eu também adoro as cores dos vestidos. Verde, vermelho, azul, amarelo, roxo, laranja, preto, branco, bege, marrom, rosa, cinza... Tem tantas! Eu amei o meu vestido azul. Eu amo azul. É tão bonito! Tem gente que prefere verde. Eu não gosto muito de verde... Verde é uma cor... Triste... Tipo cinza. Cinza é a cor mais triste que tem. Que espécie de cor é cinza? É um preto claro? É um branco escuro? É a mistura dos dois? Eu odeio cinza! Minha tia Ella ama cinza. Ela diz que essa cor lembra o marido dela que morreu. Ela diz que o marido dela era tão tedioso quanto a cor. Vai entender! Eu não gosto de pessoas tediosas. Tédio é a pior coisa do mundo! Não, 'pera... Esquilos são a pior coisa do mundo. Sabiam que eles mordem? Eu não sabia disso até encontrar um esquilo raivoso no parque perto da minha casa. Eu achei que a espuma saindo da boca dele fosse chantilly. Ele me mordeu tão forte, que o dente dele prendeu no meu braço! Fui parar no hospital com um esquilo raivoso preso no meu braço. Foi a experiência mais estranha da minha vida! Depois do enorme tombo que eu tomei no meio do asilo onde meu avós moram, claro. Acreditam que os velhinhos riram de mim, em vez de me ajudar? Só teve uma velhinha que tentou me ajudar mas acabou machucando as costas... Coitada. Eu fiquei com pena dela...

— MADGE, CALA A BOCA! - todos nós gritamos em uníssono, fazendo Madge se calar, e atraído alguns olhares de algumas pessoas na loja.

Onde essa garota arruma tanto fôlego? Como ela consegue falar TANTO? Meu Deus!

— Mad, que tal você ir ver mais vestidos? De preferência, do outro lado da loja. - Peeta diz, obviamente tentando se livrar da gralha tagarela.

— Boa ideia! Katniss, eu vou ver se encontro um vestido bem bonito pra você! - ela sorri largamente, antes de sair saltitando para o fundo da loja. Menos um problema!

— Ótimo! Agora eu só preciso encontrar meu vestido perfeito! - digo, começando a reparar melhor nas roupas da loja.

— Não sei porque você não veste qualquer coisa. Sua cara de madrasta má vai continuar a mesma. - Finnick diz, abrindo um sorriso debochado logo em seguida. Gale e Cato começam a gargalhar, dizendo "essa foi boa", enquanto Peeta tenta inutilmente prender a risada, o que me faz levantar o dedo do meio para os quatro. Antes que eu possa pensar em responder algo, Clove se pronuncia, atraindo a atenção pra si:

— Vamos logo com isso! Andar com vocês diminui um terço do meu Qi a cada minuto! - diz, antes de me puxar pela mão para mais ao fundo da loja, sem me dar tempo de protestar.

— CLOVE É sempre TÃO amorosa... - Annie diz, seguindo nós duas, juntamente dos meninos.

Bom, vamos procurar meu vestido perfeito!

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Uma pilha de vestidos. É tudo o que vejo.

Annie e Clove se dividiram de mim, e, em menos de um minuto, encheram meus braços com mais de trocentos vestidos que "podem ficar lindos em mim", segundo elas. Em meus braços, um grande contraste. Enquanto Annie me trouxe um arco-íris de vestidos, Clove se encubiu de pegar apenas vestidos pretos.

Pelo visto, ela pode ser bem dark das trevas quando quer.

Agora, presa no provador, visto o primeiro da enorme pilha ao meu lado. É um vestido branco de alças finas, rendado. Ele vai até a metade das minhas coxas e, na minha humilde opinião, ficou bem fofo em mim. Sorrio para o espelho avaliando melhor o vestido, antes do sair do provador.

Na loja em que estamos, no meio do enorme espaço onde se encontram os provadores, tem puf's espalhados para acompanhantes esperarem. E é sentados lá que se encontram Clove, Annie, Madge, Peeta, Cato, Finnick e Gale, meus jurados de vestidos. Madge apareceu minutos depois, quando as meninas começaram a me empurrar em direção aos provadores. Diga-se de passagem que ela não deixou de contar da enorme aventura que foi andar entre os vestidos da loja.

— E então? - atraio a atenção de todos, assim que abro a porta da cabine. As meninas me olham de cima a baixo, enquanto os meninos, apenas mantém expressões de tédio.

— Eu gostei! - Annie sorri animada, me fazendo sorrir junto.

— Tenta outro. - Clove diz de forma pensativa, fazendo sinal para que eu dê uma voltinha. Faço o que Clove pede e arqueio uma das sobrancelhas.

— Ah, é uma opção. E também, tem tantos outros! Eu vi um muito bonito que pode ficar lindo na Kat e...

— Parece que você vestiu a rede de pesca do meu pai. - Finnick diz de forma debochada, interrompendo Madge. Como é?

— Como é? - dou voz ao meu pensamento, com as mãos na cintura, semicerrando os olhos na direção do garoto.

— 'Tá mais pra um pombo... - Peeta diz prendendo a risada, coisa que Cato e Gale não fazem.

— 'Tá igual minha tia Beth... Gorda. - Cato diz, antes de fazer um "Hi-Five" com Finnick, e cair na gargalhada.

— Vocês já acabaram? - olho-os irritada, antes de me virar e voltar para dentro do provador.

Gorda... Gorda é o cérebro dele! Não, esqueci que ele não tem um cérebro.

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— Por favor, digam que esse vestido está bom! Eu não aguento mais trocar de roupa! - digo em tom exausto.

Esse deve ser o centésimo vestido que eu provo. Eu nem sinto mais meus braços de tanto que movimentei eles! Meu cérebro deu pane depois do quinto vestido.

Já coloquei vestidos com manga, sem manga, curtos, longos, colados, soltos... Algumas pessoa diriam: "Mas fazer compras é tão bom! Não acredito que está reclamado por experimentar vestidos lindos!" Fazer compras é realmente bom!

Mas provar tanta roupa deixa de ser divertido quando a cada roupa que você prova, você escuta coisas como: "Tá parecendo um picles gigante com esse vestido verde.", "Catnip, por que está vestida de gema de ovo?", "Vai a algum enterro? Ou melhor, com esse vestido você tá parecendo o defunto! Katniss, a defunta.", "Kat, qual é a cor desse vestido? Cor de merda?", "Okay, Marilyn Monroe, vai trocar de roupa!", "Tem brilho demais aí! Você é a convidada, não o globo da festa!". Essas foram as gentis palavras de Finnick, Gale, Cato, Peeta, Annie e Clove, respectivamente.

— Perfeita! - sou interrompida pela voz de Annie, que me olha sorrindo embasbacada.

— O quê? - franzo o cenho, antes de notar que ela se refere ao meu vestido.

Sorrio tímida, abaixando a cabeça, olhando pra mim mesma. Depois de trocar tantas vezes de roupa, acabo começando a fazer isso mecanicamente, e nem percebo o vestido que coloco.

Estou vestindo um vestido tomara que caia, curto na frente e longo atrás, de uma cor creme na saia e um brilho dourado no colo, ressaltando meus seios.

— Com esse eu tenho que concordar. - Clove diz com um sorriso contido, o que me faz sorrir largamente.

Reparo que os meninos me olham com pequenas aprovações nos olhos. Exceto Peeta, que me olha um jeito estranho, diferente de qualquer expressão que eu já tenha visto ele fazer.

— NÃO ME lembro DE ter pegado ESSE vestido... - Annie franze o cenho, parecendo tentar se recordar de algo.

— Ah, esse fui eu. - Madge diz de forma ingênua, atraindo as atenções para si.

Por mais incrível que possa parecer, Madge estava tão quieta que, por um momento, esquecemos de sua presença.

Somos seres humanos terríveis.

— Mad, ele é lindo! Obrigada. - sorrio de forma terna, dando uma rodadinha com o vestido.

— Achei que fosse gostar. Eu gostei bastante dele! Ele tem brilho. Já que disse que amo coisas brilhosas? Não? Pois eu amo! E eu...

— Okay, Madge! Já entendemos. - o loirinho interrompe Madge, fazendo sinal pra que ela se cale. — Você realmente ficou muito bonita nele, Katniss. - ele me lança um sorriso torto.

— Continua com a mesma cara de Rainha Má. Só que, bem vestida. - Finnick dá de ombros, mexendo distraído em seu cordão, que só agora noto em seu pescoço. Não consigo ver o pingente, pois sua mão está impedindo.

— Finnick, você precisa mesmo desses seus comentários inúteis? - arqueio uma das sobrancelhas em direção ao garoto, balançando a cabeça negativamente.

— Catnip, já podemos ir embora? Esqueci de arrumar meu quarto. Tenho que jogar todos os restos de pizzas que esqueci debaixo da minha cama fora, antes que minha mãe veja. - Gale diz agitado, olhando a tela do celular.

— Você guarda pizzas debaixo da cama? - Cato arqueia uma sobrancelha em direção ao Gale.

— É um bom lugar pra guardar coisas. - Gale diz como se fosse óbvio.

— Eu sei, eu guardo minhas revistas embaixo da minha.

— Pornôs? - Finnick pergunta com um sorriso torto.

— Não... - Cato responde com um falso tom ingênuo. — Talvez.

— Tem alguma da Stoya? - Finnick usa um tom sugestivo.

— Não. Você tem? - Cato o olha interessado.

— Eu tenho! - Gale se gaba.

— Você tem?! - Peeta de repente se interessa pelo assunto.

— Mentira que você escondeu isso de nós?! - Finnick reclama em tom indignado

Logo, os meninos engatam em uma conversa completamente desnecessária sobre as posições e tamanho das coisas da tal Soya, Boya, Jiboia ou seja lá qual o for o nome da fulana.

Intercalo um olhar com as meninas, que reviram os olhos e encaram o grupo de adolescentes pervertidos babões a nossa frente.

— Quer saber? Eu vou tirar essa roupa. - digo sem realmente me importar em ser ouvida e volto para dentro do provador.

Vestido perfeito, hora de ir pra casa com a mamãe!

Estico meus braços para trás, tentando alcançar o zíper do vestido. Assim que meus dedos tocam o fecho, puxo o mesmo para baixo, mas ele não desce. Tento novamente mas ele continua no mesmo lugar.

— Meninas? - grito do provador, na esperança que alguém me ouça e venha me ajudar.

— Hãn... Katniss? Só eu estou aqui. As meninas foram ver a nova coleção de vestidos de um tal de Tom sei lá do que, e os meninos foram atrás de uma atendente que eles juram que é uma pirata. - ouço a voz entediada do loirinho e posso apostar que ele 'tá revirando os olhos.

Oh, droga! E agora? Eu tenho que tirar esse vestido!

— Ér... Peeta? - fecho os olhos por um instante. Eu posso me arrepender muito disso, mas, eu preciso me livrar dessa roupa. — Pode me dar uma ajudinha, aqui? - abro a porta da cabine, vendo um Peeta com o cenho franzido. Mas logo sua expressão muda ao ver minha cara de frustração e minha tentativa de puxar o zíper do vestido.

— Mas não seria melhor esperar... - interrompo-o puxando-o junto de mim para dentro do provador, trancando a porta do mesmo, deixando Peeta entre mim e a porta.

— Olha aqui, loirinho, esse vestido é EXTREMAMENTE lindo e eu PRECISO levar ele pra casa de um jeito ou de outro, mas, não PRESO NO MEU CORPO! Então você trate de me ajudar a abrir esse zíper se não eu juro que vou te matar tão lenta e dolorosamente, que vai ser impossível o corpo de delito reconhecer seu corpo! - a expressão de assustado do loirinho diante do meu olhar mortal e meu aperto no colarinho de sua blusa, deixando nossos rostos quase colados, seria hilário se eu não estivesse tão irritada.

Surpreendendo todas as minhas expectativas, de que iria obedientemente me ajudar com o vestido, Peeta simplesmente ri, aumentando meu estado de irritação.

— Do quê você 'tá rindo?! - aumento consideravelmente meu tom de voz, soltando o loirinho.

— Precisa de tudo isso por causa de um vestido? - Peeta ri com deboche. Fecho minhas mãos em punhos mas, antes que eu possa me manifestar, o loirinho levanta os braços em sinal de rendição. — Tudo bem, te ajudo a tirar. - diz, ainda com um sorriso idiota de canto.

Bufo me virando de costas para ele, de forma que fico entre o espelho e ele. Puxo meu cabelo para o lado e sinto Peeta pressionar as mãos em minhas costas, puxando o zíper.

— Então, Katniss... Você fez a proeza de prender o zíper no seu sutiã. - o loirinho prende a risada, me olhando pelo espelho.

Katniss, você realmente é uma gênia.

— Então tira! - agito as mãos, agoniada.

— Tem duas opções, ou rasga o sutiã ou rasga o vestido. - Peeta diz, com uma calma irritante.

— Rasga o sutiã mas não toca no vestido! Agora puxa! - encolho a barriga, numa tentativa de deixar a situação menos complicada, vendo Peeta dar de ombros, começando a puxar o zíper. — Mais forte, Peeta! Vai! Rápido!

— Para de se mexer!

— Vai com mais força! - bato os pés impaciente. — Isso!

— Tá saindo!

— Mais rápido! Vai!

— Eu 'to sendo rápido!

— Katniss? Peeta? - sou interrompida pela voz do loiro arrogante, Cato.

Oh, não!


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Notas finais do capítulo

CASO DE VIDA OU MORTE! LEIA COM ATENÇÃO!

Links da Fanfic -

Roupa da Cashmere - https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/cf/aa/ca/cfaacad58afdabd6411a9df1fbd96f2b.jpg

E ENTAAAAAAAAAAAAÃO?! Aprovado? Reprovado? Bom, vamos começar com as novidades!

1 - Como eu citei nas notas iniciais, eu fiz algumas alterações em todos os capítulos passados. É super recomendado que você leiam os capítulos novamente e vejam minhas humildes mudanças.

2 - Bom, eu gostaria de comunicar que quero muito criar um grupo no WhatsApp para que vocês leitores fiquem sempre por dentro do porquê das demoras com as atualizações e coisas mais... But, é preciso mais de duas pessoas para esse grupo dar certo. Por isso, se você aí, pessoinha maravilhosa, quiser participar do grupo, me chame no WhatsApp com a seguinte frase: "Sou um baby da Kat." Para que eu possa identifica-lo e coloca-lo no grupo. Ou, você pode me adicionar no Facebook e curtir minha foto de perfil, isso também será um meio de eu identifica-lo.

Bom, então é isso... Espero que não queiram me apedrejar HASHUHASHU' e que todos esses motivos sejam o suficiente pra vocês me perdoarem pela demora *u* Eeeee, aposto que vocês querem logo que eu acabe com isso, como algumas pessoas acharam que eu abandonei a fanfic, venho aqui também, deixar claro que isso nem sequer passa pela minha cabeça! Pretendo levar a história até o final e se calhar, até fazer uma segunda temporada! *u* Espero muito que vocês não me abandonem e acreditem, toda e qualquer demora minha tem uma explicação, nem que seja bloqueio criativo, mas nunca abandonamento da fanfic!

Ps: Não tenham vergonha em me chamar! Prometo ser uma pessoa legal ^^

Até o próximo! COMENTEM, FAVORITEM, RECOMENDEM! BEIJINHOS DE AÇÚCAR :*