P.O.V. Katniss

Sabe aqueles dias em que você acorda pensando “Hoje provavelmente vai ser o pior dia da minha vida”? É assim que estou me sentindo hoje. Por quê? Um único e simples motivo. Hoje é o primeiro dia de aula, e não basta ser o primeiro dia, é em um colégio novo! Ahh vai todo mundo se fo***. Perdoem-me, baixou a minha amiga Johanna aqui. Mas como já viram, tenho meus motivos.

–Katniss Everdeen pare de ficar ai vegetando e vamos logo! – Gale, meu melhor amigo e quase irmão, me chama emburrado. Eu nem havia visto que já tínhamos chagado.

Olho para o presídio, que dizer colégio, com ar de desgosto. Panem School. Ninguém merece! O local contém três prédios e ambos com pelo menos quatro andares. (Que droga eu vou ter que subir escadas!). Todos têm a cor cinza. Como eu disse: presídio.

Sim, isso é meio que um colégio militar. Eu e Gale fomos colocados aqui, depois de um acordo que nossos pais fizeram. Como aprontamos muito nas férias, o colégio seria o nosso castigo. Fora o tempo que passamos sem internet, sem celular, sem vida social, não que eu tivesse uma.

–Quero que vocês dois se comportem. Vocês estão aqui para ter a educação que rejeitaram no acampamento. Nada de gracinhas, e o resto do discurso vocês já devem saber de tanto a mãe de vocês repetirem. Estão me entendendo? – meu pai pergunta para mim e para Gale da janela do carro, me despertando novamente dos pensamentos.

–Sim pai.

–Sim tio – Gale responde. Apesar do meu pai não ser tio dele de verdade, fomos criados juntos. Nossos pais são melhores amigos desde o jardim de infância e quando cresceram viraram sócios o que tornou as famílias mais unidas.

–Muito bem. Então tchau. – diz ele em resposta, ligando o carro e indo embora.

–É quem diria. Tudo isso só porque decidimos que queríamos nos divertir nas férias – diz Gale casualmente.

E ele esta certo.

Nessas férias fomos mandados para um acampamento de boas maneiras, como punições por coisas que fizemos. Na verdade no meu caso eu não fiz nada, isso esta sendo tudo conspiração contra a minha pessoa!

Enfim. No acampamento eu decidi que não iria ficar só aprendendo como andar de salto alto sem cair (É mais difícil do que parece!). Acontece que mais 11 jovens, contando com o Gale, tiveram a mesma idéia, então acabamos aprontando muito, saindo escondidos, bagunçando as coisas no baile. Esse ultimo foi incrível, soube até que o Peeta, o lindo, gato, perfeito loiro de olhos azuis, postou um vídeo com as filmagens do baile no youtube, depois eu tenho que procurar no canal dele, o Padeiro 2.0.

Eu sinto falta do Peeta. Não que eu esteja apaixonada por ele. Ahh a quem eu estou tentando enganar? No acampamento ele quase me pediu em namoro! Achei que nunca diria isso, mas por que quê os dias lá não foram mais longos?!

Mas agora como punição por tudo o que fizemos, bem... Estamos aqui.

Paramos na frente de uma moça de cabelos vermelhos, tão lisos que pareciam sangue escorrendo, seus eram olhos castanhos amendoados, ela vestia o que parecia ser um uniforme do colégio, cinza e branco, com um crachá no qual eu não conseguia enxergar seu nome devido ao cabelo que o tampava.

–Qual o nome de vocês? – pergunta ela com tédio.

–Katniss Everdeen e Gale Hawthorne. – respondo.

–Aqui estão seus horários. E bem vindos a Panem School! – ela fala com um sorriso forçado, mas o que eu entendo é: Bem vindos ao inferno!

– Sala 13 e a sua? – pergunto a Gale.

–13 também. Vai ter que me aguentar mais um ano Catnip – ele responde usando o apelido que me deu quando éramos crianças.

–Pelo menos alguma coisa para deixar esse local menos chato – comento.

Chegamos à sala que esta praticamente fazia, mas algo me chama a atenção. Na verdade não algo e sim alguém. Mesmo de costas não havia como confundir aquele cabelo loiro, a estatura baixa...

–Peeta? –pergunto fazendo o garoto se virar, os olhos azuis se encontrando aos meus.

–Katniss – ele diz em um sorriso e eu vou correndo abraçá-lo largando minha mochila no chão, que bate no pé de Gale. Ouço ele me xingar baixinho por isso, mas ignoro.

Abraço-o com todas as minhas forças e ele retribui, passa alguns segundos e eu não o solto.

–Socorro!- ele pede a Gale.

–Aguenta firme ai irmão!

Solto Peeta no mesmo instante em que escuto uma voz feminina e aguda gritar:

–GALE!

Uma garota de cabelos loiros e sedosos até um pouco abaixo dos ombros, olhos azuis e feições delicadas passa correndo. Madge Undersee. Não tem como se esquecer dessa maluca.

Ela joga sua bolsa para o ar que acaba batendo em uma garota que estava sentada na fileira ao lado da que eu estava com Peeta. Ela olha com ar mortal para Mad e sai da sala de aula. Madge abraça Gale forte recostando sua cabeça em seu peito e não o largando. Como eu disse maluca! Que tipo de pessoa sai agarrando outra por ai desse jeito?

–Socorro meu Deus! – exclama Gale, enquanto eu rio da sena.

–Aguenta firme ai irmão – fala Peeta tentando imitar a voz de Gale enquanto ri.

–Desgraçado – ouço meu irmão de consideração murmurar.

Madge o solta e vem me abraçar. Ela me aperta entre os seus braços quase me esmagando e não me solta. Gente essa menina tem fita adesiva na pele?

–Kat! Que saudades! – ela me solta e vai abraçar Peeta. Não estou gostando dessa parte!

–Peeta! Continua lindo... E baixinho!

–Também senti sua falta Mad! Ei eu não sou tão baixinho assim e você é só uns três centímetros mais alta que eu!

–Ta que seja! Ai senhor! Não acredito que estamos na mesma sala! – ela exclama alto em meio a um riso.

Antes que possamos responder duas vozes femininas o fazem em uníssono:

–Nem nós!

Viro-me e vejo Johanna Mason e Clove Fuhrman entrando na sala de aula vestidas com o uniforme do colégio. Vestido azul escuro quadriculado sobre uma social branca e gravata.

–O que vocês estão fazendo aqui? – perguntam as duas, juntas, novamente.

Ah que lindo, elas ensaiaram vindo para cá então?

–Querida apesar de isso aqui parecer uma prisão, é na verdade um colégio, caso contrario eu poderia fazer a mesma pergunta. – digo com as mãos na cintura.

–Okay – diz Mad interrompendo os risos – isso esta muito maluco, daqui a pouco aparece Marvel, Gloss...

–Ouvi falar da minha fabulosa pessoa? – escuto a voz de Marvel e me viro.

–Se eles estavam falando de fabulosidade, com certeza o assunto era eu – responde Gloss.

–Legal as aulas de quiromancia dão certo! – comemora Madge.

Olhamos para ela espantados, e Gale da um passo se afastando.

–É brincadeira ta, não levem isso a sério. – ela completa.

Volto meu olhar para os dois garotos, que não estavam mais na porta, mas sim colocando suas bolsas em cadeiras próximas as nossas. Os dois estavam com o uniforme do colégio. Marvel com a gravata azul marinho totalmente folgada em seu pescoço, ele olha em volta como se procurasse alguém. Já até imagino quem.

Eles vieram nos cumprimentar, juro que Johanna corou um pouquinho, quando abraçou Gloss. Dou um abraço rápido nos dois e voltamos a conversar.

–Enfim... –começa Johanna – vocês por aqui...

–Eu ia fazer essa mesma pergunta – diz Cato, que parece que do nada se materializou no vão da porta.

–Agora já chega! – quase grito e todos, inclusive quem não estava na nossa rodinha, olha para mim – Eu não quero mais ouvir essa pergunta hoje! Eu não ligo se Glimmer, Finnick, Annie, aparecerem, mas essas palavras estão proibidas de serem repetidas!

–Ta, eu acordo cedo para vir para o Colégio, e quando chego já estão me expulsando, isso é revoltante! – ouço a voz fina de Glimmer se pronunciar.

Ela surgiu ao lado de Cato que ainda estava na porta. O uniforme dela era um pouco mais curto e apertado do que o normal, e customizado no decote.

Os dois vêm nos dar um oi adequado. Confessando, não aguento mais dar abraço e beijo no rosto das pessoas, já enjoou também.

Quando Cato vai cumprimentar Clove ele a abraça e sussurra no ouvido dela “Eu disse que iria lhe encontrar” Não sei o que isso significa, mas a Clo ficou vermelha, e como ela é muito branca o contraste foi marcante a deixando com uma cor escarlate, mas logo ela se recompõe. Marvel também teve seu momento tons de vermelho, quando ele foi abraçar Glimmer, antes dele solta-la, ela arrumou um pouco a gravata dele, deixando mais estiloso e murmurando um “Bem melhor” de uma maneira meiga.

–Nossa – diz Gale se sentando em uma cadeira. Não imagina, ele iria sentar no chão! Desculpe-me, eu odeio pleonasmos. – Só faltaram a Annie e o Finnick aqui para completar o grupo.

Ao mesmo tempo, olhamos todos para a porta, como se já esperássemos que eles aparecessem, mas nada acontece.

–Você não tem os dons – fala Madge com um sorriso superior e após alguns segundos completa – eles vão aparecer agora.

Em seguida ouvimos risos familiares e Annie e Finnick aparecem.

–Ok. Agora eu fiquei com medo, muito medo. – Peeta da um passo para longe de Mad. Cato, Glimm e o resto que chegou depois olhou sem entender.

–Meu Deus, vocês... – Começa Finnick.

–Não – o interrompo.

–Mas eu só...

–Não! Eu já disse que não quero ouvir essa frase mais hoje.

–Mas...

–Não! – digo levantando o meu penal, que eu já havia tirado da bolsa, em forma de ameaça.

– Tudo bem então estressadinha – Finn dá de ombros –Não acredito que são vocês! Estamos juntos de novo!

Arremesso meu penal nele acertando em cheio a cabeça, ele joga o penal de volta sem ver e acaba acertando Gale ao invés de mim. Rio altamente até ser empurrada da cadeira pelo idiota do Hawthorne aqui do lado.

Levanto-me e respondo a pergunta:

–Eu e o idiota aqui – aponto para Gale – tivemos que vir estudar aqui, pelo que todos nós aprontamos no acampamento.

–Idem! – eles respondem juntos.

–Eu não – começa Peeta – meus pais me colocaram aqui pelo bom estudo, pensando na minha carreira, para que eu tenha um futuro melhor... E quem eu estou querendo enganar? Foi pelo que aprontamos mesmo!

–Que sorte – comemora Madge - o nosso “castigo” foi uma forma de dádiva, igual ao acampamento, apesar de não querermos estar aqui, temos uns aos outros novamente.

–Olha nada contra vocês, saibam que eu os amo, mas eu trocaria todos vocês por mais uma semana de férias- comenta Clove.

–Uau valeu! – exclama Cato indignado. E eu dou toda a razão a ele. É isso o que eu ganho por ser uma amiga tão dedicada, amorosa e... hahahahaha risos eternos, como eu sou hilária.

–Eu tenho que concordar com a Clo, uma semana de férias bem que cairia bem agora, já cansei de estudar – fala Marvel.

–Mas nós ainda nem tivemos aula! –diz Gale pasmo.

–Cara só de estar no Colégio já me cansa – responde ele.

Rimos e Peeta, em meio a uma risada, estende a palma da mal batendo na de Marvel como aprovação pela resposta.

No momento seguinte, como um corte a nossa alegria, a professora da primeira aula entra em sala. Não consegui ver o rosto dela a principio, mas o jeito de andar e o modo como os grandes saltos rosa shoking, batiam no chão era familiar. Seu uniforme era cinza, como o dos outros professores, o cabelo, loiro, prezo firmemente de forma firme e elegante.

– Bem vindos turma, bem vindos, eu sou a professora Effie e serei sua professora de inglês, além de sua representante de turma.

Effie. Sabe aquelas musicas que tocam em filmes de terror e suspense, antigos, quando um personagem esta prestes a se encontrar com o vilão ou assombração? Tais musicas estão passando na minha cabeça nesse momento. Effie. Ela foi nossa professora de etiqueta no acampamento, mas não se engane pelo rosto e sorriso bonito, ela é má, ela é cruel, ela nos fez andar de salto alto pela floresta. Pela floresta!

Olho para as meninas, elas estão com o mesmo olhar que eu: Pasmos!

A professora se vira e quando nos vê fica encarando, de olhos arregalados, antes de soltar um grito, que provavelmente às pessoas passando no corredor devem ter se assustado.

–Não, não, não! Isso só pode ser injustiça, castigo! Eu não vou aturar vocês o ano inteiro, um mês já foi o bastante, agora um ano é motivo para suicídio!

“Demoro então” ouço Peeta sussurrar ao meu lado e me seguro para não rir.

–Ah, oi Finch – Effie diz a uma ruiva com feições de raposa na primeira cadeira da parede. Logo a reconheço, aquela é a garota que grafitou o muro da cantina e os meninos quase se ferraram no lugar. Ela é legal, mas qual é, por que a professora não da um escândalo em relação a ela também? Injustiça!

–Ah prof. Vai dizer que não sentiu saudades de nós? – pergunta Johanna piscando os olinhos.

–Eu não vou me dar nem o trabalho de responder – retruca a professora – Eu não vou passar essa aula falando sobre a minha indignação de ter vocês aqui – poxa essa magoou – então... Vamos à aula!

Os alunos exclamaram com desgosto em protesto.

–Nem A nem B. Hoje é o primeiro dia de aula, eu terei que passar o recado da diretora e as regras. Cada um recebera um livrinho, escrito pela nossa diretora, com as regras para explicar melhor, eu as lerei com vocês para ajudar.

Eu, como metade da sala, já estava quase dormindo, enquanto Effie lia, até que a porta se abriu e um homem velho – provavelmente um inspetor- apareceu.

–Com licença professora, temos um atrasado – diz ele.

Um garoto de cabelos cor de mel e olhos verdes entra na sala, segurando a mochila em um ombro apenas, de uma maneira desleixada. Até que ele é bonitinho.

Sinto Clove enrijecer na cadeira a minha direita, então me toco o garoto que acabou de entrar é John Whren. Esse projeto de bestante é filho dos sócios dos pais da Clove ele vive dando em cima dela, farta disso em um jantar, Clo, virou um copo de suco em cima dele e isso fez os pais dela a mandarem para o acampamento. Clove o odeia com todas as forças.

O garoto passa entre a minha fileira e a da direita, parcialmente parando quando passa pela carteira de Clove dando-lhe um sorriso malicioso e em seguida fechando à cara em resposta a carranca de Cato.

–Atrasado no primeiro dia de aula, isso não é bom e espero que não se repita – diz a professora enquanto entrega um dos livros de regras para o garoto, que agora estava sentado na ultima carteira da minha fila.

–Não acredito que pegamos a sala desse traste – sussurra Clove para Cato.

***

Desperto com o sinal. Tirando a chegada de John o resto da aula havia sido entediante. A professora não demorou a se retirar e com sua saída os alunos deram graças.

A professora que entra a seguir era morena clara e tinha os cabelos escuros, preso, e quando se virou para falar conosco, bem...:

–AHHHH – Enobaria, sim Enobaria, uma das nossas ex-professoras do camp, grita.

–Olha se todo professor que entrar aqui na sala gritar quando nos ver, eu juro que desisto de estudar – fala Marvel indignado atrás de mim.

–Espera ai que eu vou lá pedir para o próximo professor entrar gritando então – responde Enobaria, largando definitivamente o material que esta em sua mão, na mesa cor de marfim a sua frente. – ah, oi Finch – completa a professora acenando para a ruiva.

Isso já esta virando sacanagem.

–Bem turma, eu sou a professora Enobaria Snow, mas podem me chamar só de Enobaria. Eu serei sua professora de Educação Fisica e podem ter certeza que comigo vocês não terão moleza, mas para a sorte de vocês hoje nós não iremos para a quadra.

–Fala serio! – o couro dos alunos entoa na sala.

–Desculpem crianças, mas eu tenho que terminar de passar as regras com vocês, na próxima aula começaremos as atividades normalmente.

Abro meu livro de regras em uma pagina qualquer para tentar fingir que estou prestando atenção.

Cara isso é muito chato, colégio cheio de regras idiota, já é a segunda aula e ainda estamos aqui lendo as regras, qual é? Quer saber desisto, não vou nem ficar olhando para o livrinho, como se estivesse lendo. Viro minha cabeça levemente de lado e começo a observar Peeta, seus cabelos dourados brilham a luz do sol, e ele fica ainda mais atraente com essa postura de falsa concentração.

***

Graças a Deus! A aula acabou!

Depois de Ed. Física tivemos mais algumas aulas que sinceramente eu não lembro antes do almoço e depois tivemos um rápida excursão pelo colégio.

Sinto como se meu dia não tivesse rendido em nada. Eu não sei o nome de ninguém na minha sala a não ser quem já conhecia e não tivemos matéria praticamente, apenas discutimos regras e fizemos uma ou outra bagunça.

Estamos aqui parados na frente do colégio agora, nos despedindo antes de ir para casa.

– Até amanhã galera – diz Cato – a não ser que aconteça alguma coisa, pelo menos assim não tenho que voltar para esse lugar.

–Não fale besteira Cato – repreende Clove revirando os olhos.

–Mas se algo acontecer, colem meus adesivos no meu caixão – diz Johanna nos fazendo rir.

–Vocês são muito idiotas mesmo – rio enquanto olho em volta para ver se não encontro o carro do meu pai.

Meu telefone toca quebrando o silencio, a musica é Girl on fie, obviamente, meus queridos companheiros se matam de rir. Poxa eu coloquei essa musica como o toque do meu celular em homenagem a eles!

–Alo – digo ao atender.

Antes de alguém responder do outro lado da linha algo estranho acontece, o celular de cada um dos outros 11 começa a tocar igualmente.

–Katniss – a voz de meu pai se pronuncia - eu não poderei buscar você e o Gale hoje. Venham para casa logo e tragam seus amigos. Eu sei que aqueles dez jovens do acampamento estão ai. Venham logo!

Antes que eu pudesse responder ele desligou. Olho para meus amigos a medida que cada um vai desligando seus telefones, olhos arregalados, curiosos e preocupados me encaram.

–Imagino a ligação de vocês devam ser idêntica a minha e que se quisermos saber mais alguma coisa é só indo a minha casa – pronuncio-me.

–Então a casa da Katniss – Peeta ajeita sua mochila no ombro e vem ao meu lado para seguirmos o caminho.

O que esta acontecendo? Por que meu pai me ligou fazendo tal pedido? Como ele sabia sobre o pessoal? Isso esta tão confuso!