Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 8
Dia surpreendente


Notas iniciais do capítulo

Heey gente. Quantos comentários *u* Obrigada gente :3
Espero que gostem do capitulo gigante. Eu só percebi o tamanho quando tinha terminado, então desculpe se ficar cansativo.



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POV Ally

Depois que Austin saiu de lá, nós continuamos no restaurante. Mesmo estando cansados nós não queríamos subir, nem nada. Tempo depois decidimos ficar no saguão do hotel. Fomos até lá e sentamos no sofá que tinha lá. A moça da recepção perguntou se precisávamos de alguma coisa, nós negamos e depois gargalhamos.

– Esse sofá é tão bom – Dez analisou esticando os braços.

– Concordo – Carter disse. Ele estava sentado em uma poltrona a nossa frente. Trish e eu rimos da preguiça dos dois.

– Vocês são... – comecei a frase, mas parei para observar uma garota.

Ela entrava no hotel resmungando. Ela era loira e alta, parecia tão familiar. A garota segurava vários plásticos grandes em cabides. Ela suspirou e começou a falar consigo mesma.

– Eu ainda te mato Austin Moon. Você vai ver – ela murmurou com raiva. Eu franzi a testa confusa – Onde está o idiota do Austin Moon? – ela perguntou para a recepcionista. A mulher pareceu se assustar um pouco, mas logo respondeu.

– Eu não posso falar – ela disse seriamente e a loira bufou.

– Sou Rydel – disse simplesmente. Então essa era a namorada de Austin?

– Oh, me desculpe. Pode subir - disse entregando um papel para a loira. Ela tinha tanto acesso assim a Austin?

A loira sorriu simpática e depois começou a subir as escadas. Nós quatro nos olhamos confusos. Trish se levantou e eu entendi o que ela ia fazer. Levantei também e logo saímos atrás da loira.

Percebi que Carter e Dez vieram atrás de nós, resmungando. Trish e eu subimos correndo. Alcançamos ela e fingimos que nada estava acontecendo. Ela parou no segundo andar e foi no primeiro quarto, que por sinal era muito chique.

Ela bateu na porta e ninguém atendeu. Impacientemente abriu a porta. Ela entrou deixando a mesma aberta. Trish e eu fomos até lá e paramos na frente da porta observando tudo.

Austin dormia calmamente. Ele estava sem camisa. Admito que ele era ainda mais lindo assim. Mas, eu fiquei com raiva de pensar assim, ainda mais com sua namorada ali. Que raiva disso. Ela jogou as coisas que estavam em sua mão em uma poltrona ao lado da cama.

– Que bom. Eu faço tudo enquanto você dorme – ela resmungou, mas mesmo assim ele não acordou. Ela não parecia ter nos notado ali – Austin? - ela chamou um pouco mais delicada – Porque eu nunca consigo te acordar? – ela perguntou a si mesma. Oh, que bom, agora eles dormem juntos. Obvio que dormem, são namorados.

– Hm... – ele resmungou e deitou de barriga para baixo. Uh, que lindo.

– Não resmungue para mim – ela falou apontando um dedo. Eu contive minha vontade de rir. Ela parecia ser muito louca. Austin suspirou alto e eu sorri – Acorde logo – ela pediu balançando o ombro do garoto. Ele nem se mexeu – Eu não mereço você – ela disse e foi até o final da cama. A loira parecia bem concentrada em acorda-lo, pois ainda não tinha nos visto. Além disso, Carter e Dez agora estavam conosco. Ela descobriu o pé de Austin e o puxou – Austin Moon acorde – ela gritou.

Austin acordou assustado e colocou a mão no peito. Ele se sentou e a olhou com raiva.

– Você não sabe simplesmente chamar as pessoas? – ele perguntou tentando controlar a respiração. Ele se levantou e foi até ela.

– Eu tentei – deu ombros. Austin era ainda maior que ela. Ele foi até ela e beijou sua testa. Meu coração se apertou com esse gesto, mas eu sabia que isso era errado. Segundos depois o olhar de Austin veio até nós. Eu sorri sem graça enquanto os outros saiam da frente da porta.

– Hm... Oi – ele falou sorrindo. Dei ombros sem graça. A loira que estava em seus braços se virou para mim e levantou uma sobrancelha desconfiada para mim. O que será que ela estava pensando?

– Olá – ela disse animada. Eu sorri e acenei. Que droga, porque eles me deixaram sozinha?

– Entre Ally – ele pediu e eu entrei no lugar. Mordi os lábios sem saber o que fazer.

– Sou Rydel – ela estendeu a mão para mim e eu aceitei.

– Ally Dawson – respondi. Ela abriu a boca em surpresa e olhou maliciosamente para o loiro. Algo que eu não entendi.

– Essa é a famosa Ally Dawson? – a loira perguntou e eu franzi a testa.

– Novamente? – perguntei desconfiada e Austin riu.

– Sim – concordou com a loira.

– Desculpe por presenciar isso – A loira se desculpou e Austin fez uma careta.

– Ela faz isso todos os dias – revelou e Rydel riu.

– Todos os dias? – perguntei contendo uma careta.

– Sim. Infelizmente moramos juntos – a loira disse. Oh, que bom.

– Pois é. Acho que você tem que se mudar já – Austin provocou. Eu estava cada vez mais confusa.

– Por quê? – perguntei confusa.

– Porque não tenho paz desde que nasci – Austin falou e loira riu. Ahn?

– Nem sei por que minha mãe quis mais um filho – Rydel reclamou cruzando os braços.

– Vocês são irmãos? – perguntei arregalando os olhos.

– Infelizmente – Austin concordou fingindo estar triste. Abri a boca em surpresa e depois sorri. Agora me dei conta do quanto sou idiota.

– Ally você estava aqui – Carter entrou gritando no quarto. Revirei os olhos e cruzei os braços. Ele deu ombros e sorriu sem graça. Ele se aproximou de mim e eu sussurrei:

– Falso – sussurrei e deu ombros novamente.

– Talvez – ele sussurrou e eu soquei-o discretamente. Logo depois entraram Trish e Dez fingindo surpresa.

– Allyzinha – Dez falou sorrindo e eu estreitei os olhos.

– Olá – Rydel falou chamando a atenção de todos. Trish e Dez acenaram para ela. Já Carter começou a babar indiscretamente. Soquei-o novamente e ele estreitou os olhos em minha direção.

– Oi – ele respondeu. A loira sorriu e Carter retribuiu. O que eu perdi?

– Esses são Dez e Trish – apresentei e ela sorriu – Esse aqui é o Carter –falei fazendo uma careta e ela riu.

– Seu namorado? – perguntou curiosa. Eu e Carter nos olhamos com nojo.

– Eca - falamos juntos enquanto todos riam.

– Eles são irmãos – Austin explicou para sua irmã confusa. Ela olhou para baixo envergonhada.

– Tudo bem – falei tentando conforta-la. Afinal, eu mesma havia feito isso com eles. Ela sorriu para mim e eu retribui. Preciso dizer que meu irmão babou mais ainda vendo seu sorriso.

– Rydel, são eles que farão o documentário – Austin anunciou e sua irmã entrou em choque.

– Eles? – ela perguntou surpresa. Nós somos tão ridículos assim? Austin assentiu confuso pela reação dela – Obrigada, obrigada, obrigada – ela gritou animada e em seguida me abraçou rapidamente – Obrigada – gritou se separando de mim. Eu estava confusa.

– Por quê? – perguntei e ela riu animada.

– Pensei que ia morrer de tédio nessa turnê – revelou e eu ri. Austin cruzou os braços e olhou mortalmente para a irmã. Ele tinha que cruzar os braços só para mostrar mais seus músculos?

– Está falando que minha música é chata? – perguntou seriamente e sua irmã revirou os olhos fazendo-me rir.

– Não querido irmão. Sua música é ótima. Mas, você estaria fazendo shows e dando entrevistas e eu estaria sozinha. Agora eu os tenho – a loira disse apontando para nós.

– Você pensa que eles vão fazer o que? – disse rindo.

– Hm, sei lá. Te seguir? – perguntou desconfiada.

– Praticamente - Dez concordou.

– Oh, viu, vai ser legal – Austin ironicamente e levantou os braços.

– Muito –falei também irônica e bufei. Ele estreitou os olhos, mas não disse nada.

– Enfim, eu trouxe o que pediu. Vestidos e ternos – Rydel falou pegando as coisas que jogou na poltrona – Pegue – disse jogando três cabides para Austin. O loiro pegou e depois colocou em cima da cama – Tem nomes – ela avisou e ele assentiu – Esses são para nós – avisou apontado para mim e para Trish.

– Que horas são? – Austin perguntou confuso e bocejou. Ele ficava tão fofo fazendo isso.

– Acho que seis horas – falei.

– Sim. Portanto vamos nos arrumar – Rydel disse puxando-me para fora do quarto. Antes de chegarmos a porta ela virou repentinamente para Austin e jogou um papel a ele – Seu discurso – disse piscando e depois me arrastou para fora do lugar novamente.

– Trish – gritei. Logo depois estávamos as três no corredor.

– Podemos ir ao quarto de vocês? Vou arrumá-las – avisou e eu assenti. Peguei um papel que Jimmy havia me dado. Descobri que meu quarto e de Trish era ao lado de Austin. Dez e Carter haviam ficado com um quarto ao lado do nosso. Então estávamos todos nós bem perto.

Nós três seguimos ao quarto que eu falei. Abri a porta e fiquei de boca aberta com a decoração do quarto. Era bem parecido com o quarto de Austin, só que em vez de uma cama de casal havia duas de solteiro. A decoração era em branco e dourado deixando o quarto mais luxuoso. As camas eram uma ao lado da outra sem nada separando. Na frente delas havia uma mesa pequena com duas poltronas. Havia também um armário que deixava a impressão de antiguidade.

Ao todo havia três grandes janelas no quarto. Elas deixavam o lugar bem claro e a vista era linda. No centro do quarto havia um lustre não muito grande, mas lindo. Havia também uma porta que dava há um banheiro. O banheiro era bem espaçoso e tinha uma banheira e um espelho gigante. Algo muito bom para Rydel, já que a garota correu até lá e despejou todo tipo de maquiagem que você possa imaginar.

– Isso é preciso? – perguntei fazendo uma careta. Rydel colocou a mão no peito como se eu a ofendesse.

– Claro que é. Você ainda não sabe a proporção do evento não é? – ela perguntou desconfiada – O evento vai ser aqui no hotel, porque foi de última hora. Mas, não diminui sua importância – ela explicou e eu comecei a ter medo dessa festa.

– Trish vai tomar banho – Rydel pediu balançando as mãos. Trish fez uma careta e depois riu. Rydel e eu nos jogamos nas camas enquanto Trish tomava banho. Nossas malas estavam todas no quarto já.

Rydel parecia tão descontraída e não parecia ter vergonha de ter acabado de nos conhecer. Depois de eu ter descoberto que ela era apenas irmã de Austin, dei-me conta que ela é legal. Seriamos grandes amigas.

– Vai ter muita gente? - perguntei com medo e ela riu.

– Muita gente é pouco. Desde que Austin começou a fazer sucesso eu me acostumei a ter gente atrás de nós – revelou e eu fechei os olhos.

– Mas, eu não nasci para isso – falei colocando as mãos em meu rosto.

– Você vai se acostumar – ela garantiu, mas eu duvidei.

– Vou ter que fazer alguma coisa nessa festa/jantar? – perguntei e ela riu.

– Apenas sorrir e acenar. E talvez responder perguntas. Ah, e tirar fotos – revelou e eu gemi como se estivesse sentindo dor. Rydel riu sem nem sentir compaixão por mim.

Trish saiu do banheiro apenas com um roupão porque Rydel iria arrumar nosso cabelo e nos maquiar primeiro. Ela começou a fazer uma trança no cabelo de Trish enquanto eu ia tomar banho.

Tomei um banho bem demorado. Percebi que não deveria ter feito isso. Por quê? Porque se eu ficar um segundo sozinha meus pensamento começam a me atormentar. Austin é o nome desses pensamentos. Saí do banheiro apenas em um roupão rosa e querendo arrancar minha cabeça fora. Não entendo o porquê de eu me importar tanto com Austin.

Trish já estava com o cabelo arrumado em uma trança embutida para o lado. Rydel pediu para que esperássemos, pois ela iria tomar banho também. Eu ri, pois o quarto agora era praticamente dela também. Trish e eu ficamos conversando e ela falou para mim o que Rydel havia falado.

– Terá muita imprensa aqui. Famosos e produtores também. Todos querem parabenizar Austin pela turnê. Terá a revelação de todos os shows e algumas coisas do documentário. Irão nos apresentar na frente de todos – ela repetiu. Oh, isso me assustou. E muito.

Comecei a tremer de nervosismo neste momento. Rydel saiu do banheiro também apenas em um roupão. Ela franziu a testa para mim, parecendo perceber minha apreensão.

– Você está bem? – ela perguntou verdadeiramente preocupada.

– Sim – respondi rapidamente e ela me olhou desconfiada. Mesmo assim, não perguntou mais nada, apenas me chamou para fazer a maquiagem.

Ela fez uma maquiagem escura e que destacou bem meus olhos. Meu cabelo ficou solto e apenas jogado para lado. Rydel disse que não queria prende-lo porque ele era muito bonito. Eu ajudei-a a fazer sua própria maquiagem e prendi seu cabelo em um coque bagunçado.

Quando Rydel nos deu os vestidos ela não nos deixou abrir. Ela também nos deu caixas com os sapatos. Trish foi a primeira a entrar no banheiro para se vestir. Rydel queria que cada uma tivesse uma surpresa. Quando Trish saiu do banheiro eu fiquei totalmente impressionada.

Trish usava um vestido de frente única que deixava suas costas totalmente nuas. Em compensação na frente não havia nenhum decote. As alças do vestido iam até atrás do pescoço. O vestido alterna em branco e preto. Nas laterais e atrás do vestido é branco, no meio é preto. As laterais do corpo também estavam descobertas. O vestido evidenciava a cintura de Trish, principalmente porque havia um cinto dourado.

O sapato de Trish combinava perfeitamente com seu vestido. O sapato era preto e aberto nos dedos. Ele tinha uma faixa dourada atrás e embaixo era branco. Trish estava linda.

– Nossa – murmurei e ela assentiu sorrindo.

– Acertei – Rydel disse erguendo os braços em vitória.

– Agora eu... – falei me levantando só que Rydel foi mais rápida.

– Não – ela gritou me interrompendo – O seu é mais especial então fica por último – explicou e eu suspirei me sentando novamente.

– Ok – concordei e ela saiu rindo. Ela entrou no banheiro e pouco tempo depois saiu deslumbrante de lá.

O vestido de Rydel era longo e preto, mas nas laterais era transparente. Desde antes da coxa a transparência começava e terminava apenas no pé. Na parte de cima era simples apenas com um sinto fino dourado. Ela usava sandálias pretas com salto agulha curto e uma tira dourada dos dedos até o tornozelo.

– Eu duvido que vou ficar melhor que vocês – falei e Rydel riu revirando os olhos.

– Ah, você vai sim – disse com certeza na voz. Franzi a testa e me levantei com o cabide e a caixa.

– Vamos ver – falei e a garota concordou rindo misteriosamente.

Deixei a caixa do sapato em cima da pia e abri o pacote do vestido. Arregalei os olhos ao ver o vestido. Não acreditando no vestido lindo vesti-o delicadamente. Quando terminei minha boca estava aberta. O vestido caiu perfeitamente em mim, destacando todas minhas curvas.

O vestido era totalmente preto. Na parte de trás ele era cavado até minha cintura. As alças também eram um pouco abertas. O decote na frente era muito grande, mas totalmente perfeito para mim. A parte de cima do vestido era colada no corpo enquanto a saia do vestido apenas caia em um véu preto um pouco rodado. Isso deixou meu quadril um pouco maior.

Meu cabelo estava um pouco enrolado nas pontas e jogado para um lado só. O salto alto que Rydel me deu era estilo gladiador, ou seja, todo aberto tendo apenas tiras desenhadas. No meio havia pedras douradas. Eu fiquei feliz por ficar alta. Abri a porta do banheiro e sorri. Trish e Rydel me olharam maravilhadas.

– Você vai ser a mais linda dessa festa – Rydel disse batendo palmas.

– Estou me sentindo agora – disse fazendo uma pose sensual na porta. Elas riram e eu baguncei meu cabelo apoiando a cabeça na mão. Comecei a praticamente dançar fazendo-as rir.

– Uau – essa exclamação não foi de nenhuma das garotas. Olhei para a porta do quarto e havia três garotos vestidos impecavelmente lá. Quem falou isso foi... Adivinhem. Austin.

Ele estava perfeito em um terno preto. Seus cabelos loiros estavam bagunçados e ele tinha um sorriso bobo e cafajeste ao mesmo tempo. Meu irmão bateu em sua cabeça e ele resmungou. Mas, na verdade Carter babava novamente em Rydel. Ela parecia ter percebido porque sorriu envergonhada.

O mais estranho foi Dez não desviar os olhos de Trish. Novamente: perdi algo? Mas, eu estava mais preocupada com o loiro ter visto nossa brincadeira.

– É... Vocês viram... – comecei a perguntar e Carter riu.

– Sim, nós vimos. Deveria virar modelo maninha – falou rindo, mas logo fechou a cara – Esquece. Dois minutos já foram o suficiente para esse aqui babar imagina você modelo. Esquece – ele gritou desesperadamente apontando para Austin e nós rimos.

– Não vou virar modelo Carter – falei rindo e ele suspirou aliviado.

– Não sabem bater mais? – Rydel falou com a mão na cintura.

– Desculpa Jimmy pediu para chama-las – Austin falou dando ombros. Seus olhos não saiam de mim.

– Então façam algo de útil e me ajudem a colocar isso nelas – pediu pegando uma caixa. De lá tirou várias joias que passou para os garotos – Essa e essa são para Ally – disse entregando a Austin brincos e um colar.

Austin sorriu para mim e eu me virei. Ele colocou com cuidado um colar que ficava certinho em meu pescoço. Um arrepio percorreu meu corpo quando suas mãos tocaram meu pescoço. Sorri agradecendo e coloquei os brincos. Era apenas uma pedrinha brilhante, mas lindos.

Trish usava uma pulseira dourada assim como seus brincos. Rydel também usava pulseiras e apenas um anel.

– Austin já decorou seu discurso? – Rydel perguntou preocupada e o loiro fez uma careta.

– Espero que sim – falou e sua irmã revirou os olhos.

– Então vamos logo que eu preciso beber – disse indo em direção da porta e arrancando várias risadas de nós.

– Vou ficar de olho – Austin falou e sua irmã bufou – Espere – disse quando ela ia sair – Jimmy falou para descermos juntos e mostrar que estamos a adorando ficar juntos – explicou e Rydel cruzou os braços – Você desce com Carter – disse apontando para os dois. Rydel estreitou os olhos enquanto Carter sorria – Eu vou com Ally. Dez vai com Trish – disse sorrindo para mim. Oh. Okay.

– Você está brincando? – Trish perguntou com raiva.

– Não ele não está. Vamos logo, estamos atrasados – Rydel pediu puxando Carter para fora.

Os dois seguiram para fora do quarto seguidos por duas pessoas furiosas. Esperava que os dois parassem de brigar na frente das câmeras.

– Preparada para a entrada triunfal? – Austin perguntou estendendo o braço para mim. Fiz uma careta e ele riu.

– Por quê? – perguntei curiosa e segurei seu braço.

– Porque comigo tudo é triunfal – disse fazendo uma reverencia e eu revirei os olhos.

– Então vamos lá, senhor triunfal – disse retribuindo a referencia.

Eu segurei meu vestido em uma mão enquanto a outra segurava ainda segurava o braço de Austin. Eu apenas encostei a porta do quarto e começamos a andar. Enquanto mais descíamos as escadas mais eu tremia.

– Eu pensei que era apenas um jantar – murmurei apertando ainda mais o braço de Austin.

– Era para ser. Mas, então, todos acabaram sabendo – disse como se fosse o culpado.

– Não sei como aguenta isso – falei sincera.

– Nem eu – revelou e eu sorri.

Nós terminamos de descer as escadas e eu acabei ficando cega. Eram tantos flashes que eu não conseguia enxergar. Eu sorri assim como Austin fazia. Austin começou a me guiar para frente porque eu nem sabia onde estava. Seu braço abandonou o meu, apenas para ir em minha costas.

Senti sua mão em minhas costas parcialmente nua, guiando-me para o lado. Não sei como, mas acabamos parando em uma mesa. Austin me ajudou a sentar enquanto eu piscava loucamente. Na mesma mesa estavam apenas os outros dois casais. Carter parecia estar como eu, praticamente cego.

– Meu Deus. Isso acabou com minha visão – ele reclamou e Rydel riu.

Olhei em volta e percebi que estávamos no salão que passamos à tarde. Mas, a única coisa que eu não havia percebido era que o salão era gigante. Aquilo era um hotel ou um teatro? Ele estava decorado em preto e branco. Havia muitas mesas, lotadas. Pessoas vestidas formalmente assim como nós. A frente de todas as mesas tinha um palco um pouco grande com um balcão e um microfone.

Garçons passavam várias vezes entre todas as mesas. Também havia um bar bem luxuoso ao lado. Curiosamente o olhar de Rydel ficou lá. Havia uma área marcada apenas para jornalistas. Estávamos aonde? No Oscar?

– Vamos lá – Rydel pediu se levantando em direção ao bar. Carter se levantou em seguida, mas antes que os dois fossem Austin os chamou.

– Rydel, cuidado – ele pediu e deu um olhar significativo a garota. Ela pareceu entender, pois concordou.

– Pode deixar. Apenas um pouco – ela respondeu e ele assentiu aliviado. Depois que os dois foram embora eu olhei Austin curiosamente.

– Tudo bem? – perguntei e ele sorriu.

– Sim – respondeu simplesmente. Dez e Trish logo começaram a conversar animadamente, algo muito estranho.

– Preciso andar – Austin reclamou um tempo depois. Ele se levantou e estendeu a mão para mim – Vamos? – perguntou e eu suspirei aliviada. Pensei que ia ficar ali olhando para a parede.

Aceitei sua ajuda e então nós começamos a andar pelo salão. A cada dois segundos vinha alguém parabenizar Austin pela turnê e pelo documentário. Nós encontramos até mesmo Jimmy. Ele procurava Austin como um louco. Pediu para nos sentarmos novamente porque ele iria começar o jantar, discursos, apresentações, sei lá.

Austin e eu fomos até a mesa novamente. Entretanto, antes fomos parados por uma mulher que me elogiou. Rydel parecia ter acertado no vestido. Quando voltamos à mesa Rydel já havia parado de beber, assim como meu irmão. Logo Jimmy subiu no palco e começou a falar.

– Obrigado pela a presença de todos hoje. Esse jantar foi feito com a intenção de homenagear Austin Moon e também receber as pessoas que realizarão o documentário. Todas as pessoas que contribuíram e contribuirão com a turnê estão presentes aqui. Então em nome da equipe e de Austin Moon estou agradecendo – ele falou e Austin sorriu – Convido Austin Moon a vir aqui – Jimmy disse e apontou para nossa mesa. Austin respirou fundo e depois se levantou abrindo um sorriso. Ele andou elegantemente até o palco e subiu. Os olhares de todas aquelas pessoas estavam em seus movimentos. Austin sorriu para Jimmy e então pegou a seu lugar.

– Bem, primeiro, boa noite. Agradeço novamente a todos que estão aqui, principalmente os que estão fazendo minha turnê se tornar realidade. Sei que todos aqui estão trabalhando muito e com certeza tudo irá dar certo – ele falou confiante e fiquei feliz por ele estar assim – A turnê também abriu uma nova possibilidade para mim. Um documentário que traz os bastidores e tudo durante a turnê de seis meses. Para isso decidimos algo novo. Três jovens de mais ou menos minha idade vieram de New York para fazer o documentário. É uma nova experiência, que com certeza irá ser bem sucedida – Austin falou sem nenhum erro e depois olhou para nossa mesa – Convido esses três simples jovens que farão parte do meu dia a dia a subirem aqui. Jimmy – ele disse e me coração parou por alguns instantes. Ele chamou Jimmy que logo começou a chamar.

– Dezmond Fisher – Jimmy chamou. Dez fez uma careta ao ouvir seu nome inteiro e eu contive a vontade de rir. Ele se levantou e foi até lá. Dez subiu no palco e aperto a mão de Austin – Ele irá fazer a gravação de todos os momentos – explicou Jimmy.

– Bem vindo Dez – Austin falou como se tivesse decorado. Dez sorriu e agradeceu.

– Patricia de La Rosa – Jimmy chamou. Foi impossível ao menos não sorrir quando ele falou o nome inteiro. Trish parecia querer matar alguém. Dez sem vergonha nenhuma riu. A garota subiu ao lado dele e foi repetida a mesma coisa – Ela atualmente estuda jornalismo e irá contribuir com a produção do documentário – disse e Trish apenas sorriu.

Sabendo que a próxima era eu sorri fazendo uma careta para Carter que riu. Ele apertou minha mão como um gesto de segurança e eu sorri.

– A grande realizadora desse documentário será Allyson Dawson – Sério? O nome inteiro? – Ela estuda música e terá a chance de conviver com o mais novo ídolo musical. Por favor, Ally Dawson? – Ah, ok, é para ir lá?

Levantei-me torcendo para eu não cair. Afinal, eu estava surda por causa dos aplausos, cega por causas das fotos e não enxergava meus pés por causa do vestido. Eu sorria enquanto segurava o vestido e andava até o palco.

No momento em que cheguei às escadas do palco vi uma mão estendida a minha frente. Era Austin. Sorri aliviada e aceitei-a. Jimmy sorriu e eu retribui. Eu já não aguentava mais sorrir. Soltei a mão de Austin e me senti um pouco perdida. Jimmy falou mais algumas coisas e depois todos bateram palmas novamente.

Quando pude descer eu agradeci silenciosamente. Voltamos para nossa mesa e então começaram a servir o jantar. Era uma coisa bem estranha, mas muito boa. Nós todos já tínhamos terminado e apenas conversávamos animadamente. De repente Austin fez uma cara engraçada e depois abaixou a cabeça rapidamente. Franzi a testa pensando que ele estava passando mal.

– Me esconde – ele pediu e depois abaixou a cabeça novamente. Nós todos olhamos confusos e ele levantou a cabeça – Droga ela está vindo – ele exclamou e abaixou a cabeça novamente. Estreitei os olhos e Carter olhou em algum lugar acima da minha cabeça.

– Agora está fugindo de mulher? – ele debochou.

– Dessa mulher eu estou – falou irritado. Inclinei a cabeça mostrando confusão. Uma mulher? Porque fugir dela?

– Austin? – uma voz fina chamou atrás de mim. Virei um pouco a cabeça e vi uma garota ao meu lado. Ela tinha a expressão de divertimento.

Seu vestido era bem extravagante com as laterais e costas cobertas apenas por uma renda. Seu vestido era completamente preto e tinha uma fenda que começava antes do meio da coxa. Seu cabelo escuro estava era enrolado e estava solto. Sua maquiagem não era muito forte. Admito que ela não fosse feia. Mas, Austin quando a viu conseguiu apenas fazer uma cara de nojo.

– Pensei que nunca mais ia te ver – ela disse animada.

– Eu também – Austin falou sorrindo falsamente.

– Rydel – a morena gritou fingindo animação. A loira bufou e levantou uma sobrancelha.

– Você aqui? É claro. Já vimos você. Pode ir embora – ela falou balançando as mãos em desprezo. A expressão de Kira era de incredulidade, ela olhou em direção a Austin pedindo ajuda.

– Tchau Kira. Passar bem – ele falou acenando e ela saiu bufando.

Austin soltou a respiração e afundou na cadeira.

– Pensei que ela tinha morrido – Rydel falou com indiferença.

– Eu também. Acho que vou pedir uma medida de proteção na policia – Austin falou com alisando o queixo.

– Faça isso, por favor. Ou a coloque direto na cadeia – ela falou dando ombros e Austin riu sem humor.

– Pela segunda vez? - falou e Rydel riu. Franzi a testa confusa e ele deu ombros - Desculpe por isso – Austin falou e eu assenti.

Eles pareciam estar escondendo muitas coisas. Sobre absolutamente tudo. O que teria acontecido para eles terem essa reação com a garota? Ele escondia tantas coisas. Eu queria muito saber o que era, mas sabia que não tinha esse direito. Ao menos por enquanto.

– Eu gostaria de ir embora – Austin falou como se isso fosse algo impossível.

– Oh eu também – Rydel falou suspirando.

– Você não vai para casa? – Austin perguntou enquanto todos nós apenas observávamos.

– Acho que vou. Vai junto? – a loira perguntou.

– Não sei. Acho que Jimmy vai me obrigar a ficar aqui até o último convidado sair – ele falou emburrado e depois bebeu de um copo de água que estava em cima da mesa.

– Que chato. Vai ter aula amanhã? – Rydel perguntou.

– Acho que apenas a tarde. Vou ensaiar de manhã e de noite – Austin falou suspirando.

– Quer que eu vá? – Rydel perguntou atenciosamente. Eu não ficava incomodada de eles ficarem conversando apenas entre si, na verdade era muito fofo.

– Não. Você vai estudar. Mas, avisei para mamãe que amanhã vou para casa, talvez chegue uma hora da manhã – ele avisou e ela assentiu.

– Porque ensaiar de noite? – perguntou confusa.

– Porque temos que testar os efeitos – ele disse revirando os olhos e depois olhou para Carter – Vocês vão também – ele falou apontando para todos.

– Que horas? – Dez perguntou.

– Sete – Austin falou afundando na cadeira. Trish resmungou e eu ri – Ok, vamos lá fazer a sessão de fotos antes que Jimmy nos arraste daqui – ele disse se levantando.

– Ah – reclamei, mas ele logo me puxou da cadeira.

No fim acabamos indo todos nós. Fomos até onde Jimmy nos esperava perto dos fotógrafos. Tiramos muitas fotos. Realmente muitas fotos. Acho que nunca tirei tanta foto na vida. Todos faziam elogios dizendo como eu ou as outras estávamos lindas. Elogiaram nossos vestidos.

O mais engraçado foi quando um fotógrafo ficou dando em cima de mim. Dez, Carter e até mesmo Austin foram para cima dele e depois me colocaram atrás deles. As garotas apenas riram e não fizeram nada.

Depois de mais algumas palavras de Jimmy as pessoas começaram a ir embora. Muitos se despediram de Austin antes de ir embora, mas para o alivio de Austin a tal “Kira” não apareceu mais.

Como todos já estavam indo embora Jimmy nos liberou para subir pouco tempo depois. Nós fomos para o quarto de Austin e ficamos lá por um tempo. Mesmo não sendo tão confortáveis aqueles vestidos grandes. Eu poucas horas nós já nos sentíamos tão confortáveis perto um dos outros. Claro que não havia uma total confiança, afinal apenas um dia.

Vejo que essa turnê não será nada fácil.


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Notas finais do capítulo

E então? Comentem muitooo *u*
Vestido da Trish: http://www.smooch.com.br/wp-content/uploads/2013/04/vestido-que-emagrece-blog-Smooch-3.jpg
Leiam a outra fic okay? http://fanfiction.com.br/historia/392813/I_Wont_Give_Up/
Mesmo estando gigante ela é legal :3