Destinos Interligados escrita por Risurn


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

E aii?
Como estão? Com frio? Eu to com frio. Ta frio pra caramba aqui.
E, é, deu vergonha escrever um negocio ali porque eu ainda sou do bem.
Notas finais, espero que gostem :3



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Thalia VI

I'm friends with the monster that's under my bed
Get along with the voices inside of my head

A minha casa era um tédio. Agora eu não tinha nem a dona Hera pra me encher o saco, então ficava extremamente cansativo continuar ali.

Levantei e esfreguei meus braços. A brisa gelada entrando pela minha janela não ajudava em nada. Achei que seria uma boa vestir algo que não fosse uma lingerie. Coloquei a calça preta costumeira e um blusão em preto e vermelho, que combinavam com as recém-adquiridas mechas de meu cabelo. Vermelhas. Havia ficado uma merda.

– Azul ficava melhor. – disse para mim mesma enquanto me olhava no espelho.

Peguei meus fones, um cigarro e isqueiro de detrás da minha cama.

– Art! To saindo. – gritei enquanto saia pela porta.

Embarquei no carro, acendi o cigarro e traguei. Tentei fazer aquilo com naturalidade, mas não funcionou. Lembrei da porra da bala de menta que di Ângelo me deu, e o beijo que se seguiu.

– Eu preciso de algo, vou entrar em abstinência desse jeito.

Decidi que ir até a loja de CD’s seria uma boa.

Assim que entrei me senti em casa. Aquilo era bem melhor do que o lugar que eu vivia. Sem Hera pra gritar comigo ou algo do tipo, ela devia estar em alguma praia nos cafundós do Judas pegando algum cara. Fiz uma careta pensando nisso. Comecei a olhar os CD’s um a um, quando levantei os olhos vi que um garoto todo vestido de preto entrava. Merda. Eu não podia ter tanto azar assim.

Nico di Ângelo entrou olhando para os sapatos e logo foi falar com o garoto do caixa, se cumprimentaram como se fossem velhos amigos - o que eu imaginei que fossem – e vi que essa seria a deixa perfeita pra sair dali de fininho. Virei de costas e corri, olhei sobre o ombro para ver se ele havia me visto, mas esbarei em algo, ou melhor, alguém. Braços fortes me seguraram para não cair.

– Ei, cuidado gar... – olhei para o dito cujo, olhos profundamente azuis me encaravam de volta. – Thalia! – não respondi. Passei meus dedos por sua nuca e o puxei para um beijo. Ficamos sem ar. – Bom te ver também. Apressadinha, não é?

– Cale a boca e me leve pra outro lugar.

***

Apoiei meus braços do seu peito enquanto respirava pesadamente. Ele me puxou para um beijo.

– Você foi ótima. – ele me girou, saindo de dentro de mim. – Por que demorou em responder minhas mensagens?

– Tecnicamente – disse entre ofegos – eu não respondi.

Ele riu enquanto levantava.

– Vou até a cozinha, quer que eu traga algo para você?

– Um suco.

– Ok. – ele me deu outro beijo. Fiquei olhando enquanto ele saia pela porta, aqueles músculos de um deus, o cabelo perfeito, tudo maravilhoso.

Afundei nos travesseiros, pensando na merda que aquilo havia sido. Na primeira vez Apolo havia sido ótimo. Mas agora?

Ele continuava sendo divino, mas ela sentia que havia algo errado em fazer aquilo. Não era bem com ele que ela queria estar ali. Só conseguia pensar naqueles olhos negros.

Levantei e catei minhas roupas que estavam jogadas pelo cômodo. Vesti-me, peguei papel e caneta e escrevi um bilhete.

Foi ótimo, tenho um compromisso, falo com você depois.
Um beijo você sabe onde.


Thalia.

Fiz uma careta. Um beijo você sabe onde? Isso é coisa de puta. Mas você é. Mesmo assim achei melhor riscar aquilo. Suspirei e sai silenciosamente pela porta dos fundos.

Achei que aquilo ia me fazer bem. Pelo jeito não.

Depois de mais ou menos dez minutos recebi uma mensagem de Apolo. Lentamente copiei todos os contatos para o celular, peguei meu chip, o quebrei em dois e joguei longe.

Caminhei até o Starbucks mais próximo, compraria um café e depois andaria até a loja de CD’s, a porra do carro ficou lá.

Enquanto esperava meu café em uma das mesas ouvi risadas na porta do lugar, virei pra olhar e achei que minha sorte piorava a cada hora. A rainha da beleza adentrava no local junto com Annabeth. Chamaram meu número e fui pegar meu café, abaixei a cabeça esperando que elas não me vissem, mas eu não tinha tanta sorte assim.

– Thalia? – era a voz de Annabeth, eu tinha certeza. Eu não tinha muita coisa contra ela, mas também não tinha nada a favor. Já Piper... Eu a detestava com todas as minhas forças.

– Oi.

– Que coincidência não é? – uma terrível coincidência rainha da beleza.

– Claro...

– Então... Vai ficar com a gente? Nós poderíamos conversar um pouco. Ainda temos que passar um tempo juntas pra escrever algo. – suspirei, era verdade. E eu não poderia reprovar. Não agora, agora que estava tão perto de sair daqui. Concordei com a cabeça.

Ficamos conversando a fio por meia hora, elas eram divertidas, nada de mais... Foi ai que olhei para a porta do lugar, que se abria. Realmente, eu não devia nem ter saído da cama naquela manha.

Annabeth corou e olhou para baixo fazendo com que seu coque desfizesse e suas madeixas tampassem seu rosto, Piper perdeu o sorriso e o nariz se torceu junto com a careta e eu não soube bem o que fazer.

Três garotos andavam em direção ao caixa para fazerem seu pedido.

Após isso eles pareceram finalmente notar nossa presença e andaram em nossa direção. Algo começou a se mexer na boca do meu estomago.

– Olá – cumprimentou o garoto que achei ser Percy. Sorrimos de volta. A verdade era que não sabíamos bem o que fazer.

Percy sentou-se ao lado de Annabeth – que pareceu corar ainda mais – e lhe deu um beijo na bochecha – achei extremamente fofo, a ponto de me fazer sorrir internamente -. Ai restou dois lugares. Um ao meu lado, e outro ao lado da rainha da beleza. Jason foi praticamente correndo até o lugar ao meu lado, presumi que ele e Piper estivessem brigados, restou ao pobre Nico sentar-se ao lado dela.

Então o silencio ficou realmente tenso, Nico foi o único sensato. Pegou uma rosquinha e pôs na boca. Ele tinha uma desculpa para não falar. Annabeth olhava fixamente para mim e Jason, alternando ora entre um e ora entre outro. Franzia a testa.

– Então... – Percy se pronunciou antes que eu pudesse concluir meus pensamentos – O que vão fazer de aula extra?

– Meu Deus! Esse é o assuntou da vez agora? – Piper se pronunciou. Bem, era a primeira vez que falavam comigo sobre isso, então era novo.

– Esporte. – Jason, previsível, capitão do time de futebol, obvio que escolheria o esporte. – E você Jackson?

– Time de Natação e música.

– Por que não escolhe apenas um? – ele deu de ombros.

– Gosto dos dois.

– Eu não faço ideia – me pronunciei enquanto bebericava meu café.

– Muito menos eu. – Levantei uma sobrancelha em surpresa, achei que Annabeth já soubesse o que faria.

– Não tenho certeza – falou Nico entre biscoitos – talvez música.

– Moda. – acho que todos sabem quem escolheu isso.

– Moda? Você não disse que ia entrar pra torcida?

– Eu nunca disse isso querido, você disse.

– Mas nem falou comigo sobre isso.

– E precisa?

– Tudo bem – falei. – Não preciso ficar vendo uma DR beleza? – então eles terminaram a discussão. Vi Percy e Annabeth sussurrarem alguma coisa, enquanto ela negava freneticamente, e depois ficaram em silêncio.

– Certo – Percy levantou – Nós vamos resolver umas duas coisinhas e depois nos falamos, tudo bem? Até mais galera. – Ele fez um aceno e esperou Annabeth pegar suas coisas.

– Tchau meninas. E... Tchau meninos. – ela sorriu timidamente e saiu.

Nico sorriu.

– Ok, se eles podem, eu também posso. Vou indo também galera. – mordi o lábio.

– Ei, Nico...

– Sim?

– Está de carro?

– Estou.

– Poderia me levar até a loja de discos? O meu carro ficou lá.

– Sério? Que coincidência... Eu estive lá há pouco tempo e não te vi.

– É... – sorri sem graça, lembrando da cena.

– Tudo bem, vamos...

Então ficaram somente Jason e Piper no local. E eu entrei com Nico em um carro. Isso não iria prestar.

– Então... – ele se pronunciou – Tem algum compromisso hoje?

Levantei a sobrancelha, isso era um convite?

– Não.

– Ótimo. – Então ele desviou o carro da rota e seguiu na direção contrária.

– Onde... Estamos indo?

– A um lugar.

– Onde? – insisti.

– Num lugar. – ele respondeu sorrindo. Revirei os olhos, vasculhei minha bolsa e achei o cigarro e o isqueiro. Acendi e traguei.

– Ei, ei, ei... Já discutimos sobre drogas, beleza?

– Isso não é droga. É um cigarro.

– E é feito com o que? Vitamina C e chocolate? - Revirei os olhos – Anda, joga isso fora. – grunhi e fiz o que ele pediu. – Aqui, tó.

– Sério? Mais balinha de menta? Tem quantas dessa? – ele deu de ombros.

– Algumas.

– Mas você disse que faz isso porque não gosta de beijo com gosto de cigarro. - Ele me olhou e sorriu malicioso, abri a boca e corei pela primeira vez em muito tempo. – Certo. – Engoli a balinha e olhei para fora. – Estamos chegando?

Eu já não reconhecia aquele lugar. Havíamos saído do centro da cidade e agora estávamos envoltos por arvores.

– É um lugar que eu gosto, acho que você vai gostar também.

– E porque você me trouxe?

– Porque... – ele franziu a testa, como ficava sexy fazendo isso – Não sei. Deu vontade. – sorri, era impulsivo.

– Ah. – foi tudo o que respondi, ficamos em silêncio até chegarmos ao local.

Talvez aquilo fosse divertido.


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Notas finais do capítulo

E ai? Quem quer me queimar na fogueira? o/
Entãooo, essa "coisa" não ta dando pra mim. Eu não tenho tempo pra escrever e tal. Daqui pouquíssimos capítulos eu vou alterar o tempo de postagem. Desculpem, mas não ta dando.
Então, reviews? Recomendações? Qualquer coisa?



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