Números Primos escrita por Gii


Capítulo 4
Capitulo 4 - Corrida contra a Boca Grande.


Notas iniciais do capítulo

Hello again giirls e booys!
Estão ansiosos para mais um capitulo? Então vamos lá! Obrigada novamente pelos reviews e por tudo! Vocês são os melhores e estão todos no meu coração! Até mesmo os fantasminhas hehe
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478004/chapter/4

Corrida contra a Boca Grande.

Eu poderia muito bem apenas ter ignorado aquilo tudo e continuar ouvido o professor falar sobre como ele tinha nos ensinado a defender os feitiços e como iriamos ter que fazer.

Poderia muito bem ter ficado na minha, fingindo que não existia e continuar com minha culpa por ter traído o Jason.

Até mesmo poderia ter virado para o lado e vomitado no chão, mas o que eu fiz foi puxar a garota para longe dele, com uma raiva latente e olhar nos seus olhos.

— Qual é o ‘teu problema?!?

A sala que a um segundo falava naquela confusão, havia feito a sua pausa para respirar no exato segundo em que eu gritava com Hugo e minha voz saiu mais alta do que eu esperava. Todos viraram na minha direção, se perguntando o que eu estava fazendo.

Me perguntava a mesma coisa.

Eu sabia que meu rosto naquele momento parecia um pimentão. Hugo não ajudava em nada ficando com aquela cara espantada olhando para mim.

Todos me olhavam inquisitivo

Vi as sobrancelhas de Carm, que estava não muito longe de mim, se erguerem em claro: “Ora, ora, Potter! Eu sei o seu segredo”

— Senhorita Potter? Aconteceu alguma coisa?

O Professor se pronunciou. Hugo parecia sair daquele seu estado de surpresa quase que instantaneamente e cruzara os braços, assumindo um rosto sério que eu não precisava refletir para saber que eu odiava com todo o meu coração.

Mary, que eu puxara pelo braço para longe de Hugo, olhava sorrindo para mim, como se fosse superior. Parecia uma cobra olhando para a sua presa. O meu estomago revirou novamente.

Foi quando olhei novamente para o professor que eu notei que meus olhos ardiam e que eu estava prestes a chorar.

— Não estou me sentindo muito bem, professor. — Me limitei a dizer — Posso ir a enfermaria?

Eu mal havia acabado de falar e Carm ergueu a mão no ar, falando que me acompanharia e o professor concordou relutante.

E eu nem me importei que Carm estava do meu lado, tagarelando alguma coisa sobre ciúmes e sobre Hugo não se importar mais com a sua priminha protegida.

Eu nunca sentira aquele tipo de dor antes.

O desprezo dele era tão tangente, me culpando. Como se a minha própria culpa já não estivesse me matando. Eu havia traído Jason. Eu que jurara que o amava mais do que tudo. Que se houvesse um feitiço que pudesse nos amarrar para sempre, eu faria sem pensar duas vezes.

E pior de tudo: Eu havia o traído com o meu primo. E ele também me abandonara naquele momento.

Eu estava sozinha. De um momento para o outro eu não podia contar com Hugo ou Rose. Eu não tinha mais Jason ou qualquer outro. Se quer podia chorar, porque havia uma garota fofoqueira louca para arrancar algo de mim enquanto andava ao meu lado até a enfermaria.

De um segundo para o outro, senti uma fúria incontrolável e tudo que eu queria era socar a cara daquela garota e fugir, para o mais longe possível de tudo. Me isolar do mundo e ficar apenas com os meus pensamentos e eu.

Esquecer de Hugo, de Jason e de qualquer culpa.

Esquecer tudo e me esconder.

Olhei para Carm pelo canto dos olhos, vendo que ela estava decidida a me acompanhar até a enfermaria.

Eu a dispensei logo na porta, assim que nós chegamos e ela voltou pelo corredor relutante. Por algum motivo ela estava empolgada. Ela olhou para mim um último segundo antes de virar o corredor e uma coisa passou pela minha cabeça.

Se uma fofoca sobre eu ficar com ciúmes de Hugo se espalhasse e chegasse aos ouvidos de Jason?

E se ele tentasse descobrir algo e perguntasse para Rose se ela sabia de alguma coisa? E se ele descobrisse que nós havíamos nos beijado e a minha traição com o meu próprio primo virasse o assunto mais falado de Hogwarts?! O que todos pensariam de mim? E Rose?! E meus pais?!?

Pisquei tentando limpar a nuvem que passou pelos meus olhos. Estava tonta; Precisava resolver aquilo antes que Carm abrisse aquela sua boca grande.

Eu começava a entrar em pânico.

E só descobriria mais tarde que aquele pânico não me levaria a nada.

XxX

Eu estava no corredor, do lado da porta da sala em que Jason estava tendo aula. E estava completamente sem unha depois de alguns minutos.

Não conseguia parar de olhar pra os dois lados do corredor, esperando que a qualquer momento Carm aparecesse. Estava decidida que se ela aparecesse, pularia em cima dela para calar sua boca.

Estava nervosa cada vez mais, a cada segundo que se passava e nada acontecia. Tudo podia acontecer.

— Aonde é o incêndio?

De um pulo. Albus se materializou ao meu lado. Como ele conseguia ser tão silencioso??

— Que susto moleque! Parece um fantasma! — Coloquei a mão sobre o peito, onde meu coração parecia que galopava.

Ele enfiou as mãos no bolsos da calça.

— Talvez algum dia eu seja.

— Idiota. — Revirei os olhos. — Me deixa em paz.

— Ora, ora maninha! Porque está tão nervosa? Brigou com o namorado é?

— Não é da sua conta, Albus.

— Bom, considerando que você está do lado de fora da minha sala de aula e que eu posso muito bem entrar lá e gritar para quem quiser escutar que você está dando uma de porteira maníaca... Acho que é da minha conta sim.

— Você não seria tão...

— Ah, com certeza seria.

Eu o encarei, olhando bem fundo nos seus olhos. Eu conseguia ver a chama da maldade encrustada ali. Aquele seu coração cruel e maligno. Conseguia ver o porquê de ele ter ido parar na sonserina. Conseguia entender porque Rose repetia tanto que a influência do Malfoy fazia mal à ele. Ele era do lado negro da força agora.

Trinquei os dentes.

— Então?

— Só estou esperando o Jason sair da aula, Albus. Satisfeito? Não sei porque você e James insistem achar que estou sempre apron...

— É por causa do beijo do Hugo, não é? — Ele suspirou se apoiando na parede do meu lado e eu senti como se tivesse sido eletrocutada.

— O-o-o quê?!?

— Qual é Lily! Eu ouvi a conversa no sótão que você e o Hugo tiveram aquele dia. Eu segui você depois daquele comportamento esquisito de manhã e fiquei escutando atrás da porta.

Eu sabia que minha boca aberta. Sabia que podia entrar um bicho ali. Mas eu não conseguia fecha-la enquanto encarava aquele meu irmão insolente. Ele sequer parecia se sentir culpado!

Eu não merecia aquela peste na minha vida.

— Se quer saber minha opinião, eu já esperava por isso.

Eu pisquei aturdida.

— Já esperava por isso?

— Claro, Hugo gosta de você desde que ele se conhece por gente. Estava tão óbvio que até mamãe já tinha comentado alguma coisa com a tia Hermione.

...

Que o Hugo o quê?!?

Eu sentia como uma leve corrente elétrica passasse por todo o meu corpo e eu estivesse entorpecida. Na verdade, muito parecido com a sensação que você fica depois de levar um Expeliarmus bem no meio da fuça.

Uma única frase rodando dentro da minha cabeça e todas as lembranças que eu tinha com Hugo se jogando na frente dos meus olhos. Quando ele me abraçara mais forte que todos e por muito mais tempo no ano novo. Quando ele me puxava para mais perto dele no banco do Salão Principal. Quando ele dizia que eu estava linda, apesar de apenas estar o uniforme de sempre da escola.

E então coisas piores vieram na minha cabeça. O meu primeiro beijo com Jason, onde ele assistira da primeira fileira. Quando confessei que amava Jason mais do que tudo e enfrentei minha família. Quando pedi ajuda DELE para me ajudar com Jason. Quando pedi os seus conselhos sobre o nosso namoro...

Eu havia amado e traído Jason ao mesmo tempo em que assassinava o coração de Hugo. Tudo isso em uma única tacada. Brilhante!

— Vou tentar te ajudar nisso, maninha. Você foi muito burra.

Pisquei algumas vezes, olhando novamente para Albus.

Enquanto olhava para aquele sorriso estupido no canto da boca do meu irmão, notei que não me importava com mais nada. Se alguma fofoca ia chegar aos ouvidos de Jason ou se Carm fosse espalhar qualquer coisa sobre mim. Se Albus sabia alguma coisa ou se ia ter que enfrentar Jason mais cedo ou mais tarde.

Eu apenas me sentia um grande saco de meleca de trasgo ambulante.

Eu consegui acabar com tudo que eu mais gostava na minha vida e destruir a vida de todos ao meu redor.

Al desmanchou o seu sorriso torto quando começamos a ver que os alunos da sonserina começavam a sair da sala, com o fim da aula. No meio da sua testa apareceu um vinco e ele se aproximou rapidamente de mim, passando o braço pelo meu ombro.

— Vamos sair daqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muito, muuito obrigada por todos os que me mandam o seu review! Gostaria deixar claro que Review não é uma questão de competitividade, ele só serve para estimular o autor a escrever mais e mais!
Mas deixo o meu obrigada aos fantasminhas também. Se você leu uma linha de tudo isso, já me deixa muito feliz :D
Até amanhã!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Números Primos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.