Katekyo Hitman Reborn: New Generation escrita por Jeferson Assis


Capítulo 16
Irmandade




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Desnorteado ele estava, visualizando sua casa em meio ás chamas. Estava ainda paralisado até o momento em que vários dos sobreviventes atacaram-lhe com vários tiros, pistolas com silenciadores. Suas chamas ainda percorriam o seu corpo, formando uma áurea amarelada.

Com isso, ele desviou em baixa velocidade, facilmente. Como se ele estiver-se prevendo o movimento da bala e desviando no último instante, ele estava sobre o efeito da ativação da chama do sol.

— Eu posso ouvir... — Deu um leve sorriso, ainda com aos choros. — Os barulhos da bala, comprem um silenciador melhor da próxima vez.
— Mas... — Um dos homens se afastou, deixando a arma cair da mão. – Como ele fez isso?

Das mãos de Lotus suas chamas moldaram-se em lâminas e rápido como uma navalha, cortou os adversários em alta velocidade, espalhando o sangue dos adversários pelo campo. Ao olhar para trás, suas chamas extinguiram-se e seu corpo tremeu.
Novamente, ele teria matado, desta vez não foi uma só pessoa ou duas, foram várias. Ele estava com o sangue deles em suas mãos, enquanto vomitava e corava.

— Olá. — Uma voz calma e séria brotou. — Você é o “Herdeiro”, caso eu não me engane.
— Quem é você... — Lotus não podia ver direito. Estava com o corpo dolorido e sua visão estava falhando. A única coisa que notou foi os cabelos brancos do homem.
— Eu... — Deu uma leve pausa, estava com um tom como se estivesse pensando. Em meio ao sangue e as chamas, ele continuava calmo. — Sou apenas um conselheiro.

Lotus tentou levantar-se, sem sucesso. Seu corpo infantil não estava preparado para usar chamas, com isso ele estava sofrendo os efeitos de ter ido além de seus limites.

— Você deve estar pensando... “Porque estou me sentindo tão mal? Agora á pouco estava tão forte”, a resposta é... — O homem apareceu rapidamente á frente de Lotus. — O seu medo é mais forte que sua determinação. Suas chamas ficaram instáveis e juntando com seu corpo desacostumado, as chamas acabaram com suas energias.
— Então... Eu vou morrer? — Lotus estava totalmente no chão, seus olhos quase fechados e sua voz fraca.
— Essa escolha é sua. — O homem segurou os cabelos de Lotus, puxando-o para cima. — Você só deve estar vendo coisas embaçadas. Bem, você tem duas escolhas. — O homem jogou Lotus para longe. — Ou você morre aqui... Ou você se ajoelha e irá se juntar á Forgotten. Você tem talento.
— E... — Não pôde terminar a frase, como último esforço Black retirou sua caixa novamente. Acendendo o seu anel com uma chama fraca do sol e o encaixou na caixa, ela brilhou por momentos e então uma espécie de humanoide em tamanho infantil, com olhos amarelados, pele pálida, cabelos amarelados longos até a cintura, acompanhado de uma capa negra. — Eu... Não vou me juntar á ninguém!

O humanoide foi até Lotus, colocando-o nas suas costas, eles tinham quase á mesma altura. Para sua idade, Lotus era bastante pequeno. O humanoide então emanou chamas fracas e amareladas, semelhantes ás emanadas por Lotus anteriormente, partindo em alta velocidade contra o homem disparando vários socos.
O homem por sua vez desviou-se dos socos em alta velocidade com certa facilidade, apenas indo para o lado e desferindo uma joelhada contra o humanoide, fazendo-o voar longe.

— Vejo que essa BOX não é sucata. Deve ter sido feita por um bom cientista, mas usando apenas essas fracas chamas para trazê-la, não irão ser o suficiente para me derrotar. — Ele se virou, caminhando para longe. Sua vestimenta e pele enfim foi revelado, como vestimenta ele utilizava uma espécie de manto negro com listras amareladas e uma boina negra, já sua pele era pálida. Sua face não foi revelada, mas pela pele demonstraria ser jovem. — Você escolheu morrer.

O homem levantou uma de suas mãos, fazendo um sinal. Então várias flechas com chamas foram disparadas contra Lotus, ele não podia se defender. Estava preste á aceitar sua morte, fechando seus olhos, poucos segundos se passaram e ao abrir os olhos, ele deu de cara com o humanoide á frente dele, com as flechas tentando perfurá-lo.

— Você é o Black, não é? — O humanoide falou, em um tom infantil e com um sorriso no rosto. — Eu sou White, o contrário de você. Mas, deixe-me ser seu amigo.
— Ser... Meu amigo? — Black ainda estava com sua voz fraca. — Eu nunca tive um amigo.
— Então... — White deu um leve sorriso, tirando todas as flechas e andando um pouco para longe. — Então quando eu terminar com esses caras, nós poderemos ser amigos! — Ele gritou com toda força que pôde.
— S-Sim... — Black não parecia entender muito bem. Mas, estava feliz, afinal ele não estava mais sozinho. — Vamos, eu irei te...

Antes mesmo de Black terminar sua frase, o homem de pele pálida e boina cativou a cabeça de White, empurrando-o contra o chão e formando uma cratera. Black tentou se levantar, sem sucesso e então se arrastou lentamente até a cratera.

—Pare... — Black falou, tentando segurar o homem. — Ele me salvou, ele não pode morrer... Ele disse que seriamos amigos...
— Você e ele escolheram serem nossos inimigos. — O homem falou em um tom calmo. — É uma pena desperdiçar seu talento.
— Se eu for com vocês... Eu e ele poderemos ser amigos e ficaremos bem...? — Black perguntou, levantando-se enquanto seu corpo sangrava. Ele estava se esforçando o máximo que podia, ficando de joelhos e colocando a face no chão. — Por favor!

Black deu uma leve pausa em contar sua história, ele parecia estar triste. Não estava muito feliz de lembrar-se do passado e então ele deu um leve suspiro.

— Bem... Depois daquilo, eu e White entramos para a Forgotten. Mas, nós tivemos que trabalhar como escravos, treinando todos os dias durante dezoito horas enquanto um só erro era motivo para não poder comer por dias ou ser torturados, White não sofria pela fome, mesmo o seu corpo duro tem fraquezas, ele levava dez á vinte vezes mais dor que nós. E o pior disso tudo eram as missões, nós tínhamos que matar pessoas, inocentes. E então um dia todos os guardiões da família sumiram inclusive o líder e o conselheiro, eu, White e vários outros conseguimos fugir.
— Eu não entendo como você suportou tudo isso... — Damon falou, chocado com tudo que Black havia contado. — Sinto muito...
— Então o White está com você á anos, e ele salvou sua vida. Por isso você é tão ligado á ele. — Jin falou olhando para a janela, ele estava frio. Mas ao mesmo tempo, tocado com a história de Black. — Você viveu o inferno.
— O White me salvou várias vezes, sem ele eu teria perdido á sanidade. — Black deu um leve sorriso, colocando a mão sobre o cabelo de White e balançando a cabeça dele.
— Então você não sabe o que rolou com essa família ai? — Falou uma voz vinda de perto, não era de nenhum dos quatro. Damon e Jin reconheceram a voz rapidamente.
— Red! — Gritou Damon, espantado.

— Okumura... — Falou Jin um pouco chateado, como se não quiser-se ele lá.
— Á quanto tempo estar aqui? — Perguntou Black Lotus.
— Bem, estou dês do início da história. — Okumura retirou uma lata de Pepsi e abriu-a, começando á beber.
— Então, Damon. Nós temos que ir de volta para casa. — Falou Okumura, se levantando e puxando Damon da cama. — Jin e caras que eu esqueci o nome, vamos logo.
— Você não manda em mim. — Falou Jin, andando enquanto bocejava.
— Espera, isso dói. — Damon falou enquanto era arrastado pelo chão. — Vamos White e Black, para casa!
— Para casa... — White ficou pensando, ele ainda estava pensativo. Refletindo sobre o seu passado. Estava ao mesmo tempo feliz, ele havia adquirido novos amigos e um novo lar.
— Nós já vamos, vão na frente. — Falou White.
— Esperamos vocês lá embaixo. — Falou Okumura, continuando á puxar Damon enquanto pulava pela janela, quebrando o vidro. Sendo seguido por Jin.
— Esses caras são malucos, vamos logo White? — Perguntou.
— Você não contou em detalhes aquela noite... Sobre a guerra entre as duas máfias, onde a Forgotten teve seu fim. — Sussurrou White, andando até a porta.
— Nós não temos certeza do que ouve naquela noite, por enquanto mantemos entre nós. — Black se levantou da cama, correndo para fora do hospital.
— Espera, espera! — Gritou White, correndo atrás dele. — Eu tenho pernas curtas, isso não vale!


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