Saint Seiya Ultimate - Os Deuses Astrais escrita por Thiago Assaf


Capítulo 8
Capítulo VII - Velhos Amigos


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo: Velhos companheiros voltarão. O Santuário começa a se reerguer, mas a vida de Seiya ainda parece ameaçada.



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Após a consagração dos Cavaleiros de Prata, ainda na Ilha Asími Athena e Ionia conversaram um pouco sobre alguns assuntos. Então a deusa chamou Shun.

– Shun, tem algo que queremos te mostrar, ou melhor, alguém.

– Quem? – Shun ficou intrigado.

– Sabe Shun – começou Ionia conduzindo-os para um anexo próximo ao salão onde estavam. – minha missão aqui é treinar jovens com potencial para se tornarem Cavaleiros de Prata. Porém, em tempos de crise, como a qual passamos há cinco anos, eu também protejo e treino aprendizes e Cavaleiros de Bronze que ainda não tem condições de entrar em uma guerra. Uma das pessoas que eu protegi, bem... Eu não sei qual a proximidade de vocês mais ela sente muito sua falta.

Ionia bateu na porta, uma voz ecoou: “entre”. Quando Shun viu a jovem loira não demorou em reconhecer a velha amiga, e gritou:

– June!

– Shun! – disse a garota se virando para olhar o velho amigo, ela usava uma roupa de treino e estava sem sua máscara. E os dois se abraçaram.

– Como é bom te ver, achei que tinha desistido de ser uma Amazona. – falou Shun.

– Eu sei – respondeu June – eu quase desisti. Athena me procurou e disse que precisaria de mim quando as guerras acabassem. Então fui enviada pra cá, Ionia me ajudou a me tronar mais forte.

– Agora é hora de retornar June – disse Saori.

– Athena! – exclamou June – Eu não sei se estou pronta.

– Você está sim! – disse Ionia. – Você é uma das melhores alunas da classe de Bronze que eu tive aqui.

– Existiram outros? – perguntou Shun – Quem são?

– Você saberá em breve. – respondeu Saori.

– June – disse Ionia – Vá! Athena e todo o Planeta Terra precisam de você!

– June de Camaleão! – disse Saori entregando a máscara de Amazona para June – Aceita lutar ao meu lado?

– Athena – respondeu June – assim como meu Mestre Albiore e meu companheiro Shun, minha fidelidade está com você! Usarei toda minha força para protegê-la, e também proteger este planeta!

Ao chegarem perto do helicóptero, todos se despediram. Ficou decidido que June e os três novos Cavaleiros de Prata partiriam em três dias, e iriam direto ao Santuário. Saori e Shun estavam rumando para a Mansão Kido, no Japão. Antes de irem, Saori chamou Ionia em particular.

– Ionia, você seria um guerreiro valoroso se lutasse conosco. Não quer voltar a vestir sua armadura?

– Athena, eu não mereço mais a minha Armadura, não depois do que eu fiz.

– Eu sei que pode Ionia! O que você fez está perdoado.

– Eu não me sinto perdoado, acho que nunca vou me perdoar, quanta coisa eu poderia ter evitado. Além do mais eu treinei sete poderosos guerreiros para vocês, eles não vão te decepcionar.

– Eu tenho certeza disso Ionia. Até mais.

– Até mais minha deusa! Pode sempre contar comigo.

...

Em lugar perdido no mundo, Selene estava sentada em uma cadeira isolada em um salão escuro. Eos chegou para falar com ela.

– O que conseguiu sentir, Selene? – perguntou a deusa da Aurora.

– Parece que Athena está tentando organizar seus Cavaleiros – respondeu a titanide – e Pégaso está treinando para se recuperar.

– Perdemos a oportunidade de derrotá-la quando estavam despreparados – disse Hélio que acabara de entrar no recinto – se Athena reerguer seu exercito teremos problemas. Subestimamos demais esses humanos.

– Hélio, meu caro – disse Eos – ainda não temos poder suficiente.

– Ainda não temos poder? – disse Hélio – Seis semideuses não conseguem derrotar um bando se humanos simples? Acha que isso não foi um descuido.

– “Semideuses” – riu Eos – eu acho que demos confiança demais para aqueles homens, realmente acreditam que terão um espaço entre nós. São só humanos com uma pequena porcentagem de poderes divinos.

– Quando despertarmos ele nós teremos poder o suficiente – disse Selene.

– Por que ele, Eos? – perguntou Hélio - Aliás, eu só estou aqui por causa dele não é? Quem realmente está por trás disso?

– Você faz perguntas demais Hélio – respondeu Eos – em breve saberá de tudo. Mas ainda sim temos que matar o Cavaleiro de Pégaso, ele pode ser um problema a se retornar a boa forma.

– Qual dos “Semideuses” mandaremos agora? – perguntou Selene com um sorriso no rosto.

– Nenhum deles! – respondeu Eos.

– Nenhum? – estranhou Hélio.

– A força dos “Semideuses” diminuiu muito depois da ultima vez – explicou Eos – infelizmente falharam e agora não tem mais como concertar seus erros, pelo menos por enquanto. Sem contar que o cosmo deles chamaria muita atenção.

– O que faremos então? – indagou Hélio.

– Tenho minhas cartas na manga! – disse Eos – Vou usar os Gladiadores Astrais.

– Os Gladiadores Astrais? – espantou-se Selene – Achei que não os usaria!

– Não imaginei que seria preciso. – ponderou Hélio.

– É eles são mais fracos que os “Semideuses” – respondeu Eos - mas pelo menos podem usar seu poder total, já que só dependem de mim.

– Acha que um deles pode realmente matar o Pégaso sem chamar a atenção do Santuário? – disse Hélio.

– Um deles pode.

...

No coliseu do Santuário, Marin ajudava Seiya a elevar seu cosmo novamente ao máximo.

– Seiya – dizia Marin – Precisa se lembrar de como era seu cosmo, de como ele fluía pelo seu corpo.

– É estranho – respondeu Seiya – meu cosmo costumava a fluir com tanta naturalidade. Agora depois de tudo eu não consigo me lembrar como fazê-lo ficar daquela forma.

– Concentre-se na força que está em você, Seiya. Liberte o universo que há em seu corpo. Você conse...

Marin parou de falar do nada e desmaiou bem na frente de Seiya, que ficou sem entender o que havia ocorrido. Então se abaixou para ver o que tinha acontecido com sua mestra.

– Marin! Acorda! O que aconteceu? - Seiya sacudia Marin, mas ela não acordava.

– Ela não vai acordar tão cedo! – ecoou uma voz que vinha do nada – Não com a minha técnica!

– Apareça! Quem está aí!

Como por mágica cerca de quinze guerreiros apareceram, com elmos quase que totalmente fechados nos rostos, também tinham proteções básicas de treinamento, parecidas com as usadas no Santuário, porém com alguns espinhos espalhados. As proteções eram de um azul claro, e a roupa de baixo era preta.

Eles começaram a bater em Seiya que revidava com alguns golpes. Qual se viu encurralado pelos guerreiros misteriosos, Seiya resolveu revidar com mais força:

– Agora já chega! Meteoro de Pégaso! – os meteoros derrubaram maioria dos inimigos, mas Seiya ficou exausto só de executar a simples técnica.

– Muito bem! – disse a voz misteriosa, mas logo depois seu corpo foi aparecendo aos pouco na frente de Seiya – Mas pelo o seu aspecto não vai conseguir usar outro desse!

E ele estava certo, Seiya não conseguiria, enquanto não recuperasse cem por cento do seu cosmo, executar outra técnica.

– Quem é você? – esbravejou Seiya.

– Eu sou Jale, o Espião. Sou um Gladiador Astral! E agora que esses jovens soldados gastaram seu poder eu posso te matar, sem problemas.

O cosmo de Jale era quase imperceptível, agora que está visível ficou apenas um pouco mais perceptível. Talvez nem chamasse a atenção de outros Cavaleiros, pelo menos é o que ele pensava.

– Pare aí mesmo! – disse outra voz, desta vez bem visível e perceptível, um homem de cabelos cumpridos e azuis no alto do coliseu junto com outros dois Cavaleiros.

– Se quiser matar Seiya terá que nos enfrentar! – disse outro rapaz de cabelos castanhos

– Não é possível! São vocês mesmo? – se impressionou Seiya – Que armaduras são essas?

Os três desceram até o centro e se apresentaram.

– Quanto tempo Seiya! – disse o rapaz de cabelo azul – Nós agora somos Cavaleiros de Bronze! Eu sou Shô de Tucano!

– Eu sou Daichi de Raposa! – disse o de cabelo castanho.

– E eu sou Ushiô de Dourado!

– Bom saber que estão bem! – disse Seiya, e completou com uma expressão triste – Infelizmente estou debilitado e não poderei ajudar.

– Nós sabemos Seiya – disse Shô – é por isso que estamos aqui! Pra te proteger!

– Hahaha! – riu Jale – Novatos de Bronze, acham mesmo que vão ganhar de mim?

– Não nos subestime! – disse Ushiô – Pode começar Daichi!

– Poder da Terra! – se preparou Daichi – Tempestade de Areia!

Uma rajada de areia foi em direção a Jale, mas o inimigo desapareceu como se nuca estivesse estado lá.

– Mas cadê ele? – disse Daichi – Não sinto nem mesmo seu cosmo!

– Ushiô! – gritou Shô – Atrás de você!

– Droga! – disse Ushiô virando pra trás e atacando – Tornado Marítimo!

O tornado de água também atingiu o ar, Jale desapareceu de novo.

– Ele sumiu de novo! – disse Daichi e depois se virou para Shô – Na sua direita Shô!

– Rajada de Vento! – atacou o Cavaleiro de Tucano, mas novamente o inimigo sumiu na sua frente – Protejam o Seiya rápido!

– Vão precisar me encontrar se quiserem me derrotar! - disse Jale com deboche.

Os três Cavaleiros ficaram em volta de Seiya protegendo-o de todos os lados.

– Como podemos vencê-lo? – disse Ushiô – Não sentimos nem o seu cosmo!

– Escutem Cavaleiros! – disse Seiya – O cosmo dele não desapareceu. Ele somente consegue fazer com que o seu cosmo diminua muito para se tornar quase imperceptível, e ele juntou com a invisibilidade proporcionada por sua Armadura. Então escutem bem o que eu vou dizer.

Seiya sussurrou para os três novatos e eles elaboraram um plano. “Pégaso! Preciso da sua força, mais que nunca!” pensou Seiya. Então os ex-Cavaleiros de Aço abriram uma brecha proposital em sua defesa. Jale apareceu para ataca Seiya, mas o Cavaleiro de Pégaso foi mais esperto e rápido e conseguiu se desviar e agarra seu inimigo por trás.

– O que está fazendo?! – espantou-se Jale.

– Não adianta ficar invisível agora Jale – disse Seiya – Eu não vou me soltar de você!

– Droga! Me solte seu maldito! – disse Jale tentando se livrar em vão. E nesse momento Marin acordava.

– Mas o que está acontecendo! – disse Marin e depois viu seu discípulo – Seiya!

– Não se preocupe Marin – disse Seiya – Tenho tudo sobre controle.

– Seiya! – retrucou Marin - Seu corpo está enfraquecido, o Turbilhão pode te matar!

– Acredite, eu sei! – respondeu Seiya – Turbilhão de Pégaso!

Seiya subiu alto com Jale e quando estava caindo o Cavaleiro de Pégaso soltou seu inimigo no ar.

– Shô, Ushiô, Daichi! – gritou Seiya – Agora!

– Triângulo Elemental! – os três novos Cavaleiros de Bronze gritaram juntos enquanto Seiya caia nos braços de Marin. O golpe combinado atingiu em cheio o Gladiador que caiu no chão, com a armadura despedaçada e tratou logo de desaparecer. Dessa vez seu cosmo sumiu completamente.

...

Perto dalí, na entrada do Santuário estava Kanon, o Grande Mestre junto com o homem chamado Chara que reivindicou uma Armadura.

– Com que direito você acha que pode reivindicar uma Armadura? – disse Kanon – Somente eu e a Atena temos o direito de entregar uma Armadura á um Cavaleiro.

– Ou o antigo detentor da Armadura! – respondeu Chara.

– Espere! – disse Shaina – Você disse que seu nome é Chara? Então você é...

– Sim! – disse Chara – Eu sou o irmão de Asterion, o antigo detentor da Armadura de Cães de Caça! Eu vim pela Armadura de meu irmão!

– Sim! – falou Kanon – Agora me lembro de você! O irmão de Asterion, ele era mais forte e mais velho que você, então ele ganhou o direito de vestir a Armadura de Prata de Cães de Caça.

– Isso mesmo – completou Chara – e ele me disse que se algo acontecesse, eu deveria ficar com sua Armadura. Desde então venho viajando pelo mundo treinando, para tomar minha Armadura.

– Chara, eu reconheço a sua força, mas não é só isso que define se alguém será ou não um Cavaleiro de Athena, então... – Kanon interrompeu a sua fala após sentir algo – Mas o que está acontecendo?

– Parece que está havendo uma luta no Coliseu! – disse Ban.

– Como não percebemos a entrada de algum inimigo?

– Eu não sei – disse Nachi – estávamos com a guarda alta o tempo todo!

– Ban, Nachi e Ichi fiquem aqui e mantenham-se atentos! – ordenou Kanon - Shaina e Jabu venham comigo!

– Espere! – disse Chara seguindo Kanon – Eu ainda não terminei com você!

– Vou cuidar de você depois – respondeu Kanon – se quiser vir comigo venha!

...

Kanon, Jabu e Shaina, seguidos mais atrás por Chara, chegaram ao Coliseu a tempo de ver Jale, O Espião, ser derrotado por Shô, Ushiô e Daichi com ajuda de Seiya. Os ex-Cavaleiros de Aço contaram ao Grande Mestre toda a história.

– Um guerreiro que oculta o cosmo! – se impressionou Kanon – Isso é muito ruim, parece que não fazemos ideia da habilidade que esses inimigos podem ter.

– Pelo o que eu vi – começou Shô – esse tal de Jale é bem fraco, mas ele deve ter sido mandado aqui só pra matar o Seiya.

– E ele somente me desmaiou – continuou Marin – parece que não percebeu que Shô, Ushiô e Daichi estavam por perto.

– Espera! – disse Seiya apontando para Chara que se encontrava mais afastado – Quem é aquele homem?

– Quase me esqueci de você! – respondeu Kanon e virou-se para Seiya – Ele é irmão de Asterion o antigo Cavaleiro de Cães de Caça.

– Sim! – confirmou Chara – E eu vim pela Armadura dele e não vou sair daqui... – Chara parou de falar quando olhou para Marin. – Você! Você é Marin de Águia! A Amazona que matou meu irmão! Sua desgraçada!

– Sim! – disse Marin – Fui eu, seu irmão estava sendo cruel e seguindo o caminho errado, não tive outra opção.

– Sua desgraçada! – gritou Chara – Eu deveria matá-la agora!

– Já chega! – gritou Kanon – Está decido Chara, se quiser a Armadura de seu irmão tem que ganhar de Marin em uma luta justa. Assim provará que merece ser um Cavaleiro de Prata.

– Tem certeza disse Grande Mestre? – perguntou Marin.

– Sim!

– Por mim tudo bem! – respondeu Chara – Ainda vou lavar a honra de meu irmão!

– Isso vai ser interessante – disse Seiya sentando-se na arquibancada.

...

Em algum lugar secreto, Hélio e Eos foram tirar satisfações com Selene.

– Mas o que foi isso Selene! – disse Eos nervosa – Você me disse que Seiya estava somente com Marin!

– E você também disse que nunca erra suas visões! – completou Hélio.

– Eu estava certa! – disse Selene – Não sei como isso aconteceu! Vou tentar olhar de novo!

Selene fechou os olhos por uns instantes e viu que estava tendo problemas com suas visões. Com muito custo descobriu a causa.

– È isso! – se assustou Selene – Atena!

– Como é? - disse Hélio – Agora você vai dizer que pode ver onde Atena está? Até ontem você disse que não podia!

– Não! – respondeu Selene – É a Atena que está impedido as minhas visões!

– Mas você disse que ela não estava no Santuário! – gritou Eos – Não cansa de errar?

– Vocês não entenderam – replicou Selene – Atena não se encontra no Santuário, isso é o máximo que dá pra saber da localização dela. Mas o Cetro de Nike está! Ele está impedindo que eu veja o que acontece lá!

– Aquela pirralha da Saori está despertando cada vez mais sua consciência como Atena! – disse Selene.

– Ótimo! – ironizou Hélio – Agora não sabemos mais o que se passa no Santuário. Sabe-se lá quantos Cavaleiros podemos encontrar.

– Não há outra opção! – disse Eos – Não podemos mais esperar, precisamos despertá-lo!

– Mas ainda não é a hora! – disse Selene.

– Vamos esperar que o Santuário todo se reerga? – esbravejou Eos – Temos que fazê-lo agora!

– Estou de acordo! – disse Hélio – Depois que ele despertar nada pode segurar nossos poderes. Com o Santuário ainda enfraquecido nossa vitória é certa! – então se virou para Selene – Pelo menos aquele homem você consegue ver?

– Sim – respondeu Selene – Ele está chegando perto. Não deve saber que podemos vê-lo. Devo mandar “boas vindas”?

– Sem dúvida – ordenou Eos.

...

Não muito longe daquele lugar. Um Cavaleiro de Bronze andava por uma densa floresta.

– Estou sentindo uma sensação estranha neste lugar – Ikki de Fênix falou consigo mesmo – Deve está perto. – e de repente começou a sentir algo – Droga! Tem um cosmo se aproximando! Será que sabem que estou aqui?


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: Saori Kido, mesmo sob risco, vai até o jantar de Anatole Cencini com a proteção de June e Shun. Chara e Marin se enfrentam. A história dos inimigos começa a se encaixar.



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