A Faísca: 70° Jogos Vorazes - Interativa escrita por Tiago Pereira
Notas iniciais do capítulo
A primeira avaliação será, costumeiramente do primeiro Distrito. Continuem enviando os tributos que irão patrocinar e a ficha do capítulo anterior. :) Espero que gostem!
Viktor Crowley
Fico sentada no refeitório, junto de Charlotte, Chloe, Isaac, Beete e Brianah. Disfruto das batatas fritas, sem me preocupar com boa forma ou algo assim. Logo eles estarão nos chamando para as avaliações individuais.
A avaliação é mostrada ao Idealizador e patrocinadores, Distrito por Distrito, primeiro o tributo masculino e depois o feminino. Como de costume, o Distrito 1 será o primeiro. Fico na sala de jantar, sem saber aonde ir. Uma leve pressão se acentua, por sermos Carreiristas.
Não demoram dez minutos até me convocarem. O meu uniforme é sem manga, azul e cinza, porém, temos uma jaqueta nos cobrindo. Antes de sair, sinto uma pequena e delicada mão que eu bem conheço me segurar. Charlotte sorri para mim, com suas bochechas corando levemente.
– Você sabe o que fazer - ela diz.
– Eu sei - retribuo o sorriso para ela e caminho para o ginásio.
Os patrocinadores usam uma túnica lilás, e taças de vinho são servidas para eles, onde eles beberão até ficarem embriagados a ponto de ignorar os próximos tributos, o que é ótimo para nós.
A primeira coisa que faço é apanhar halteres, cordas e silhuetas humanas enchidas de espuma. Amarro as cordas nos halteres, fazendo nós nos pés e mãos dos bonecos, deixando-os muito mais pesados. Repito isso mais quatro vezes, e faço uma fila.
Começo a efetuar diversos golpes no primeiro boneco, machucando o meu pé. Mordo o lábio, demonstrando minha força e concluo um empurrão com toda minha força sobre os manequins. Imprimo um pouco mais de força e eles são empurrados.
Coloco um alvo no centro do último manequim, já que os demais já estão destrocados. Uma lança mediana, feita de aço está me chamando e eu atendo-a, pegando ela e preparando para o grande final.
Dei um impulso, mirando o centro. Inclino eu corpo e arremesso a lança, que transpassa o círculo vermelho e atravessa o boneco, que se desmancha em espumas.
Pela segunda vez olho os patrocinadores. Seneca me dispensa, e eu caminho até o elevador, enquanto ouço a convocação de Charlie. Como previsto eu fui bem, e já não era de se esperar mais de um carreirista.
Charlotte Turner
Chega a minha vez. Viktor não volta, naturalmente. O ginásio já contém os patrocinadores e o Idealizador que parecem sóbrios, esperando por mais e mais.
A primeira coisa que faço é sorrir espontaneamente. Faço uma leve curvatura em minha coluna, me reverenciando aos membros. Eles parecem gostar e dão risinhos, ou gritos de admiração.
– Charlotte Turner, Distrito Um - me apresento.
Vários contornos do corpo de um humano feito de ferro e decorados de vermelho e branco estão ajeitados em fileiras. Ajeito-os formando a letra U, ou um C ao contráio.
Seleciono uma espada de tamanho médio, acoplando facas nos bolsos laterais da calça. Também ajeito bonecos enchidos de areia, de forma que esteja tudo perfeito pra que a apresentação renda uma nota 10, no mínimo.
Os músculos do meu rosto doem, mas eu não ouso desmanchá-lo. Uma assassina sádica, cruel e irônica é um espetáculo para a Capital e pode me ajudar com patrocínio.
Avancei em alta velocidade contra o primeiro boneco, efetuando um corte na horizontal, decapitando-o e jorrando areia de seu pescoço falso. Finto o mesmo com um giro e confecciono um rasgo na coxa do segundo, enchendo o chão de seu enchimento. O terceiro e último é acertado bem no centro. Evitando alguma falha, rolo para frente, largo a espada saco as duas facas do bolso, que serviram de coldre temporário.
Arremessei as duas facas, a da direita ficou presa no centro do alvo da silhueta, a segunda ficou a centímetros do ponto vermelho. Frustrada, para recompensar o erro, peguei três lanças de tamanhos distintos e tentei acertar o alvo.
Como parte do espetáculo, acertei as lanças nos três alvos, o maior êxito que consegui em toda minha vida. Para finalizar, repito o mesmo gesto que iniciei, reverência sorriso, desta vez com uma piscadela.
– Obrigada pela paciência. - Digo e me dispensam.
Sou obrigada a desfazer o sorriso psicopata, abrir e fechar a boca mais vezes. Neste intervalo tenho uma leve câimbra no maxilar. Mas creio que valeu a pena, consegui entretê-los, e não tenho dúvidas de que boas notas virão.
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