Protect me with your life escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 4
Capítulo III — Say Something




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Capítulo III— Say Something.

Point Of View— 3º pessoa.

Dizem que o destino é traiçoeiro e bandido, e pela primeira vez na vida, Andy entendeu aquilo. Não que ele não o achasse assim, ou talvez pior, mas a sua cabeça rondava enquanto ele pensava naquilo. Collins e Eve tinham feitos as pazes, sem dúvidas — o brilho no olhar dos dois e a forma que sorriam quando olhavam para o filho era mais do que qualquer coisa que ele tinha visto— e ele continuava ali, sozinho.

Só naquele momento ele se deu conta de suas batalhas que ele ganhou e perdeu. E o seu coração doía, a cada perda que ele teve. A sua quase mãe tinha falecido, sua mãe — ele não sentia nenhuma saudade dela — era talvez uma perda e uma vitória conquistada. E por fim, Mona. Porque ao olhar em seus olhos, buscou uma garota indecisa, cansada e triste que mostrava-se forte.

Agora, ele via uma mulher. Uma mulher guerreira, uma mulher fria e uma mulher machucada. O destino decidiu brincar com suas vidas de um jeito divertido; agora, nesse exato momento, ele estaria rindo e satisfeito consigo mesmo pela dor que causava e as desgraças que traçava. Ele tinha perdido sua Mona e sequer pôde lutar. Lembrou-se, então, o que sua avó lhe dissera uma vez:'' toda escolha tem sua consequência''.

— Andrew, cara — sentiu fortes mãos o balançando. Uma voz grave, quase áspera. Abriu os olhos, surpreso. Sentia cada célula do seu corpo reclamar de dor. Gemeu inconscientemente, colocando suas mãos na cabeça.

— Droga, eu dormi?! — exclamou, chocado. Fazia dias e mais dias que ele estava de pé, com olhos sempre abertos.

— Finalmente a Bela Adormecida acordou! Nossa, cara, você é jumento mesmo. Você dorme muito — reclamou o amigo, para logo abrir um sorriso.

Ele olhou em volta e percebeu que o helicóptero não se movimentava. E que só tinha ele e Collins ali.

— Nossa, estou rindo muito. Quase chorei — revirou os olhos, levantando-se. — Aonde está o seu pirralho?

Collins fechou a cara, mas respondeu.

— Lá fora. Thomas estava chorando e com fome, Eve foi amamentar ele no carro que, por sinal, está nos esperando — deu um peteleco em Andy, enquanto saiam. O piloto os olhava de cara amarrada, mas bebia café num copo descartável.

Eles caminharam em silêncio até um carro demasiadamente luxuoso que os esperava. Entrou no mesmo, sentado ao lado da quase cunhada, que segurava o sobrinho adormecido no colo. Enquanto Collins dava as coordenadas ao motorista, ele resolveu puxar assunto com a ex-Barbie.

— Hã... E aí, Barbie, aonde você estava? Collins te procurou por meses, e você simplesmente sumiu do mapa!

Ela deu de ombros, enquanto olhava para a janela, vendo a paisagem.

— Mona me colocou em um algo parecido com uma aldeia com os seus amigos. Depois disso, ela foi embora. A mulher é muito caridosa, eu nunca esquecerei do que ele fez por mim — sua voz era baixa, contida. Ele estranhou, esperava alguma grosseria, até mesmo um dedo do meio. A única coisa que veio foi um sorriso rápido.

Percebeu então, que não era só o cabelo que mudou em Eve.

— Certo, então — calou-se.

O carro estacionou na mansão até então desabitada. Fazia meses que ele não passava mais de cinco horas lá dentro; sempre estava enfurnado dentro do escritório ou estava em algum lugar procurando respostas. Mas só agora ele percebeu o como a casa estava... estranha. Nada mudou aparentemente, mas a grama do jardim estava cortada e havia mais seguranças na frente do que imaginou. O que o deixou surpreso, afinal, não tinha ligado para ninguém para avisar sua volta um tanto repentina. Olhou para Collins, buscando alguma resposta. Ficou mais confuso ainda quando percebeu que Collins estava mais confuso que ele.

— Nossa, a mansão parece estar bem cuidada! Faz quanto tempo que estão fora? — Eve perguntou, num tom quase animado. Ela gostava das rosas vermelhas que davam um contraste jardim.

— Meses. Quando saímos, nada estava assim — Collins respondeu, num tom baixo. — É impressão minha ou há rosas no jardim?! — perguntou, incrédulo.

— Porra, quem plantou essas merdas? Eu sou um mafioso e não um florista! — Andy explodiu, extremamente irritado.

— Eu não sei, mas vou descobrir agora. Eve, fique aqui com o Thomas — Collins falou, antes de abrir a porta e saltar do carro. O seu gesto foi prontamente repetido por Andrew.

Os dois caminharam rapidamente, atravessando o jardim. Quando Thony viu Andrew, prontamente correu para informá-lo da situação. Andava desajeitado como sempre e Andy perguntava-se seriamente o motivo de ainda não ter despedido ele.

— Chefe, chefe! Que bom que voltou!— Thony falou, afoito. — Bem, eu tenho uma situação para contar que talvez você não goste...

— Diz logo, merda!

— Bem... Acontece que...temos visitantes...

Antes de terminar de falar, foi interrompido por uma exclamação de felicidade vindo de, nada mais nada menos, que dentro da mansão. E de lá, saiu uma mulher gloriosamente bela.

Os cabelos pretos e cacheados, que a deixavam com um de poder. Extremamente pálida, e de olhos verdes que mantinham uma maquiagem perfeitamente bem feita. Parecia ser nova, mas não uma adolescente. Usava um belo vestido preto com detalhes azuis, que destacavam suas curvas e mostravam seu corpo perfeito e formoso. Um salto alto adornava os seus pés, que mantinha uma tornozeleira de ouro, com pedrinhas de diamante. Acessório este que fazia par com a pulseira, que enfeitava o braço da mulher. Ela sorria, feliz.

— Primo!

Andrew parou, chocado. Ele parecia uma estátua, com a boca aberta e os olhos arregalados. Ele não poderia acreditar naquilo, não podia acreditar que aquela mulher era a sua prima, Alessia. A mesma Alessia que ele brincava sempre que podia, a mesma que ele deu um fora e a mesma que um dia ele chamou de pequeno botijão. Ela parecia tão... diferente.

— Paola Bracho?! Sério? — Collins murmurou o antigo apelido da prima de Andy, incrédulo. Lembrava-se da confidente fiel da mãe de Andrew, que mais parecia um rolinho de gordura do que uma garota. E que estava sempre usando batons vermelhos nada a ver que a deixava mais estranha do que já era.

— O que você está fazendo aqui?! — Andy finalmente saiu do choque.

— Ora, priminho, eu voltei para a Itália novamente. Quero dizer, eu enjoei da vida sozinha e depois que recebi uma ligação de sua mãe, me contando o seu estado... solitário, digamos assim, resolvi sair de Paris e vim pra cá! — ela exclamou, aproximando-se mais.

— Como você pode estar tão... tão....— Collins lutou contra as palavras.

— Magra?! — sussurrou Andy, completando a frase do amigo.

— Gente, quem é essa? — Para completar, Eve saiu do carro em veio na direção de Collins de cara amarrada e com o pequeno Thomas já acordado nos braços.

Alessia sorriu, mas rapidamente seu sorriso fechou-se ao ver a bela ruiva ali, de cara fechada a olhando.

— Ora, não vai me apresentar sua amiga?

Naquele momento, Andrew teve certeza que o destino não era só bandido, ele era uma máfia completa.

Bem longe dali, Mona corria desesperadamente pelas ruas vazias da Rússia. Seu corpo clamava por descanso, mas ela sentia-se cada vez mais em perigo. Ouvia os passos lentos e calmos, a seguindo. Dois homens bem treinados a olhavam com um sorrisinho debochado no rosto. Os idiotas dos parceiros não conseguiram matar a garota, o que era quase ridículo. Era fácil matá-la e tiravam várias oportunidades, mas estavam com vontade de brincar um pouco.

— Ei, princesa, não fuja! Venha cá, vamos conversar — um dos homens gritou, fazendo o parceiro gargalhar sarcástico.

Mona correu mais, estava sem armas e sem proteção naquele momento. Precisava urgentemente chegar num local público, mas as ruas vazias e escuras na madrugada pareciam um labirinto e pela primeira vez na vida, sentiu-se perdida. Na própria cidade. No seu futuro Império. Ela tinha nascido para aquilo, ela conhecia cada canto daquela cidade como a palma de sua mão. Mas pelo visto, não mais.

Quis chorar, gritar ou qualquer coisa que libertasse a amargura que a cercava. Mas não poderia, teria que ser forte. Não por ela, é claro que não, cada pedacinho de seu corpo estava manchado e machucado. Ela tinha que ser forte por Andrew. Acabaria com tudo aquilo até o seu último suspiro, e deixaria Andy, Eve e Collins viverem.

Não os procuraria, nunca mais. Ela desejava internamente que a amiga e Collins formassem uma bela família, e ensinassem ao pequeno Thomas os valores da vida. Que nunca o colocassem na máfia, nunca. E por mais que a sua mente e seu corpo se recriminasse, uma parte dela desejava que Andrew encontrasse alguém perfeito para ele. Que eles tivessem uma história de amor e a felicidade. Coisa que ela nunca pôde dar à ele.

Não que ela não o amasse, longe disso. Só que não adiantava, ela sabia que não sairia viva dali. Mas cumpriria a sua última missão e na hora de sua morte, lembraria-se da sua curta, mas sofrida vida como uma lição de vida. Ela sorriria pelo seu dever cumprido, enquanto imagina num futuro distante a vida perfeito que os amigos estavam tendo. E só assim, ela deixaria que a morte a invadisse a levasse para o seu lugar merecido.

Mas agora, agora era hora de lutar e ganhar.

Ela só não sabia que estava falhando e distraindo-se demais. E como consequência, conseguiu facilmente ser alcançada. Ela até tentou gritar, pedir por ajuda para alguém. Mas as fortes mãos a prendiam e ela sentia o cano de uma arma apontada para o seu peito numa clama ameaça. Ela foi arrastada para um beco escuro e vazio como tudo, seus cabelos puxados.

O homem sorria, como sempre. Ele queria terminar o trabalho ali, e se mandaria para algum bordel aonde comeria quantas vadias pudesse.

— Princesinha, eu até podia me aproveitar de você — passou a mão nos seios da garota, excitado. — Mas o chefe deixou ordens explícitas para ser tudo rápido e silencioso. Mas não espere que depois de sua morte você poderá ter finalmente paz.— Ela estremeceu com pavor. Sabia muito bem o que fariam com ela depois de morte; poderiam a estuprar e depois mutilar seu corpo. Ou talvez a jogasse em alguma caçamba podre, onde animais repugnantes comessem seus restos.

Fechou os olhos, trêmula. Seu grito foi abafado quando um tapa atingiu sua face.

— Não, não... Eu quero que olhe em meus olhos, enquanto eu atiro em seu coração. Eu quero ver o meu reflexo em seus olhos, a sua dor... — gargalhou. Recebendo um olhar irritado do parceiro, finalmente resolveu acabar logo com aquilo.— Diga adeus, princesa.

Então, ouviu-se o som do disparo. Ela gritou novamente, sentindo-se fracassada. Fechou os olhos, esperando a morte a invadir. Mas nada veio, somente sentiu um corpo pesado caindo aos seus pés e as mãos foram retiradas de seu rosto lentamente. O homem caiu, morto.


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Notas finais do capítulo

LALALALA, voltei! Okay, devo de novo explicações
O capítulo está pronto há séculos, mas eu fiquei MUITO desmotivada à postar por conta dos baixos comentários. Poxa, gente, a gente tem também uma vida e essas coisas, e eu faço críticas em três sites, fora as minha vida social conturbada... É Vitória pra cá, Vitória pra lá... Não dá pra postar em um dia. Mas o problema dessa vez foi REALMENTE, REALMENTE mesmo a falta de reviews. Talvez recomendações, qualquer coisa que nos motive à continuar, entende? Eu nunca me arrependi de ter começado, fiquei temerosa se essa parceria no início daria certo, mas Hit Me Like chegou à 400 comentários e 8 recomendações, isso é uma vitória! Entende o que eu digo? Então, nos mostre que se importam com esta estória tanto quanto nós. Este capítulo é, digamos assim, o verdadeiro com começo da estória. A Alessia (Itália, baby) é a prima do Andy mimadíssima, que seria a terceira pessoa a administrar a máfia pela sua sucessão. E ela é confidente fiel da mãe de Andy, então... E a pergunta é: QUEM MATOU O HOMEM? Haha, pensem, pensem! BJS! ♥



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