What about now escrita por Lo


Capítulo 3
III - Esperança


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos!
Estou passando aqui rapidinho para postar esse, está pequeno, mas prometo que no próximo irei compensar. (Estou meio sem tempo, porque tenho que estudar paras as provas na minhas escola)
Boa leitura :)



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Da sacada de seu quarto, Ziva fitava o brilho ofuscante das luzes da cidade que começavam a aparecer. O céu quase totalmente escuro já cintilava em pequenos pontinhos. A vida parecia não parar nunca, nem com o chegar da noite. Tudo parecia buscar, em uma correria, a calmaria. Não fazer parte daquilo tudo, ter outro referencial, fazia perceber o quão rápido a vida passava daquela maneira, em um trote rápido, sentindo o vento gritar a veloz vinda do equilíbrio, e infelizmente, quando este chegava, a ponte se quebrava e a vida acabava.

Desde que deixara o hospital, há uma semana e três dias, Ziva contou os minutos, as horas, os dias, e agora, preparava-se para começar a contar as semanas, a quase segunda semana. Seu eu interno e auto-suficiente jogava-lhe na cara que mais uma vez ela se enganara. A última vez que viu Anthony a deixou pensativa. O paletó esquecido em sua cama de hospital jazia dentro de seu armário, fazendo o perfume impregnar em suas roupas. Já pensava em desistir de acreditar que ele se importava com ela.

— Zi, eu vou indo - a voz de Abby atras de si, a tirou de seus devaneios.

— Está tudo bem?

— Está sim, Abby. - ela virou-se com um sorriso pequeno no rosto, mal conseguia pensar em como agradecer sua amiga pela ajuda.

— Sabe que se precisar pode me ligar, não é?

— Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. - Ziva assistiu a amiga pegar suas coisas e ir até a porta do quarto — Não preciso ir até a porta não é?

Abby riu e deixou o cômodo. Pegou a chave jogada no balcão da cozinha e abriu a porta do apartamento, assim, deu de cara com Anthony socando a própria testa com os olhos fechados.

— Está ai há uns 30 minutos? - A morena perguntou quando o rapaz abriu um dos olhos a encarando com uma careta.

— Um pouco mais na verdade - Ele respondeu em um muxoxo, fazendo um sorriso atravessar nos lábios de Abby. Sabia que ele sentia algo por sua amiga, e que era recíproco, sabia também o quanto queria que eles descem certo algum dia.

— Ela está bem. Cada dia melhor na verdade. Está no quarto, e mesmo que não demonstre, vai adorar vê-lo. - soltou a língua e deu passagem para que ele entrasse no apartamento.

Após as dicas, beijou o rosto do amigo e foi embora, deixando-o no apartamento. Ele suspirou e seguiu pelo corredor que sabia que daria no quarto de Ziva. Passo a passo para não alarmá-la, encostou-se no batente da porta e a observou. Estava fitando a parede branca a sua frente absorta em algum pensamento. Mal piscava. Segurava um livro, que aparentava estar quase no fim, porém, naquele momento, nada interessante. Os cabelos, apesar de bagunçados, davam a ela uma aparência frágil e delicada. Ele a julgava como o tipo de mulher que não precisava de um cabelo extremamente arrumado e quilos de maquiagem para estar bonita. Com um enorme sorriso pregado em seus lábios, pigarreou, chamando-lhe a atenção.

— Como entrou aqui? - ela perguntou alarmada, fitando-o com os olhos arregalados.

— Pela porta, oras! - ele respondeu zombando

— Idiota! - ela, sem querer, riu.

— Abby estava saindo, e então eu entrei. Espero que não se importe - aproximou-se e sentou-se na cama, próximo à ela. — Queria te ver

A moça abaixou o livro que ainda suspendia e encarou o verde a sua frente. Ela sorriu. Ele também. Eles sorriram por dentro, e seus corações se aqueceram. Ela sentira falta dele por todos os dias que não o vira. Lembrava-se do sorriso, de suas manias narcisistas, de suas piadas. Odiava estar longe dele, só não queria admitir. Ele pensara nela em cada segundo dos dias que não a viu. Sentiu falta de seu jeito mandona, de assistir os marmanjos perderem a luta, de irritá-la. Adorava tirá-la do sério, seja citando um filme seja tentando invadir sua privacidade. Os intermináveis minutos de silêncio os deixaram constrangidos depois de alguns minutos.

— Senti sua falta - Anthony murmurou, sem olhá-la nos olhos.

— Não pareceu sentir - cruzou os braços emburrada — Estava aqui o tempo todo, porque não veio me ver antes?

— Estava em um caso difícil - falou dando de ombros.

— Para os outros não pareceu tão difícil assim, eles vieram até aqui.

— Eu não disse que era um caso do NCIS - ele piscou, fazendo-a ferver. David odiava perder qualquer coisa para Dinozzo. Mesmo que fosse uma discussão, ou o projeto bem mal começado dela. — Bom, acho que vou embora… você tem que descansar e...

— Sabe, vai passar um filme legal daqui a pouco. - ela o interrompeu — Você poderia ficar… - Tony sorriu com o convite, ela ficou constrangida — Se você quiser, é claro!

— Desde quando, eu, Anthony Dinozzo, recuso uma sessão de cinema, minha cara? - eles riram, era a mais pura verdade — Mas tem que ter pipoca.

Ela gargalhou, conhecia Anthony há anos, sabia que ele não via um filme sem pipoca. A nostalgia lhe atingiu, então percebeu que há muito não assistiam um bom filme juntos. Acomodaram-se no sofá espaçoso e confortável poucos segundos antes do filme começar. Um balde de pipoca, dois copos de refrigerante com canudinhos e alguns docinhos estavam entre eles. Com o término do longa, eles discutiam fervorosamente sobre o enredo, as personagens e os atores. Ziva alegava ter gostado, Anthony a acusava de ser leiga e não conhecer realmente um bom filme.

— Está tarde, tenho que ir agora. - Tony anunciou já se levantando. — Volto amanhã com um filme realmente bom.

— Quando te convidei para voltar aqui? - A mulher provocou com uma de suas sobrancelhas arqueadas

— Ainda que não convidasse eu viria, preciso mostra-lhe algumas coisas realmente boas.

Ela riu e socou o braço de Anthony. — Pode voltar, mas se eu não gostar, vai ter troco!

— Não terá essa chance, querida. - depositou um beijo na bochecha de sua ninja, pegou suas coisas que jaziam na pequena mesa no centro da sala e deixou o apartamento. Sem pestanejar, no dia seguinte ele chegou mais cedo ao apartamento da israelense, levara o jantar para eles e alguns filmes. Os três dias restantes naquela semana terminaram daquela exata maneira: primeiro um jantar, depois um ou dois filmes. Na sexta, eles adormeceram juntos no sofá, grudados um ao outro. Não fora a noite mais confortável, mas fora a melhor em muitos meses. Muitos.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?!
Estou exalando fofura hoje.
Talvez, no fim de semana eu poste outro.
Comentem, comentem, comentem, só assim saberei se vocês estão gostando. Mas espero que gostem. ;)
Beijos, até mais!