Tomoeda High escrita por Uma Qualquer


Capítulo 19
Boa Garota




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Endereço: darkmahou.net

Postado às 09:38

DarkLover escreveu:

Algum de vocês já ouviu falar de doppelgangers?

Postado às 09: 50

@shura escreveu:

Já ouviu falar de um site chamado Wiki...?

Postado às 10:02

DarkLover escreveu:

Sempre engraçadinho... eu quis dizer, se vocês já viram um. Ou se conhecem alguém que viu um.

Postado às 10: 09

~black escreveu:

Você já viu algum?

Postado às 10:11

DarkLover escreveu:

Acho que tem um na minha escola. Quer dizer, aparentemente é só uma pessoa muito parecida com outra... Mas será que ela não é um doppelganger de verdade?

Postado às 10:19

@shura escreveu:

Parece que é isso que você quer que essa pessoa seja.

Postado às 10:21

DarkLover escreveu:

Qual o problema? Não seria o máximo ver esse tipo de coisa ao vivo?

Postado às 10: 23

~black escreveu:

Cuidado com o que deseja.

Postado às 10:24

@shura escreveu:

É o que eu vivo dizendo!

Postado às 10:26

DarkLover escreveu:

Como vocês são chatos... Parece que só o Gameboy entende o espírito do fórum.

Postado às 10: 28

~black escreveu:

Ele nunca mais postou nada.

Postado às 10:30

@shura escreveu:

Aposto como está muito ocupado... Rs.

Postado às 10: 32

~black escreveu:

Muito provavelmente.

Postado às 10:33

DarkLover escreveu:

Quê? Vocês sabem quem é o Gameboy?

Postado às 10:35

@shura escreveu:

Não lembro de ter dito isso... Você realmente se empolga por qualquer coisa!

Postado às 10:39

DarkLover escreveu:

Aish... Que chatos vocês, hein...


Havia algo que Tsubasa realmente detestava nos vampiros: embora pudessem, eles não precisavam dormir. E aqueles que optavam por sempre estar acordados eram considerados potenciais perigos a serem vigiados.

De qualquer forma, ele quem havia se oferecido para vigiar o quartinho onde os mais novos vampiros de Tokyo residiam. Considerava o desafio de Tsubasa a ele uma questão de honra. O que quer que aqueles malditos sugadores dissimulados estivessem fazendo, ele queria ser o primeiro a descobrir.

O lado ruim era ter seu desempenho prejudicado na escola, por conta dos cochilos que era incapaz de evitar em aula. Toda vez que Syaoran revezava a vigília para ajudá-lo, ele permanecia acordado, lendo todos os registros na biblioteca dos guardiões que pudesse encontrar. Desse, modo, continuava perpetuamente cansado e sonolento durante o dia.

– Você devia ao menos tirar um cochilo à noite– uma voz conhecida lhe disse, quando estava jogado num banco, durante o intervalo. Tsubasa não precisaria abrir os olhos; a voz era de Sakura, mas ele sabia que não era ela.

– Eu decido o que fazer com meu sono– disse secamente.

A jovem sorriu, assentindo. – Só quis dar um conselho. Afinal, você só pode sentir a presença de Fai. Seu irmão faz bem em cochilar pelo menos uma meia hora quando é o turno dele.

Tsubasa deixou escapar um ruído de indignação. –Aquele desgraçado.

– Syaoran está apenas cuidando da saúde dele. Por isso, não fica tão acabado durante o dia quanto você. Gosto de observá-lo enquanto dorme... Com o rosto relaxado e a respiração tranquila, ele parece ainda mais bonito. Será que você também é assim?

Falava inocentemente, mas havia uma malícia inconfundível em seu olhar, o que deixou Tsubasa extremamente perturbado. Ele não sabia se aquilo era uma provocação ou uma ameaça. Irritado, levantou-se do banco e se afastou da garota.

De toda forma, ela estava certa. Tsubasa não podia deixar de dormir todos os dias, se quisesse estar em boas condições de saúde como guardião. Ia cambaleando pelos corredores da escola, quase dormindo enquanto andava, quando ouviu a voz novamente. Mas a doçura e a espontaneidade tornavam a voz da verdadeira Sakura inconfundível.

– Tudo bem, Tsubasa-kun?

– Aham – ele sorriu fracamente. –Só meio cansado. Acho que vou passar na enfermaria pra tirar um cochilo.

Ele a viu assentir preocupada. Não ia dizer à garota o que estava acontecendo, por mais inteirada do assunto que ela estivesse. Com certeza de que ela já tinha coisas demais para ocupar a mente, talvez até mais que ele.


Depois da aula eles saíram juntos, Tsubasa, Sakura e Syaoran. Como sempre o Li mais novo ia com Sakura até a estação, enquanto Tsubasa ia direto para casa. Tomoyo se juntou a eles, mas para a surpresa de todos, disse que também estava indo para o templo.

– Se minha mãe perguntar, digam que estou estudando com vocês –ela pediu, depois de explicar a situação.

Na estação Sakura ficou esperando enquanto Syaoran recarregava o cartão de passe dela. ao seu lado no banco, havia largado a maleta e o tubo para projetos que às vezes levava consigo.

Sakura encarou o tubo preto, intrigada. Até onde sabia, seu namorado não participava de nenhum clube ligado a desenho ou arquitetura. Ela já ia esticando a mão para trazer o tubo para si, quando parou de repente. O objeto era mais pesado do que aparentava ser. Por um instante ela sentiu o material emborrachado queimar em contato com sua pele, e uma onda de pavor se alastrou pelo seu corpo. Ela largou-o no banco, como se tivesse acabado de segurar uma cobra venenosa.

– Tá pronto– Syaoran disse ao chegar, encontrando uma Sakura lívida. – Você tá bem?

Ela olhou de soslaio para o tubo, como se esperasse ver a cobra preparando o bote. Levantou-se rapidamente, pegando o cartão que Syaoran lhe estendia.

– Obrigada– murmurou. –A gente se vê amanhã, certo?

O rapazinho abraçou-a, e percebeu que ela tremia. –Sakura, o que houve?

– Nada não– ela se afastou nervosa. –Tente não dormir muito tarde essa noite.

Saiu dali quase correndo. Syaoran pensou em ir atrás dela, mas decidiu deixá-la em paz. Já bastava o monte de perguntas que ele havia feito para ela antes, e que deixaram Sakura atormentada por não saber as respostas.

Olhou para o tubo de projetos, sem entender direito por que a garota parecia estar com tanto medo. Ali dentro ele levava a espada de caçar vampiros, mas Sakura sequer chegou a abrir o tubo para saber. Confuso, ele pegou suas bagagens e rumou para o templo.


Era a segunda vez que a sra. Yanagizawa chamava a filha para jantar, sem obter resposta.

Naoko estava estirada na cama, os fios curtos dos cabelos sobre o rosto. Havia esquecido de tirar os óculos e até os sapatos do uniforme. Também não tinha a menor fome. Desde que chegara em casa, tudo o que quis foi se jogar no colchão e ficar lá, sem fazer nada, até pegar no sono.

De onde vinha tanto cansaço? Ela não vinha estudando nem fazendo atividades físicas em excesso, e até onde sabia, seu sono sempre foi normal. Mas nos últimos dias ele parecia vir se acumulando um bocado. Tanto que precisava ir à enfermaria para cochilar, onde de vez em quando encontrava Li Tsubasa fazendo a mesma coisa. Será que aquilo era alguma doença contagiosa?

Seu corpo parecia pesado, e se movia lentamente. Naoko decidiu pelo menos trocar o uniforme por um pijama. Depois caiu de volta na cama, observando o computador sobre a escrivaninha. Estava ligado havia dias, mas ela não conseguia forças sequer para sentar na cadeira e mexer o mouse.

Tudo vai ficar bem, pensou consigo mesma, entre o sono e a consciência. Só preciso esperar por “ele”.

Algumas horas depois, ela o ouviu chegar. Bateu de leve no vidro da janela, e Naoko se levantou para abrí-la. Já não sentia nenhum peso no corpo, apenas a sensação muito distante de que aquilo era um sonho.

Ela morava no sexto andar do prédio, mas mesmo assim, ele sempre vinha pela janela. Naoko só podia supor que aquilo era mesmo um sonho.

Convidou-o para entrar como sempre. Não podia deixar de fazê-lo, desde a primeira vez, quando aqueles olhos cristalinos pareceram lhe hipnotizar. Agora que ela reparava, eles eram de cores diferentes, assim como os de... Quem? Ela não conseguia pensar direito. Deixou-se estar na cama, ouvindo-o sussurrar algumas coisas estranhas, e então ele fez o que costumava fazer. Doía um pouco, mas não demorava, por isso ela nunca reclamou.

Quando ia se despedir dele, conseguia entender o que dizia. “Seja uma boa garota e esqueça tudo, certo? Quando eu estiver para voltar, você vai saber.” Então ele inclinava seu rosto bonito na direção de Naoko, colando seus lábios aos dela. Naoko nunca soube descrever a sensação, porque depois disso, nunca lembrava de nada. Apenas estava ali, parada diante da janela aberta no meio da noite, sentindo uma fraqueza terrível.

E com um estranho sabor metálico nos lábios.


Endereço: darkmahou.net

Postado às 05:12

@shura escreveu:

Todo mundo deixando o fórum... Daqui uns dias, só restaremos nós.

Postado às 05:17

~black escreveu:

Só vejo você por aqui ultimamente.

Postado às 05:22

@shura escreveu:

Até a fã do oculto parou de dar as caras.

Postado às 05:24

~black escreveu:

“A” fã? Você conhece a pessoa?

Postado às 05:42

@shura escreveu:

Não se precipite... Está até parecendo com ela!


Yanagizawa Naoko, Ciel refletiu ao passar pelo ginásio. As garotas da sua turma estavam treinando basquete naquela manhã. Cie voltara a fazer Educação Física, embora seu desempenho estivesse dentro da média para um aluno normal agora. As pessoas entendiam que era por causa de alguma doença, por isso não o perturbavam.

Seu olhar permaneceu sobre a garota, que já havia desistido de correr com as outras. Movia-se lentamente sobre a quadra, até pisar fora da linha e o treinador colocá-la no banco. Ela seguiu para lá roboticamente, atraindo o olhar preocupado das amigas. Quando se inclinou para alcançar sua garrafinha de água, desabou sobre o banco.

– Estava certo, Sebastian– murmurou numa frequência que só seu mordomo poderia ouvir, do lado de fora do ginásio, enquanto o tumulto se formava ao redor de Naoko. – Os Li não fazem a menor ideia do que está acontecendo. Você está livre para agir.

Um sorriso se desenhou nos lábios finos do professor. Das janelas do corredor podia avistar a quadra coberta, e sabia que seu mestre estava ali.

Yes, my lord.


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Notas finais do capítulo

Obrigada aos que leem e acompanham, desculpa a demora... To sem net, mas vou tentar ser mais assídua. Sejam assíduos também nos comentários por favor, deem sua opinião, digam o que estão achando dessa bagaça =D
Té maisinho :***



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