Choose Your Battles escrita por Ferla, Cami


Capítulo 10
Paixões mal resolvidas


Notas iniciais do capítulo

Heeey, espero que gostem do capítulo, e por favor, ajudem a divulgar!
Qualquer coisa, duvidas podem ser respondidas por MP ou twitter!
Kisses!
~Sakuranee (@why_otome)

Bom pessoal, aguardem o próximo capítulo, vamos entrar num arco de 3 ou 4 capítulos diferentes, a ação vai entrar de cabeça nesse arco (e o percabeth tbm)
Beijos!
~CamiChan



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Duas semanas haviam se passado desde que eu e Luke nos beijamos pela primeira vez. Depois disso, nossa relação começou a ficar cada vez mais próxima. Não tiveram mais beijos, apenas a conversa de sempre, mas eu sentia que algo diferente estava acontecendo ali. Uma faísca estranha... pena que não era algo tão confortável, aprecia que algo estava errado.

Percy e eu já não nos falávamos tinha quatro dias. Por algum motivo, eu estava evitando ele. Sempre ia dormir mais cedo e levantava mais tarde. Algumas vezes, eu acordava de noite e estávamos virados para o mesmo lado da cama, aquela proximidade era estranha demais. Pela primeira vez, senti falta do meu colchão duro e desconfortável. Eu não queria olhar para Percy.

Naquele dia, Percy tinha levantado mais cedo. Abri o olho de forma que ele não percebesse.

Já estava vestido, apenas colocara a espada em seu cinto e ajustara-a. Depois de ficar olhando para a espada durante alguns segundos, ele desviou o olhar para mim. Parecia não quer percebido que eu estava acordada. Ele apenas ficou me olhando durante um longo tempo, depois balançou a cabeça como se estivesse acordando e suspirou.

Então, saiu da barraca.

Esperei certo tempo para ver se ele não voltava, e ele não voltou, o que me deu a chance de me vestir para sair da barraca.

— Ei, Annabeth — disse uma voz vindo em minha direção. Era Thalia.

— Bom dia, Thalia. Quais são as novidades?

— Como assim?

— Como assim o quê?

— Percy não te contou? — perguntou ela.

Fiz uma cara de dúvida e cruzei os braços.

— Ele saiu numa expedição pra encontrar outro lugar pra estabelecer o acampamento.

— Ele não comentou...

Thalia suspirou e ficou me encarando.

— O pior de tudo é que ficamos sem função no acampamento... que chaaaaaato — ela reclamou, jogando os braços para trás.

Eu apenas chutei uma pedrinha e bufei.

Passei o dia inteiro dormindo em cima de Serenity — a égua que fugira do palácio comigo — e não fui mais vista durante o dia.

Durante o dia, apenas.

# # #

De noite, eu não fui para o jantar. Fariam uma carne nova que tinham encontrado na floresta, e pelo cheiro, eu não queria que aquela carne entrasse nem no meu campo de visão. Ao contrário de todo o acampamento, que foram para o refeitório correndo.

Como tudo era desculpa para uma festa, eles festejaram a ‘’descoberta de uma nova carne’’ com bebida e dança na fogueira. Pouco tempo depois, todos já estavam bêbados e as barracas ainda estavam vazias.

Eu fiquei vendo a festa da minha barraca, não estava com muito ânimo para dançar.

Talvez eu vá no campo de treinamento um pouco, não encostei na minha espada hoje. Por que coloquei ela na minha cintura mesmo?

— Já me disseram que existem pessoas anti-sociais. Mas eu nunca tinha presenciado uma.

— Luke...

— Anne, por que você não vem dançar? — ele disse, entrando na barraca.

Eu me sentei na cama e suspirei.

Já estava esperando uma pergunta como essa.

— Eu não estou no clima hoje...

— Você nunca está no clima para diversão — ele riu.

— Isso é mentira! E aquele dia que nós dançamos?

— Percy nos atrapalhou naquele dia.

Percy novamente. Por que os dois não se dão? Eu não entendo. Vivem discutindo e brigando, parece que se pudessem se matar, eles se matariam.

— Não entendo vocês. Por que brigam tanto?

— Percy Jackson é um ladrão.

Olhei para ele, mostrando interesse no assunto. O Percy poderia ser muitas coisas, mas eu tinha minhas duvidas ao ouvir que ele era um ladrão.

— Ladrão? O Percy?

— Sim, ele é um ladrão. Ele sempre rouba tudo de mim. Liderança, poder, respeito... — ele direcionou seus olhos para os meus. — Até mulheres. Ele te encontrou primeiro, Anne. O acampamento acha que vocês são amantes, isso não está certo.

Senti a cor do meu rosto mudar completamente. Desviei meu olhar para o canto da barraca e tentei pronunciar qualquer sílaba que fosse.

— Anne! — senti duas mãos empurrarem os meus ombros com força contra a cama. Seu corpo se colocava em cima do meu como se me prendesse. Luke e eu estávamos juntos numa cama.

A cama de Percy.

— Luke... o que você...

— Vamos, Anne! Eu sei que você e o Percy não têm uma relação verdadeira...

— Eu...

— Anne, eu te amo. Por favor, fique comigo. Deixe esse cavalo de lado, ele só te trata mal.

— Luke, me solte... por favor...

— Percy não está no acampamento, todos estão bêbados. Ninguém vai saber...

Antes que eu pudesse me manifestar contra aquela loucura, Luke me prendeu num beijo e eu não via saída. Estava presa contra a cama e o rosto de Luke, não parecia que ele iria me soltar tão cedo.

É errado, Annabeth. Pare.

Pare, Luke... eu não quero... não...

Eu tentava desprender meus braços, mas Luke os segurava. Minhas pernas estavam imóveis, presas pelas de Luke. Aquilo era assédio, eu não queria ter algo com ele.

Mas por que minha cabeça não se mexe? Luke está me beijando, mas eu posso pará-lo... por que...? Annabeth, você está estranha...

Por que você continua o beijando? Por que você não para? O que você realmente quer, Annabeth?

Se Percy descobrir isso...

— O que está acontecendo aqui?!

Uma voz fez com que Luke finalmente me soltasse e meus pensamentos saíssem de um colapso terrível. Contudo, eu ainda estava jogada na cama, imóvel. Luke já havia levantado e tinha começado a gritar.

Terrível momento em que decidi virar minha cabeça devagar para ver com quem Luke estava discutindo.

Sim, Percy parecia mais nervoso do que eu nunca vira.

— Você acha que pode sair agarrando Annabeth desse jeito?!

— Cale a boca, Percy Jackson, eu sei que não é verdadeiro o que há entre vocês!

— Você não sabe o que é verdadeiro na minha vida ou não!

Percy colocou a mão na espada para sacá-la enquanto seus olhos, normalmente plácidos como o mar numa bela manhã, pareciam uma tempestade numa noite de inverno.

— Percy, para! — meu consciente voltou quando eu notei que estava entre os dois, parando o movimento de Percy.

— Você, vem comigo — ele me fuzilou da forma como eu nunca tinha sido encarada na minha vida, então puxou meu braço com força em direção do campo de treinamento, que estava completamente vazio, deserto.

— Percy...

— Eu não quero ouvir! — ele chutou o chão e sacou sua espada em minha direção. Se meus reflexos não fossem rápidos para que eu também sacasse a minha em defesa, não sei que parte do meu corpo a espada dele atingiria. — Vocês... vocês iam transar na minha própria cama! Na minha cama!

— Não! Você acha que eu ia dar meu corpo pra alguém dessa forma?!

— Mas é o que vocês estavam prestes a fazer!

Trocamos mais movimentos com as lâminas. Eu tentava acertar seu abdômen, já ele, eu não sabia. As táticas de luta de Percy eram completamente imprevisíveis, o que o tornava um dos melhores na arte da espada. Por isso eu era melhor em arco e flecha, um instrumento que requer a leitura completa do ambiente. Mas, por incrível que pareça, Percy parecia estar tendo um pouco de trabalho para lutar comigo.

— Eu estava pensando num jeito para me livrar, caso você queira saber!

— Enquanto beijava ele, Annabeth?!

— Minha cabeça estava uma confusão!

— Ah... francamente.

Ele quase acertara meu braço. Felizmente, consegui parar sua lâmina entes disso.

— Por que você está reclamando?! Não é como se tivéssemos uma relação de verdade!

Nossos movimentos foram iguais, fazendo com que nossas lâminas se trançassem e nossos rostos ficassem próximos para que não precisássemos mais gritar.

— Droga... — ele encarou nossas espadas, em seguida a mim. — Você... você me tira completamente do controle, Annabeth.

Um silêncio se prolongou no ambiente, principalmente vindo de mim. O comentário de Percy fora completamente inesperado.

Eu não precisei de muito tempo para pensar, eu sabia o que ele quisera dizer, mas eu me recusava a aceitar aquilo.

Percy... ele...

Apesar disso, parecia que eu não era a única que tinha ficado surpresa com a fala de Percy. Logo depois, ao recuperar a calma, ele deixou a espada cair no chão, e sua mão se dirigiu rapidamente ao seu rosto, que já estava completamente vermelho. Percy se surpreendeu com a própria fala.

— Eu... — ele disse, com a voz abafada, se virando rapidamente. — Esqueça que eu disse isso!

— Pe...Percy!

— Não venha atrás de mim!

A expressão surpresa em meu rosto ainda não tinha saído. Eu não fui atrás de Percy, como ele mandara, eu fiquei em pé enquanto ele corria para a barraca de Grover, onde ele passaria a noite, com certeza.

Eu simplesmente desabei de joelhos no chão, e ali eu fiquei sentada durante um longo tempo.

Logo ao lado, claro, Luke estava assistindo à luta com seriedade e um pouco de ironia no olhar. Eu não tinha notado que ele estava bem ao nosso lado, na verdade, nem tinha passado pela minha cabeça o que ele estava fazendo naquele momento.

— Quem diria — ele disse soltando uma risada sarcástica. — Até mesmo Percy Jackson pode se apaixonar.

— Ele também é humano — retruquei.

Ele soltou uma gargalhada.

— Eu duvidaria muito disso!

Num movimento rápido, eu me levantei e me encontrei dando um belo tapa no rosto de Luke. Ele não tinha o direito de falar mal de Percy.

— Isso é por ter me assediado — levantando a mão e dando-lhe outro no rosto, ele apenas permanecia com o rosto surpreso. — E isso é por dizer que Percy Jackson não pode amar.

Eu juntei minha espada do chão e coloquei-a na bainha novamente.

— Anne... — disse ele, surpreso.

— Cala a boca.

— Não me ignore — ele falou num tom rude.

Contrariando-o, me virei a caminho da minha barraca.

— Não me subestime, princesa.

Virei em sua direção novamente, olhando-o com sarcasmo.

— O que você vai fazer? Mandar seus irmãos baterem em mim?

Apenas soltando um suspiro no meio de um sorriso, Luke voltou para seus aposentos.

# # #

CARLOS II, REI DO REINO DE NÔRA

— Majestade, trago a resposta do rei Henrique I quanto ao desaparecimento da princesa Annabeth Chase — disse o meu conselheiro real após a chegada de sua viagem ao reino aliado.

— Ah sim, o reino de Charling, não é?

— Exato. O rei Henrique I disse que a filha dele ainda não foi encontrada e pede a sua ajuda na busca.

— Escreverei uma carta dizendo que será um prazer ajudar meu amigo na procura por sua filha desaparecida. Traga-me um papel para a execução do recado e fique pronto para enviá-la no final da tarde.

— Sim, majestade — disse, indo para a porta. — Ah, vossa alteza tem visita do informante. Posso deixá-lo entrar?

— Por favor — respondi.

Finalmente, estava demorando para vir nesse mês.

Depois de muitos anos de guerra, nos últimos 23 anos nós finalmente estávamos tendo uma vantagem sobre os semideuses no conflito. Tudo graças à morte dos antigos líderes Perseu e uma tal de Anne. Infelizmente, o Reino de Charling não estava nos ajudando muito por conta dos ataques rebeldes e do desaparecimento da filha de meu amigo Henrique.

— Vossa alteza — disse o informante, fazendo uma referência —, trago notícias que valem ouro.

— Pode dizer, estou ouvindo — falei, bebendo um gole de vinho.

— Diga ao rei de Charling que eu sei onde está a filha dele — ele ajeitou os cabelos loiros e continuou —, e para você: mapeei a localização do acampamento, melhor atacarem logo, eles já estão prontos para o deslocamento.


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