Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 12
A proposta


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiie gente! Temos novidades u.u Foto nos capítulos! E agora vocês podem pedir alguma se quiserem.
Hoje tem foto da misteriosa Kora. Espero que gostem e digam o acharam dela.
Beijos e Boa leitura!



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Bruno Castelli ainda me olhava como se eu fosse uma maluca psicopata que ainda a pouco estava ouvindo na porta.

– Olha Kate, quando eu sai ele estava ai sim. Disse que não se sentia muito bem, mas ele deixou um recado com a Sr. Cooper. Ela não te falou nada? - ele perguntou ainda me encarando.

– Falou, mas eu resolvi ver se o encontrava por ai para... bom... saber se estava tudo bem. - menti. Uma mentira estúpida.

Ele passou as mãos pelo cabelo claro e ajeitou sua mochila nas costas.

– Você podia ter batido né! - falou voltando a me olhar.

Fiquei muda. E agora o que eu faço?

– E aonde eu entro nessa historia? – perguntou desconfiado vendo que eu não falaria nada.

– Ora! Ajude-me a procura-lo, por favor? – perguntei mesmo sabendo que isso não explicaria o motivo de eu estar praticamente grudada na porta dele.

– Claro, mas só uma coisa. Aonde a porta grudada no seu ouvido entra? – perguntou arqueando a sobrancelha. Idiota! Quando foi que você ficou tão ruim para mentir, Katherine?

– Eu sou curiosa. – admiti.

Ele me olhou e deu um meio sorriso como se me perdoasse. Aproximou-se me deixando paralisada e me analisou por um instante.

– Ok eu te ajudo. Só antes me deixe guardar minha mochila? – perguntou e um pouco envergonhada sai do caminho para que ele passasse ciente de que encontraria Nicolas lá. E com sorte pegaria-o com a vadia na boca da botija!

Como previ assim que Bruno entrou ele me chamou.

– Hei! Ele esta aqui. – só que, para minha infelicidade ele estava sozinho, largado na cama de um jeito extremamente sexy apenas de jeans com fones de ouvido e os olhos fechados. – Nicolas! – gritou Bruno tacando uma bola de borracha vermelha no tórax dele.

Assustado ele arrancou os fones sussurrando um barulho grotesco. Onde estava a vadia que ouvi? Será que saiu pela janela ou está escondida no closet?

– O que você quer BRUNO? – gritou e particularmente fiquei um pouco feliz, pelo menos ele era grosso com todos e não apenas comigo.

– Essa querida amiga minha estava te procurando desoladamente. – o Bruno falou abrindo um sorriso no canto na boca ao ver os olhos do Nicolas sobre mim. – Aparentemente ela foi abandonada sozinha para terminar um trabalho. Que falta de cavalheirismo Nicolas, como pode fazer isso?

– BRUNO! – gritei – Eu nunca disse que estava procurando-o desoladamente. Eu só quero terminar o trabalho.

– Não interessa! Você parecia desesperada a ponto de bisbilhotar atrás da porta. – acusou e foi ai que meu mundo caiu.

Arregalei os olhos com uma vontade enorme e ir estrangular aquele garoto maldito. Não sei como aconteceu, mas só sei que assim que ele falou aquilo (pelo menos eu acho) fui arrastada para fora do quarto ate parar num corredor estreito e deserto com Nicolas me encurralando na parede e uma expressão enfurecida.

– O que você pensa que está fazendo troglodita? – gritei desconfortável desvencilhando suas mãos apertadas dos meus braços. Finalmente ele me largou e me olhou com uma frieza plausível.

– Eu realmente não te entendo! – gritou tão alto que sua voz chegou a ficar aguda – Qual é o seu problema?

– É o que eu estava me perguntando sobre você nesse exato momento. Qual é o seu?

– Como?! – gritou – Você sabe o que significa P-R-I-V-A-C-I-D-A-D-E?

– Jura? E você, sabe o que significa R-E-S-P-O-N-S-A-B-I-L-I-D-A-D-E? – gritei no mesmo tom.

No mesmo instante ele começou a rir com tanto veneno na voz que eu só consegui gruir e cerrar os dentes.

– Para de rir garoto! - falei sentindo uma raiva.

– Ou o que? – perguntou me olhando ameaçadoramente.

– Ou eu transformo sua vida num inferno! - falei ficando na ponta dos pés (olha que isso é difícil com salto) para ficar quase da sua altura. Nunca tinha reparado em como ele era alto perto de mim.

– Fala sério... – revirou os olhos – Como? Fazendo permanente no meu cabelo?

Fechei as mãos encarando-o. Minha vontade era tacar um tapa na sua cara mal-humorada. Ele sustentou meu olhar, me perfurando com seus olhos azuis e frios. O cabelo negro estava bagunçado e eu não pude evitar olhar a tatuagem no seu braço e a musculatura.

– Eu ouvi o que você estava fazendo ao em vez de estar na biblioteca comigo! – falei e sem querer a ultima palavra saiu completamente enciumada. – Se você não sabe, é proibido ficar com meninas no quarto, Sr. Nicolas.

– Ah, é? – falou sarcasticamente – E como você pretende confirmar sua teoria?

– Eu estava lá. Eu ouvi. - gritei.

– Jura? E como você vai explicar a diretora? – perguntou. - Já sei! - e então imitando minha voz perfeitamente continuou: -“ Boa tarde diretora, eu gostaria de denunciar um delito que o Sr. Heenk cometeu. Eu estava inocentemente caminhando pelo corredor masculino, sabendo que isso é estritamente proibido e por ventura acabei parando na porta dele e ouvindo ele cometendo promiscuidades com uma garota que por acaso quando eu invadi o quarto dele, porque sou uma tarada eu não vi garota nenhuma.”

Deu um sorriso sarcástico mostrando ao longe as duas covinhas que se formavam quando ele sorri de verdade, o que era raramente visto.

Eu o olhei completamente chocada. Por mais que eu odiasse admitir, ele estava coberto de razão. Como eu explicaria a Senhora Cara de verruga o que aconteceu? Sem querer dar algum gostinho de que eu concordava com ele, rosnei:

– Você pode ate estar com razão. Só que, se você me deixar plantada de novo eu não só vou tirar seu nome do grupo, como também irei arranjar algum jeito de te arruinar. – ameacei cuspindo cada palavra venenosamente – Afinal de contas, você ainda me deve uma humilhação em publico.

Sem esperar resposta alguma encostei as mãos no seu peitoral o empurrei com toda a minha força. Sai pisando tão duro que meu salto rachou no meio do caminho. Pregando diversos palavrões e maldições para ele, cheguei à escada.

Porem minha raiva durou tão pouco quanto minha comida no estomago. Pois assim que desci o primeiro degrau toda comida que eu havia comido antes de achar o Nicolas, foi parar no chão. Senti o teto girar, minha visão ficou turva e as pernas bambas.

– Meu Deus Katherine! – gritou uma voz levemente familiar enquanto eu vomitava tudo o que consegui me apoiando no corrimão, no instante seguinte fortes braços me agarraram e me ergueram e antes que eu conseguisse ver quem havia me ajudado eu já havia desmaiado.

Minha mente girava e tudo o que conseguia ver em meio à escuridão a que eu me encontrava era um ponto de luz perto de onde eu estava semelhante a uma porta semi-aberta ou algo do gênero.

Tentei me mover, mas não senti minha perna. Tentei novamente e uma dor excrussiante me atingiu.

– Olha! – falou uma voz que eu conhecia tão vagamente, mas que no mesmo momento me fez ficar toda arrepiada. – Que delicia de surpresa que apareceu aqui.

Permaneci quieta exatamente no momento em que a mulher saiu da penumbra e mostrou seu rosto.

– Lembra-se de mim, meu amor? – perguntou a mulher de cabelos negros e brilhantes, pele parda e um sorriso cruel. Kora.

– Por favor, não faça nada comigo. O que você quer de mim? Quem é você!? – implorei rouca. Imediatamente senti meu rosto ficar molhado e tardiamente me dei conta que eu estava chorando.

– Sua garotinha insolente, quem pensa que é para falar assim comigo? Sua mortal pirralha. Acha que é melhor que uma deusa?

Não respondi. Deusa? Como? Meu Deus! Como foi que eu me meti nisso? Sem pensar duas vez cai em um choro profundo.

– O gato comeu sua língua de novo Katherine? Odeio quando vocês seres inúteis fazem isso.

– Não. – engoli em seco.

– Então quando eu lhe fizer uma pergunta, RESPONDA! – falou revelando em seus olhos um ódio tão profundo quanto eu consegui identificar. – Entendeu?

– Sim senhora.

– Muito bem. Sabe querida, você se parece muito com sua mãe. – falou demonstrando um desprezo desonroso ao proferir a palavra ‘mãe’. - Meio lenta, meio idiota, impulsiva e fraca.

– Você conheceu minha mãe? – tentei perguntar entre os soluços que começaram a formar-se em minha garganta ignorando suas ofensas.

– Claro que sim, ela é minha irmã.

– O que? – fiz a pergunta mais idiota que eu pudi. Mas como ela poderia ser irmã de minha mãe? Se ela é uma deusa como diz, minha mãe também...

– Sim garota. - ela respondeu como se lesse meus pensamentos. - Uma deusa assim como eu, porem um pouco diferente. - ela suspirou andando na minha direção. - Mas não a convoquei para falar da minha irmã insolente.

Convocou?

– Tenho uma proposta para te oferecer garota. E se for esperta irá aceitar.

Ela me olhou dando um leve sorriso.

– Que proposta? - esfreguei o rosto vendo que tinha parado de chorar como uma idiota.

– Lute do meu lado.

– Contra o que?

Ela deu uma risadinha e balançou a cabeça.

– Como é ingênua Katherine. Você nem se dá conta do que acontece a sua volta. - suspirou. - Uma guerra está a caminho e você precisa ficar do lado vencedor.

Balancei a cabeça tentando organizar meus pensamentos. O que estava acontecendo comigo?

– Preciso dos seus poderes Katherine. - ela falou chamando minha atenção. Como assim poderes? - Lute do lado vencedor e eu pouparei sua vida para que...

Ela olhou para a porta como se alguém fosse entrar. Sua expressão virou uma mascara de raiva e ela resmungou alguma coisa em outra língua.

– Odeio esses guardiões imbecis. Sempre no meu caminho, sempre atrapalhando os meus planos. - falou mais para si do que para mim. Então se virou para mim de novo. - Nos veremos de novo Kate. Enquanto isso não acontece, pense na minha proposta e eu te garanto que você estará a salvo.

Ela então se dissipou em uma fumaça negra e fiquei sozinha vendo as paredes murcharem e de repente apaguei de novo sendo tomada pela escuridão.

Forcei as pálpebras a se abrirem. A claridade invadiu minha visão me cegando por alguns instantes. Apalpei para ver onde estava e era macio demais. Uma cama. Finalmente pude ver o teto claro e as luzes brancas. Engoli o gosto de ferro na boca, o gosto de... Sangue.

Forcei meu corpo a ficar sentado e senti uma tontura vendo tudo ficar turvo, foi quando ouvi a voz de meu suposto salvador, me esforçando o máximo captei uma discussão.

– Ela está bem?

– Menino saia!

– Mas eu a ajudei...

– Fico grata, mas ela ainda não pode receber...

– Ela vomitou sangue! Eu só estou preocupado! – gritou – Nunca vi isso antes!

– La....

Tentei me forçar a ouvir, mas ao poucos a inconsciência me tomou.


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Notas finais do capítulo

Como o Nyah ficou fora do ar, estamos 4 capítulos adiantados no Animes. Vou coloca em ordem por aqui.



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