A noite se inicia na Aldeia, a maioria das lojas já tinham se fechado e todos já estavam nas casas descansando e jantando, na casa dos Uchihas, o clima era silencioso e calmo, a pequena família comia o delicioso sushi que a senhora tinha preparado, calados, sem fazer nenhum ruído.

Então, Sasuke acaba de comer seu segundo pequeno prato de sushi e acaba enchendo de novo o prato, para botar pra Amaya que estava escondida no quarto, claro que ele não podia deixar a amiga com fome no quarto dele.

Assim que Sasuke enche seu prato, Fugaku fica espantado pelo seu filho bota mais um prato e pergunta:

– Sasuke, você está com muita fome assim?

– Não é para mim otou-san, é para a minha passarinha. Enquanto não temos comida para ela, vou dá sushi, ela deve gostar. – Responde Sasuke pegando o prato e levantou-se, seguindo seu caminho até a porta.

– Passarinha?

– Hai Itachi. – Respondeu Mikoto para Itachi. – Hoje a tarde, Sasuke chegou em casa com uma pequena passarinha preta com os olhos da mesma cor, ela é tão lindinha e fofinha, tem que vê-la dançando e cantando, é muito engraçado. – Disse Mikoto dando uma pequena risadinha.

– Vou indo, não quero que ela fique gritando por causa da fome. – Disse Sasuke abrindo a porta e saindo. – Já né.

Assim que Sasuke saiu pro quarto, Itachi ficou olhando seu irmãozinho saindo pela e ficou desconfiando.

“Passarinha é... Tem coisa nisso.”

[...]

– Aqui está, espero que goste, está muito bom. – Diz Sasuke botando o prato de sushi na cama.

– Arigatou Sasuke-kun, o sushi da Mikoto-sama deve ser bom mesmo para fazer você comer dois pratos. – Disse Amaya dando um pequeno sorriso.

Amaya não tinha saído do quarto de Sasuke deste que ele tinha deixado ela ficar, agora Amaya usava sua calça comprida preta e sua camisa de manga comprida roxa, seus cabelos negros compridos até a cintura agora estavam soltos, ela até agora nem precisou usar o Henge no Jutsu de novo, ninguém nem entrou no quarto deste a tarde.

– Então? O quê achou?

– Incrível! Sua mãe é muito boa na cozinha! Ela faz melhor do que eu. – Respondeu Amaya com olhos brilhando enquanto comia o sushi.

– Eu não disse? Que bom que gostou, amanhã de manhã vamos pra cozinha e você vai comer o delicioso café da manhã que ela faz. – Disse Sasuke sorrindo.

– No modo passarinho não é?

– Claro, mas...

– Mas? – Perguntou depois de um tempo em silencio.

– Amaya-chan... Eu queria que você conhecesse minha família de verdade, nós podemos convencê-los a deixa você ficar aqui, assim você pode viver melhor aqui, sem precisar ser esconder, não quero que você fique nesse modo passarinho para sempre... Não quero que se esconda. – Disse Sasuke com um olhar triste.

– Eu sei, Sasuke-kun. – Disse abaixando a cabeça e voltando a encará-lo. – Eu também não quero isso, não quero mais me esconder, mas, o que posso fazer? Contar pro seus pais que estou sendo perseguida por ninjas? De mascaras estranhas, com aparência de animais estranhos? Todas as noites? Sem motivo? E se eles não deixarem? Como vai ser? As pessoas já me olham com um olhar de desprezo todos os dias Sasuke... – Disse e voltou a baixar á cabeça. – E não quero ver isso nos olhos deles também.

Sasuke não disse nada, ele não tinha palavras para responder, isso tudo ela tinha razão. Toda vez que Sasuke andava pela vila com Amaya ao lado, sempre via os olhos de desprezo das pessoas encima dela, na primeira vez, ele achava que aqueles olhares eram para ele, mas estava enganado. Ás vezes, Sasuke queria que aqueles olhares fossem dirigidos para ele, e não para Amaya, ele já viu Amaya chorar várias vezes por causa daqueles olhares, sempre a via chorar quando a chamavam de aberração, monstro e de outras coisas. Ele preferia que todos os olhares de desprezo fossem para Sasuke do que para Amaya. Mas, aqueles olhares sempre foram para ela, uma garotinha de incríveis cabelos negros e olhos negros que nem a escuridão, Sasuke não queria isso, na verdade, queria saber o porquê disso tudo, por que todos aqueles olhares? Ainda mais para uma menina tão doce e meiga de incríveis olhos negros como Amaya? Qual era o motivo?

– Desculpa...

– Não, eu que devia desculpar, hoje devia ser um dia calmo e feliz... – Disse Amaya encarando o amigo. – Por que eu vou dormir pela primeira vez na casa do meu melhor amigo, mesmo que seja ás escondidas, eu estou adorando. – Terminou dando um sorriso, junto com Sasuke.

– Hehe, tem razão, também é a primeira vez que uma amiga vem dormir na minha casa.

Então, os dois acabam rindo baixo para não chamar atenção da família que estava na cozinha, mas nem saber eles, que Itachi estava ao trás da porta ao lado, ouvindo a conversa das duas crianças morenas.

“Droga, então eles descobriram sobre ela, tenho que fazer alguma coisa.” – Pensou Itachi antes de se virar e ir pro seu quarto, com sua expressão de raiva e ódio.

(...)

Os dias que se seguiram foram comuns e ao mesmo tempo estranhas, Amaya ainda ficava no quarto de Sasuke, ás vezes saia do quarto, mas só quando faz o Henge no Jutsu. Ninguém tinha visto Amaya na casa Uchiha, Sasuke sempre levava um prato de comida para Amaya, deixando seu pai mais desconfiado do que o normal, Itachi nem tinha se importado, mesmo ainda não ter visto ela só ter a ouvido, não tinha se importado com o jeito estranho de Sasuke, ele estava preocupado com outra coisa, na verdade, duas coisas perigosas.

Sasuke saia muito de casa, ás vezes treinando o Gooukakyu no Jutsu com Amaya, mas ela só ia raramente, outras vezes com Itachi, vendo seu irmão treinar muito, e também, ele saia para ir pra Academia, Amaya não precisou ir pra Academia, por ter feito todas as provas e já ter ganhado seu boletim, tendo nele várias notas boas, então, como um certo Uchiha quis o mesmo, Amaya começou a estudar muito com Sasuke, fazendo treinamentos e tudo.

Era uma manhã agradável e calma, o vento era calmo e frio, Amaya estava no quarto de Sasuke mexendo na kunai do amigo, na qual tinha dado ao amigo ano passado, ela era igual ás outras, mas na parte onde segura da kunais estava escritos “Uchiha”, feito por ela. Amaya via seu reflexo na kunai escura enquanto a mexia, estava com tédio, não tinha muita coisa para fazer no quarto de Sasuke, ela queria ler ou tocar sua flauta de bambu, mas não podia. Sasuke tinha levado todos os livros do quarto, e não podia tocar para chamar a atenção dos pais de Sasuke, mas ela estava com uma pequena sensação, uma estranha, como se algo aconteceria.

– Ah, deixa, não vou ficar aqui no tédio, toca uma melodia não vai fazer mal a ninguém. – Disse baixo Amaya se levantando da cama e indo até sua bolsa que tinha pegado esses dias em casa.

A vasculhou e encontrou sua pequena flauta feita de bambu, Amaya tinha a feito anos atrás quando era pequena, ela era media e tinha os furos feitos pela kunai dela, aprendeu a tocar aos poucos muito bem.

Foi pra janela do quarto de Sasuke e a abriu, quando abriu, sentiu o doce e frio vento que dominava na vila, sorriu e pegou a flauta com as duas mãos, botou os pequenos dedos nos furos da flauta e a levou até sua boca, então começou a tocar uma calma e linda melodia com a flauta, como se ela acompanhasse o ritmo do vento batendo nas folhas. Uma melodia calma e lenta.

Seus olhos estavam fechados, mas sentia que os pássaros tinham parado de fazer o que estavam fazendo e lhe deram a atenção, ouvindo a pequena canção feita pela flauta, Amaya gostava disso, de tocar flauta e saber que tinha animais ou pessoas gostando, gostando de uma coisa que ela sabia fazer e sem senti-se medo. Tocar flauta a deixava livre, radiante, mais calma, mais leve, como se tudo que passava na vida dela não existisse.

Tocou por uns minutos até ouvir passos se aproximando do quarto, fazendo Amaya se virar para a porta, parando de tocar sua flauta. Os passos pararam enfrente a porta e dava pra ver a silueta da pessoa, não era Sasuke, e sim outra pessoa.

Com medo, correu até a cama botando a mão onde estava á flauta encima dela, se ajoelhou e entrou debaixo da cama, se escondendo, mas nem a mesmo tinha se lembrado, que tinha acabado de deixar sem querer a flauta encima da cama.

A porta se abriu e de lá saiu Itachi olhando para o quarto, ele tinha ouvido a melodia lá do quarto dele, ele era o único que estava em casa e tinha desconfiado é claro. Entrou no quarto olhando pros lados, procurando a pessoa que tocou a maravilhosa melodia, Itachi não tinha encontrado ninguém, então avistou a flauta encima da cama e foi se aproximando, Amaya estava com a respiração acelerada, ela via Itachi se aproximando e estava com medo de ser pega, botou a mão na boca para ele não ouvir sua respiração, mas ela acha que em vez dele ouvir sua respiração, ele ouviria seu coração batendo rapidamente. Seu coração estava tão acelerado, que parecia que ia sair pela boca.

Itachi se aproximou da cama e pegou a flauta, ficou mexendo nela á vendo, ela estava intacta, feito de um jeito incrível, feito pelas próprias mãos com bastante calma, achou até interessante por alguém fazer uma flauta daquele jeito e ela ainda está em intacta, pela aparência, parecia que tinha sido feita a muito tempo.

Fechou os olhos com um sorriso de canto e foi se afastando com a flauta em mãos, Amaya estava sentindo-se aliviada, mas foi por muito tempo.

– Devo admitir você toca muito bem. Saber que não precisar se esconder de mim né? Já sabia que estava aí deste que chegou, só espero que se mostre para mim na hora certa. Adoraria ver se você é mesmo a amiga que Sasuke fala tanto. – Disse Itachi parando enfrente a porta com os olhos ainda fechados e com o sorriso de canto.

Amaya arregalou os olhos com que Itachi disse, como ele sabia? Essa era a pergunta que Amaya fazia em seus pensamentos, mas sua preocupação era outra. Se ele sabia que Amaya estava aqui, porque ele não contou para os pais que ela estava aqui? Por que ele não fez isso?

Itachi, vendo que ela não se mostraria para ele, acabou abrindo a porta e saindo do quarto de Sasuke, sem olhar para trás.

O silencio reinou no quarto de Sasuke, Amaya respirava ofegante pelas palavras de Itachi e das coisas que vinham em sua cabeça, ela estava com medo agora, medo de Itachi contar para Fugaku ou Mikoto que ela estava aqui... Ou por ele fazer o mesmo olhar de desprezo como os outros.

– Por que você não contou? – Perguntou para si mesma.

(...)

A noite reinou a vila, todos já estavam em suas casas dormindo no meio da noite, até que num momento, na casa dos Uchiha’s, Sasuke balança Amaya delicadamente a acordando.

– Amaya-chan, acorde. – Sussurrou Sasuke ainda abalançando.

– Sasuke-san? Está tarde, por que está acordado? – Perguntou num sussurro encarando o moreno ao seu lado.

– Estou ouvindo vozes, e queria ir pra lá, mas não quero ir sozinho. – Respondeu Sasuke, fazendo Amaya perder seu sono e escutando a conversa.

Os dois se levantaram do chão – Sim, Amaya estava dormindo no chão. – e foram até a porta, mas antes, Amaya fez seu Henge no Jutsu, se transformando no passarinho negro. Sasuke botou Amaya no modo passarinho em seu ombro direito e abriu a porta do quarto, com pegadas devagar e calmas para não fazer barulho, Sasuke seguiu as vozes de seus pais até ir parar numa porta fora de casa, aos poucos, os dois foram ouvindo a conversa.

Era na verdade, uma briga, nela estava Itachi, Mikoto e Fugaku, o mesmo estava brigando com o filho por não ter participado da missão e por está sumindo, Itachi acaba não respondendo nada, Mikoto tentava fazer seu marido se controlar e não brigar com seu filho mais velho, mas foi em vão. Amaya e Sasuke só ouviam tudo com atenção e num puro silencio, eles ás vezes se encaravam e voltavam a olhar para porta ouvindo a conversa, até que num momento...

– Sasuke... – Falou Itachi, fazendo todos arregalarem os olhos. – Depois de ir ao banheiro, por favor, leve sua passarinha e vão dormir. – Disse Itachi.

Sasuke abriu um pouco a porta se revelando e mostrando Amaya no seu ombro direito.

– O-ok.

– O quê você está fazendo aqui?! Vai direto pro quarto Sasuke! – Ordenou Fugaku furioso e se levantando.

– Hai. – Disse fechando a porta devagar.

Antes de fechar, Amaya sentiu os olhos de Fugaku nela, ele tinha um olhar frio e de desconfiança, fazendo a pequena passarinha se assusta, num momento, ela sentia que coisas estranhas iam acontecer.

Sasuke fechou a porta e seguiu seu caminho para o quarto, ele tinha sua cabeça baixa e um olhar triste, quando eles estavam subindo as escadas e pararam enfrente a porta do quarto, Amaya voltar ao seu estado normal e encara Sasuke.

– Sasuke-san? Você está bem? – Perguntou botando a mão no ombro do amigo.

– Não Amaya-chan... Eu... Ah deixa pra lá, não quero me lembrar de hoje, ainda mais a conversa estranha deles. – Respondeu Sasuke.

– Eu sei que você está sentindo-se triste por dentro, o jeito que ele falou com você foi errado, ele não devia dizer aquilo para você, seu pai é meio assustador... – Falou Amaya encarando Sasuke, o mesmo a encarou.

– Eu sei disso, mas esquece isso Amaya, ele é assim mesmo não se preocupe, vamos dormir, está muito tarde. – Disse Sasuke abrindo a porta e entrando.

Amaya encarava seu amigo preocupado, ela sentia que alguma coisa ia acontecer nesses dias, a qualquer momento na verdade, ela não só sentia no seu corpo, como sentia sua marca de nascença ficar inquieta, ela se mexia estranhamente, ardia como se estivesse queimando, ás vezes doía sem motivo, ela já começava a ficar preocupada com isso.

Balançou sua cabeça tirando isso da cabeça, só podia ser coisa boba dela, nada podia acontecer aqui, era impossível, será?

Fechou a porta e voltou para sua cama, com a mesma sensação estranha nela.

O sol nasceu e todos já estavam trabalhando, Sasuke tinha ido pra Academia para ver seu boletim, ele estava nervoso, queria tirar a melhor nota para seu pai ter orgulho dele, ele até conseguiu fazer o Gooukakyu no Jutsu certinho, com um pouquinho de ajuda da Amaya, mas o resto foi sozinho.

Amaya estava sentada num balanço perto da Academia esperando por Sasuke e seu boletim, sua cabeça estava abaixada e suas mãos estavam em seu colo, ela vestia sua roupa habitual, camisa da manga comprida roxa justa para esconder sua marca, saia rosa que ia até debaixo dos joelhos e sua calça comprida preta, seus cabelos estavam soltos, voando pela pequena brisa que dominava a vila, Amaya estava pensando sobre as sensações estranhas que estava sentindo, ela estava mais forte, seu braço direito ardia mais do que nunca, parecia que uma coisa grande e assustador ia acontecer hoje.

Estava tão perdida nos pensamentos, que nem viu Sasuke ao seu lado com olhos brilhantes.

– AAAAAHHHHH – Gritou caindo de costas do balanço. Batendo com tudo no chão. – Sasuke-kun! Não faça mais isso! Eu podia ter um ataque do coração! – Exclamou Amaya sentando-se no chão e botando a mão no peito, vendo se seu coração ainda batia.

– Sempre tão dramática – Resmungou Sasuke – Mas, chega dessa dramatize, olha só isso. – Falou Sasuke estendendo o boletim pra Amaya.

A mesmo o pegou e leu, então um grande sorriso nasceu nos lábios da morena.

– Parabéns Sasuke-kun! – Disse Amaya levantando-se rapidamente e pulando nos braços do moreno.

Sasuke tinha tirado as melhores notas, não tinham passado a Amaya, mas era o suficiente para fazer seu pai ter orgulho dele.

Os dois foram seguindo seus caminhos pela vila, indo em direção ao distrito Uchiha, eles conversavam sobre o boletim e a prova, os treinos e muito mais, até que eles passam por um beco e Amaya escuta um barulho estranho, a fazendo parar e encarar o beco escuro entre duas casas.

– Amaya-chan? Você está bem? – Pergunta Sasuke sabendo que a amiga parou de andar.

Antes dela responder, Amaya sentiu aquele ardido no braço direito, era mais forte do que antes, muito mais muito forte. Ela gemeu baixinho e apertou os olhos pela dor, mas se recompus.

– H-hai, estou bem – Respondeu e encarou Sasuke – Sasuke-kun, você pode ir? Acabei de me lembrar que esqueci de alguma coisa em casa, te vejo lá no distrito? - Diz Amaya encarando o amigo, tentando não demonstrar expressão de preocupação.

– Tudo bem, você sabe voltar pra casa certo? – Falou Sasuke a olhando.

– Sei sim, te encontro lá. – Disse Amaya e Sasuke assentiu, virou-se e saiu correndo seguindo seu caminho até o distrito Uchiha.

Amaya esperou seu amigo sair de sua vista para poder entrar no beco, quando sumiu de sua vista, Amaya olhou pros lados para ver se não tinha ninguém por perto, ótimo, não tinha ninguém, então entrou no beco escuro.

O beco era comprido, vazio e um pouco escuro, estava num silencio muito profundo, a única coisa que era ouvido, era os gemidos de dor vindo de Amaya, seu braço ardia como nunca, como se tinham jogado fogo nele, eram tão forte, que Amaya não aquentava.

Andou pelo beco e não viu nada, isso era estranho, Amaya sentia a presença de alguém e a cada passo que dava, seu braço direito ardia ainda mais. Quando ia desistir, viu uma sombra no final do beco, era como uma cirueta de um homem, um homem alto e assustador, Amaya foi se aproximando com passos calmos e devagar, até que ficou uns metros diante dele.

– Desculpe senhor, mas... o que está fazendo nesse beco, é muito perigoso...

Nem teve tempo de termina, que o homem abriu os olhos de uma forma assustadora, eles eram vermelhos com três virgulas pretas, deduziu que era um Sharingan nível 3, Amaya sabia vindo de Sasuke, que tinha lhe contado, aqueles olhos deixou Amaya com medo, ele a encarava de uma forma assustadora, como se fosse atacá-la a qualquer momento, deixando a menina mais nervosa e assustada, até que num momento, uma dor muito grande veio em seu braço direito, fazendo ela gemer mais alto.

O homem deu um passo e a Amaya recuou, ela estava com medo e decidiu que contaria para Sasuke sobre o homem Uchiha.

“- Ah não, preciso contar para Sasuke, não posso ficar aqui parada encarando esse homem, não posso... – Pensou“

Deu três passos para trás e ele deu três passos para frente, isso já estava ficando tenso, quando Amaya virou-se para correr, o homem pareceu na sua frente e quando foi atacá-la, tudo ficou escuro para Amaya.

Horas se passaram e Amaya tomou a consciência, abriu os olhos devagar e encarou o beco, já era noite e tudo estava quieto, ela estava sentada encostada na parede dura da casa e o chão frio do beco, ela sentia tontura na sua cabeça, sua cabeça suava e sentia uma dor de cabeça terrível, Amaya estava ofegante, não se lembrava muito bem do que aconteceu, só se lembrava dos olhos assustadores do homem estranho com o Sharingan ativado, homem... O Distrito Uchiha.

Numa velocidade incrível, Amaya se levantou e começou a correr pela vila atrás do Distrito Uchiha, ela precisava contar sobre o homem estranho, ele podia fazer alguma coisa ruim, ela sabia que alguma coisa ruim ia acontecer, uma coisa grande e perigosa, seu braço não iria doer tanto assim por uma coisa besta, seria uma coisa que acabaria com tudo de bom.

Ofegante, entrou no Distrito e começou a correr, ele estava totalmente vazio, não tinha ninguém, isso estranhou para Amaya, até que ela virou a esquina, ela perdeu completamente a respiração.

Todos os Uchiha’s estavam caídos no chão mortos, sangue pra todo lado e pessoas mortas pra todos cantos, Amaya teve que bota a mão por cima da boca para não gritar, ela isso que significava suas dores, a ardência no braço direito, Amaya sabia que alguma coisa ia aconteceu e manteve isso calado, ela não podia acredita nisso. Eram todos os Uchiha’s mortos, eram todos do Clã, até que num momento, Amaya se lembrou de uma coisa.

– Sasuke-kun... – Sussurrou e começou a correr pelo Clã, vendo todos os Uchiha’s mortos.

– Sasuke! Sasuke! Sasuke-kun onde você está?! Sasuke!– Gritava Amaya toda vez que corria.

Sangue. Sangue pra todos os lugares, nas paredes das casas, no chão e no corpo das pessoas, Uchiha’s mortos no chão e nenhum sinal de Sasuke, isso deixava Amaya mais nervosa, será que Sasuke foi mais uma vitima?

– Sasuke! – Gritou pela milésima vez, Amaya parou e ficou recuperando o fôlego, nesse momento, Amaya quis tanto se lembrar onde ficava a casa de Sasuke.

Amaya estava pronta para voltar a correr atrás de Sasuke, procuraria Sasuke a qualquer momento, até um grito a interrompeu.

– AAAAAAAAAHHHHHHHH!

O grito era infantil e masculino, vinha de trás das casas ao lado esquerdo de Amaya, em poucos segundos, Amaya reconheceu o grito.

– Sasuke-kun! – Gritou e correu o quanto podia, seguindo em frente até o final, virou á esquerda e entrou em mais uma rua do distrito, até que ver uma cena surpreendente.

Sasuke estava caído no chão desmaiado, ele estava de bruços e tinha um ferimento no seu ombro, em sua frente, tinha um homem com uma roupa ninja, ele estava de lado para Sasuke e o encarava, o mesmo usava a bandana da vila.

Amaya ficou muito assustada, pensando que seu melhor amigo tinha sido mais uma vitima diante daquele massacre, não agüentou e chamou atenção do homem.

– Sasuke! – Gritou Amaya e o homem se virou, acabando que se revelou para a pequena, isso a fez ficar chocada e arregala seus olhos negros.

O homem era alto, aparentava ter uns 15 anos, tinha cabelos negros compridos presos num rabo de cavalo baixo, uma franja que emolduravam seu rosto e iam até os ombros, o mesmo tinha o Sharingan e tinham um olhar serio e cheio de frieza, era ele... Uchiha Itachi.

– I-Itachi-san? O-o que está acontecendo aqui? Por que todos os Uchiha’s estão mortos? S-Sasuke-kun está... – Amaya estava muito assustada e desesperada que fazia várias perguntas, mas parou quando uma shuriken atingiu de raspão encima do ombro, á fazendo sentir dor e botar a mão encima do ferimento.

– Garotinha boba, além de não saber sobre seu passado, ainda vem se preocupar com esse Clã. – Disse frio Itachi.

– Nani?! Você não sabe nada sobre meu passado, e quero saber, quem fez isso com o Clã? E... e... – Nem teve tempo para terminar por causa do desespero.

Itachi fechou os olhos e se aproximou de Amaya, ela estava de joelhos por causa do ombro que sangrava um pouco, Itachi parou assim que esteve uns metros diante dela.

– Menina tola, imaginando que podia vim aqui e fazer perguntas, fingindo que está preocupada com o Clã, mas não importo em responder essa última resposta – Disse a encarando – Eu que assassinei o Clã.

Assim que Itachi respondeu, Amaya arregalou os olhos e o desespero junto com o medo dominaram seu corpo, ela não acredita que o irmão de seu melhor amigo, tinha matado seu clã todo sozinho, agora ele tinha matado seu próprio irmão, como ele pode? Ela não fingia que está preocupada com o Clã, se importava com ele e com o melhor amigo, mas, como seria possível um ninja ainda adolescente matar várias pessoas numa noite?

– O quê?! Não pode ser... você matou todos, até mesmo o Sasuke-kun...?!

– Ele ainda está vivo, só o deixei inconsciente, ele é um fraco, não merece morrer simplesmente.

– Pare de dizer isso dele! Você é o irmão dele! Por que fez isso?! – Gritou Amaya sentindo raiva.

Itachi não lhe respondeu, isso a irritou mais ainda. Então, se levantou pegando uma kunai e tentou atacar Itachi, o mesmo desviou das três tentativas, até que num momento, ele a chuta pelas costas fazendo ela cair afastar mais dele e de Sasuke.

– Fiz isso por ódio do Clã, esse Clã merecia ter um fim.

Amaya estava caída de joelhos no chão, ela chorava a cada palavra de Itachi, ela nunca viu o Uchiha mais velho assim, Itachi sempre foi diferente, um cara legal e gentil, mesmo sendo fechado, Amaya nunca pensou que Itachi seria tão sangue frio a ponto de fazer todo aquele massacre sozinho.

Num momento, Amaya lembrou-se de uma coisa que Itachi acabou dizendo, uma coisa a qual a mesma já estava curiosa.

– M-meu passado? O quê você tem ave com meu passado? – Perguntou Amaya encarando ele.

Itachi, de novo, não lhe respondeu nada, deixando a Amaya mais uma vez furiosa. Quando ela tinha se levanta, pronta para atacá-lo novamente, o mesmo foi mais rápido, Itachi ativou seu Sharingan nível 3 ainda num tom frio, fazendo Amaya recuar um passo.

– Chega disso, você nunca me derrotara por ser fraca, não sabe controlar seu incrível poder e nem sabe de seu passado, você não passa de uma simples fraca...

– Parar! – Gritou Amaya e correu pronta para ataca Itachi, mas ele foi mais rápido.

– Cuide de Sasuke pra mim, garotinha tola... – Sussurrou para si mesmo e fez o mesmo jutsu que tinha feito ao Sasuke.

Amaya parou de correr e encarou os olhos de Itachi, aos poucos, ela foi perdendo a consciência e fechando aos olhos, e entrou de novo na escuridão assim que caiu no chão.

[...]

O dia seguinte surgiu, não era um dia alegre como todos os outros, era de muita tristeza e sofrimento, Amaya foi acordando aos poucos, se mexendo inquieta na pequena cama macia, quando a morena abre os olhos, Amaya achava que tudo aquilo não passava só de um sonho, que ela ia abrir seus olhos negros novamente e encararia o teto escuro do seu quarto..., mas foi diferente.

Quando Amaya abriu seus olhos, em vez de encarar o teto escuro e velho da sua casa ou o teto da casa de Sasuke, viu um tento completamente branco e diferente, aquele teto era muito familiar para Amaya, já tinha o visto várias vezes quando era pequena. Olhou pros lados e viu camas aos lados da dela e tinha cortinhas cores claras, então a ficha caiu para a morena, ela estava num hospital.

Com bastante devagar e calma, sentou-se na cama e olhou pros lados, tinha outras camas na frente da dela, todas arrumadas para os próximos pacientes doentes usarem, Amaya deu uma olhada em si mesma e viu que usava outra roupa, ela usava uma camisa de mangas curtas preta um pouco justa, revelando sua marca de nascença estranha, e um short não muito curto azul claro.

– O que estou fazendo aqui? – Disse pra si mesma, ainda pensando que tudo aquilo foi um sonho.

Quando mexeu seu ombro direito, Amaya sentiu uma dor nele e olhou pro seu ombro, quando desceu a manga da gola dela, revelou-se bandagens na ferida, então ela percebeu, aquilo não foi um sonho.

– Então, aquilo foi real? – Agora ela perguntava para si mesma de novo, Amaya sentia-se preocupada, ela se lembrava de pouca coisa de ontem, até que seu olhar foi pra cama ao lado direito dela, ele estava bagunçada e parecia que alguém tinha saído de lá, até que num momento, Amaya se lembrou de uma coisa, uma coisa não, uma pessoa; Sasuke.

– Sasuke-kun... – Sussurrou e se levantou rapidamente, saindo correndo pela porta da frente saindo do quarto.

Amaya mesmo sentindo-se fraca, ela não desistiria de procurar seu amigo, não ligava nem se estava tonta, ia procurar Sasuke, e ela sabe onde ele está.

Correndo pelos corredores do hospital tentando não ser visto pelos médicos, claro que não deixou de ouvir os múrmuros dos médicos.

“-Ficou sabendo que a aberração de Konoha está aqui no hospital? E que estava no distrito Uchiha no dia do massacre? – Disse uma das médicas”

“- Não podemos irritá-la senão nossas vidas estarão em risco. – Falou a outra médica com medo”

“- Nossas vidas já estão em risco com ela entre nossa vila, aquela menina tão jovem não merecia viver. – Diz com pena.”

“- Não me diz que está com triste por ela? Sakame-chan, aquela menina não merece viver entre nós, ela nem devia ter nascido ou está entre nós, ela deveria está morta! – Exclamou a médica com raiva.”

“- Eu sei Hana-chan, mas... eu só tenho pena dela. – Disse cabisbaixa.”

Assim que Amaya escutou a palavra pena, se sentiu fraca e inútil, ela odiava quando as pessoas sentiam pena dela, pena era o que ela mais odiava em tudo.

Balançou a cabeça com força, ela não podia deixar aquelas palavras mexerem com ela, agora Amaya tinha uma coisa á fazer, ir atrás de Sasuke nesse exato momento e lhe dá forças.

Correu o mais rápido que podia saindo do hospital e seguindo seu caminho nas ruas de Konoha, as ruas estavam fazias, fazias num dia triste, o céu não estava mais num lindo maravilhoso azul claro que agradava todas as manhãs, agora elas estavam num tom cinzento, cheia de nuvens cinzentas prestes a chover, a qualquer momento choveria e não levou pouco tempo para começa a chover.

A chuva era forte, rápida e desesperada, as nuvens choravam pelos milhares Uchiha’s que morreram naquela noite, Amaya não ligava pela chuva, não se importava com nada, só queria encontrar Sasuke o mais rápido possível. Sua camisa preta estava toda molhada e seu short começava a ficar num tom escuro pela água, seus longos cabelos até a cintura já começavam a ficar bastante molhada, sua respiração estava ofegante e sentia-se cansada, fraca, mas não importava o momento, ela não desistiria de encontrar Sasuke.

– Eu vou te achar Sasuke-kun... –Dizia Amaya para si mesma enquanto corria.

Minutos debaixo da chuva e de correr muito, finalmente Amaya chega ao distrito Uchiha, a porta de entrada estava completamente enfaixada com faixas amarelas escritas “Não Entre”, Amaya nem ligou para elas e já foi entrando correndo na mesma. As gostas de chuva batiam em seu rosto branco e pálido, bem no canto do olho direito de Amaya, uma lágrima caiu sobre ela sem motivo, ao rever a seguinte cena dos Uchiha’s mortos, ela não sabia o motivo de chorar pelo Clã mesmo não fazendo parte dele, Amaya sentia um sentimento estranho pelo Clã, um sentimento que ela nunca sentiu, não tão forte quanto ela sentia por Sasuke e Itachi, não era amor, mas não sabia o quê.

Depois de correr tanto, finalmente chegou na casa de Sasuke, a porta estava aberta e Amaya foi entrando com passos calmos e devagar, seu pequeno corpo estava todo molhado, cada passo que dava, deixava pegadas de Amaya, não só tinha pegadas de Amaya como também outras pegadas pequenas, eram de Sasuke, elas estavam mais tensas, estavam visíveis, então Amaya as seguiu.

Enquanto caminhava seguindo as pegadas de Sasuke, Amaya olhava ao seu redor pela casa, cada olhar que se seguia na casa, ela via lembranças distantes, lembranças da pequena família Uchiha, lembranças como o nascimento dos filhos Uchiha’s, os primeiros passos, cada detalhe, mas algumas lembranças ficavam nítidas, era quando ela via as lembranças da pequena Uchiha, mas não dava para ver nada ou ouvir.

As pegadas de Sasuke levaram Amaya até fora da casa, onde tinha uma porta de madeira entre aperta.

Engoliu o seco e com a mão direita abriu a porta, assim que abriu totalmente, viu uma cena onde partiu seu pequeno coração em milhares de pedaços.

Sasuke estava de joelhos chorando, seu corpo estava todo molhado por causa da chuva, seus cabelos arrepiados permitiam que as gotas caíssem, ele mantia sua cabeça baixa e permitia que as lágrimas caíssem no chão junto com um soluço, ele estava tremendo.

Amaya sentiu-se mal pelo amigo, ela nunca viu Sasuke chorar antes, só algumas vezes, ás vezes por rala o joelho, outras vezes se machucar, outras quando Itachi o afastava, aquela dor que ele sentia não era igual a qualquer um que ele chorou, aquele choro era de dor por perde alguém querido, pessoas queridas, uma dor que Amaya não pode senti, mas ela sente que já sentiu uma vez.

Aos poucos, Amaya foi se aproximando de Sasuke, bem devagar ela esticava seu braço direito pronta para tocar no ombro esquerdo de Sasuke, quando toca nele, ela senti a pele fria dele.

– E-eu sinto muito Sasuke-kun... eu sinto mesmo, n-ninguém merecia morrer desse jeito, eu sinto...

– Você não sente nada... – Interrompeu Sasuke friamente.

– Nani?

Sasuke levantou bem devagar sua cabeça e seus olhos onix se encontraram com os negros de Amaya, os olhos de Sasuke não estavam como antes, eles estavam frios, completamente frios, cheios de raiva e ódio, desejo por sangue e vingança, eles estavam... Tensos.

– Você me ouviu direito Amaya. – Respondeu frio – Não vem dizer que sente muito, por que você não sente. Como você poderia sentir?! Se você nem tem família?! Já que você não passar de uma órfã que todos da aldeia odeiam! Sabe de uma coisa?! Por que você está aqui?! Nem devia está aqui! Você não é uma Uchiha! Só está aqui por que quer sentir pena de mim! Itachi tinha razão! Séria melhor você nem ter botado os pés no distrito! – Gritou Sasuke com todas as forças para Amaya, fazendo ela chorar e ficar muito assustada e um pequeno triste.

– Não é nada disso Sasuke! Não vim sentir pena de você, só queria te consolar! Lhe da forças! Eu não posso ter família, mas eu tenho amigos, você é meu melhor amigo! Só queria lhe ajudar, é isso que amigos fazem! – Disse Amaya indignada, ela sentia a tristeza lhe consumindo, uma onde muito grande de tristeza e as lágrimas caiam sem permissão.

– E VOCÊ ACHA QUE EU SERIA AMIGO DE UMA ABERRAÇÃO QUE TODOS DE KONOHA FALAM?! VOCÊ É UMA MONSTRA! NÃO QUERO SUA AJUDAR! SAIA DAQUI ARAI AMAYA! E NUNCA MAIS QUERO VER SUA CARA DE MONSTRA! – Berrou Sasuke com muita raiva e nem ligou pelos sentimentos de Amaya.

Quando Sasuke parou de gritar, ele viu o rosto de espanto de Amaya, seus olhos negros estavam arregalados e cheios de lágrimas que caiam, boca meia aberta, soluçava um pouco, seu corpo todo tremia, aquelas palavras mexeram profundamente Amaya, parecia que uma kunai tinha atingido seu coração em cheio.

Amaya abaixou a cabeça permitindo que as lágrimas caíssem no chão, Sasuke ainda a encarava frio, mas sentia uma pontada de culpa.

– Então isso é um adeus, Uchiha Sasuke... – Sussurrou de cabeça baixa e seguiu seu caminho até a porta, mas parou antes de sair. – Se você nunca seria amigo de uma aberração como eu, então por que você não se afastou de mim como todos os outros? – Falou, mas não quis saber a resposta, não queria receber mais uma palavra para quebrar seu coração. Então saiu.

Assim que a porta se fechou, Sasuke sentiu uma pontada de culpa, uma pontada pequena, mas não ligava, ele não ligava pra mais nada, não se importava pra nada, só importava em sua vingança, só importava em ver Uchiha Itachi morto aos seus pés.

Amaya já estava na porta da casa de seu ex-amigo, e foi lá onde se deixou chorar mais do que nunca, aquelas palavras machucaram tanto Amaya que sentia que a morte não era tão ruim, pela primeira vez, ela pensava que podia ter amigos para brincar, ter alguém ao seu lado, uma pessoa especial, mas enxergou a pessoa errada, ela sentia que Sasuke era especial, mas foi mais um erro na sua vida, agora, O Maior Laços Se Desfez, Agora Dois Amigos Estavam Separados e Uma Nova Vida Começara e Mudara Tudo Entre Eles.

O Massacre Aconteceu, Mas Será Que Uns Segredos Saíram Das Sombras?