Welcome to my Life escrita por Calíope


Capítulo 12
This is Crazy


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOI Galera. Postei mais rápido pq sou boazinha. Ai como eu AMO um clichê. Espero que gostem ♥



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–Oi Jane- Falei, tocando seus lábios com os meus por um instante, antes de me afastar. – Entre.
A loira entrou, e pude visualizar seus trajes. Ela vestia uma blusa azul marinho, jeans e sapatilhas pretas. Apesar de minha situação atual, não pude deixar de me impressionar com sua graciosidade e delicadeza.
–Perdão por aparecer sem avisar, mas não vou demorar. – Jane disse.
Abriu uma bolsa preta, que eu não tinha notado até então, e tirou uma câmera fotográfica antiga, daquelas que revela a foto na hora.
–Onde arrumou isso? E que diabos pretende fazer? – Falei, desconfiado.
–Tirar uma foto do meu namorado, o que mais poderia ser? – Disse, revirando os olhos verdes.
Ela se juntou a mim, me puxando para um abraço, e com a mão livre, tirou a foto. Tudo isso antes de eu dizer que não era nada fotogênico.
–Obrigada, nos vemos amanhã? – Falou, e sem esperar minha resposta, saiu saltitando pela porta da frente.
Fiquei parado durante algum tempo, a fim de processar o que acabara de ocorrer. Finalmente fechei a porta e corri para meu quarto. Zoey continuava lá. Apertei o play.
Quando acordei novamente, estava em um hospital. Meu braço estava envolto em ataduras, e provavelmente eu tinha tomado algum analgésico, por não sentir dor além de um leve desconforto. A enfermeira entrou no quarto após alguns minutos, e me explicou que eu havia sofrido queimaduras de 2º grau, e que era bastante provável de ficar com cicatrizes e manchas escuras na pele, mas que eu tinha sorte. Poderia ter sido pior, e você não imagina o quanto. Perguntei à enfermeira, com um toque de esperança e inocência na voz, se meus pais estavam ali. Ela disse que não, mas que o garoto que me trouxera tinha entrado em contado com eles. E foi aí que caiu a ficha. Como que, para responder a pergunta que estava prestes a sair de meus lábios, ele entrou no quarto. Contrastava com tudo ali, já que estava com suas roupas escuras e surradas, e aquele lugar era de um verde claro doentio e limpo. A mulher nos deixou sozinhos, e eu me perguntei o porquê de o ar ter fugido de meus pulmões. Nick se sentou em uma cadeira e ficou me encarando. Após um silêncio constrangedor, ao menos para mim, eu o perguntei sobre meus pais. “Liguei para seu pai, e ele estava em viagem. Não quis sair de Atlanta para vir te ver. Sua mãe não me atendeu.” Falou, de um modo mais relaxado do que deveria. Senti lágrimas vindo aos meus olhos e ele sorriu em tom de brincadeira. “Minha presença é tão ruim assim?” e foi a primeira vez que tivemos uma conversa decente. Após eu ter alta no hospital, com indicações para cuidar das queimaduras e tudo mais, ele me levou em casa. O convidei para entrar, recebendo olhares feios dos empregados, e tirando a atenção do meu incidente. Conversamos bastante, e ele me contou que seu pai tinha se matado e que sua mãe vivia em estado vegetativo desde então. Não ousei falar de minha família após isso, por saber que nada se comparava ao que ele vivia diariamente. Apesar de tentar esconder, ele parecia alegre por conversar comigo, e isso me fez sentir a pessoa mais feliz do mundo. “Olha, amanhã não vá para o colégio sozinha, se pretende ir. Não vai ser legal o que terá de enfrentar, e prefiro estar presente para te ajudar nisso. Sabe onde é minha casa, passe lá.” Falou, com sua voz sempre calma e surpreendentemente doce. Eu não pretendia ir ao colégio no dia seguinte, mas não perderia essa chance por nada. No dia seguinte, cuidei das ataduras novamente, passando vaselina nas bolhas que encontrava pelo braço, como a enfermeira me ensinara. Saí de casa, ignorando novamente os apelos do motorista para me levar, e passei na casa de Nick. Lembra da casa simples e diferente das demais, que se localizava bem ao lado da minha? Pois é. Era essa a casa dele. Toquei a campainha e aguardei, enquanto ouvia o barulho de panelas caindo, um cachorro latindo e uma música de fundo. Logo a porta abriu, e novamente, senti o ar escapar de meus pulmões. Seus cabelos negros estavam desgrenhados, e havia olheiras debaixo dos olhos. A camisa preta tinha uma mancha de tinta e estava sem sua costumeira jaqueta de couro. Ele deu um meio sorriso pra mim, e seguimos o caminho sem nada dizer. Pela primeira vez desde que pisara naquela cidade, eu tinha um amigo ou alguém para me sentar na hora do almoço. Embora ouvisse risadas por onde passasse, ninguém me perturbou, e meu dia, milagrosamente, fora perfeito. Isso pareceu não afetar Nick, que começou a ficar irritado conforme o tempo. Quando fomos embora, sempre que tentava puxar assunto, ele me ignorava. Até que eu comecei a andar mais rápido, e tomei a frente. Percebendo o que eu fazia, ele me alcançou e me girou. Senti meu corpo batendo na parede, e ele se aproximou o bastante para eu sentir sua respiração sobre minha pele. Perguntei que merda ele estava fazendo, e suas palavras foram as seguintes: “Que droga, você é diferente, garota!”. Logo depois senti seus lábios colados aos meus. – Ela, quase que inconscientemente, tocou a boca, mas logo se voltou à postura de sempre. – Daqui a um tempo te mando um DVD, não vou estipular mais um tempo, considerando minha necessidade, mandarei outro. – E a tela escureceu.


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Notas finais do capítulo

Ah, galera, obrigada pelos reviews. De verdade, foram muitos e fiquei beeem feliz com cada letrinha escrita. Amo vocês ♥