What about now escrita por Lo


Capítulo 4
IV - Desejo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Demorei mas voltei!
Como vai o carnaval de vocês? O meu sinceramente está sendo meio tedioso, para variar, mas okay.
Desculpem a demora, mas é que meu note "quebrou" e eu tive que recomeçar esse capítulo do zero, e depois de dois dias escrevendo ( porque tive meio que um bloqueio) consegui.
Espero que gostem, e que não me matem. Como prometido, esse aqui está bem maior que os outros.
Boa leitura ;)



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Anthony acordou com o sol em seu rosto. Era típico ele dormir e esquecer-se de fechar a cortina. Abriu os olhos e piscou algumas vezes para, finalmente, entender que não era apenas um sonho. Não só acordar tão entrelaçado a ela, mas todos aqueles dias de extrema cumplicidade. Não que eles ainda não discutissem, se isso não acontecesse, eles não seriam Anthony e Ziva. Mas eram coisas tão superficiais que no outro minuto já estavam rindo juntos novamente.

Observou Ziva, que dormia tranquilamente, fazendo dele seu travesseiro. A respiração calma e face serena davam a entender que ela estava em bons sonhos. Traçou um caminho com a ponta de seus dedos pelo rosto da moça, chegando aos cabelos que ele tanto gostava. Não só aos cabelos, mas toda ela em si. Inspirou profundamente, inalando o perfume delicado que emanava da pele morena, apenas na intenção de guardar cada detalhe daquele momento.

Ela remexeu-se nos braços de Tony, e logo abriu os olhos. Encarou o verde à sua frente ainda sem entender muita coisa. Anthony recuou, tirando suas mãos dela, que se levantou assim que entendeu o que tinha acontecido

— Você dormiu aqui? – perguntou, quase retoricamente, enquanto tentava arrumar a bagunça que estava seus cabelos e roupas.

— Desculpe-me. Não foi por querer, eu cai no sono – ele disse calmo levantando-se do sofá. A dor no corpo lhe atingiu drasticamente. Ziva foi até seu quarto sendo seguida por ele. — Zi?

— Está tudo bem, Tony- ela sorriu entrou no banheiro. — Tem uma escova de dentes no armário, pode pegar se quiser.

Ainda anestesiado com a reação dela, ou a falta desta, ele fez o que ela havia dito. Quando voltou, ela saia do banheiro prendendo os cabelos em um coque mal feito.

— Vou fazer algo para nós comermos.

Saiu do dormitório a passos largos, já na cozinha, encarou sua geladeira sem conseguir prestar muita atenção no que pretendia fazer. Seu coração estava acelerado desde que abrira seus olhos. O cheiro dele impregnado nas roupas que ela ainda vestia deixava-a tonta. Ao passo que estava feliz por ele estar ali, estava decepcionada, esperava que ele tomasse, eventualmente, alguma atitude. Suspirou resignada. Nada mais lhe restava a não ser realmente fazer algo para comerem. Sem aviso, seu estômago protestava por algo.

— Tem certeza que você cozinha melhor que dirige? – Anthony perguntou próximo à ela, fazendo-a se assustar.

— Eu não dirijo mal, ta legal?! Você e o Tim é que são uns medrosos. – retrucou quase embirada

— Veremos...

Tony sentou-se em uma das banquetas da pequena cozinha. Encarou o ambiente ao redor, tudo tinha a ver com ela. Ouviu o tilintar de algo caindo ao chão e o gemido de Ziva poucos segundos depois. Prostrou-se ao lado dela, ajudando-a a levantar-se

— Ei Zi, está tudo bem? – Encarou os olhos brilhantes da israelense já em pé a sua frente. Mero erro, ou acerto. No segundo seguinte as respirações deles estavam se misturando. Encarou a boca dela e voltou aos olhos. Ela fez o mesmo caminho.

— O local da cirurgia, ainda dói um pouco. – Ela sussurrou. Ele subiu sua mão colocando-a no rosto da moça e acariciando-o. Ela fechou os olhos e sorriu, enquanto pousava uma de suas mãos no peitoral de Tony. Com o braço enroscado na cintura dela, Anthony juntou ainda mais seus corpos.

— Vai se importar se eu fizer isso? – A voz de Tony saiu extremamente baixa

— Vou se você não o fizer.

Roçou seus lábios nos dela, e sem poder mais esperar tomou sua boca em um beijo cálido e inebriante. Amavam-se. Amavam um ao outro de uma maneira que jamais qualquer um deles imaginou amar alguém em toda a vida.

Embriagados pelo momento que tanto esperaram, mal podiam conter-se. Os dedos de Ziva apertavam os cabelos de Anthony fortemente, da mesma maneira que ele a puxava cada vez mais para si. A chama entre seus corpos aumentava descontroladamente.

Abby girou a chave na maçaneta e abriu a porta, quis pular quando viu Anthony ainda no apartamento, e mais ainda quando os viu se beijando. Sabia que eram feitos um para o outro. Todos sabiam, e torciam por eles, mas ninguém nunca teve coragem de dar um empurrãozinho. Como o tempo não foi preciso. Agora eles só precisavam admitir para si mesmos e para o mundo que eram um do outro, outro do um.

A gótica bateu a porta com se não tivesse percebido nada, eles separaram-se no mesmo segundo. Viraram-se de costas para ela, tentando esconder as respirações descontroladas e as bocas inchadas. Riu baixo indo na direção deles despreocupadamente.

— Bom dia! – Falou animada enquanto colocava algumas coisas sobre o balcão.

— Olha Abby...

— Eu não vi nada, Zi! – Ergue os braços tentando diminuir o evidente constrangimento que eles se encontravam. — Sai daí, deixe o café comigo.

Abaixou-se para buscar algo dentro do armário, e viu, pelo canto do olho, eles se entreolharem e sorrirem.

— Acho melhor eu ir embora, preciso alimentar a Kate e...

— Ela não vai morrer de fome se você tomar café com a gente, Dinozzo. - Abby o intimou, fazendo-o sentar-se na banqueta próxima ao balcão

A israelense sentou-se ao lado de Tony, enquanto a cientista preparava algo que tinha trazido em algumas sacolas. O café transcorreu tranquilo tomando toda a atenção dos participantes. Depois disso Anthony foi embora, ainda com a desculpa de alimentar seu peixe. Ziva fora tomar banho. Abby mandou uma mensagem a McGee. Precisava compartilhar a linda notícia com alguém

****

Encarava a parede a sua frente com o olhar perdido e um sorriso preso aos lábios. Passou horas na mesma posição, ignorando o mundo ao seu redor, presa a uma redoma praticamente inquebrável.

Como em uma linha do tempo psicografada, as imagens de todos os momentos juntos passavam em sua mente. E ela perguntava-se silenciosamente repetidas vezes porque aquilo havia demorado tanto a acontecer. Hipoteticamente, tinha uma resposta. As coisas acontecem quando têm que acontecer, isso não significa exatamente que elas já não estão encaminhadas. Às vezes, desafiar suas próprias expectativas pode lhe proporcionar algo realmente satisfatório. E eles se desafiaram o tempo todo durante longos anos, em um jogo de gato e rato, cutucando daqui, perseguindo dali, e ferindo-se sempre, no fim. Porém, nada nunca os impedira de cuidar um do outro. Nas ações impensadas, demonstravam aquilo que nem eles mesmos queriam saber, muito menos revelar. Finalmente, superando o que esperavam deles mesmos, ganharam a batalha contra si, alterando, assim, o rumo da guerra. Novamente, hipoteticamente, tinha outra resposta.

— Vai realmente ficar a tarde toda ai olhando para o nada sem me contar o que realmente aconteceu aqui?

— Mas eu já te contei, Abby, ele só dormiu aqui! – Ziva, impaciente, retrucou à amiga

— Por isso mesmo, não é possível que ele tenha dormido aqui e só aconteceu algo pela manhã.

Ziva bufou, irritada. Nada do que dissera a Abby a convencera, ainda que fosse a verdade. Encarou seu aparelho celular vibrando em cima do sofá a seu lado. O nome destacado a chamou a atenção no mesmo instante. Ao abrir a mensagem, sorriu largamente, e aperto os lábios entre os dentes.

De: Tony Dinozzo

Para: Ziva

"Aceita jantar comigo?"

Abby pulou ao lado dela no sofá e encarou o celular

— O que está esperando para aceitar? – a cientista cutucou a amiga que piscou para ela e respondeu à mensagem.

De: Ziva

Para: Tony Dinozzo

“Te espero às 20h”

****

Com as mãos extremamente suadas, Anthony, pontualmente às 20h, bateu a porta do apartamento de Ziva. Passara o dia ansioso para vê-la novamente. Já ela, ainda dentro do apartamento, desesperou-se quando ouviu baterem a porta. Sabia que era Anthony, estava nervosa, não que houvesse um motivo específico, mas estava. Isso não era normal ao levar em conta que a israelense quase sempre continha suas emoções. Mas porque ela se importaria? Quando se tratava de Tony, ela quase nunca agia normalmente. Respirou fundo e deu uma ultima olhada no espelho. Estava bonita, ela sabia disso. Porém, naquele dia, queria estar ainda mais, impressioná-lo.
Ziva foi até a porta e logo se perdeu no sorriso do homem a sua frente. Ele estava lindo, não que não fosse lindo sempre, muito pelo contrário. Entretanto naquela noite ele tinha algo especial, que Ziva não saberia explicar, porém qualquer outro saberia: ele exalava confiança. Exalava amor. Exalava simpatia. Isso tudo apenas por uma pessoa: Ziva David.
Tony não podia deixar de sorrir encarando a morena a sua frente. Estava mais linda que ele jamais vira. O vestido azul escuro marcava suas curvas sem deixá-la vulgar. E o decote enorme em suas costas combinado com o salto alto deixavam-na sexy e tentadora.

— Você está linda.

— Obrigada! Você também está. – Ela replicou sorridente. Ele ofereceu o buquê de rosas vermelhas brilhantes a ela.

— Oh Tony, são lindas, obrigada! – ela sorriu para ele, ainda encantada com o ato. — Vou colocá-las na água, entre.

Enquanto procurava por um vaso em que pudesse colocar as flores, Dinozzo analisava alguns porta-retratos dispostos sobre os móveis. Sorriu ao encontrar uma foto deles e de seus amigos. A mão dela em seu ombro o fez olhar para trás e encontrá-la sorrindo.

— Vamos? - ele perguntou estendendo-lhe o braço

— Claro!

Durante a curta viagem até o restaurante, a presença deles era embalada por uma musica romântica que tocava baixo e algumas palavras em que eles retratavam como fora seu dia. Foram a um restaurante no centro de DC, a iluminação fraca combinada com a musica calma deixava o ambiente extremamente acolhedor e bonito. Sorriam intensamente um para o outro durante todo o tempo. No fundo de seus corações já sabiam que tinham caído do penhasco. Porque amar é estar em queda livre. Depois de pular, não há mais volta, espera-se apenas pelo fim, mesmo não tendo a certeza de que haverá, lá em baixo, alguém para apartar sua queda. Ainda assim, sem medo, pularam. Ambos estavam cansados de esconder algo que existia. Realmente perceberam que não adiantava mais fugir, ou fingir esquecer os sentimentos no fundo de uma gaveta feito um pedaço velho de papel. Deixar a felicidade de lado era uma opção, ser feliz era outra. E ainda que tivessem que arcar com quaisquer consequências, estavam prontos para escolher a segunda.

Após o jantar, viram-se girando no meio do salão, embalados pela música que corria serenamente em seus corpos, fazendo da dança um curso natural. Apesar de já terem dançado juntos, nada se igualara à magia daquele momento.

— Está tudo tão lindo – Ziva sussurrou próximo ao ouvido de Anthony que sorriu. — Obrigada por isso, Tony.

— Você estar aqui, faz tudo estar perfeito. – Disse Dinozzo calmamente. Fitou os olhos da morena, que brilhavam intensamente para ele. Aproximou suas bocas, grudando uma na outra. Pediu passagem para sua língua e ela cedeu rapidamente. Precisavam um do outro urgentemente. Tentavam repor essa falta através do beijo, da dança, dos toques e olhares. Não queriam e nem podiam perder nem mais um segundo. Nenhum deles precisava dizer nada para sentir o quão estavam satisfeitos com aquilo. Os olhares brilhantes conversavam silenciosamente, gritando a explosão de sensações daquele momento, além de um sentimento em específico: o amor.

No carro, Ziva tocou a não de Tony acariciando-a. — Quero ir para o seu apartamento. - ela disse sem cerimônias, porém com a voz calma e suave.
Tony sorriu entrelaçou seus dedos — Como quiser, David.

Desviou o caminho para seu apartamento, e depois disso o silêncio permaneceu. Contudo, não era um silêncio ameaçador ou incomodo. Fora bom e acolhedor. Um daqueles momentos em que ninguém quer falar para não estragar nada, onde as coisas estão tão perfeitas, que uma pequena coisa ao contrário pode destruir a magia.

No elevador, com as mãos grudadas, o rapaz a encarou sorrindo, e em segundos, Anthony a prensava contra a parede do elevador, buscando pelos lábios dela ávidos. Puxava a cintura de Ziva possessivamente de encontro ao seu corpo, enquanto ela, com os braços presos ao pescoço dele, enroscava seus dedos nos fios loiros. Entraram no apartamento alguns minutos depois com a respiração entrecortada. Ziva colocou sua pequena bolsa sobre o sofá e observou o apartamento. Sorriu ao perceber que a personalidade de Tony estava em cada coisa ali dentro, ninguém que o conhecesse bem como ela precisaria se esforçar para perceber isso. Caminhou lentamente até Tony que a olhava cheio de luxúria, deslizou as mãos por todo peitoral, tirando o paletó dele em seguida. Traçou uma linha, desabotoando a maior parte dos botões da camisa branca.

— Não faça isso, David. – Dinozzo soltou com a voz rouca, fazendo-a rir, praticamente nem sequer havia encostado nele. Sem muita dificuldade roçou seus lábios nos dele, e sem dar a ele tempo para beijá-la, deslizou sua boca para o pescoço dele, sugando-o e mordiscando-o enquanto seus dedos terminavam na camisa dele. Extasiado, Tony sentia vários arrepios percorrerem sua espinha a cada ato dela. Puxou-a mais para perto de si, percorreu suas mãos por toda extensão das costas nuas da morena sem pressa. Já sem sua camisa, tateou o corpo da moça a procura do zíper que liberaria o vestido ao mesmo tempo em que enroscava sua língua na dela em um beijo insano e quente. Gemeram ainda durante o beijo, quando os seios dela, intumescidos, entraram em contado com a pele quente dele. Sem fôlego, quebraram o beijo. Dinozzo gemeu novamente ao vê-la apenas com a minúscula calcinha de renda azul escura, a mesma cor do vestido que jazia no chão.

Tony, sem conter-se, rodeou os seios com suas mãos, apertando-os, e fazendo-a novamente gemer. Guiou-a pelo apartamento até seu quarto, onde já desesperada, Ziva desabotoou a calça dele, ajudando-o a livrar-se dela e de sua cueca de uma só vez. Tony viu o olhar de cobiça nos olhos castanhos e sorriu malicioso. Prensou-a na parede mais próxima, e a brutalidade excitante fez Ziva apertar a mão nos cabelos de Tony fortemente. Buscou pelos lábios dele, enquanto rodeava a cintura dele com suas pernas. Segurando-a, Tony deitou Ziva em sua cama e arrancou a calcinha de seu corpo

— Tony, já chega – Ela pediu com a voz trôpega.

Sem poder mais aguentar, encarou os olhos castanhos, as pupilas dilatadas brilhavam para ele, e então, juntou suas carnes em um só movimento. Amaram-se durante toda a noite e finalmente com o nascer do sol, dormiram tomados pela exaustão.

****

A manhã de domingo passou despercebida pelos amantes da madrugada, que cansados dormiram até o inicio da tarde. Ziva, na cozinha de Anthony, vestida apenas com a camisa que ele usara na noite anterior, encarava o relógio sem acreditar que dormira até tão tarde. Não era de seu feitio acordar e ver o sol brilhando alto no céu. Remexendo na geladeira, achou apenas ovos e bacon, e na falta de algo mais saudável, rendeu-se ao tradicional café da manhã americano, ou deveria chamar de almoço?

— O cheiro está delicioso – Tony disse depositando um beijo na bochecha dela

— Desculpe mexer na sua geladeira, é que eu estou faminta. – ela disse envergonhada fazendo Dinozzo gargalhar, ver Ziva David envergonhada era um momento épico

— Não se preocupe, também estou com fome

O café da manhã tranqüilo fora regado pelas piadas de Tony, que mal podia conter-se sabendo que ela realmente estava ali, que tudo aquilo estava acontecendo. Tê-la verdadeiramente era milhares de vezes melhor que o melhor de seus sonhos.

— O que será de nós agora? - Ziva se manifestou depois de alguns minutos em silêncio. Anthony a apertou em seus braços e suspirou.

— Somos adultos, Zi. Temos todo direito de fazer nossas escolhas.

— A não ser pela regra 12. - ela se virou e fitou os olhos do rapaz

— Encararemos Gibbs quando você voltar. Ele não precisa saber das coisas de uma vez só. – Tony falou calmamente, abraçando-a novamente.

— Sabe, eu acho que amo você - Ziva disse baixo, quase em um sussurro

— Eu também acho que amo você. - ela sorriu e se aconchegou mais nele. Dormiram de novo depois de fazerem amor mais uma vez.

We don't know where to go
So I'll just get lost with you
We'll never fall apart
Cause we fit together right
We fit together right

I know where we could go
And never feel let down again
We could build sandcastles
I'll be the queen, you'll be my king

Now I can lay my head down and fall asleep
Oh, but I don't have to fall asleep to see my dreams
Cause you're right there in front of me
Right there in front of me


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que vocês tenham gostado, e que não me achem uma pervertida por eu ter pego um pouquinho pesado. hahaha
Esse trechinho em negrito no fim, é de uma música da Demi (eu a amo gente), Two pieces. Não coloquei a tradução, mas se vocês não conhecerem podem dar uma olhadinha nela ;)
Por enquanto eu acho que é só.
Deixem reviews e me digam o que acharam okay?!
Beijos