O fim não é bem esse escrita por Larissa Serpe


Capítulo 2
O segundo encontro




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Mãe, onde está mesmo aquele meu suéter azul?- Gritei do andar de cima, no meu pequeno quarto com sacada.
–Está na segunda gaveta do seu guarda-roupa Luce.- Ela respondeu com um outro grito.
–Ok.- Fui atrás de meu suéter.
Assim que colocado o tal suéter azul, cujo era meu preferido, desci para tomar café, eram 10:00 da manhã, e eu não esperava ter acordado neste horário, pois ontem, dormi tarde, trocando SMS'S com o Daniel. Eu não sei como em apenas um dia uma pessoa totalmente desconhecida pode se tornar sua amiga.
Peguei o chocolate quente preparado pela minha mãe, e dei um gole.
–Bom dia mãe, cade o meu pai ?- Fiz com a cabeça que estava o procurando.
–Ah, ele foi no mercado, não temos mais pão.- Ela respondeu. Sentando-se na bancada da cozinha, onde estava também eu e o meu chocolate quente.
–Ah bom, por isso sem torrada até ele chegar!- Ironizei.
–U-hum!-Minha mãe respondeu, já não prestando mais atenção em mim.
Tomei o resto do chocolate, e fiquei aquecida, eu estava com uma blusa tradicional branca, uma lãn preta, um casaco grande e felpudo marrom, com uma touca vermelho discreto, um suéter azul desgastado e uma calça de pijamas por baixo de uma calça jeans, tudo isso por que eu ia sair para a rua, ir na casa da Bel, e estavam apenas 3 graus abaixo de zero.
Bel era minha melhor amiga desde a infância, até agora, aos 16. Nós não nos largávamos, além disso ela morava perto da minha casa, á duas quadras, para ser mais exata, a gente sempre se encontra, da semana ao fim de semana, mas hoje, eu teria que levá-la a minha cafeteria, eu e Daniel havíamos combinado por SMS de se encontrarmos meio dia na cefeteria, já que lá, tinha comida também, mas também, ele era meu vizinho, se eu quisésse vê-lo era só chamar.
–Tá bem mãe, eu não preciso de torrada, vou para a Bel, te vejo mais tarde, ah e outra, te conto mais tarde também!- Eu falei entre risadinhas a última parte.
Eu era muito próxima da minha mãe, mas ainda não havia contado para ela que havia conhecido o Daniel, o extraordinário garoto que era lindo, engraçado, direto, gostava de ler, e que ao contrário de mim, amava o inverno. Não sei como, mas se tornamos tão próximos em apenas 3 horas no café, e 2 entre SMS'S.
Abri a porta, veio um vento frio cortante em meu rosto, mas eu dei um passo a frente, afaguei minha grande cadelinha Lilly, que permanecia em nosso pátio, e abri o nosso pequeno portão branco, de nossa casa azul, assim, comecei a me dirigir para a casa da minha amiga.
CAPÍTULO 1- O segundo encontro.
–Bel-Gritei.-Bel!!-Gritei mais alto.- Beeeel!!-Gritei com mais força ainda.
–Calma, Luce, estou a caminho.-Ela finalmente abriu a porta e fez o favor de abrir o novo portão marrom que eles haviam colocado a pouco tempo.
–Onde você estava menina?-Brinquei.
–Ah, só comendo uma deliciosa torrada de carne e queijo.- Ela falou.
Bel foi acostumada desde pequena a comer coisas assim no café da manhã, café da tarde, lanches, quem comia pão com carne no café da manhã? A Bel, foi sua educação.
–Humm- Falei com interesse. - Ah Bel, você nem sabe quem eu conheci.
–Claro que eu não sei, então fale.-Ela falou entre risos.
– O nome dele é Daniel, primeiro, ele é lindo, loiro, braços fortes, alto, pele clara, olhos violeta..
–Espera, como assim, violeta?-Ela riu.
–Sim, eu também não sei como, mas sim, são violetas.
–Ok, ok, continue.-Ela balbuciou, no meio de uma mordida em sua torrada inacabada.
–Ok, além de tudo isso, dessa beleza toda, ele gosta de ler, o mesmo tipo de livros que nós!-Eu contei.- E mais! Ele é super ironico, adorei isso. Mas uma coisa eu percebi, ele é sensível, percebi quando ele falou que veio morar aqui só com o pai, que teve que separar de sua mãe e irmã mais nova, a Laura. Ele falou que não fazia um dia, e sentia falta, você tinha que ver, ele falava com tanto sentimento, que dava até pena Bel!
–Já gostei, mas que livros exatamente Luce?- Ela lembro a segunda coisa que eu falei, após a aparência.
–Ah sim, ele gosta de ficção fantasia, romance fantasia, ação e terror.
–Me apresenta, viu?-Ela riu
Eu ri junto, eu sabia que ela estava brincando. Então falei que ele era eu vizinho e marcamos de se encontrar no café, e eu também disse que ela viria. Após isso, ela se encheu de roupas, e fomos logo para a estrada, como era tudo pertinho, fomos apé, é claro, nem podíamos dirigir.

–Olá, Lucinda!- ele me cumprimentou com um abraço e um beijinho no rosto, senti minhas bochechas corarem.
–Prazer, Daniel!-Ele apertou a mão da Bel.
–Bel!-Ela sorriu.
–Então, essa é a famosa Bel?- Ele se dirigiu a mim.
–Acho que sim, né? Acho difícil eu ter duas melhores amigas com o nome de Bel- Ironizei, tomos rimos.
–Então, esse é o Daniel?- A Bel entrou para a brincadeira, se dirigindo a mim também.
–Acho que só conheci um Daniel ontem, também.- Rimos novamente.
–Vocês são pontuais meninas!- O Daniel exclamou, olhando o relógio.- Bom saber, pra ver se tenho que ser também, nos nossos próximos encontros.
–Na verdade, chegamos na hora sem querer, somos um pouco atrasadinhas mesmo.- A Bel o corrigiu.
–Ah, então são como eu.-Ele riu
–Mais uma coisa em que somos parecidos!-Exclamei. Ele sorriu para mim.
–Então..., vamos pedir?- A Bel quebrou o silêncio.
–Claro!-O Daniel disse, já chamando o garçom, que logo entregou os panfletos.
–Humm, eu vou querer um cappuccino e um bolinho de chuva.-Falei para o garçom.
–Eu, um chocolate bem quente, com bolinho de queijo.-Completou o Daniel para o garçom.
–E eu um leite quente, com biscoitos de chocolate.- A Bel finalizou.
O garçom anotou, falou o custo do pedido, e saiu, nós o observamos até que o Daniel falou:
–Eu pago, tudo!
–Não, capaz Daniel!-Falei, corando.- Sem essa.
–Só Dan, por favor, Lucinda, eu vou pagar sim, é um encontro entre amigos, ou novos amigos, mas o homem tem que pagar.- Ele riu
–Só Luce, por favor.-Falei.- Mas Dani.., Dan, não posso aceitar seu dinheiro, eu fico..
–Com vergonha? Constrangida? Sem jeito?- Ele leu meus pensamentos. -Desculpe, não é a minha intenção, mas tenho que admitir, que quando mulheres pagam, eu, é que fico.
–Ah, Luce, ele só quer ser gentil, deixe o garoto pagar. - A Bel falou, como se ele não estivesse ali. - Você não quer deixá-lo sem jeito, né? Ele é mais legal assim.-Ela sorriu.
–Ok, mas só desta vez!-Eu me convenci, e sorri para ele.-Obrigado, Dan.
–De nada Luce, vamos ver, se é só desta vez.- Ele se convenceu.
–Vamos, sim.-Falei, sorrindo.
O mesmo garçom anterior chegou com os pedidos, nós comemos em silêncio, até que eu quebrei:
–Bem, vocês dois, não gostariam de ver um filme lá em casa? -Perguntei.
–Claro, Luce. -A Bel confirmou. -E você Daniel?
–Acho, que posso sim.-Ele respondeu, com dúvida. -É, eu vou. -Ele sorriu.
–Então, que filme?-Perguntei novamente, deixando uma mecha de meus fios negros e compridos cair sobre meus olhos.
–O seu preferido! Quero te conhecer melhor, Luce! -O Daniel me lençou um olhar intenso, com aqueles olhos violetas. Eu retribuí.
–Por mim, pode ser qualquer um. -A Bel concordou.
–Então, tudo bem. -Falei. -Vamos se conhecer, né?
–É. -Dan me lançou um sorrisinho.


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