Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 7
Isso é ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoas. Sim, outro capitulo :p Como sou legal *u* Pessoas que favoritaram e outras começaram a acompanhar obrigada :3
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/471638/chapter/7

POV Ally

– Sou Austin Moon.

Essa frase ecoava em minha cabeça, assim como sua voz. Ele era tão lindo. Seu rosto sem nenhuma imperfeição. Ao menos, não vistas aos meus olhos. Seu cabelo tão loiro e bagunçado. Ele tinha um sorriso divertido. Provavelmente estava rindo de minha reação.

Em minha mente Austin Moon era o típico cantor bad boy. Ele me olharia com desprezo e não falaria nada. Entretanto, aqui estava Austin Moon. Um garoto que eu caí em cima. Que eu abracei e me busquei apoio. E ele apenas retribuiu todas essas coisas.

Em apenas esse pequeno espaço de tempo ele havia sido simpático, adorável, carinhoso, fofo, preocupado. Droga, Austin. Você não deveria ser assim.

– Oh – Trish exclamou tirando-me de meus devaneios. Meus olhos não desvivam de Austin. E nem os dele de mim.

– Ah. Bem, oi – meu irmão se enrolou ficando totalmente sem graça. Eu ri disfarçadamente e ele arregalou os olhos para mim. Não sei por que motivo, mas eu não ficava nervosa por ele ser o grande Austin Moon, mas talvez nervosa por ele ser o Austin.

– Olá? – Dez falou em forma de pergunta como se não soubesse o que falar. Ele provavelmente não sabia. Mordi os lábios para não gargalhar dos três. Respirei fundo me controlando e ergui uma sobrancelha em desafia.

– Olá tão famoso Austin Moon – falei em tom deboche. Trish suspirou como se já esperasse isso de mim. Dez soltou um risinho disfarçado e Carter me acotovelou – Ai – reclamei. Dez e Trish não aguentaram mais e começaram a rir. Olhei para o Moon e ele me olhava divertido. Ele me olhava curioso.

– Olá grande Ally Dawson – respondeu deixando-me surpresa. Ele fez uma referencia em minha direção. Olhei-a confusa e ele deu ombros – Jimmy falou muito de você – o loiro falou suspirando.

– Falou o que? Que ela desenhava borboletas no jardim de infância? – Carter falou em um tom baixo, mas o suficiente para Austin também ouvir. Ele riu olhando para o chão e eu fiquei encantada. Como tão bonito?

– Bem, primeiro – comecei a falar para Jimmy. Sim, eu sabia ser séria quando precisava - Desculpa pelo jeito que chegamos aqui. Não era planejado – falei olhando diretamente para Dez, que abaixou a cabeça, envergonhado – Não queríamos ter feito toda essa cena – falei sinceramente. O loiro me olhava surpreso e intrigado. Será que sou tão estranha assim?

– Tudo bem. Nós realmente não esperávamos por isso. Você parecem ser uma turma bem animada, talvez precisássemos disso aqui – Jimmy falou seriamente e Austin revirou os olhos.

– Com certeza precisamos – falou fazendo uma careta e apenas eu ri. Ele sorriu para mim e instantaneamente meu sorriso sumiu. Não faça isso, Austin.

– Bem, acho que nos conhecemos de um jeito bem estranho. Podemos apenas levar Ally para comer algo e voltamos a conversar? – Carter perguntou. Ele estava preocupado comigo, como sempre. No meio da conversa eu havia me levantado e provavelmente vou começar a ficar tonta novamente.

– Claro – Jimmy falou rapidamente – Tem um restaurante e padaria aqui mesmo no hotel. Vocês podem ir lá, enquanto eu saio um pouco – Jimmy falou. O loiro franziu a testa e perguntou:

– Eu vou também? - falou confuso.

– Austin você não vai conseguir sair agora. Espere seu motorista e segurança, apenas no final da tarde – Jimmy falou e Austin bufou irritado.

– Tudo bem – falou dando ombros. Jimmy assentiu e se virou para nós. Ele se despediu de nós rapidamente e falou que já acertou tudo sobre nossos quartos. Depois que concordamos ele foi embora.

Carter suspirou e passou o braço em minha cintura.

– Vamos garota – falou preocupado.

– Que bonitinho você está preocupado – falei apertando suas bochechas e ele me olhou irritado.

– Vou te deixar morrer para vermos se ficarei preocupado – falou com um sorriso cínico, que eu retribui.

– Mamãe e papai te matam – falei sorrindo e ele estreitou os olhos.

– Falo que foi um acidente – disse rindo e eu revirei os olhos.

– Você não viveria sem mim – falei sorrindo.

– Viveria sim – Carter rebateu, mas eu sabia que estava mentindo.

– Não viveria não – Dez e Trish falaram juntos. Eu gargalhei enquanto Carter bufava. Percebi que Austin observava tudo um pouco deslocado, mas divertido.

– Vamos? – pedi e todos concordaram. Carter começou a andar ao meu lado me apoiando e eu fiz uma careta.

– Eu posso andar sozinha – reclamei e ele apenas riu.

– Não pode não - falou ainda me ajudando a andar.

– Chato – reclamei.

– Eu vou arrastar vocês – Trish reclamou andando na frente. Mostrei a língua para a garota e ela riu.

– Vem logo, estou com fome – Dez pediu.

– Eu ainda estou tonta, não dá para esperar? - reclamei e ele bufou.

Trish e Dez saíram na frente e eu revirei os olhos. Austin ainda estava ao nosso lado, e me observava. No mesmo momento o celular de Carter tocou. Nós paramos de andar e ele pegou o celular. Carter fez uma careta e me olhou.

– Nossos pais – falou com medo e eu ri.

– Vai lá – disse balançando as mãos.

– Austin pode ajuda-la? – Carter pediu. Arregalei os olhos e minha expressão era de incredulidade. Porque Austin?

– Claro – o loiro respondeu rapidamente. Carter me soltou e se afastou de nós rapidamente com o celular ainda tocando. Segundos depois outro braço já estava em minha cintura.

Eu estremeci sentindo seu forte aperto em minha cintura. Ele estava bem perto de mim. Meu coração estava acelerado, deixando-me com a respiração falha.

– Eu posso andar sozinha – murmurei tentando deixar minha voz firme.

– Mas, não precisa – Austin respondeu com um possível sorriso na voz. Quem ele pensa que é? Bufei irritada e ele riu. Austin começou a andar puxando-me junto.

Como eu não sabia onde ficava o restaurante ele estava nos guiando. Passamos por uma porta de vidro e entramos em salão. O lugar era bem grande e cheio de mesas. A decoração parecia ser especifica, talvez tivesse um jantar importante ali.

A decoração era toda em preta e branca. As mesas tinham vasos vazios, que provavelmente receberiam algo depois. O salão estava lindo, mas tinham pessoas correndo de um lado para outro. Arrumavam várias coisas do lugar.

Uma mulher que segurava um vaso passou por nós e parou rapidamente. Ela encarou Austin, que rapidamente abaixou a cabeça. A mulher piscou varias vezes como se estivesse vendo coisas. Ela saiu de perto de nós com uma expressão confusa, como eu.

– Droga – Austin exclamou e tentou puxar o capuz de sua blusa com uma mão, o que não estava dando certo. Revirei os olhos e fiquei de frente para ele. Tirei sua mão do cabelo e peguei seu capuz. Coloquei-o cobrindo todo o cabelo e arrumei alguns cabelos que caiam.

– Pronto – falei e ele sorriu.

– Obrigada – agradeceu sorrindo e eu apenas dei ombros. Voltei ao seu lado e andamos novamente.

Passamos disfarçadamente por todas aquelas pessoas e andamos até outra porta. Quando entramos era outro salão. Um pouco menor, mas bem espaçoso. Havia várias mesas de quatro pessoas. Era praticamente um restaurante mesmo. No meio havia um balcão com várias comidas.

No lugar não havia muitas pessoas, portanto não foi difícil achar Dez e Trish. Os dois estavam em uma mesa ao lado do balcão. Sempre perto da comida. Eu ri disfarçadamente com esse pensamento. Austin foi comigo até os dois. Quando nos viram olharam desconfiados.

– Demoraram – Trish observou e eu revirei os olhos.

– Desculpe, mas se eu não estivesse rodando e vinha mais rápido – falei sorrindo e Dez riu.

– Onde está Carter? – o ruivo perguntou.

– Mamãe ligou – falei dando ombros. Dez fez uma careta e murmurou algo como: tadinho do Carter – Vamos comer – pedi para Austin e ele riu.

– Ok – concordou e nós fomos até balcão.

Nós dois pegamos pratos e eu fui direto para os pães de queijo quando Austin me soltou. E ele foi para as panquecas. Austin pegou uma pilha de panquecas, o que me deixou impressionada. Peguei vários pães de queijo e Austin riu.

– Ainda quer ajuda? – perguntou atencioso.

– Acho que não – falei incerta e ele deu ombros. Ele andou na frente e eu fui atrás. Continuava um pouco tonta, mas estava andando bem melhor. Quando estávamos chegando à mesa trombei com algo. Na verdade, com Austin novamente.

– Ops... – falei rindo e me afastando e ele fez o mesmo.

– Parece que você bebeu – falou sinceramente e eu ri.

– Eu não bebo querido – falei rindo e fui até nossa mesa. Sentei-me ao lado de Trish e ela me olhou curiosa – O que? – perguntei confusa e ela riu balançando a cabeça. Trish é muito estranha às vezes.

Austin sentou a minha frente e Trish sorriu minimamente. Sério, ela é estranha. Nós quatro começamos a comer e minutos depois Carter chegou. Ele se jogou na cadeira e suspirou. Parecia ter acabado de sair de uma luta.

– O que aconteceu? – perguntei um pouco preocupada.

– Ally está bem? Você está cuidando da Ally? Acho bom ser responsável... – disse imitando uma voz feminina. Nós todos rimos enquanto ele bufava.

– Eles me amam. Agora vai comer – falei apontando para a comida e Carter deu um pulo. Eu ri enquanto ele ia pegar tudo do balcão.

– E então Austin, animado para a turnê? – Dez perguntou curioso.

– Hm – Austin murmurou com uma panqueca na boca. Ele parecia ter uma paixão por elas. Nós esperamos terminar de comer e então ele respondeu – Na verdade, eu estou nervoso. Não faço a mínima ideia do que fazer – falou sinceramente e eu sorri.

– É sua própria turnê e você não sabe o que fazer – falei rindo. Austin apenas riu e deu ombros.

– Claro. Afinal ainda tem um documentário – ele falou fazendo uma careta.

– Nem me lembre – falei suspirando. Carter pegou uma cadeira e sentou ao meu lado com um prato enorme.

– Você já comeu? – perguntou desconfiado e eu revirei os olhos.

– Claro que sim – falei balançando um pão de queijo em sua cara. Quando dei uma mordida meu celular começou a tocar. Pensando que era minha mãe, apenas atendi sobre o olhar atento de todos.

– Oi – murmurei ainda com a boca cheia.

– Você não para de comer nem para falar comigo? – a voz mostrava incredulidade e divertimento. Eu comecei a tossir engasgada e Carter bateu minhas costas. Quando estava melhor e sem nada na boca o respondi.

– Seu idiota – gritei assustando todos na mesa – Quase morri engasgada – dramatizei e James apenas gargalhou.

– Quem manda comer a todo momento – reclamou rindo.

– Na verdade, eu estava passando mal por não comer – falei assentindo, mas obviamente ele não viu. Austin me olhava curioso e eu fiquei confusa.

– Você está bem? – James perguntou preocupado.

– Agora você fica preocupado não é? Estou sim – falei dando ombros.

– Então, como é Miami? – perguntou curioso.

– Interessante – respondi olhando Austin, que comia mais uma panqueca.

– Ainda estamos falando da cidade? Ou seria de um homem? – ele perguntou rindo e eu bati na mesa.

– Sempre soube que você era gay – falei batendo palmas. Sem nem mesmo saber do que estava falando Dez e Trish começaram a rir.

– Besta. Estou falando de você, não de mim – falou emburrado e eu ri.

– Eu sei. Você está com a Anna – provoquei e ele riu do outro lado.

– Estou mesmo. Vou sair com ela novamente – falou feliz e eu sorri.

– Grande evolução hein – disse rindo.

– Pois é – concordou. Austin agora me olhava novamente. O que esse garoto quer comigo? - Vai terminar de comer, te ligo outra hora – falou e eu ri concordando.

– Tchau e boa sorte, James – falei sincera e ele riu.

– Boa sorte aí também, Ally – falou maliciosamente e eu franzi a testa. Antes eu pudesse perguntar algo ele desligou. Deixei o celular sobre a mesa e cruzei os braços.

– Um grande idiota – murmurei. Trish levantou as sobrancelhas em provocação.

– James é? – disse rindo mesmo sabendo que não tínhamos nada. Dei ombros e Carter me olhou desconfiado.

– Espero não ter que arrancar o pescoço dele – falou ciumento. Ri enquanto Dez concordava.

– Eu posso ajudar – o ruivo falou seriamente e eu ri ainda mais.

– Vocês são idiotas – constatei. Austin me olhou meio que decepcionado e com raiva. Esse garoto tem problema?

– Não se esqueçam da festa hoje à noite – Austin falou e nós o olhamos confuso – Não sabem da festa? É em comemoração ao começo da turnê semana que vem – explicou.

– É hoje? – Trish perguntou incrédula.

– Sim. O tema é preto e branco – explicou novamente e eu fiquei confusa.

– Mas, não temos vestidos – falei e ele suspirou.

– Às vezes eu não entendo Jimmy – falou cansado e pegou o celular – Vou chamar alguém para ajudar todos vocês – disse já ligando para alguém. Nós quatro observamos o garoto falar ao telefone.

– Oi, sou eu – disse revirando os olhos – Você é muito idiota – observou e depois riu – Preciso da sua ajuda. Não é sempre. Deixe-me falar. Sabe a festa? Sim. Preciso de vestidos... – começou a falar, mas parou no meio – Garota cale a boca – Austin falou com raiva. Eu espero muito que não seja a namorada dele – Rydel – Ele gritou irritado. Agora eu estava irritada. Que droga, porque ele precisa falar com sua namorada na nossa frente? – Deixe-me terminar de falar? Preciso de vestidos e ternos para hoje. Porque ninguém vai fazer roupas tão rápidas assim mesmo para um famoso. É apenas comprar. Sei lá, você já não viu fotos? Sim, são eles. Rydel – ele gritou novamente e pareceu ainda mais irritado – Não fale disso comigo. Quero você aqui no máximo até as 19:00 horas. Não é mesmo, mas me deve esse favor. Vou desligar, tchau – falou e rapidamente desligou o celular.

– Uh – Trish murmurou querendo chamar a atenção de Austin.

– Desculpem-me. Mas, mesmo eu a amando às vezes da vontade de mata-la – revelou. Oh, essa doeu. Ele a ama. Eu suspirei e me afundei na cadeira. Porque pensei isso mesmo? – Ela vai trazer as roupas – ele anunciou. Nós ficamos confusos já que a garota não nos conhecia para saber nossos números. Mesmo assim ninguém teve coragem de perguntar.

– Obrigada – agradeci já que ninguém o fez. Ele assentiu e suspirou. Austin parecia muito cansado com tudo.

– Eu vou para meu quarto. Se virem Jimmy ou uma loira escandalosa me chamem – pediu se levantando da mesa.

– Ok – Dez respondeu. Muito bom, agora ela é loira. Austin se despediu de nós e saiu do salão.

Eu já havia o conhecido, porque esse nervosismo e ansiedade não saíam de mim? Nem mesmo essa vontade tão grande de conhecê-lo. Eu já não o conhecia? Que droga Austin Moon, era para você ter saído de minha cabeça.

POV Austin

Fechei a porta do meu quarto e joguei-me na cama. Eu tinha um quarto aqui desde ontem. Isso foi muito útil agora. Minha cabeça latejava e parecia que eu não dormia a alguns séculos. Mesmo assim nem dormir consegui. Porque uma simples garota que conheci há poucas horas não sai da minha cabeça?

Isso é impossível. Eu nem a conheço. Mas, na verdade é o que quero. Ela me encantou de uma forma tão intensa, mesmo em poucos segundos.

– Não faz sentido – murmurei para mim mesmo. Bufei frustrado. Ela tem que sair da minha cabeça.

Não é justo eu coloca-la no meio de tudo isso. E provavelmente ela tem namorado. Como uma garota tão perfeita como essa não teria alguém? Esse pensamento me deixou irado.

Tive vontade socar algo. Estava com raiva de seu possível namorado. Com raiva por eu me importar com isso. Com raiva de ter minha há cabeça bagunçada em tão pouco tempo. Suspirei tentando controlar minha raiva.

Em algum momento acabei dormindo. Mesmo odiando admitir, continuei pensando em Ally.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Poxa, porque será que nem a Ally nem o Austin quer se envolver hein? Espero que tenham gostado *u* E não sei para quando será o próximo capitulo, quem sabe se vocês todas comentarem eu escrevo mais rápido?