Entre Vivos e Mortos escrita por TheBlackWings


Capítulo 31
Capítulo 31 – Ideais Distintos


Notas iniciais do capítulo

Humm... Humm... Essa demora esta começando a incomodar, não é?
So posso pedir perdão, a proxima fanfic que eu escrever, será toda escrita antes de postar, eu juro u.u



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Ali estavam, deus diante de deus. Enquanto a guerra percorria sob os seus pés, ali nada acontecia. A silhueta disforme do cosmo do deus da morte surgiu sobre seus espectros, e mesmo a tanta distancia, seu tamanho enorme fazia parecer que estava frente a frente com a estátua de Athena.

A jovem de cabelos roxos que voavam com a brisa permanecia encarando seu algoz, séria, compenetrada, divina. Ao seu lado, Dohko de Libra, com sua armadura de ouro e Saga, o grande mestre, com o rosto oculto sob o elmo dourado.

Abaixo das doze casas, sob as terras onde antes os cavaleiros eram treinados e preparados, acontecia a sangrenta batalha entre soldados da deusa de soldados do inferno. Vários cavaleiros de bronze e prata tentavam conter aquela investida.

- Continuem lutando! Não podemos deixá-los invadirem as doze casas!!! – Gritava um cavaleiro de prata para os guerreiros, enquanto atacava. Vários cavaleiros mantinham a linha de defesa firme, quando uma energia os empurrou com força para trás. Na linha inimiga, não apenas soldados rasos batalhavam agora, espectros também surgiam do meio de tal batalha. Os três inimigos, com sapuris melhor protegidas, atacavam o grupo de cavaleiros e soldados.

- Seus insetos de Athena, saiam da frente. – Disse o primeiro espectro, derrubando com um golpe alguns guerreiros.

- Abriremos caminho para o senhor Thanatos. – Disse outro, agora exterminando soldados.

- E vocês não poderão fazer nada por sua deusa... – falou o terceiro, preparando um golpe certeiro na cabeça do cavaleiro de prata caído. Quando disparava seu golpe, os três inimigos sentiram um poder enorme, que logo os acertou em cheio, atirando-os entre os soldados do inferno. Ainda no chão, os guerreiros viram seu salvador, de pé, frente à fileira de inimigos, de braços cruzados.

- Continuem lutando, há inimigos fortes escondidos entre esses soldados. - Disse Aldebaran de Touro, o cavaleiro de ouro que acabara de chegar ali. Os cavaleiros de prata concordaram com a cabeça e levantaram depressa, para lutar. Nenhum inimigo passava pela barreira do cavaleiro de Touro que agora reforçava a linha de Athena enquanto Leão e Virgem deveriam proteger a Deusa.

- Sim!! – Os cavaleiros de prata concordaram, seguindo novamente para a sua luta. Seus golpes continuavam a afastar os soldados de Hades e a mantê-los longe, pelo menos por enquanto.

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- Então, Athena nesta era é apenas uma garota estúpida... – Dizia a voz forte vinda da sombra gigantesca nos céus. Era apenas um eco vindo daquele cosmo poderoso, mas ressoava de forma terrível. Os dois protetores da jovem deusa se postaram ainda mais próximos a ela, nada poderia acontecer com a garota. Esta, por sua vez, não passava medo nos olhos, e sim continuava olhando fixamente a estrela negra formada nos céus. Seu cosmo era calmo e poderoso, como nada visto.

- Thanatos, continua nas sombras de Hades. Seria melhor ter continuado selado eternamente...- Disse, calmamente, provocando a fúria do deus. O cosmo deste se intensificou com a afronta.

- Esta confiante demais, Athena. Você não terá condições de nos vencer, isso será impossível. Seu santuário logo estará sob nosso controle! – Ao terminar, seu cosmo poderoso cresceu e explodiu, e todos os presentes sentiram as conseqüências. Além da linha de batalha formada frente às doze casas, uma linha terrível de soldados de túnicas negras surgiu do chão. E não apenas frente às escadarias, e sim em todo o torno de montanhas. O santuário estava cercado.

O grande mestre sentiu seu suor frio novamente. Não havia cavaleiros ou soldados suficientes para contê-los. Apenas podia se apegar em Athena e rezar por um milagre que apenas os cavaleiros conseguem.

- Eu não tenho medo de você, Thanatos. Eu acredito em meus cavaleiros, e não será você que irá nos subjulgar. – Disse Saori, aumentando a fúria do deus.

- Morra, Athena!!! – Esbravejando, a sombra moveu seu braço como se apontasse para a jovem. O sinal foi acatado, logo os dois juízes que permaneciam tão distante surgiram, voando em direção a Deusa. Dohko ergueu o escudo dourado frente à deusa, mas deter dois juízes do inferno, os mais poderosos espectros, seria impossível. Quando os inimigos estavam frente à deusa, dois raios dourados surgiram por cima do templo de Athena e caíram na frente de Dohko, desviando o curso do inimigo. Com o choque, ambos se paralisaram, tornando possível ver.

Minos e Aiacos estavam agora em um embate com Shaka e Aiolia. Garuda e leão se encaravam punho a punho, furiosamente, enquanto Griffon tinha seu movimento impedido pelo cosmo de Shaka, poucos centímetros a sua frente. O grande mestre fez Athena recuar para trás, e Dohko continuava a protegê-la sob seu escudo, enquanto os companheiros detiam os inimigos.

- Protejam Athena!! – Disse Aiolia de Leão, forçando o inimigo para trás.

- Nós iremos nos livrar desses espíritos malignos.. – Disse Shaka, concentrado.

Os dois juízes continuavam parados, porém algo estranho ocorria. Ambos sorriram ao mesmo tempo, e os cavaleiros de ouro perceberam.

- Idiotas, acham que podem nos deter?? – Disse Aiacos, ainda medindo forças com Leão.

- Nossa missão não é com vocês!!!  -Disse Minos. Com isso, ambos começavam a elevar sua cosmo energia negra, e num piscar de olhos, suas energias explodiram. Em meio aquele movimento, os cavaleiros de ouro foram atingidos por seus punhos, mas não em ataque. Ambos foram puxados por seus rivais que logo depois se jogaram em direção ao penhasco em roda do templo.

Dohko continuava sem entender, o que aquilo significava? Logo suas duvidas foram supridas. Em uma fração de segundos logo depois dos cavaleiros serem arrastados para longe, a energia formada se dissipou, deixando visível a figura parada no ar ainda fora do templo. Aquele inimigo que até agora só havia observado estava de pé no ar, com suas asas abertas em cima do enorme penhasco. Atrás dele, apenas o cosmo negro de Thanatos que tudo envolvia ali naquele momento em forma de uma sombra gigantesca. Dohko e Saga permaneceram em silêncio, a única voz ouvida foi um sussurro quase inaudível de Saori.

- Shun...

Dos céus começou a cair uma leve garoa. Ali estava, imponente, com suas quatro asas negras se movendo levemente, flutuando. Os detalhes negros quase invisíveis na Sapuris brilhavam com a luz arroxeada de seu cosmo, tão intensamente quanto seus olhos verdes mal escondidos pelo cabelo. Tranqüilo, sério, concentrado.

- A quanto tempo, Senhorita Athena. – Disse, simplesmente. Saori continuava encarando-o, pensativa. A jovem Deusa segura de momentos atrás parecia ter desaparecido. O som das armas em combate e dos gritos dos soldados chegava aos ouvidos de todos ali, mesmo que distante. – Parece diferente.

Dohko novamente ergueu o escudo de libra frente ao corpo de Saori.

- Não permitiremos que toque um dedo em Athena. – Disse, seriamente para o inimigo. Shun o fitou também, da mesma forma que há meses havia feito frente ao castelo Heinstein.

- Bom vê-lo também, senhor Dohko. – Disse Shun. – Infelizmente, meu dever é com Athena, então, se não se importar...

Somente terminou a frase e seu cosmo se elevou. Ergueu o braço de forma rápida como se afastasse algo, fazendo uma rajada de vento atingir o cavaleiro de ouro. O golpe foi inicialmente detido pelo escudo do cavaleiro, mas a força continuou empurrando-o para trás. Num novo movimento, outra rajada mais violenta jogou os cavaleiros metros para trás. Agora estava apenas Shun e Saori, frente a frente.

O jovem tocou suavemente o piso de pedra do templo, agora andando lentamente. Suas asas se fecharam, o que deixou sua aparência mais humana naquele momento. Frente a frente, apenas alguns metros separavam-nos.

- Por que esta fazendo isso, Shun? – Saori perguntou. Ambos pareciam estar em outro mundo, nada

naquele cenário de guerra os afetavam. – Não vê as conseqüências?

- Cada um acredita em um ideal diferente. – Respondeu. Ambos se olhavam, e em nada se pareciam com inimigos.

- A humanidade merece uma chance... – Disse a jovem, fechando os olhos por um momento, e logo o fitando novamente. – Não acredita nisso?

- Você entendeu. – Disse Shun ainda tranqüilo. – Não acredito. Os deuses não conseguem enxergar a real essência da humanidade. As pessoas são egoístas e não se importam em ver o sofrimento dos outros.

- Se os deuses não conseguem ver a essência dos humanos, como Hades pode fazer isso? – Questionou a jovem Saori.

- Hades julga a alma dos humanos após sua morte. Ele mais que ninguém sabe o quanto a humanidade esta apodrecida. – Respondeu confiante.

- É nisso que acredita? – Disse. A jovem parecias mais séria do que no inicio da conversa. – Hades é apenas mais um deus arrogante que acha que sabe o melhor para a Terra.

Pela primeira vez ali, Shun mudou seu olhar. A aparente paz se transformou em um olhar sério. Seu cosmo começou a se elevar devagar. Fitou novamente a jovem, que agora também parecia diferente séria e compenetrada.

- Sinto não poder terminar esta conversa, Athena. – Seu cosmo cresceu, envolvendo seu corpo em um tom roxo. Em sua mão concentrava o cosmo, preparando-se para atacar a deusa. – Mas eu preciso cumprir minha missão.

Terminou de falar e uma forte luz tomou o local, quando moveu a energia em direção a jovem deusa. Na escadaria que levava ao templo do mestre, Saga permanecia mais perto do templo, enquanto Dohko se levantava com dificuldade no inicio do terraço da estátua e fitava a cena sem poder fazer nada.

Em um segundo um vulto surgiu vindo do templo, em alta velocidade, e se jogou frente a deusa, impedindo o golpe de Shun. A energia se extinguiu, e Shun permanecia parado, em pose de ataque com o intruso segurando seu punho com ambas as mãos. Tranquilamente, o inimigo apenas falou.

- A quanto tempo, Seiya, que bom vê-lo.

- Não posso dizer o mesmo. – Disse o cavaleiro de bronze Seiya de Pégasus. Ainda segurando fortemente o punho de Shun, agora sem energia, fitava-o de perto elevando seu cosmo. Shun sorriu simplesmente, e com um movimento soltou a mão presa pelo cavaleiro de bronze, este que recuou para mais perto de Athena. – Eu não queria acreditar que você havia nos traído.

- Nunca estive do lado de vocês. – Disse, ainda calmamente.

- Você matou o Ikki!!! Você matou seu próprio irmão!!! – Dizia furiosamente Seiya. Shun ficou em silêncio por alguns segundos, quando voltou a falar.

- Não estou aqui para discutir com você. – Disse Shun, elevando novamente seu cosmo. Era um cosmo que transpassava poder. – Já perdi tempo demais aqui.

A leve garoa que antes caia sobre o Santuário havia aumentado, enquanto a tensão entre os inimigos era intensa. As ondas na costa rochosa se debatiam com o vento que aumentava gradativamente. A água que caia no campo de batalha se misturava com sangue dos feridos naquela guerra. Os soldados exaustos continuavam a batalhar incessantemente. Shiryu e Hyoga também lutavam, os espectros agora haviam diminuído, afinal eram poucos os guerreiros de hades que estavam no campo de batalha. Agora, apenas restavam os soldados negros que surgiram do solo. Aquela seria uma longa batalha.

Por um momento, ambos sentiram a agitação vinda da estatua de Athena, entre cosmos conhecidos.

- Esses cosmos são de Seiya e Saori, mas... E o outro... – Disse Shiryu, ainda fitando o lugar com os olhos.

- É Shun, tenho certeza. – Respondeu Hyoga. Jamais haviam sentido o cosmo daquele estranho que surgiu num dia de tempestade, mas a calma e profundidade daquela energia era inconfundível. Shiryu confirmou com a cabeça, e ambos voltaram a lutar, em silêncio. Era sua missão ali.

Dohko agora se levantava com dificuldade, encarando a cena que parecia prestes a explodir. Ambos os guerreiros concentravam-se, de forma diferente. Seiya, em frente da deusa Athena, está que observava tudo em silêncio. E Shun, de olhos fixos em ambos, sem nada dizer ou fazer, e nada expressar. A tensão ali crescia, até o ápice.

Foi então que as asas de sua sapuris se abriram, e com um rápido movimento, golpeou o cavaleiro de Pégasus com uma rajada arrouxeada de cosmo e ar, numa velocidade incrível. O cavaleiro de bronze cruzou os braços frente ao corpo para se proteger, sendo empurrado para trás. Esticando uma mão, tentou conter o ataque, mas foi inútil, era mais forte. Saori, assustada, recuou alguns passos, e Dohko logo foi ao seu encontro, protegendo-a sob seu escudo.

Seiya logo se recuperou, partindo para cima de Shun rapidamente. Este, parado, apenas o observou se aproximar. Seu cosmo era poderoso e cada vez mais aumentava. O cavaleiro de bronze atacou, o punho diretamente para o rosto do inimigo.

- Você deveria ter morrido há muito tempo!!!!! –


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Notas finais do capítulo

Aqui começarei a tocar em um novo segredo, que na verdade explorei des de o inicio, mas darei sentido agora. Os capítulos estão curtos pela minha falta de tempo mesmo, sinto muitissimo...



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