Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 44
Uma história antiga


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! ♥
Tudo bem? Comigo ótimo :)
Capítulo bem recheado e detalhado. Bom, adiantando a fanfic já está chegando ao fim *choremos*, mas para a felicidade posso anunciar a segunda temporada em breve o/ e uma nova fanfic feita por mim e Mandy ❤
Qualquer coisa só mandar msg.



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***

Olhei atentamente Nicolas sair do banheiro com os cabelos bagunçados e uma de minhas adagas nas mãos.

— Pronta? – perguntou.

Dei de ombros. Não tinha certeza se estava pronta para confiar num feiticeiro depois da sensação que tive com a fala deles. Mas fiquei de pé pegando a arma da mão de Nicolas e me dirigindo a porta.

Surpreendi-me quando ele segurou meu pulso e deslizou a mão segurando a minha. O fitei erguendo as sobrancelhas e ele deu um sorriso torto se aproximando e depositando um beijo nos meus lábios. Depois abriu a porta para que passássemos.

Do lado de fora o sol brilhava num céu azul e o calor pinicou meus braços expostos. Nicolas colocou os óculos escuros e caminhamos na direção do feiticeiro do dia anterior que nos esperava. Ele usava uma regata mostrando os músculos dos braços sob a pelo negra.

Deu um sorriso educado para mim e assentiu para Nick ao meu lado. Apontou para que o seguíssemos.

...

Em partes eu poderia dizer que seria um lindo passeio romântico, pois a ilha em si só era linda. Paisagens rústicas cercadas por montanhas verdinhas e um céu azul. Porém, o medo de que o cara a nossa frente virasse e nos lançasse um feitiço era tremendo dentro de mim.

Nicolas parecia relaxado, escondendo os olhos azuis atrás dos óculos e olhando cada detalhe a sua volta segurando com confiança minha mão direita. Não posso negar a felicidade de exibi-lo por ai, principalmente para as poucas garotas turistas que encontrávamos pelo caminho. Sorri orgulhosa.

— Quando chegarmos preciso que faça algo por mim. – Nicolas falou de repente enquanto tomávamos um caminho que ia direto a uma subida íngreme.

— O que precisa? – perguntei.

— Preciso que peça a Kira que lhe diga toda a verdade.

Fiquei em silencio. Qual das verdades ele queria ouvir?

Mas não tive tempo de perguntar, pois o feiticeiro a nossa frente que tinha se apresentado como Caleb parou se virou. As pupilas brancas varrendo o ar.

— Preciso que deixem qualquer e todo tipo de arma que possuem.

Engoli em seco com a seriedade em sua voz e expressão. Olhei para Nick que suspirou e tirou a mochila das costas tirando a espada e deixando no chão. Puxei as adagas da cintura e tirei mais uma da bota e deixei no chão.

— Não se preocupem. Quando voltarem estará onde deixaram.

— Assim espero. – Nicolas resmungou e voltou a seguir Caleb.

Olhei em volta tendo a sensação de estava vigiada e corri atrás deles.

Seja lá o que fosse, a sensação de poder começou a tocar na minha pele.

***

Matei um mosquito batendo no braço com força. Quase tinha me esquecido da floresta, depois de quatro dias mofando naquele apartamento com o recém-criado de Eliza.

Se tem uma coisa que detesto é a transação. Alem de ser demorada, ainda da trabalho para lobos experientes.

Suspirei olhando para trás e bufei ao avistar o garoto com cara de psicopata medroso e Eliza com uma carranca de raiva.

— Qual o problema de vocês dois? Podem vir mais rápido? – gritei.

— Tem alguém nos seguindo Lucas! – Bruno falou segurando as alças da mochila.

Traze-lo ate aqui foi um custo e agora leva-lo a alcateia estava sendo mais ainda. Tombei a cabeça para trás e soltei um suspiro.

— Bruno, é só a Eliza que está vindo atrás de voc...

Não tive tempo de terminar a frase quando algo me atingiu do lado esquerdo me pegado de surpresa. Ouvi um grito de horror de Bruno e Eliza gritar meu nome.

Bati a cabeça em algum lugar e senti o latejar tomar conta. Tossi ficando sentado e tirando a mochila das costas, mas algo pesado bateu no meu peito me forçando a ficar deitado.

Abri os olhos encontrando um par de olhos azuis fulminantes. Soltei a respiração ao reconhecer o olhar assassino.

— Gordo?

O lobo mostrou os dentes e eu tive de esticar as pernas para tira-lo de cima de mim. Fiquei de pé num pulo de joguei a mochila de lado. Fitei o lobo quase tão negro quanto o meu lobo e estiquei as mãos em sinal de paz.

— O que está fazendo Gordo? Sou eu, Lucas. – falei, mas ele rosnou.

— Lucas – Eliza gritou vindo à minha direção.

Olhei-a rapidamente e encarei de novo o lobo escuro. Seus olhos azuis eram frios e assassinos.

— Eu voltei com Eliza e um novo garoto, preciso de ajuda para leva-los ao bando. Traga os outros.

Ele fez uma careta como se negasse e deu dois passos na minha direção.

— Lucas sai! – Eliza gritou mais perto. – Ele tomou o posto de alfa.

Só quando a ouvi que me dei conta do estava sentindo em relação a ele: submissão.

— Gordo...

Ele me ignorou e virou de lado erguendo a cabeça e soltando um uivo alto, forte e confiante e eu sabia que em questão de minutos se ele fosse mesmo o novo alfa, vários do bando viriam a seu encontro.

Afastei-me com a sensação de derrota. Sai por uma semana e perco o meu posto.

— Lucas...

Virei-me encarando o rosto aflito de Eliza.

— Esse cargo ainda é meu. – sussurrei.

— Não. – ela veio na minha direção estendendo as mãos, mas já era tarde. Senti meu corpo ficar tremulo e quente e deixei meu outro lado sair com ferocidade.

Curvei-me sentindo minha pele se abrir liberando espaço para os pelos negros e as garras rasgarem minha pele surgindo afiadas. Ergui a cabeça encarando frente a frente o novo alfa e agora transformado eu podia sentir sua presença de poder.

Ele rosnou mostrando as presas e eu fiz o mesmo. Sua aura de poder era grande, mas não impossível de ser vencida.

***

O ar era pesado e forçava minha respiração a cada passo que eu dava.

— Nick. - gemi arfando. - Podemos parar?

— Não temos tempo para parar. – Caleb se adiantou respondendo curto e grosso.

— Ela está pálida Caleb. – Nicolas retrucou.

— Não é da nossa conta. - falou - Se ela não consegue subir uma ladeirinha não é digna para entrar no templo. Vai ver ela é só uma menininha.

Rosnei baixinho e respirei fundo tomando o pouco de fôlego que consegui.

— Estou cansada de ouvir isso! - gritei. - Vocês queriam me ver irritada? Pois bem, vocês conseguiram.

Tomei partido e continuei andando. Estávamos a alguns quilômetros do templo, a falta de ar sucumbia meus pulmões, mas cada vez que eu falhava e ouvia Nicolas protestar que estava me esforçando de mais, era como se um choque me reerguesse.

Continuei, firme, até que o vento de tornou mais selvagem, ele rasgava minha pele, ensurdecia meus ouvidos.

— Kate! Pare de teimosia. – ouvi Nicolas gritar.

— Eu não sou teimosa. - gritei. Eu estava irritada e quanto mais eu insistia mais o vento me atrapalhava.

— Ajudaria se você parasse de manipular o ar. - falou Nicolas.

Que? Manipular o ar? Parei instantaneamente e os encarei.

— Não estou. - falei.

— Ah não? - perguntou - Então por que a ventania diminuiu?

Ele tinha razão, o redemoinho que antes pareceria estar prestes a se formar havia desaparecido.

— Você tem que controlar sua raiva. Se não vamos ter um segundo round do que aconteceu na sala dos anciões.

Inspirei e continuei a andar. Estávamos ainda longe de acordo com Caleb. De vez em quando eu escorregava ou tropeçava. Mas no fim conseguimos chegar a uma planície, estávamos cansados, sem fôlego e irritados. Nicolas e eu mais que Caleb, mas enfim.

Quando ambos se recuperaram do efeito da montanha eu pude finalmente olhar a vista.

Estávamos diante a um palacete. Sabe aqueles castelos árabes? A construção era mais ou menos assim. Duas torres uma de cada lado e uma parte plana no meio. O teto era de ouro puro assim como a porta e os detalhes entalhados, - círculos prata representando o ar, vermelhos para o fogo, marrom para a terra e azul para a água. - a porta tinha em torno de três metros era bem pesada e de ouro.

Surpreendi-me por ainda estar de pé.

— Isso é...

— Lindo. - completei.

— Não temos tempo, depois os dois pombinhos tiram fotos. - Caleb rosnou tomando a frente. Por que raios aquele merda estava vivo?

Seguimos o feiticeiro e entramos no prédio, por dentro a vista não era tão bonita, o piso era dourado, mas estava sujo como se há anos não visse uma vassoura, o teto estava desbotado, mas eu podia ver os desenhos, em uma parede haviam representações do ar, outra do fogo, água e terra.

Mas na parede central de frente para a porta havia uma estátua toda entalhada em ouro de uma mulher com uma balança onde um lado levava o sol e o outro a lua. Ela vestia uma túnica e o cabelo estava trançado de lado. Os olhos me encaravam quase que literalmente.

— Nossa ela é assim mesmo Kate? – perguntou Nicolas ao meu lado.

— Não. - falei ainda encarando a estátua. - Ela é mais bonita.

Continuei a olhar a estátua e percebi que sua base entalhado, havia um eclipse.

Fiquei um bom tempo encarando o desenho, eu sabia que todos me analisaram, mas eu não estava nem aí. Aquela imagem, ela tinha alguma coisa... Eu podia sentir. Olhei novamente para os olhos de Kira e lembrei-me do sonho. Ela tinha posto a responsabilidade do mundo em meus ombros, e isso poderia matar a todos nós. Senti um frio na espinha, minha alma estava inquieta e eu sabia o porquê.

Eu não estou pronta. Aquilo era demais.

Então o mundo pareceu congelar. Literalmente, porque quando olhei em volta era como se Caleb e Nicolas tivessem virado estátua. Olhei para a estátua novamente e então a imagem tremeu, aos poucos ouvi estalos e observei a mulher dourada se mexer e encolher até meu tamanho, substituindo a pele dourada por uma forma humana.

Os cabelos prateados e os olhos cinzentos me fitaram como nunca.

— Kate querida. - só podia ser ela, não havia ninguém no mundo que me chamasse daquele jeito tão doce e desconcertante.

— Kira. - sussurrei espantada, não sonhava com ela há tanto tempo que era como se fosse à primeira vez.

— Minha filha... - sussurrou.

De novo aquela história?

— Você tem evoluído tanto, fico tão orgulhosa.

— Kira... Porque... Essa história de filha...? Eu ainda não entendo! - resmunguei.

Ela suspirou.

— Achei que tiraria suas próprias conclusões, mas admito que fui um pouco negligente em informações. – ela deu de ombros. - Gosta de historias antigas?

Assenti e ela sorriu estendendo a mão. Uma fumaça dourada surgiu e imagens começaram a aparecer: uma batalha.

— Kora tinha muitos guerreiros na época e meus guardiões estavam se adaptando. Uma batalha sangrenta aconteceu, o fim disso foi os dois lados com muitos problemas e mortes. Tanto eu quanto minha irmã perdemos grandes guerreiros, mas eu sabia que tinha de fazer algo. – a imagem mudou tremeluzindo em uma moça. – Foi nesse batalha que perdi minha primeira filha.

— Mayara. – sussurrei.

— Sim. – a imagem mudou para Mayara na cidade dos guardiões. – Porém ela pode voltar mediante algumas regras e eu sabia que a cidade seria constituída, mas fazia tanto tempo que eu não ia a terra. Tinha curiosidade em saber o que os humanos estavam vivendo e encontrar uma forma de trazer mais guardiões fora das descendências. Então criei uma imagem humana minha e desci a terra.

A fumaça dourada mostrava uma mulher caminhando, então ela se encontra com um homem.

— Mas para a sorte eu o encontrei. – ela sorriu. – Um de meus melhores guerreiros sobreviventes à batalha estava em missão fora de Ilheias. Um ancião. Ele não sabia quem eu era, mas fomos envolvidos por uma paixão abrasadora.

Encarei-a sentindo a garganta se fechar.

— Mas eu sabia que era errado e deuses quando amam, amam de verdade. Eu não podia ficar, mesmo que o amasse, mesmo que ele fosse o melhor dos melhores. Deixei-me levar ficando muito tempo na terra, ate o meu corpo humano me conceder a gravidez. – ela me olhou. – Eu deixei a criança ser levada pelo destino e deixei o homem que eu amava.

Acompanhei as imagens mudarem conforme a historia de Kira.

— Mas essa criança tinha um destino traçado e nada poderia muda-lo. Ela seria uma guerreira tão poderosa quando o seu pai e teria toda a dominação como sua mãe e não... Ela não seria igual à Mayara.

A imagem se focou em uma jovem com cabelos vermelhos e eu fiquei muda.

— Valentim... Você o amava? - conclui que homem era o meu pai.

Ela assentiu e depois encarou a fumaça fazendo-a desaparecer.

— Se está filha sou eu, por que seria diferente de Mayara?

— Mayara fez suas escolhas. Quando sua vez chegar, e creio esteja cada dia mais perto, você terá que fazer suas próprias escolhas. - falou seriamente. Aquela conversa estava estranha - E é aí que precisamos conversar.

— Como assim?

— Katherine, você não imagina a grandeza que essa missão representa... Você está carregando nas costas o fardo de um mundo, que se você obtiver sucesso, finalmente ficará livre.

— Obrigada por me tranquilizar. – resmunguei.

— Falo isso para o seu bem... Quando chegar sua vez Katherine eu preciso que você pense muito bem no que é melhor... - sussurrou - Não só para você, mas para todos.

— E como eu vou fazer isso?

— Isso quem irá decidir é você criança. - murmurou - O que me leva ao motivo dois.

— O motivo o que?

Ela suspirou.

— Katherine seu tempo está passando e preciso alertá-la dos perigos que você irá enfrentar.

— Oba! Era tudo o que eu precisava.

— Não estou brincando Kate. - repreendeu - Quando você chegar ao eclipse não terá mais a companhia de Nicolas.

— Como assim?

— Quando você achar a porta das almas... Ele não poderá acompanhá-la. Ele é humano e queimaria caso adentrasse.

— E eu...?

— Por ter meu sangue é mais resistente, porém não imune. - falou - Você terá que usar a inteligência e principalmente ser mais esperta que as armadilhas que irão lhe esperar.

— Que tipo de armadilhas?

— Armadilhas que provarão sua capacidade física e psicológica ao mesmo tempo.

— Ah que bom!

— Katherine...

— Ta eu sei... Não brinque com isso! Mas é que você acabou de dizer que estou ferrada, não esperava que eu reagisse bem, né? E ainda por cima é minha mãe? Aquela que nunca tive e nunca terei.

— Eu lamento que tenha que ser tão complicado, mas infelizmente eu tenho que acreditar que você é merecedora da honra que está tendo.

Pensei em protestar.

Merecedora? Qual era a dela, depois de tudo o que eu tinha passado ela ainda não estava convicta? Precisava de mais?

— Eu sei o que está pensando Kate. - falou cortando minha linha de pensamente. - Mas só estou fazendo isso para o seu próprio bem. Minha filha.

— Mas...

— Eu quero que você saiba que eu arriscaria tudo por você. - falou - Porque eu sei que você é especial... vejo isso nos seus olhos.

Então ela se aproximou e beijou minha testa. Na hora fiquei sem reação, eu queria falar qualquer coisa.

Mas antes que eu pudesse abrir minha boca, senti meu corpo arder como da primeira vez que me transformei. Minha cabeça estava latejando, comecei a ver flashes de bolas de fogo, então um frio congelante subiu dos meus pés a cabeça e antes que percebesse estava sendo sugada como se estivessem em um redemoinho.

Acordei ofegante. Odiava quando isso acontecia.

— O que...? – Nicolas parecia mais confuso do que eu.

Ele olhava para os lados ansioso.

— Kira apareceu. - foi tudo que eu pronunciei. Ainda encarava o eclipse, mas agora eu sabia o que eu tinha que fazer.

— O que houve? – ele perguntou se aproximando.

— Nada de mais... Nós só conversamos. - engoli em seco.

— Kate... Você tem que me falar a verdade!

— Eu... Você... Se eu te contasse. - tentei formular, mas minha cabeça ainda estava girando por conta do pesadelo ou sonho, ainda não sabia como classificá-lo.

— Parabéns filha de Kira, você conseguiu libertar seus poderes! - falou o feiticeiro. Como? Como eu fiz isso? Então como um estalo eu entendi.

— O beijo de Kira... - murmurei.

— Agora criança. - falou olhando-me como se eu fosse uma obra-prima de valor imensurável. - Você está pronta.

Senti que Nicolas me observava de canto de olho, mas por mais que eu quisesse falar eu ainda estava desequilibrada com tudo.

1. Sou filha de uma deusa. (Como se ser uma aberração no mundo das aberrações não fosse o suficiente, tenho mais essa)

2. O peso do mundo está nas minhas costas e eu não sei nem andar sozinha sem bater de cara na parede.

3. O que eu estou fazendo da minha vida?

Senti minha garganta arder. Eu não iria chorar. Já estava cansando de bancar a fraca e ser sempre um mártir para todos. Respirei fundo e encarei o eclipse.

— Kate? – Nicolas tocou minha mão e eu me virei para olha-lo.

— Nicolas.

— Sim?

— Você confia em mim? – perguntei.

Ele que agora havia tirado os óculos demonstrava pelo olhar que estava nervoso.

— Não. - respondeu.

— Que pena. - falei - Mas se você não fizer o que eu mandar, irá morrer.

— Isso é uma ameaça?

— Sim. - falei - Agora eu entrarei em um lugar e não poderei ser seguida. Se eu não voltar, você saberá que a guerra está perdida.

— Mas por que eu não posso ir? Eu vim para ajudar!

— Simplesmente não pode. - falei olhando-o seriamente. - Só confie em mim, por favor.

Ele ficou sério e se aproximou soltando um longo suspiro e beijando minha testa.

— Eu confio.

— Obrigada. - falei e dei-lhe as costas, mas ele segurou meu pulso virando-me para ele de novo.

— Mas se você não voltar ate amanha nesse mesmo horário, eu irei atrás de você.

— Nick você não...

— Eu irei atrás de você Katherine. – ele falou com certeza.

Balancei a cabeça me virando e posicionei as mãos no eclipse e pressionei.

Tudo estremeceu e eu me afastei vendo a estatua se abrir ao meio revelando uma porta. Olhei para trás vendo Caleb boquiaberto e Nicolas com uma expressão seria.

Respirei fundo e encarei a escuridão. Era agora ou nunca! Caminhei parando na entrada.

— Kate? – Nicolas me chamou e eu me virei. – Volte... Volte para mim.

Senti um aperto no coração e tentei sorrir.

— Voltarei. Não vai se livrar de mim tão fácil.

Então tomei a decisão e caminhei para a escuridão sabendo que tudo o que fosse possível me esperava lá dentro.


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Notas finais do capítulo

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