Tomoeda High escrita por Uma Qualquer


Capítulo 18
Melhor Amiga




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“Alguém de quem você esqueceu. Um passado, que você também esqueceu.”

Sakura levantou-se do futon, esfregando os olhos. Aquele sonho outra vez.

Ela não sabia mais o que fazer. Não ia contar a Touya, não ia preocupar Syaoran. A quem iria recorrer, enquanto a cada dia aquele estranho sonho ia se repetindo e deixando-a mais e mais preocupada?

Tomou o café deixado pelo irmão para ela e se arrumou para ir à Tomoeda. No caminho, pensava seriamente que algo devia ser feito. Ela já tinha cogitado a ideia e deixado de lado tantas vezes, mas agora não tinha jeito. Pegou o trem na estação perto de casa e, na parada seguinte do veículo, Tomoyo entrou e foi para o lado dela como sempre.

– Ohayo –saudou-a. –Tudo bem?

Sakura assentiu para a morena levemente.

– Tudo... Tomoyo-chan, a gente pode conversar mais tarde? Tem umas coisas que estão me preocupando um pouco... Nada sério, eu só queria conversar com alguém.

– Claro– o semblante tranquilo dela não pode disfarçar uma ruga de preocupação. –Pra isso que servem as amigas. A gente pode conversar no intervalo, que tal?

– Pode ser.



Em uma semana de aulas, Kinomoto Tsubasa havia se integrado tão perfeitamente à classe 4-O, que ninguém reparava mais no fato de ela ser a sósia de Sakura.

Ciel entendia perfeitamente como ela tinha feito aquilo. Primeiro, procurou parecer tão surpresa quanto todos, demonstrando que não imaginava que pudesse haver tamanha semelhança no mundo. Com o passar dos dias ela foi apenas ignorando o fato, e inconscientemente, os outros alunos começaram a fazer o mesmo. Para completar, Tsubasa não se sobressaía em nada em especial, fosse nos esportes ou nos estudos. Conversava com os alunos sentados próximos a ela, mas no geral era bastante discreta e reservada, embora não exatamente antissocial.

Como consequência, ela passou a ser alguém quase invisível dentro da sala. O fato de sua presença não emanar nenhum tipo de energia também ajudava; os outros deixavam de notá-la porque simplesmente parecia que ela não estava ali, mas ninguém se dava conta do que provocava isso.

Ninguém além de Ciel e dos Li.

Quanto ao seu xará, Tsubasa apenas falava com ele casualmente, mas o rapaz via o arzinho de desafio que ela deixava escapar por alguns segundos, apenas para que ele percebesse. “Decifra-me ou te devoro”, era o que parecia dizer. Ele amarrava a cara e seguia seu caminho, sem dar muita bola para ela.

Já tinha estado ocupado o bastante, pensando no que a partida de Meiling devia significar realmente para ele. Ele não tinha se envolvido demais com a prima, tinha? Afinal, foram só uns beijos aqui, uns abraços ali, umas carícias um pouco mais ousadas, mas nada que significasse qualquer tipo de compromisso. Mesmo assim, dias depois que ela partiu, Tsubasa se pegava pensando nela, e sentindo um ligeiro desconforto ao fazer isso.

Para ocupar a mente, tentou extrair o máximo que pôde de Tomoyo a respeito de Sakura. Indagou sobre o tempo que as duas passaram juntas na infância, com a desculpa de que queria alguma ideia para um presente para Sakura, para retribuir pelo kimono do Tanabata. Para sua surpresa, Tomoyo foi bastante evasiva. Para alguém que disse ter morado na mesma cidade, estudado na mesma escola e sido a melhor amiga dela desde crianças, a Daidoji tinha bem poucos detalhes para contar. Ou não se lembrava, ou por algum motivo estava escondendo alguma coisa.

O que mais intrigava Tsubasa era ver que Syaoran também não estava tendo muito sucesso com Sakura. Ela lembrava de poucas coisas da infância – os doces que gostava de comer, os locais que o pai ou o irmão lhe levavam, as brincadeiras com Tomoyo e outras crianças. Mas era tudo muito vago. Tentava lembrar de detalhes mais precisos, como o nome da escola onde estudou o primário, em que o seu pai trabalhava ou alguma coleguinha além de Tomoyo, mas não conseguia. Era como se a infância dela estivesse toda borrada, e ela só conseguisse distinguir pouquíssimas coisas do passado. Como parecia que a própria Sakura estava perturbada por se dar conta disso, Syaoran achou melhor parar de lhe fazer perguntas a respeito.

No fim das contas, nenhum dos dois tinha chegado a alguma conclusão significativa. Tudo o que sabiam era que não só Kinomoto Tsubasa, mas Kinomoto Sakura também guardavam segredos importantes. Elas definitivamente tinham alguma relação... Eles só não sabiam qual era.

Já fazia quase um mês desde a chegada de Tsubasa e Fai a Tokyo. Até então, como eles haviam prometido, nada de errado acontecera.

Nada além de a própria presença deles ali ser um erro.

Kurogane achava seguro deixar a investigação por conta dos Li, embora eles não estivessem tendo muito progresso. Se nenhum dos outros guardiões havia se manifestado, era porque tudo estava realmente sob controle, ao menos por enquanto.


Ele limpava com uma pá a neve que ia se acumulando no último degrau da escadaria de acesso ao templo, quando a pequena figura surgiu lá embaixo. Usava o uniforme de inverno da Tomoeda, e os cabelos longos e negros dançavam ao redor do rosto dela, ao sabor do vento forte.

– Kurogane-sensei...? –A voz lhe soou conhecida, mas ele precisou de um pouco mais de esforço para lembrar-se. Era a garota amiga de Kinomoto Sakura.

– Daidoji– ele respondeu hesitante. – Daidoji Tomoyo, não é isso?

Pôde ver um sorriso se desenhar nas faces avermelhadas. Ela parecia ter vindo correndo até ali. Enquanto subia as escadas, Kurogane se deu conta de que ainda era de manhã. Àquela hora ela deveria estar no colégio, assim como todo mundo.

– Algum problema? –ele indagou.

– Não, eu só quis vir num momento em que os Li não estivessem em casa. –Ela chegou ao topo ofegante, e curvou-se numa reverência respeitosa ao homem. –Percebi que eles não ficam em casa à noite também, mas aí já é um pouco mais complicado pra mim...

– Hm– ele a encarou de cenho franzido. – Tem algo que você não quer que eles saibam?

– Na verdade sim –ela respirava rápido, produzindo uma pequena névoa à sua frente. Kurogane percebeu que ela ainda estava na entrada, e abriu espaço para que ela passasse. –O senhor disse naquela noite, o templo estaria aberto pra quem precisasse de ajuda.

– Certo– ele acompanhou-a, conduzindo a garota através do pátio lentamente. –Então, você precisa de ajuda.

– Por assim dizer– ela sorriu novamente, recuperando o fôlego aos poucos. – Não sei se percebeu da primeira vez em que estive aqui, mas... Bem, talvez seja difícil. Os Li estudam comigo há mais de um ano e ainda não perceberam. Achei que o senhor tinha notado, mas não falou naquela noite. Talvez por causa de Sakura e Yukito-kun, ou talvez porque também não percebeu. Sua atenção devia estar mais focada na Sakura.

– Do que está falando, Daidoji-kun? –ele parou, olhando-a sem entender.

Tomoyo olhou nos olhos dele fixamente, e então fechou-os. Um pouco da neve sobre o chão que ela pisava se ergueu numa espiral, erguendo-se ao seu redor e envolvendo-a completamente, fazendo seus cabelos dançarem outra vez. Os grãos de neve emitiram um brilho fraco por um momento, e então perderam a força, caindo de volta ao chão.

Ela abriu os olhos novamente.

– É o máximo que posso expor da minha presença– disse, voltando a ofegar.

Kurogane deu um passo para trás sem perceber.

– Uma bruxa– murmurou.

– Não gosto muito desse nome– Tomoyo sorriu constrangida. –Mas é, é isso o que eu sou. Minha presença é muito fraca pra ser notada.

– Mas não significa que você seja fraca– Kurogane observou, voltando a se aproximar. –Além do mais, bruxas trabalham no equilíbrio entre as forças que sustentam nosso mundo. Você não tem do que se envergonhar.

– Obrigada– ela curvou a cabeça gentilmente. – Gostaria que os caras que criaram as vilãs da Disney soubessem disso, mas tudo bem.

Kurogane lembrou-se da noite em que a conheceu, a garota educada e observadora, que pareceu fascinada ao observar a iluminação do templo à noite. Que vinha de uma família de guerreiros, mas não podia aprender a lutar, por mais que quisesse. Naquela noite Kurogane realmente não notou nada de muito especial na presença dela. Como Tomoyo tinha dito, era fraca para ser notada. Mas a presença de uma bruxa estava longe de ser igual à de uma humana comum. Se ele tivesse prestado atenção, teria percebido.

– Vamos para o templo– disse ele.

Protegidos do vento frio, os dois sentaram-se diante um do outro, numa sala de chá nas dependências do templo. Tomoyo bebeu avidamente do oolong que Kurogane serviu, aliviada por colocar algo quente garganta abaixo.

– Tsubasa andou me fazendo algumas perguntas– disse, entre um gole e outro. –E eu soube que Syaoran fez as mesmas perguntas à Sakura.

– Os dois não tiveram respostas muito claras –confirmou Kurogane. –Sakura, por ela aparentemente não lembrar de muita coisa de seu passado. E você... Por, aparentemente, não querer contar muita coisa.

– Achei que falar com o senhor era melhor.

– Por quê?

– Porque o senhor é uma adulto– ela deixou os ombros caírem, surpresa com uma pergunta de resposta tão óbvia para ela. – Mesmo que tantas responsabilidades sejam colocadas em cima de pessoas como eu ou os Li, ainda somos crianças. Não vivemos o tanto que o senhor, então não temos nenhuma experiência pra basear nossas decisões.

– Você parece bastante madura para sua idade– Kurogane observou.

Ela pôs a xícara sobre a mesinha, baixando a cabeça. – Só pareço, acredite. Quando Tsubasa começou a fazer perguntas, fiquei apavorada. A única pessoa em que pude pensar em recorrer foi o senhor.

Kurogane pressentia que o que Tomoyo sabia a respeito de Sakura era bem grave, mas não quis apressar a jovem bruxa. Primeiro, tentou entender porque ela não recorreu a ninguém da família dela.

– Minha mãe é a minha sensei. Nós... Bem, nós temos uma relação difícil. Mesmo que o assunto de Sakura diga respeito a ela, achei que não valia a pena falar com a kaa-san sobre isso.

– Certo– ele assentiu. De fato, desde a primeira vez, a garota deu a entender que tinha alguns problemas com sua família. – Nesse caso, vou fazer o que puder para ajudar.

Ele esperou em silêncio, enquanto Tomoyo tomava o resto do chá e, talvez também, um pouco de coragem para começar a falar.

– Sakura veio conversar comigo dias atrás– começou ela. –Contou que estava tendo sonhos estranhos com a nova aluna, a Tsubasa, que é parecida com ela. Comecei a fazer algumas perguntas, e então ela me confessou que sabe sobre o nosso mundo. Que Syaoran falou a ela sobre os guardiões... E sobre os vampiros. Ela não sabe que relação isso pode ter com ela e com essa Tsubasa, e isso está deixando ela muito preocupada.

– Ela não sabe sobre você...?

– Não, não contei sobre mim. Syaoran provavelmente não deve ter contado que existem bruxas nesse mundo também. Mas não acho que seja importante agora. O que me preocupa mesmo é Tsubasa e Sakura possuírem algum tipo de ligação.

– E você acha que elas podem ter?

Ela deu um suspiro cansado.

– Gostaria de pensar que não. Mas Tsubasa não emite presença nenhuma. É como se ela fosse um ponto cego em Tokyo. Não sabemos nada sobre ela... E quanto à Sakura...

O monge aguardou pacientemente. Tomoyo parecia ter tomado uma decisão difícil ao vir até ali e contar o que sabia. Após um instante de indecisão, ela respirou fundo e pôs as mãos sobre a mesinha, encarando Kurogane com um pouco mais de firmeza.

– Meu dom é a hipnose– contou. –Descobri ainda criança, quando consegui encantar minha própria mãe sem querer. Ela desfez o encanto e não me deixou aprender mais nada que não fosse aperfeiçoar meu dom. Aos doze anos eu já podia mexer com a memória de uma pessoa completamente, a ponto de ela pensar que fosse uma pessoa totalmente diferente.

“Minha mãe tinha uma amiga especial, Nadeshiko. Ela era casada com um arqueólogo chamado Fujitaka, e mesmo os dois tendo um filho alguns anos mais velho que eu, viajavam bastante pelo mundo por causa do trabalho de Fujitaka. Minha mãe e Nadeshiko foram amigas de infância, e claro, ela sabia que a kaa-san era uma bruxa.

Um dia eu vi Nadeshiko chegar na nossa casa, muito pálida e parecendo doente. Tinha uma garota desacordada nos braços. Na época, Sakura tinha a mesma aparência que tem hoje, uma menina de catorze ou quinze anos. Nadeshiko e minha mãe conversaram durante um bom tempo. Depois disso ela foi embora, e pouco tempo depois soubemos que ela havia morrido.

Quanto à garota, kaa-san me disse que ela se chamaria Sakura. A memória dela estava em branco. Meu trabalho, nos dois anos seguintes, foi preencher a memória dela com a vida de uma garota comum.

Eu não sabia o motivo, mas me esforcei para fazer o que podia. Criei para Sakura uma vida na qual ela era filha de Fujitaka e Nadeshiko, e irmã do filho deles, Touya. Nessa vida eu era a melhor amiga dela desde pequena. Tinha de ser assim, ou o encanto não funcionaria.

Sakura permaneceu desacordada o tempo todo, em nossa casa, e nesses dois anos ela não envelheceu nem um pouco. Eu não sabia que tipo de criatura ela era, mas a energia que ela emanava era a mesma de um ser humano em coma. Quando se passaram dois anos, minha mãe entrou em contato com Touya. A última memória que deixei para Sakura foi a de que ela estava se mudando para Tokyo, para morar com o irmão e estudar na Tomoeda. Depois disso, Touya levou ela pra casa dele.

Na vez seguinte em que encontrei Sakura, estávamos voltando às aulas na Tomoeda. Era a primeira vez que eu a via desperta, e fiquei impressionada com aqueles olhos verdes e com a vivacidade dela. Fiquei até emocionada, mas eu tinha que me comportar como se a conhecesse há anos. Como se fosse a melhor amiga dela. E é como venho agindo desde então. Até agora não tinha acontecido nada de incomum, fora o fato de ela perder a consciência às vezes. Mas parece que a presença de Tsubasa despertou alguma lembrança antiga dela, anterior às que eu implantei. Se for isso mesmo... Talvez Tsubasa seja a única que pode trazer as memórias verdadeiras dela de volta. Mas eu não sei se isso seria uma boa ideia.”

Kurogane a ouviu até o final. Ela pareceu mais aliviada depois de contar tudo. Encheu as xícaras de ambos com o oolong e beberam em silêncio, por um longo momento.

– É um segredo terrível para se guardar– disse o monge, por fim. –Ainda mais, considerando que você é a melhor amiga dela.

O tom de dúvida fez com que a garota se sobressaltasse um pouco.

– Mas eu sou– exclamou, aflita. –Digo, ao menos eu me considero assim. Por mais que o passado de Sakura seja uma mentira criada por mim, foi o passado que eu criei. Eu gostaria de ter vivido tudo aquilo com ela, de verdade.

– Entendo. Na verdade, nesses últimos dois anos, você foi o mais perto de uma melhor amiga que Sakura-kun já teve.

Ela se acalmou um pouco, dando um pequeno sorriso.

– Você sabe o que sua mãe e Nadeshiko conversaram naquele dia?

– Não faço ideia. Até hoje, ela não me disse nada. Fujitaka-san e Touya-san também não, mas… Não sei se eles sabem de alguma coisa. No dia em que Nadeshiko nos trouxe Sakura, ela parecia estar fazendo isso sem que eles soubessem.

– Isso é um problema. Eu teria que fazer Syaoran falar com Touya-san, se for o caso... Mas podemos pensar melhor daqui para frente. De qualquer modo, sua informação foi muito valiosa, Daidoji-kun.

– Fiz isso por ela. Por favor... Não deixe que Syaoran e Tsubasa saibam. Pelo menos, não por enquanto.

– Fica entre nós.

Ela assentiu e levantou-se. Kurogane apanhou o casaco dela, enquanto ela calçava as botas no degrau da varanda.

– Daidoji-kun, a história sobre sua mãe não lhe deixar lutar é verdadeira?

– Sim. Ela nunca me deixou encostar numa arma sequer. Tudo o que eu fiz foi aprimorar a hipnose.

– E esse aprimoramento já acabou?

– Acho que sim. Quer dizer, não há muito mais que aprender. Cheguei a um nível muito alto, principalmente depois da Sakura... – Ela deu um suspiro cansado. –Não que eu me orgulhe disso.

– De qualquer forma, foi um bom trabalho.

–Por que a pergunta, Kurogane-sensei?

– Porque, se você tiver tempo livre e estiver disposta a desafiar sua mãe, pode vir aqui a hora que quiser.

Tomoyo o encarou com um interesse diferente. –É sério? Por que faria isso?

– Se você sabe o tipo de mundo em que vivemos, é melhor que saiba se defender. Especialmente com o envolvimento que você tem com Sakura-kun. Ainda não sei com que tipo de coisa estamos lidando, mas é melhor todos estarem preparados.

A garota assentiu, parecendo entender, e uma leve empolgação lhe perpassou o rosto.

– Bom, minha mãe não precisa saber– disse, enquanto terminava de se calçar.

Kurogane a acompanhou até a escadaria. Naqueles dias de inverno ele praticamente não tinha alunos no dojo, o que até preferia, pois era uma ótima época para hibernar. Mas sentiu que precisava saber mais sobre Daidoji Tomoyo. Aquela menina devia ter mais informações sobre Sakura do que ela mesma imaginava.

– Obrigado por ter vindo – Kurogane lhe fez uma leve reverência.

– Por nada. –Os olhos negros dela arregalaram-se de repente. –Sensei, tem mais uma coisa... Quando Sakura começou a estudar na Tomoeda, ela vivia fugindo dos Li. Com o tempo isso passou, mas na época, ela me disse que sentia uma espécie de medo irracional deles. Como se ela se sentisse em perigo quando estavam por perto.

– Hm– Kurogane lembrou-se. –Realmente, eles falavam muito dessa menina que vivia fugindo deles.

– Acha que isso quer dizer alguma coisa?

Parecia realmente aflita e ansiosa. Kurogane percebeu que ela se importava mesmo com a amiga.

– Não, acho que não deve ser nada –disse calmamente.

Ela suspirou aliviada. Despediu-se e desceu as escadas cobertas de neve com cuidado. Ao chegar à calçada, acenou para Kurogane e desceu a ladeira correndo.

– Medo irracional– ele repetiu devagar, o rosto contraído. –Medo de dois guardiões. Dois caçadores de vampiros.

Uma hipótese passou pela cabeça dele, mas ele a espantou. Era fantasiosa demais para ser verdade.

Ao menos, era o que ele esperava.


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Notas finais do capítulo

A você que leu, muito obrigada. Se puder comentar, deixar suas teorias, opiniões, reclamações, xingamentos (não) por favor, fique à vontade. Té maisinho!!



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