Números Primos escrita por Gii


Capítulo 5
Capitulo 5 - Tiro na Própria Testa


Notas iniciais do capítulo

Hello Booys and Girls! Vou deixar um capitulo rápido dessa vez, ok? E já vou pedir que preparem seus corações. O próximo capitulo será de arrepiar!
Boa leitura!



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Tiro na Própria Testa

Rose ainda tinha um olhar um tanto duro para cima de mim depois e Albus dar — com detalhes — a descrição da minha atual situação e eu não tinha a menor coragem de olhar para o seu rosto.

Rose havia nos interceptado na porta do salão comunal da Grifinória e não saiu de perto ou parou de fazer perguntas até Albus se irritar e falar tudo para ela. Ela não gritou, nem me xingou como eu esperava. Apenas ouvira e ficara ali. Parecia absorver aos poucos aquela realidade.

Era óbvio que ela sabia sobre o amor de Hugo por mim. E sobre ele sofrer com o meu namoro com Jason. Aliás, ela até mesmo me contou que na noite que eu começara a namorar Jason, ele chorou litros no seu colo, sem explicar o motivo. Mesmo que ela já soubesse, ele insistiu em mentir que era por causa que tinha esquecido de fazer um trabalho de poções.

Albus estava sentado do meu lado no sofá e Rose na poltrona ao lado.

Ele conseguia passar de um idiota para irmão preocupado com a mesma naturalidade de quem coloca outra roupa quando vai sair para algum lugar. Eu fiquei meio espantada de ver ele sentado ali na minha frente, tentando me ajudar enquanto eu me afogava na merda.

Porque era onde eu estava, na pura merda. Me sentia como a pessoa mais horrível daquele castelo e tinha certeza, que se tivesse um concurso sobre isso, ganharia de lavada.

Eu havia conseguido, de algum modo, dar um tiro na própria testa sem ao menos saber. Ahh, mas eu não podia usar aquilo como desculpa. Na verdade, nem queria!

Rose mesma fez questão de confirmar aqueles meus pensamentos.

Não podia usar algo como “Eu não sabia” como desculpas para toda aquela burrada. A culpa era toda minha, completamente. E era exatamente por aquele motivo que estava segurando minhas lágrimas o máximo que podia.

Meus olhos ardiam como chamas e eu sentia uma sensação desesperadora no peito, mas eu não me permiti chorar. Não era eu quem tinha que chorar. Não era eu a machucada. Eu tinha que concertar o que eu havia feito!

— Mais alguém sabe do beijo? — perguntei para Albus depois de algum momento de silencio.

— Não, apenas eu. — Al respondeu, ainda com aquele vinco preocupado na testa. Notei que eram raras as vezes que o via daquele jeito.

Eu assenti, tomando aquilo em nota.

— Mas Lilian... Olha, você não pode esconder isso. Você não pode seguir com isso, se não isso só vai se tornar uma bola de neve cada vez maior! — Disse Rose quase que imediatamente

— É! — completou Albua — Quero dizer, eu concordei em manter minha boca calada até agora porque estava esperando você fazer algo.

— Eu sei que não posso. Não preciso que vocês lembrem disso, ok? Só perguntei porque queria saber a extensões dos meus estragos.

Al sorriu para mim, se espalhando pelo sofá, parecendo mais tranquilo.

— Você está Lilyzando demais. Não é tão ruim assim! James já traiu pelo menos metade de Hogwarts e Helena, depois de tudo isso, ainda continua a gostar dele.

Eu sorriu amarga.

— Por favor, Al! Está comparando Lily com o James mesmo? James sempre foi um canalha sem escrúpulos.

— E Helena só continua gostando dele porque ele mudou desde que começaram a namorar oficialmente. — Eu completei

Alvo cruzou os braços atrás do pescoço rindo.

— Ainda acho que é Amortentia que deixa ela daquele jeito.

Eu tive que rir com aquela. Havia tido uma pequena discussão na nossa família sobre James andar dando Amortentia demais para a garota. Ela só podia estar dopada de poção para querer ficar com ele.

— Mas isso não vem ao caso. — Disse Rose — O caso é o que você vai fazer Lily.

Eu respirei fundo, cruzando os braços. Sentia minhas mãos tremendo. Eu não tinha muitas escolhas.

— Vou jogar o trasgo escondido no meio de Hogwarts. — Falei simplesmente.

Se fosse para se livrar daquelas mentiras, iria fazer do jeito certo! Nem que isso me custasse a honra e algum tempo de depressão pós-termino.

— A clássica merda no ventilador. É muito boa. Maneira fácil e rápida de resolver tudo — Albus disse sorrindo — Mas você sabe o que vai vir depois, certo?

Fofocas, brigas e muitas conversas sérias. Sim, eu sabia exatamente o que iria vir. Mas também sabia que fora eu que começara isso e Jason e Hugo mereciam a verdade. Até eu mesma merecia a verdade. Notei que eu mesma não aguentava mais aquela mentira e culpa.

— Eu tenho que lidar com isso, Al. Não tem outro jeito.

— Ok, mas não se precipite. Você tem que fazer isso de um jeito certo, não simplesmente chegar lá e falar. Não pode entrar no meio do salão principal, no meio do jantar e gritar que você traiu o Jason com o Hugo.

— Óbvio — concordou Rose.

...

— Porquê não?

Eles espalmaram as mãos nas próprias testas.

xx

Eu sentia minhas pernas tremerem quando entrei na aula no dia seguinte. Havia passado sem jantar e sem café da manhã evitando qualquer possibilidade de trombar com Hugo e Jason. Rose havia levado uma torrada para mim quando voltou do café da manhã, que eu comi apenas porque ela estava fazendo aquele olhar mandão e dizendo que eu ia desmaiar se não comesse algo.

Mas eu estava completamente sem apetite.

Rose havia passado a noite toda discutindo comigo como eu podia fazer para ajustar a minha atual situação. Bom, na verdade, a maior parte do tempo ela ficou discutindo comigo sobre porque eu não havia contado para ela sobre aquilo e dando um longo sermão.

Mas no final, quando eu já estava quase à beira de lágrimas, ela disse que eu estava fazendo a coisa certa e que sentia orgulho de mim. Que estaria ao meu lado.

Naquele momento, aquilo me acalmou o suficiente para eu dormir, mas não agora, quando eu caminhava para a minha primeira aula, onde estaria Hugo. Meu coração parecia que não parava um segundo em um ritmo normal, sempre se sobressaltando a cada engano ao olhar de relance para alguém nos corredores, pensando que era Hugo.

Eu tinha que me preparar para enfrentar Jason e Hugo. Era o que Rose e Alvo tinham dito para mim. E o quanto antes melhor. E era isso que eu iria fazer. Na primeira oportunidade.

Na primeira oportunidade?

Eu andava normalmente pelo corredor meio vazio, quando um porta que eu passava em frente se abrir repentinamente e uma mão saiu de lá de dentro me sequestrando silenciosamente do meu caminho para aula.

Era um armário escuro e apertado que cheirava a poeira. Meu coração poderia ter saído pela boca se eu não tivesse trincado os dentes com o susto.

— Você pode me explicar o que você quer, por favor? Eu não sei o que fazer com você! — Ele gritou bem na minha frente, me paralisando por completo.


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Notas finais do capítulo

Um grande beijo e abraço em todas as leitoras e leitores. Obrigada por tudo, de verdade.
Até amanhã.



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