Protect me with your life escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 3
Capítulo II - Empty Promisses


Notas iniciais do capítulo

Olá, Pessoas :D
Faz um tempinho, não é?! Então, é que troquei o sistema de wifi daqui de casa, daí sabe como isso enrola, né! Mas enfim, tudo está nos eixos. Ah, a partir de agora todos os capítulos serão em terceira pessoa, fica melhor pra gente escrever, aprofundar a estória em todos os ângulos, eu e a Vitory adoramos!
Espero que gostem desse capítulo, não se esqueçam de comentar!
A música do capítulo de hoje é Chasing Cars do Snow Patrol, melhor música da face da galáxia!
Boa leitura :D



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Chasing Cars - Snow Patrol

Point Of View– 3ºpessoa.

Arrepios, borboletas no estômago, dormência dos membros, são evidências de que você está, potencialmente, completamente apaixonado.

Ao separar-se do abraço apertado e caloroso de Andrew, Mona perdeu o ar. Foi só desconectar-se de sua fonte de calor que tudo em volta veio à tona, James perseguindo todo mundo, Eve tendo o bebê, fugir para sair viva, tirar Eve e o bebê vivos da Rússia.

– Mona?–perguntou Andy, deveras confuso.

– E-e-eu preciso ir – respondeu sem certeza, olhando para os lados como estivesse sendo o alvo de alguém.

– Agora?! Acabei de te achar!–exclamou.–Não pode simplesmente dizer “Preciso ir” – fechou o rosto com a usual carranca.

– Você não entende! – O pensamento de roer as unhas em desespero cruzou seus pensamentos. – James! Ele vai me achar! E vai achar vocês! Realmente preciso ir, vir aqui foi um erro – virou-se para pegar o elevador, mas a mão imponente de Andrew a fez parar.

– Negativo. – A puxou para perto de si, mas sem envolvê-la em seus braços. – Você não vai a lugar algum.

– Andrew, eu…

– Não!

Ramona ficou sem palavras, ficou tão acostumada a fazer o que dava na telha que não conseguiu computar palavras de proibição. Andrew, por sua vez, fez sua usual pose de Poderoso Chefão, fechou o semblante e permaneceu ereto.

– Não vou te deixar ir à lugar algum que esteja a mais de dois metros de mim. E. Ponto. Final – finalizou com um sorriso de canto, o que não agradou a moça.

– E você tá achando que tem essa condição toda pra mandar em mim?! Não conseguiu nem me achar durante o tempo que ficou aqui!

Andrew pensou em responder, mas apenas rolou os olhos e tamborilou os dedos na perna esquerda, impaciente. Refletiu rapidamente sobre tudo o que já passara ao lado da morena, sobre o modo como a tratava e como ela raramente o obedecia. Chegou à conclusão que Mona é um ser independente, foi criada assim, logo não será um italiano que a mudaria.

– Faça o que você quiser – disse, com indiferença. – Se ainda estiver se preocupando, estarei no quarto 409 juntamente com Eve e Collins, ah, Thomas também.

Não esperou por respostas, soltou o braço de Ramona e pôs-se a caminhar na direção do quarto, com cada batida de seu coração esperando que Mona tivesse o mesmo destino que o seu.

A morena, por outro lado, ficou estática. Apenas observou a figura esguia e alta de Andrew Sack mover-se em linha reta, reparou como ele estava mais magro, também estava andando meio torto, pendendo para o lado esquerdo, contraía seus ombros involuntariamente, mas principalmente, ela reparou no jeito como ele amadureceu. Até pensou em ir ao quarto, mas só de ter que se explicar para todo mundo desistiu, percebeu que nos últimos meses se isolara tanto que não sabia mais como estar no meio de outras pessoas. “Preciso tirá-los daqui”. Pensou.

[…]

Depois que virou no corredor, Andy teve a plena certeza de que Mona não viria. Não soube dizer ao certo se ela os abandonara, mas sabia que ela não era a mesma. Parecia mais forte, mais decidida, porém, parecia vazia. Como um cavalheiro solitário, vagando por aí sem companhia, sem amor, sem esperança. Isso, vazia, essa a palavra exata. Ele sempre pôde ver certo vazio na Haynes, mas agora estava mais proeminente do que nunca, era como se alguém tivesse arrancado os resquícios de humanidade e colocaram no lugar ódio.

Conformou-se com o fato e terminou a caminhada ao parar em frente ao quarto 409. Bateu na porta. Como Collins entrara antes, não queria ser pego de surpresa com cenas desagradáveis. Sem comentários. Ouviu passos se aproximarem da porta e observou o girar da maçaneta. Deu de cara com uma Eve ruiva.

– Andrew?! – Pareceu surpresa.

– Não, Papai Noel. Ho-ho-ho! – revirou os olhos e adentrou.

– É, nem longe de casa deixa de ser esse filho da mãe. – Olhou para o vazio do corredor, como estivesse na esperança de que outra pessoa estaria lá. – Viu Ramona? – perguntou, com medo da resposta.

– Não – mentiu. Não queria dizer à Eve que vira Mona, mas ela se recusou a ir ao quarto, era demais para Eve, ela já tinha muito com o que se preocupar.

Collins levantou-se da beirada da cama e foi ao berço do filho, Andy foi até lá.

– Ah – disse, desapontada –, achei que ela pelo menos apareceria para ver o afilhado – comentou ao fechar a porta.

– Bom, você sabe como a Mona é – Collins entrou na conversa. – Não da pra saber exatamente o que se passa na cabeça dela.

– Infelizmente – comentou em um muxoxo, ninguém ouviu o sussurro de Eve.

Ao ver o pequeno Alexander Thomas, Andy mal pode falar ou mexer-se. Apenas ver aquele pequenino ruivinho, seus braços branquinhos e gorduchos, suas bochechas rosadas, o sorriso estampado no rosto, as covinhas.

– A coisa mais formidável que já viu na vida, não é? – Collins comentou ao fitar o filho.

– Coisa?! Você está chamando o meu filho de coisa?! – Eve levantou as sobrancelhas e o tom de voz.

– Melhor do que chamar de “isso”.

– O que custa dizer “esse bebê”, ou, quem sabe, o nome do seu filho?! O nome dele é Alexander Thomas e não Coisa! – respondeu revoltada e sentou-se extremamente cansada na cama.

Os pensamentos de Andrew estavam longe, nem estava escutando o que Eve e Collins discutiam.

– Precisamos voltar pra casa – comentou, achando que ninguém havia o escutado, mas todos no quarto ouviram muito bem.

– Sim, precisamos – Collins concordou.

– Mas… – Eve estava para dizer “Mas, e Mona?”, mas se conteve.

– Se ela estivesse pronta para ir embora, todos nós já estaríamos na Itália – Andy respondeu, o aparelho celular em seu bolso começou a tocar.

Entrou no minúsculo banheiro no canto do quarto para atender.

– Alô?

– Andrew Sack?

– Sim, quem deseja?

– Aqui é o serviço de mensagens gravadas, tem uma mensagem para você: Andrew, arrumei um vôo para você, Eve, Collins e Thomas. Esta noite, às oito e meia. Uma enfermeira entregará um papel a você com as passagens e o endereço, cuide bem de Eve.

Aquela era, sem dúvida, a voz de Mona. Logo que a mensagem foi reproduzida, a ligação acabou. Retornou ao quarto atordoado.

– Quem era? – Eve, curiosa como o usual, questionou.

– Uma mensagem. Mona encontrou um jeito de nos levar para casa. Esta noite mesmo.

Um sorriso brotou no rosto ainda pálido de Eve e Collins.

– E quando ela vem para irmos juntos?

Andy não soube como responder, para variar, ninguém sabe o que se passa na cabeça de Ramona Haynes. Abriu a boca para tentar, mas voz nenhuma saiu de lá.

– Ela não vai, não é? – Collins chegou à brilhante dedução.

– Não! Ela não pode! – Eve não conseguia entender o que se passava. – Ela precisa voltar conosco! Ela está jurada de morte aqui! Andrew, você tem que fazer alguma coisa!

– Eve, não tenho poder algum aqui – respondeu impotente. – Não sei o que Mona está planejando, mas se ela julga-se forte o bastante para nos mandar pra casa e não ir conosco, não há nada que eu possa fazer.

– Seu inútil! – Eve se levantou da cama e partiu pra cima de Andrew, com o dedo indicador apontado em acusação. – A única coisa que você tinha pra fazer era encontrá-la, mantê-la sã e salva! Nem isso consegue fazer?!

– Eve! – Collins bradou. – Acalme-se! Andy e eu não podemos dar bandeira que estamos aqui, caso não tenha percebido, também somos jurados de morte da Rússia. Apenas siga o planejado de Mona, vamos para casa, cuidar do nosso filho.

A ruiva estava desestabilizada, tremia e roía as unhas. Correu para o banheiro e fechou a porta. Collins sentou-se na cadeira em frente ao berço de Thomas, Andrew permaneceu de pé, fitando a janela intensamente. Sentiu o celular vibrar no bolso, retirou o aparelho e percebeu que era uma mensagem de um número desconhecido.

Mudanças de planos, pegue Eve, Collins e Thomas, e venha para o telhado do hospital, um helicóptero os levara ao avião. Vocês vão pra Itália em meia hora, James tem um espião no hospital, ele sabe da localização do bebê.

– Collins! Eve! Precisamos ir. Agora! – disse, agitado.

– O quê?! Não era só à noite? Decida-se, homem! – Eve saiu do banheiro secando as lágrimas.

– Estamos em perigo. James tem um infiltrado no hospital, e ele está vindo para cá. Ande! Pegue suas coisas, pegue o bebê, vamos!

Em questão de dez minutos, Eve trocou de roupa, embrulhou Thomas em mantas quentinhas e pegaram o elevador com destino ao telhado.

– Um helicóptero?! – Eve questionou após Andy contar os detalhes da mensagem. – Aonde Mona arrumou um helicóptero?

– Não faço ideia – Andy respondeu ao ajeitar a jaqueta de couro, fazia frio.

As portas do elevador se abriram, revelando um helicóptero preto, muito frio e vento, e Mona vestida toda de preto.

– Mona! – Eve se animou, Mona apenas sorriu.

– Vamos, depressa! Não temos muito tempo!

Acomodaram-se dentro do helicóptero, do jeito que deu, Mona mandou o piloto levantar vôo.

– Vou com vocês até a pista de pouso, só para ter certeza de que tudo vai dar certo – comentou Mona ao ajudar Eve com o cinto de segurança.

– Por que não volta conosco? – Collins indagou, ele nunca fora muito fã de Mona, mas sentia-se extremamente agradecido a morena por cuidar de Eve e proteger o bebê.

– Tenho negócios não resolvidos aqui.

– Esqueça tudo isso, Mona – Eve pediu em súplica. – Volte para Itália conosco!

– Não posso, Eve. Alguém precisa parar James!

– Deixe isso com o Conselho! Afinal, é o trabalho deles.

Andrew manteve-se quieto, nem olhando para Mona estava. Apenas focou-se na paisagem.

– James tem o Conselho na palma da mão. Jamais o prejudicariam, apenas a mim.

– Então fuja!

– Você faz soar tão fácil – comentou com um sorriso.

Em poucos minutos o helicóptero pousou sobre a gelada e pequena pista, onde estava pousado um avião de médio porte. Todos desceram do helicóptero, Mona esperou Andy passar em sua frente para pará-lo.

– Cuide bem deles, ok? – fitou seus olhos azuis. – Prometa-me

– Cuidarei deles, mas não por você. Mas por causa daquela criança. Se você quisesse mesmo, tenho certeza que voltaria conosco, mas porque fica querendo lutar as batalhas de todos? Deixe James! – encarou Mona com seus grandes olhos azuis. – Podemos fugir para qualquer lugar, duvido que James nos acharia! Mudaríamos a nossa identidade, possibilitando uma vida melhor para Thomas e para nós também, construir uma família de verdade.

– Antes de sair da Itália você queria abortar Thomas e agora faz juras no nome dele?! Menos hipocrisia, por gentileza – respondeu tão fria quanto o vento que soprava. – Você não entende, não é? As coisas não são fáceis! James jamais pararia de me procurar, fugir não é a resposta. Porque construir uma vida de fuga se podemos viver em nossa própria casa com paz e tranquilidade?

– Chama isso que vivemos de tranquilidade?! Não saímos de casa com medo, vivemos atormentados! Isso aqui não é vida.

– Ainda não é, mas logo vai ser. Eu prometo – foi o mais sincera que conseguiu ser

– Você ainda não aprendeu que não pode fazer promessas que não poderá cumprir.

Corações amargurados, guerras travadas para conseguir alcançar o amor. Qual é o propósito? Não deveria isso ser mais fácil? Perguntas atrás de perguntas, Mona não conseguia processá-las. E ao ver Andrew caminhando para o avião, sem ao menos olhar para trás, teve a convicção de que preferiria morrer nas mãos do Conselho no que nas do amor.


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Notas finais do capítulo

Nhaaaaaaaaac, e aí, o que acharam?!
Vejo vocês nos comentários!
XX da Effy



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