Tomoeda High escrita por Uma Qualquer


Capítulo 22
Coelho




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O dia do festival amanheceu mais ameno, e embora ainda fosse frio e o céu cinzento, uma tempestade de neve estava fora de cogitação.

No Colégio Tomoeda, as preparações começaram assim que o sol nasceu. As salas eram arrumadas freneticamente, algumas como camarins e depósitos (recebendo plaquinhas de acesso restrito aos alunos da turma), outras preparadas como oficinas de minicursos das mais diversas artes, salas de exibição de filmes, outras como pequenos cafés improvisados. Nos pátios haviam alguns estandes maiores e protegidos do frio, vendendo refeições quentinhas. E no ginásio coberto se concentrava a maior parte das barracas e exposições de todas as turmas, numa grande, colorida e barulhenta feira que oferecia todos os tipos de entretenimento aos visitantes..

A feira mística da 4-O ocupava uma longa faixa da quadra de esportes. Vendiam amuletos da sorte, incensos, imagens de deuses tradicionais, pedras e cristais coloridos, esculturas de dragões e vários artefatos do folclore místico japonês. Os alunos usavam kimonos e vendiam os produtos, que vários fornecedores da feira mística original lhes forneceram a um preço módico. De qualquer forma Ciel havia pago tudo, inclusive o aluguel das barracas, então tudo o que eles teriam que fazer era vender o máximo de produtos, e ter cuidado em entregar de volta aos fornecedores tudo o que sobrasse.

Responsáveis pelas vendas, pela decoração das barracas e contando com a cuidadosa supervisão de Michaelis-sensei, os alunos pareciam bastante animados com a atividade. Mesmo com a grande quantidade de clientes atraídos pela variedade e peculiaridade dos produtos, o serviço não era pesado, e eles podiam se revezar em turnos para dar uma volta e aproveitar o festival.

No final da fileira de estandes, estava a única tenda da 4-O comandada por alguém que fazia parte da feira mística original. Estava encarregado de oferecer serviços ligados a magia e ocultismo, algo que talvez não fosse bem visto pelos pais dos alunos, de modo que apenas a presença de menores acompanhados ou maiores era permitida. A pessoa responsável praticamente não saía da tenda, embora vez ou outra Naoko aparecesse ali para lhe levar um lanche.

– Foi com ele que consegui contato com o pessoal da feira–ela contou aos outros. – Quando terminar o festival ele vem se juntar a nós.

Ciel não pareceu muito animado com a ideia, mas não falou nada. Mesmo tendo financiado a feira, insistiu em ajudar também nas vendas. Ele não perderia a oportunidade de acompanhar de perto aquele evento. Enquanto cuidava de uma das barracas junto com um pequeno grupo de garotas, Sebastian passava por todas elas, verificando se o trabalho ia bem e se os alunos precisavam de algo.

Sakura havia deixado com Rika e Chiharu o estande de ervas de chá e incensos, para dar um passeio pelo pátio. Syaoran estava ajudando outros garotos a trazerem novos estoques de produtos pedidos pelo sensei, já que as vendas estavam indo muito bem. Eles sorriram um para o outro ao se verem de longe, e ela o admirou no kimono matizado de cinza, estampado com carpas coloridas, o uniforme que Tomoyo havia idealizado para todos da sala. Syaoran tinha um porte tão elegante que poderia ficar bem de qualquer jeito, ela imaginou, ficando momentaneamente sem ar pelo calor no sorriso do rapaz. Sentia-se mais atraída por ele a cada dia.

Sacudiu a cabeça, espantando pensamentos e sensações estranhas que lhe tomavam. Resolveu dar uma volta pelo pátio aberto e respirar um pouco de ar fresco. Ou gelado, o que era mais provável.

Havia um grupo de violinistas animando aquele lado do festival. Não faziam parte de nenhuma turma, tendo sido contratados pela própria direção da escola apenas para alegrar o evento. Os músicos eram bastante empolgados, e se juntavam de bom grado a qualquer aluno do clube de música que aparecesse para cantar ou tocar com eles. Tomoyo estivera ali havia pouco tempo, cantando uma música tradicional japonesa, e os violinistas a acompanharam animados. Ela tinha uma voz realmente bonita. Agora que ela terminou seu intervalo e voltava ao ginásio, Sakura sentou-se num dos banquinhos junto com outros espectadores, querendo ver o que eles tocariam em seguida.

Os primeiros acordes do violino a fizeram estremecer. A música lenta e doce preencheu o ar, como pequenas pétalas de cerejeira flutuando na brisa fria. E em meio a ela, em meio aos músicos, estava Kinomoto Tsubasa.

In your eyes I search for my memory
lost in vain, so far in the scenery
hold me tight, and swear again and again
we'll never be apart

Não parecia ter reparado em Sakura ali sentada, olhando para ela. Tinha os olhos fechados, as mãos unidas sobre o peito, tomada por uma profunda concentração. Mais que aquilo, uma dor antiga e latente permeava sua pequena e doce voz.




Kiss me sweet, I'm sleeping in sorrow
all alone to see you tomorrow
in my dream I'm calling your name
you are my love...
my love...

Quando enfim abriu os olhos, eles encontraram diretamente os de Sakura. Foi como se soubesse, o tempo todo, que ela estava ali. Tsubasa se curvou respeitosamente para os músicos, que a cumprimentaram de volta, e foi em direção ao banco.

– Está de folga também? –indagou. –A minha está quase acabando.

Naquele dia ela estava exatamente igual a Sakura. Usava os mesmos kanzashis de cristais de gelo e o mesmo obi rosado amarrando o kimono – os alunos podiam usar o obi que quisessem no kimono do uniforme. Não usava maquiagem ou perfume e seus cabelos soltos flutuavam ao redor do rosto, ao sabor da brisa. Até seu jeito formal parecia mais descontraído naquele dia.

Quem as visse, pensaria que as duas eram as gêmeas mais parecidas do mundo.

– Aham– ela murmurou, levantando-se quase que por reflexo.

– Hmm... O que acha de dar uma volta então, até voltarmos para o ginásio?

Ela assentiu hesitante, e seguiu sua sósia com um sentimento estranho no peito.

Conhecia aquela música.

Conhecia aquela garota.

Mas não conseguia lembrar de onde.

– Pensando bem, nunca estivemos sozinhas–a voz de Tsubasa a tirou de seus pensamentos. –Mesmo sendo tão parecidas, não conversamos muito e não sabemos nada sobre a outra... Estranho, não é?

–É–Sakura respondeu devagar. –É meio estranho.

–Hm. –A jovem cruzou as mãos por trás das costas, respirando fundo a brisa gelada. –Ao menos, sei que seu gosto para garotos é muito bom... Eu até tentei me aproximar do irmão do seu namorado, mas acho que não terei a mesma sorte que você.

Aquilo deixou Sakura incomodada por algum motivo, que ela só percebeu quando abriu a boca para falar.

– Eles só são parecidos– disse. –Não quer dizer que sejam a mesma pessoa. A gente não pode se deixar levar só pelas aparências.

Tsubasa a fitou demoradamente. Sakura baixou a cabeça enquanto caminhava ao seu lado, perguntando a si mesma qual era o seu problema. Por que tinha ficado aborrecida de repente?

– Você sabe mesmo das coisas– ela disse por fim, sorrindo tranquilamente. – De fato, a única coisa que tenho em comum com Tsubasa é o nome.

Elas ficaram em silêncio por um momento, fitando os galhos congelados das ameixeiras enquanto passavam. Estava bem frio, e mesmo com o tecido quente do kimono e a manta grossa de inverno que usava, Sakura sentia os ossos estremecerem a cada vez que o vento atingia seu rosto. Queria voltar logo para o ginásio, onde era quente e Syaoran estava. E começava a pensar se havia sido uma boa ideia aceitar o convite de Tsubasa.

– Gosto dessa estação– os dedos dela envolveram um pingente de gelo que se dependurava no galho de uma ameixeira. Então Sakura percebeu que Tsubasa não parecia se incomodar nem um pouco com o frio, e sequer usava algo quente por cima do kimono. –O mundo parece mais lento e agradável de se apreciar. As pessoas se tornam mais solidárias. Onde houver uma chama acesa, haverá um grupo de pessoas desconhecidas compartilhando do mesmo calor. Os sabores são melhores também... E as flores desaparecem quase completamente embaixo da neve.

Sakura ficou sem saber o que dizer por um tempo. De repente, a Tsubasa madura e contemplativa parecia estar de volta.

– Você... Não gosta de flores?

– Detesto– ela lhe deu um sorriso gentil. –Sem ofensas, mas odeio em especial as de cerejeira. Parecem estar por toda maldita parte. Só no inverno me sinto em paz, porque sei que todas estão bem secas, congeladas e mortas.

– ... Não me ofendi– ela a encarou incerta.

– Bom, você já sabe algumas coisas sobre mim. Gosto de garotos bonitos, e detesto flores.

Ela encarou Sakura com um olhar significativo, de modo que a menina entendeu que era sua vez de contar algo de si mesma.

– Eu gosto... De doces– disse, sentindo-se meio tola, por algum motivo. –E detesto mentiras.

Os dedos de Tsubasa quebraram o pingente de gelo, levando-o aos lábios. Sakura não sabia dizer se a expressão dela era de curiosidade ou de diversão ao fitá-la.

– Interessante– pôs o pingente na boca, como se fosse uma bala. – Mentiras podem ter um bom propósito por trás delas.

– Mas ainda são mentiras– Sakura retorquiu. – É uma traição à confiança de uma pessoa. Eu não suporto isso.

– Muitas pessoas já mentiram para você, Sakura-san?

Ela baixou a cabeça novamente. –Não lembro bem. Mas conheço a sensação de ser traída, e não gosto.

Tsubasa assentiu em concordância. –Realmente, não é lá muito agradável. Mas pode-se seguir em frente, do mesmo modo que eu sigo, pisando sobre as pétalas de cerejeira caídas.

Uma voz conhecida chamou-as de longe, e Sakura reconheceu a figura alta de Sebastian acenando para que elas voltassem ao ginásio.

– Temos que ir, Tsubasa-san.

– Claro– ela disse cordialmente.

Por alguma razão, segurou a mão de Sakura ao voltarem. Ela não a questionou, apenas a viu sorrir enquanto sentia os dedos frios segurarem os seus.

– Foi bom conversar contigo. Espero que fiquemos mais próximas daqui pra frente.

– Certo...

Sakura retribuiu o sorriso dela, um tanto incerta. Não devia confiar naquela garota, isso ela sabia. Algo nela lhe gritava isso. Quando pisaram na quadra movimentada do ginásio, ela lembrou do que Tsubasa lhe falou dias atrás, no hospital. A surpresa de ter tido aquela estranha conversa com a garota lhe fez esquecer de perguntar sobre aquilo, e quando Sakura lembrou, Tsubasa já estava lhe acenando em despedida e indo se juntar à barraca na qual estava ajudando nas vendas.

– Tudo bem? – A voz de Syaoran acalmou seus pensamentos assim que a ouviu. – Você falou com ela?

– Sim. Mas não sobre aquele dia. Acabei esquecendo... Ela é muito esquisita.

O rapaz fitou-a de longe, desconfiado. –Pois é. Pro bem dela, espero que seja só isso.

Sebastian passou pelos dois com um cronômetro em mãos. –Li-kun, sua folga acaba de começar. Kinomoto-kun, a sua acaba em cinco minutos.

– Temos que ir à nossa sala– disse Syaoran. –Ela precisa pegar uma coisa que ficou na mochila dela.

O professor ajustou o cronômetro e olhou enviesado para eles. – Os dois agora têm cinco minutos.

– O que foi que eu esqueci mesmo? –Sakura indagou baixinho quando entraram na sala. Tinha medo de, mesmo dali, Sebastian ser capaz de ouvi-los.

Syaoran respondeu à sua pergunta e sua preocupação lhe encostando na porta, assim que a fecharam, e lhe beijando com tanta vontade que ela até esqueceu onde estavam. Agarrou-se ao pescoço dele, inclinando o rosto para que tomassem mais um do outro. Ele pressionava o corpo dela contra a porta, sem força, mas o bastante para que a distância entre os corpos fosse quase zero.

Ainda tinha a barreira das roupas, ele lamentou-se, puxando a cintura dela de encontro a ele, e então se deu conta do que havia acabado de pensar.

Sakura piscou devagar ao vê-lo se afastar, lhe dando as costas. –Tudo bem?

– Sim... Sim, eu lembrei, tinha uma coisa que eu tinha que pegar aqui mesmo. –Ele se afastou depressa, indo até o outro canto da sala, onde havia algumas mochilas e sacolas amontoadas. Se agachou diante do monte de bagagens e fingiu procurar algo na própria mochila, enquanto esperava algo nele voltar ao normal.

Sakura se aproximou confusa, pensando como de costume que havia feito algo errado. Estava tão bom, por que ele havia parado de repente?

– Eu te ajudo –murmurou.

– Não, tá tudo bem... É só meu tubo de projetos, lembro de ter largado ele aqui, mas não to achando agora.

Ela estremeceu.

– Tubo de projetos?

– É, aquele que eu carrego de vez em quando. Era pra eu cuidar direito dele, mas você sabe como eu sou largado.

– Syao-kun... O que você leva naquele tubo afinal?

– Ah sim, eu nunca te contei – ele tentava distrair Sakura, e talvez a si mesmo também. – Na verdade aquela é a bainha da minha espada. Tem uns feitiços nela pra ninguém conseguir abrir além de mim, e um vampiro pode se dar muito mal só de encostar a mão. Eu fico confiando na segurança do tubo e tudo mais, mas se o Kurogane-sensei descobre que ele fica largado às vistas de todo mundo...

Ele olhou ao redor. Percebeu, repentinamente, que estivera falando sozinho.

– Sakura...?



Ela correu para o mais longe que pode. Fora do prédio da escola, onde se estendia o pátio gramado, agora salpicado de flocos brancos e cheio de árvores sem folhas. Encostou-se no tronco de uma delas, desejando que ninguém a achasse, que o mundo inteiro desaparecesse.

Ou melhor, que ela desaparecesse.

Por que sentiu tanto medo dos Li quando chegou àquele colégio? E por que aquele tubo, um recipiente para uma arma contra vampiros, havia lhe aterrorizado?

Por que o seu passado era um borrão em sua mente? E por que, aparentemente, Tsubasa era a única a avisar, em seus sonhos, o quanto isso estava errado?

Por que ela lhe disse para se manter longe?

Por que não conseguia lembrar?

Sakura mal sentia as lágrimas caindo pelo rosto. Estava em choque, desesperada. Não sabia o que se passava em sua própria cabeça, ou o que era sua vida, ou quem era ela. Não tinha certeza de nada, e a possibilidade de estar vivendo uma mentira lhe deixava no limite de sua sanidade.

Fechou os olhos, e sentiu um dedo passar por sua face, enxugando uma lágrima. Olhou ao redor, assustada, e deu de cara com um homem jovem e loiro, de feições tão bonitas que a fizeram estremecer por olhá-la tão de perto. Tinha um tom dourado no olho que os cabelos não escondiam, e ela reconheceu imediatamente como o mesmo dos olhos dos Li.

– Você é mesmo igualzinha a ela– ele murmurou numa voz baixa e melódica, um tanto sedutora. –Desculpe se a assustei.

– Não te vi chegar– ela enxugou o rosto rapidamente. Desviou o olhar do torso esbelto que o kimono do uniforme deixava entrever, apesar do frio. –Eu... Eu te conheço?

– Meu nome é Fai. Estou cuidando da tenda do oculto na turma de vocês.

– Oh, sim... Meu nome é...

– Sakura– o sorriso dele era realmente encantador. –Ouvi falar de você... Na verdade, estava mesmo ansioso para encontrá-la.

– Por quê?

– Não por ser tão parecida com a Tsubasa-sama, embora a semelhança seja mesmo absurda. Mas eu sei que você está tendo uns problemas, em relação à sua própria identidade.

Ela quis perguntar como ele sabia, e qual sua relação com Tsubasa. Mas a voz e a presença daquele homem exerciam um efeito irresistível sobre ela.

– Você pode me ajudar...? –indagou lentamente. – Pode me fazer lembrar aquilo que esqueci?

– Tudo o que você quiser, minha senhora– ele curvou-se elegantemente. –Vamos até minha tenda.

Sakura não soube explicar, nem achou que conseguiria, se pudesse. Mas quando Fai lhe estendeu uma mão longa e esguia e ela tocou-a, estavam dentro da tenda dele.

Sentada numa cadeira de encosto confortável, ela se viu diante de uma longa e estreita bancada. Havia uma lâmpada de mesa numa das extremidades, iluminando suavemente o recinto. Na outra ponta, um pilha de cartas de baralho. E no centro, bem à frente dela, um espelho oval, posto de pé sobre um apoio prateado.

Fai agachou-se por trás da cadeira, de modo que ficasse na mesma altura de Sakura, os rostos dos dois refletidos no espelho.

– Você conhece a história de Alice, certo? –indagou numa voz sussurrada. –Bem, às vezes nossas memórias são como o País das Maravilhas. Você precisa de um guia inusitado e uma rota alternativa para chegar lá, e pode acabar se surpreendendo muito com o que vai encontrar. Ou mesmo, querer voltar na mesma hora. O importante é que saiba que há um caminho de volta. Basta que não esqueça de que tudo aquilo é seu passado, e que está vivendo o presente agora, neste exato momento. Acha que pode fazer isso?

– Posso– ela respondeu, uma confiança nova se apoderando dela.

– Muito bem. –Ele apontou para a superfície a refleti-los e ergueu-se, deixando Sakura sozinha no reflexo. – Pense em alguém que você nunca conheceu. Alguém que gostaria de ter conhecido. Esse alguém será o seu guia para as suas memórias perdidas, o seu coelho branco.

Ela não precisou pensar muito.

– Minha mãe– respondeu.

– Quando eu contar até três, você verá a imagem dela no espelho. Você irá segui-la para dentro da toca. Está preparada?

Sakura estava.

Lembrava de Kinomoto Nadeshiko apenas pelas fotos que seu irmão tinha dela. Uma mulher jovem, no auge da beleza, de rosto sereno e longos cabelos escuros e ondulados. Fujitaka havia se apaixonado por ela à primeira vista, e preferiu largar a carreira de professor para poder se casar com ela. Touya não falava muito a respeito da mãe deles, mesmo tendo convivido com ela. Talvez sentisse tanto a falta da mãe que lhe doesse até dizer o nome dela. Mas quando falava, era para dizer que não havia conhecido uma pessoa melhor que ela, no mundo inteiro.

Sakura estava pronta para ver o rosto de Nadeshiko no espelho. Estava pronta para seguir sua mãe, para onde quer que ela a levasse.

Mas ao sinal de ‘três’ de Fai, quem apareceu no espelho foi ela mesma.

Ou melhor, Kinomoto Tsubasa.

Ela lhe sorriu como sempre, fez um sinal para que ela lhe seguisse e lhe deu as costas. No mesmo momento, Sakura perdeu a consciência, pendendo a cabeça para o lado, a face oculta pelos cabelos curtos, dourados pela luz da lâmpada.

Fai segurou a testa dela com cuidado, olhando para o espelho, cuja superfície estava agora embaçada e já não refletia nada claramente.

– Boa noite, Alice– ele murmurou, lhe beijando o rosto. – E boa sorte.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leem e acompanham a fic! Se puderem comentar, darem opinião, dizerem o que estão achando, agradeço ainda mais =)
Té maisinho :***



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