Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 6
Caí em seus braços


Notas iniciais do capítulo

Gente oi *u* Estou muito feliz. 39 comentários, 1 recomendação, 7 favoritos em 5 capítulos vocês são perfeitas. Obrigada por comentarem, acompanharem ou favoritarem. Vou agradecer novamente a linda da Jeh pela recomendação, obrigada garota :3 Capitulo dedicado a você pela minha primeira recomendação aqui.
Chega de papo que esse capitulo é lindo *u* Leiam logo!



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POV Ally

Ai Meu Deus. Já é quarta? Já. Argh. Bem, hoje é o dia que tudo muda. Dramático. Mas, no meu caso serve. Vou conhecer o famoso Austin Moon, dirigirei um documentário, irei a uma turnê. Além dos jornais, entrevistas... A minha vida está acabada.

– Ally para de enrolar – Carter gritou pela milésima vez.

– Deixe-me sofrer em silencio – gritei irritada.

– Sofra em silencio no avião – gritou exasperado.

– Eu vou mesmo – gritei revoltada. Sentei na cama e observei em volta. Já não havia quase mais nada. A maioria das coisas já estava na mala.

Carter havia começado a gritar desde seis da manhã, já eram sete horas. Nosso voo era as 08h45min. Mas, antes eu precisava dramatizar um pouco. Escrevi um pouco em meu diário, sim eu tenho um diário. E nele contém minha musicas intocáveis. Na verdade o diário inteiro é intocável. Às vezes fico muito tempo sem escrever nele, apenas escrevendo musicas.

– Ally eu vou aí – Carter gritou.

– Estou levantando – gritei irritada. Coloquei meu corpo para fora da cama preguiçosamente.

Entrei no banheiro e tomei um banho. Iria sentir falta de meu banheiro, da casa toda. Mais drama. Saí do banheiro enrolada na toalha e fiquei encarando as poucas roupas que ainda tinha em meu guarda roupa. Peguei uma que não usava faz tempo. Era um vestido claro estampado que ia até a metade de minhas coxas. Ele era mais justo em cima e largo embaixo. Coloquei um cinto fino marcando minha cintura.

Saí do quarto, descalça e balançando meu cabelo molhado. Encontrei Carter colocando o café da manhã na mesa.

– Até que enfim – reclamou revirando os olhos. Carter estava totalmente vestido, mas sem o tênis, assim como eu sem sapato. Ele me olhou sorrindo – Está diferente. Apenas para primeira impressão? – perguntou divertido.

– Claro. E também porque já coloquei todas minhas roupas na mala – falei dando ombros e ele gargalhou. Sentamos a mesa e vi o que ele havia feito. Torradas, café, ovos mexidos - Hm, caprichou hoje – falei desconfiada.

– Temos que começar o dia bem – falou animado e eu bufei.

– Ah - murmurei e ele riu.

– Sei que está morrendo de vontade de conhecer Austin Moon – falou rindo e bebeu seu café sobre meu olhar furioso.

– Primeiro: eu nem o conhecia. Segundo: não tenho motivos para querer conhece-lo – falei tentando parecer indiferente. Carter riu debochadamente, mas não falou mais nada.

Enquanto nós dois não falávamos nada percebi o quanto estava ansiosa. Minhas mãos suavam e meu estomago se revirava sem parar. Parecia que eu iria desmaiar a qualquer momento. Essas observações me fizeram quer chorar. Porque apenas nesse momento comecei a perceber o medo que também sentia.

– Ally você está bem? – meu irmão perguntou preocupado me avaliando.

– Estou com medo – sussurrei assustada e ele suspirou.

– Sabia que ficaria com medo. Sempre é forte para depois ficar com medo – observou sorrindo minimamente. E o pior é que ele tem razão. Coloquei minha cabeça entre minhas mãos e tentei ficar calma – Ei, você vai se sair bem – garantiu.

– Tenho apenas 17 anos – resmunguei levantando minha cabeça e o fitei desesperada.

– Eu sei – riu. Bufei e escondi meu rosto novamente.

– Ally você nunca aceitaria algo que não consegue – ele lembrou mais e eu suspirei.

– Esse é o problema. Talvez dessa vez eu tenha errado – falei bagunçando meu cabelo, com raiva de mim mesma.

– Vou estar lá para te ajudar. E se você não estiver mesmo dando conta conversamos com Jimmy ok? – falou seriamente e eu assenti.

– Seis meses – falei com se só agora a ficha caísse.

– Seis meses – Carter concordou se encolhendo na cadeira. Nós ficamos apenas analisando um ao outro com se nos perguntássemos a mesma coisa. Isso era o certo?

Podemos parecer muito dramáticos, mas isso tudo era tão novo. Ao mesmo que nada tinha mudado tudo parecia diferente. Sempre foi apenas eu, Carter, Dez e Trish. Nenhum de nós queria atenções e reconhecimento. Sempre fomos os que ficavam no canto da sala sem falar nada, sem chamar atenção. E agora ganhar reconhecimento internacional não parecia uma coisa muito boa.

– Terminou de comer? – Carter perguntou pensativo.

– Acho melhor não, vou passar mal – falei com a mão no estomago, sentindo-o dar mais uma volta. Carter riu tirando os pratos da mesa.

– Vá terminar de se arrumar – ele me apressou balançando as mãos. Revirei os olhos e fui para meu quarto. Coloquei um coturno claro e depois me joguei na cama. Observei todo o teto e depois fechei os olhos.

Tempo depois senti um peso cair ao meu lado. Continuei de olhos fechados e ouvi a respiração de Carter pesada.

– Temos que ir – ele falou com a voz baixa. Concordei balançando a cabeça positivamente e abri os olhos em sua direção.

– Vamos – falei um pouco mais confiante. Ele sorriu para e se levantou. Carter estendeu uma mão para mim e eu aceitei – Temos que pegar Dez e Trish – lembrei-o e ele assentiu. Carter pegou uma mala minha e eu peguei as outras duas. E ainda coloquei uma bolsa pequena no ombro.

– Três? – ele me olhou incrédulo.

– São seis meses. Vou precisar de ainda mais coisas – disse seriamente e ele revirou os olhos.

– Eu não vou carregar tudo isso quando voltarmos – murmurou como um sussurro e eu bufei. Carter levava apenas uma mala e uma mochila. Ele jogou todas nossas coisas no corredor e eu fiquei de boca aberta.

– Você é delicado hein – reclamei virando minha mala que estava caída.

– Eu sei – falou sorrindo irônico e entrou em casa novamente. Nós conferimos todo o apartamento e depois saímos novamente. Carter fechou a porta e eu suspirei.

– Sem voltar atrás – Carter pediu rindo e eu bati em seu ombro. Nós descemos com dificuldade carregando todas aquelas coisas, mas logo já estávamos dentro do carro.

– Temos que ir à casa de Trish. Dez está lá também - falei lendo a mensagem do meu celular.

– Ok – Carter respondeu prestando atenção na estrada.

Nós ficamos o caminho todo em silencio apenas ouvindo a música que passava na rádio. Pouco tempo depois Carter estacionou na frente da casa de Trish. Quando nós dois nos preparávamos para sair do carro duas pessoas saíram gritando da casa.

Reconheci Trish saindo na frente carregando uma mala. Atrás dela vinha uma pilha de malas.

– Pare de reclamar – ela gritou para pilha.

– É muita coisa – Foi então que percebi Dez carregando todas aquelas malas. Carter saiu gargalhando do carro e foi ajudar Dez. Os dois colocaram as mala dentro do carro que já não cabia mais nada.

– Nossa Trish – Carter falou surpreso observando suas quatro malas. Comecei a rir enquanto Trish olhava feio para ele.

– Vamos? – Dez perguntou animado e entrou no carro sem esperar resposta.

– Oi Dez – falei me virando para ele.

– Oi Alizinha - disse bagunçando meu cabelo. Revirei os olhos e joguei meu cabelo para trás novamente.

– Olá Ally – Trish falou irritada se sentando ao lado de Dez. Os dois se olharam com raiva e eu ri.

– Olá – falei sorrindo.

Nós quatro conversávamos animadamente por todo o caminho. Durante o trajeto recebi uma mensagem de James que dizia:

“Boa sorte em sua viagem. Espero que dê tudo certo em seu documentário. Ps.: Vou te atormentar em todos seus meses aí, para não me esquecer.”

Revirei os olhos e o respondi rapidamente. James é mais como um melhor amigo para mim. Um pouco diferente de Carter e Dez que eram meus verdadeiros irmãos. Dez pode ser muito irritante quando quer, mas é totalmente meu irmão.

– Chegamos – Carter anunciou estacionando. Dez praticamente se jogou para fora do carro de tão animado que estava. Já eu sentia meu estomago ainda pulando.

Segundos depois o amigo de Carter chegou. Nós havíamos combinado de deixar o carro com um amigo de Carter durante todo esse tempo. Não queríamos deixar com nossos pais porque eles provavelmente iriam vendê-lo por ficar lá por tanto tempo. Mas, confesso que para Carter está sendo difícil deixar seu carro.

– Faça algo com ele e nunca mais verá a luz do dia – Carter gritou ameaçador enquanto seu amigo saía do estacionamento gargalhando.

Pegamos as malas e entramos no lugar. Trish olhou para mim pulando de alegria.

– Vai ser tão legal – disse sorrindo e eu ri insegura.

Nós todos fomos fazer o check-in que demorou um pouco. Mesmo assim ainda tivemos muito tempo. Isso foi muito ruim, já que forçou meus pensamentos a irem a Austin Moon. O qual, eu não vi nenhuma foto. Isso porque Trish falou: “Surpresa é mais legal”. Certamente, muito legal.

Nós quatro ficamos sentados em uma mesa apenas olhando para a cara um do outro. Eu estava caindo de sono. E ainda ficaríamos mais umas sete horas no avião.

– Acho que vou passar mal – falei fazendo uma careta e todos riram.

– Pode parar com o drama – Trish pediu rindo.

– Acho melhor irmos – Carter falou assim que a voz de uma mulher anunciou chamando o voo.

Nós concordamos e fomos todos lá para dentro. Carter acabou ficando comigo e Trish com Dez. Os dois brigaram até a hora que Carter gritou para eles se sentarem logo. Nós ouvimos todas as recomendações para a decolagem atentamente.

– Aposto que está morrendo de medo – Carter debochou e eu ri nervosamente.

– Estou mesmo. Mas, para encontrar Jimmy – corrigi e ele me olhou divertido.

– Jimmy não é? Acho que confundiu com o nome Austin Moon – falou em desafio e eu bati em sua cabeça.

– Estou começando a desconfiar que você está ansioso para encontra-lo – falei rindo e olhei maliciosamente para ele. Carter forçou minha cabeça contra o assento. Ele bagunçou meu cabelo enquanto espremia minha cabeça. Bati com as mãos para frente cegamente. Acertei sua cabeça e o empurrei.

– Está tudo bem aqui? – uma voz fina perguntou ao meu lado. Nós dois nos soltamos assustados e olhamos para o lado. Uma aeromoça nos olhava preocupada e curiosa.

– Está sim, obrigada – Carter respondeu antes que eu pudesse dizer que ele queria me matar.

– Ridículo - murmurei cruzando os braços quando a aeromoça já havia saído.

– Idiota – falou revirando os olhos. Foi quando percebi Trish e Dez gargalhando de nós ao nosso lado. Em sincronia não combinada Carter e eu mostramos a língua para os dois, que riram ainda mais.

Pouco tempo depois nós decolamos. Nem meia hora depois eu cai no sono. Eu estava realmente cansada.

Fui despertada apenas por Carter. Ele puxava meu cabelo com intuito de me despertar. Resmunguei algo indecifrável.

– Vamos Ally. Pensei que tinha morrido. Dormiu a viagem toda - com essa informação pulei do banco.

– Impossível – falei mais desperta.

– Muito possível – garantiu e percebi que estávamos mesmo pousando.

– A bela adormecida acordou – Trish falou espantada e divertida.

– Oi flor do dia – Dez falou rindo e eu bufei.

– Você estava mesmo com sono – Trish observou sorrindo e eu assenti.

– Pensei que sairíamos daqui direto para o hospital – Carter debochou e os outros dois riram.

– Há, Há. Você é engraçado - falei emburrada enquanto eles gargalhavam.

Por fim, nós pousamos sem nenhum problema. Não havíamos chegado tão atrasados. Eram três da tarde. Saímos do avião e fomos diretamente pegar nossas malas. Depois de prontos decidimos pegar um táxi. Jimmy havia nos passado o endereço de um hotel e disse que nos esperaria lá.

Nós entramos em um táxi na frente do aeroporto mesmo. Como não conhecíamos nada em Miami entregamos o endereço para o taxista e ele apenas concordou. Depois de guardarmos as malas saímos do aeroporto. Carter havia ido ao banco da frente e conversava com o taxista. Nós três no banco de trás observávamos tudo maravilhados.

Era tudo muito lindo naquela cidade. E eu mal podia esperar a hora para ir à praia. Nunca havia tido uma oportunidade para ir a uma e agora eu tinha. Nós conversávamos animadamente fazendo planos que não sabíamos se seria possível realizar.

Mais ou menos vinte minutos depois paramos em frente a um hotel. Um hotel e tanto. O prédio era enorme e bastante luxuoso. Tinha até mesmo seguranças na porta do local. Nós cinco saímos do carro, incluindo o motorista. Pegamos as malas rapidamente e logo chegou várias pessoas para nos ajudar. Em dois segundos nossas malas já haviam sumido em direção a recepção.

Carter pagou o taxista que logo foi embora. Quando dei um passo em direção o locar senti uma terrível tontura. Os três ao meu redor perceberam isso porque logo depois me cercaram.

– Você está bem? - Trish perguntou preocupada.

– Sim. Acho que não comi muito bem – e estava muito nervosa, acrescentei mentalmente.

– Eu falei – Carter cantarolou – Falei para comer – falou autoritário e eu ri.

– Odeio admitir, mas falou mesmo – disse sorrindo e balancei um pouco para lado. Dez balançou a cabeça negativamente como se me repreendesse.

– Vai ter que aprender – falou me deixando confusa. Repentinamente senti meu corpo sendo tirado do chão.

Dez havia me pegado no colo enquanto os outros dois riam. Eu fiquei totalmente surpresa e ainda mais tonta. Dez riu e fez um olhar falsamente inocente.

– Não acha que essa garota deve aprender Carter? – perguntou sorrindo maldosamente. Pelo canto do olho vi Trish segurando uma câmera, no caso, a de Dez.

– Não – gritei desesperada. Eu estava de vestido. Dez parecia não ligar e eu agradecia por ele estar segurando a barra do meu vestido.

– Totalmente – Carter respondeu ignorando meu grito. Dez se aproximou de Carter e eu fui jogada para os braços de meu irmão. Neste momento eu agradecia muito por eles serem fortes iguais um urso, apesar de não aparentar.

– Você deveria me ouvir – Carter disse seriamente e eu fiz uma careta.

– Me coloque no chão – pedi e os dois riram.

– Você não admitiu. Pegue Dez – meu irmão dissimulado gritou e me jogou novamente para o ruivo.

– Mas eu já admiti - gritei já nos braços de Dez. Enquanto tudo isso, minha terrível amiga Trish apenas ria com uma câmera na mão.

– Vai admitir de novo – Dez falou andando. Eu não acredito que íamos entrar naquele hotel assim.

– Parem – gritei atraindo vários olhares, mas eles me ignoraram novamente – Estou de vestido – gritei desesperada e eles riram.

– Eu sei. Mas, acho que Carter quer você novamente – Dez provocou e segundos depois eu estava no ar. Que graça essa brincadeira tinha? Para os três pareciam ter toda a graça.

– AAH – gritei vendo o mundo girar.

– Vocês estão a deixando ainda mais tonta – Trish observou rindo.

– Não ligo – Carter falou com seus braços ao meu redor. Eu tive vontade de arrancar seus cabelos quando ele empurrou a porta de vidro do hotel e entrou comigo – Você é pesada. Fique com ela Dez – Carter disse rindo e os outros dois o acompanharam. Grunhi irritada e passei para os braços de Dez novamente. Eu segurava meu vestido como podia.

– Ally você está comendo demais – Dez fingiu uma careta. Eu sabia que eles estavam brincando, mas isso me irritava.

– Eu acho que você é fraco demais – provoquei e ele estreitou seus olhos. Droga, não deveria ter feito isso.

No mesmo momento vi duas figuras sentadas em um sofá ao lado do balcão. Não havia muita gente ali, apenas a recepcionista que nos olhava assustada. Não consegui observar muito as duas figuras sentadas porque Dez me colocou em seu ombro.

Apenas para demonstrar sua força o ruivo me colocou em seu ombro e me segurou apenas com um braço. Ouvi as gargalhadas estrondosas de Trish e Carter ecoarem pelo lugar.

– Socorro eles estão me matando – falei um pouco alto enquanto tudo girava. Isso fez eles apenas rirem mais. Dez girou um pouco e pude ver as duas figuras anteriores novamente.

Um cara muito alto e moreno agora estava de pé nos observando assustado e um pouco divertido. A outra figura continuava sentada. Usava um capuz que cobria toda sua cabeça e segurava um celular. Mas, sua atenção não estava no aparelho e sim, em mim. Eu não conseguia ver muito seu rosto. Entretanto, enxerguei o pequeno sorriso em sua boca enquanto seus olhos estavam em mim.

Senti meu rosto queimar e meu estomago se revirou. Não sei o motivo. Talvez apenas fome, e não a pessoa que eu não conhecia não é? Dez, Carter e Trish andaram um pouco ainda rindo. Eles provavelmente não haviam notados as duas pessoas nos observando atentamente.

– Solte-me – sussurrei para Dez e ele riu. Mas, quando já estávamos bem perto dos dois homens os três entenderam. Eu ainda não conseguia ver o rosto do cara sentado, mas minha curiosidade era imensa.

Os três percebendo a presença deles pareceram ficar com vergonha. Agora eles ficavam com vergonha não é? Dez me colocou no chão rapidamente e me soltou enquanto Trish desligava a câmera.

Minhas pernas estavam totalmente desiquilibradas e eu não enxergava nada. Portanto, a única coisa que senti foi meu corpo caindo para o lado. Fechei meus olhos tentando parar a imagem que girava. Alguém agarrou meu braço antes que eu encontrasse o chão. O aperto era firme sobre meus braços esquerdo e deixei todo meu peso contra ele. Um choque percorreu meu corpo eu fiquei sem entender o porque.

Meu estômago continuava a dar voltas. Pisquei várias vezes deixando a imagem entrar em foco.

– Seus idiotas – ouvi a voz delicada de Trish. Encostei minha cabeça sobre algo para fazer para-la de rodar. Respirei fundo e senti um perfume totalmente desconhecido. Ops.

POV Austin

Eu realmente não esperava por isso. Nunca imaginei isso. Eu estava sentado em um sofá de hotel. Ou seja, totalmente tedioso. Nós esperávamos quatro pessoas. Apenas Jimmy e eu estávamos lá. Jimmy batia o pé impacientemente enquanto eu fingia mexer no celular para não chamar atenção.

O capuz da minha blusa estava cobrindo toda minha cabeça para ninguém me reconhecer. Já estávamos assim há um pouco mais de meia hora. Franzi a testa quando ouvi alguns gritos fora do hotel. De repente a porta se abriu demonstrando uma cena nada esperada.

Um garoto moreno entrou com uma garota no colo. Ao lado dele estava um ruivo que gargalhava os olhando. Atrás vinha uma garota segurando uma câmera. Minha atenção se prendeu na garota que gritava no colo do moreno. Pouco depois ela foi literalmente jogada para o ruivo. O que me fez perguntar qual dos dois era namorado dela. Não sei porque, mas fiquei interessado nessa pergunta.

Eles discutiram algumas coisas e o ruivo pareceu não gostar. Ele jogou a garota em um ombro só. Eu não conseguia ver seu rosto, mas era como se eu precisasse disso. Ela era tão perfeita, mesmo eu a vendo de longe. Usava um vestido que a deixava linda. Entretanto, com o ruivo a segurando no ombro, o vestido subiu um pouco. Não mostrando nada demais, mas me deixando ainda vidrado por ela. Jimmy tinha se levantado e observava tudo assustado, assim como a recepcionista.

– Socorro eles estão me matando – a voz da garota preencheu o lugar. Eu levantei mais o rosto encantado com a voz da garota. Eu pensei em ir até lá e ajuda-la, mas parecia uma coisa bem intima deles. Talvez o ruivo fosse seu namorado.

Eu estava surpreso, nada como isso havia acontecido comigo. Mas, eu também não imaginada quem era esses quatro. E de repente o olhar da garota encontrou o meu. Ela continuava no ombro do ruivo, mas seu olhar ficou sobre mim. Um sorriso invadiu minha boca.

Ela era tão linda. Seus cabelos escuros caiam sobre seu rosto a deixando ainda mais linda. Seus olhos também escuros eram grandes e curiosos. Sua boca vermelha estava aberta em surpresa. Seu rosto adquiriu um tom de vermelho quando percebeu meu olhar sobre si. Ela sussurrou algo para o ruivo, mas ele apenas riu.

Não sei porque motivo, mas fiquei com raiva de ele ficar com ela no colo. Os três andaram em nossa direção sem nos perceber. Mas, quando já estavam bem perto sobre nós perceberam Jimmy. O ruivo girou a garota a colocando no chão muito rapidamente. A garota fechou os olhos com se fosse desmaiar e cambaleou para um lado.

Fiquei com medo de ela cair. Foi tão de repente. Segundos depois eu já estava ao seu lado segurando seu braço. Um choque percorreu minha mão e ela estremeceu. Ela não parecia bem, olhava tudo, mas não enxergava nada.

– Seus idiotas – a garota baixinha gritou e veio ao meu lado. Ela ia puxar a garota, mas no mesmo momento a mesma colocou a cabeça em meu peito. Ela fechou seus olhos e eu fiquei estático. Ela suspirou e eu contive a vontade de sorrir.

Ela não parecia saber onde estava. Logo depois ela se desencostou de mim rapidamente e olhou para cima, já que eu sou bem mais alto que ela. Seus olhos pararam no meu e seu rosto ficou novamente vermelho. Ela se afastou rapidamente de mim, saindo de meu aperto. Ela cambaleou novamente o que me fez voltar a segurar seu braço.

Ela parou e suspirou olhando para cima. Ela parecia bem tonta. A garota baixinha foi até ela e me ajudou à segura-la.

– Desculpe, desculpe – o ruivo falou como uma criança e veio até nós. Puxei um pouco a garota para mim, mas ninguém parecia ter percebido.

– Eu disse para você – o garoto moreno falou e também veio até nós.

– Cale a boca seu idiota – a garota murmurou com raiva.

– Ela está bem? – Jimmy perguntou e todos pareceram notar a presença dele. Era a mesma coisa que eu queria perguntar a muito tempo.

– Mais ou menos. Ela não come faz tempo, a pressão dela deve estar baixa – a menina baixinha explicou.

– Droga Ally. Você sabe disso. Eu esqueci – o garoto moreno resmungou batendo em sua própria cabeça. Eu fiquei um pouco confuso, mas os outros dois pareceram entender.

Oh cara, este era seu nome. Esta é a Ally. Perfeito. E ainda tinha capacidade de me deixar preocupado sem nem mesmo conhece-la.

– O que foi? – Jimmy perguntou tão confuso quanto eu. Eu ainda não tinha me pronunciado, pois estava ocupado segurando a menina.

– Muitas vezes ela fica com a pressão baixa quando fica muito tempo sem comer. Mas, não é grave já passa – o moreno garantiu. A menina assentiu como se concordasse com tudo.

Sem falar nada passei o braço em sua cintura e a puxei para sofá. Coloquei-a sentada e agachei na frente dela.

– Ei, você está bem? – falei pela primeira vez. Ela piscou várias vezes como se estivesse sonhando. Sorri e ela retribuiu minimamente.

– Sim – falou mais firme. Assenti ainda sorrindo. Porque não paro de sorrir? Eu me levantei dando espaço para os dois garotos que começaram a falar desculpas de todos os jeitos possíveis – Está tudo bem seus idiotas – ela falou rindo.

– Bem acho que agora que está tudo bem, podemos nos apresentar. Sou Jimmy Starr – ele falou sorrindo e eu revirei os olhos. Agora eu estava um pouquinho longe deles apenas os observando.

– Ah, bem nos desculpe. Sou Carter Dawson – o garoto falou estendendo a mão para Jimmy, que aceitou.

– Apenas Dez – o ruivo falou também estendendo a mão.

– Trish – a garota baixinha falou acenando. Eu já tinha ouvido falar o nome de todos eles antes.

– Ally Dawson – a morena falou. Então eles eram irmãos, bom saber. Jimmy sorriu alegre e a cumprimentou. Eu sabia que ele queria muito conhece-la, mas não tanto quanto eu. A menina desviou seu olhar para mim. Acho que ela queria saber meu nome. Sorri adorando seu interesse.

Andei um pouco e tirei meu capuz. Ela me observou maravilhada e eu sorri de lado.

– Sou Austin Moon – apresentei-me deixando-a surpresa.


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Notas finais do capítulo

Vish, vish. Eles se conheceram gente *u* Como ficou? Como vocês esperavam? Ficou bom? Estou em duvida hehe Esperem que tenham gostado, comentem :3 Não tenho outro capitulo, mas pretendo escrever rápido e postar outro ainda essa semana. Para as que leem a outra fic, acho que vai demorar um pouco mais para posta-la. Enfim, COMENTEM!