Welcome to my Life escrita por Calíope


Capítulo 17
World Without


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, o capítulo demorou e ficou pequeno. Me perdoem, mesmo. Estou super triste com isso, e vou tentar me organizar para conseguir cumprir com todas as minhas responsabilidades. Então, eu tenho uma má notícia para vocês. A Flaky tinha voltado, agora com o nome de Chelsy, não é? E ela decidiu que vai ficar fora da internet por um tempo, para organizar seus pensamentos. Bem, é o que tenho a dizer para vocês, pois o resto ela pediu que eu deixasse aqui, nas notas, o que ela não pôde dizer.
"Eaí gente u-u Como vocês estão? Espero que bem.
Eu sumi aquele dia, mas voltei porque senti muita saudade. Eu não pensei que fossem se importar, sinceramente HEUHEUEHU. Bom, agora estou me despedindo. Sem sumiço de repente u-u Entendam, eu preciso de um tempo para clarear minha cabeça. Drama meu? Não, mas se quiser achar que é, tudo bem. Mas eu preciso mesmo me afogar na ignorância. Eu me sinto sufocada (tudo bem se não entenderem). Eu abri meus olhos muito cedo. Muito obrigada por se preocuparem comigo quando sumi, sério. Eu gosto muito de vocês. Esse é um "tchau" permanente. Espero que possam me perdoar. Bai bai~"



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Era de madrugada quando Jane me ligou. Assim que atendi ao telefone, ouvindo sua voz chorosa, soube o que era. Enquanto calçava um tênis, notei minhas mãos tremerem. Ainda de pijama, peguei a chave da moto e saí em direção à rua. O céu escuro proporcionava a tudo aquilo, um ar mais malévolo do que seria necessário. Abri a garagem sem me importar com o frio que atingia meus ossos, e subi na Street Triple, coisa que evitava fazer ultimamente. Meu primeiro pensamento ao sentir o vento gélido que congelava minha face foi: Merda, esqueci o capacete. Mas ok, porque depois eu perdi a sensibilidade, e tudo ficou bem. Cheguei ao hospital em pouco tempo, e encontrei na sala de espera, uma loira de, outrora sorridentes, verdes olhos inchados. Me aproximei, sentindo a corrente de lágrimas que iria me atingir.

–Adam, ele... Ele... Morreu. – Falou, entre um soluço e outro. – Ai meu Deus, isso não pode estar acontecendo.

Me senti extremamente desconfortável, e sem nada a dizer que pudesse reconfortá-la, então coloquei um braço ao redor de seus ombros. O hospital estava vazio, a não ser por nós, e os soluços de Jane ecoavam na sala ampla e bem iluminada. Após alguns minutos, me veio uma pergunta à mente, que não pude evitar de fazer.

–Hm, loira? O que você vai fazer? Digo, ainda é menor de idade e não pode viver sozinha. – Falei, desconcertado.

–Esse é um assunto que tenho de tratar com você. – Ela falou, engolindo o choro e secando as lágrimas. Seu olhar penetrou em minha alma, e me senti desconfortável novamente. – Estou com as malas prontas para viajar para a Irlanda. Eu vou morar com a minha tia. – E abaixou a cabeça, liberando mais lágrimas.

Diante daquela cena, e da atual situação, senti meus olhos ficarem marejados. Eu vou perdê-la. Era tudo o que passava em minha mente. Logo senti algo gelado a tocar minhas bochechas, e senti as lágrimas molhando toda a camiseta branca que eu vestia.

–Me desculpe. – Jane murmurou, após algum tempo de silêncio.

–Para quando é? – Falei, observando ela abaixar a cabeça novamente.

–Amanhã. – Disse, com a voz inebriada.

Engoli em seco, e me permiti soltar algumas lágrimas a mais. Ficamos ali durante um tempo, até que decidi levá-la para casa. Assim que entramos na luxuosa residência, ela parou de chorar e se jogou no sofá branco que ocupava maior parte da sala.

Assim se passou toda a madrugada e manhã daquele dia. Me peguei pensando em como seria a minha vida sem a Jane, e me repreendi por imaginá-la tão horrível assim. Quero dizer, eu sobrevivi 17 anos sem ela, não é? Mas como irei viver em um mundo onde não tenho seus olhos verdes a se comprimir a cada sorriso? Como irei viver em um mundo onde não tenho seus longos cabelos loiros para acariciar? Como irei viver em um mundo onde não tenho seus doces e viciadores lábios para beijar? Olhei-a, dormindo enquanto esperava a tia. As escuras olheiras não tornavam seu rosto menos belo. Ela parecia tão pequena naquele imenso sofá, e reprimi a ânsia repentina de abraçá-la e dizer que iria ficar tudo bem, e que jamais iríamos nos separar. Tão frágil. Tão dócil. Tão inocente. Tão perfeita. Tão... Jane. E as lágrimas encharcavam meus olhos novamente.


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