Entre Vivos e Mortos escrita por TheBlackWings


Capítulo 30
Capítulo 30 – A ansiedade corroendo meu corpo.


Notas iniciais do capítulo

Ola, capítulo demorado a sair, não?

Peço perdão, e suas compreensoes! Estou tentando dar o melhor de mim por vocês!



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- Athena acordou estranha hoje. – Comentavam algumas servas ao fundo, enquanto Dohko se dirigia até o templo do Grande Mestre. Sua armadura dourada reluzia com a fraca luz das chamas das lamparinas. Ao entrar no salão, logo viu o motivo de preocupação. A jovem de cabelos roxos estava sentada em seu trono, segurando as próprias mãos frente à boca, de olhos cerrados. Saga permanecia ao lado dela, segurando seu elmo de grande mestre.

- Deusa Athena, o que ouve? – Perguntou o cavaleiro de libra, sem esquecer-se da formalidade de se ajoelhar frente a deusa.

- Ela tem um mau pressentimento. – Respondeu Saga, vendo que a jovem não o faria. Dohko levantou-se e começou a subir até se aproximar do trono.

- Eu sinto que algo irá acontecer... – Disse a jovem, tremula. – Temos que fazer alguma coisa...

Os dois cavaleiros de ouro se entreolharam, aquilo era um mau sinal. No santuário, estava poucos cavaleiros no momento. Sem contar os dois, apenas Touro, Leão e Virgem estavam ali no momento, sem falar em vários cavaleiros de prata e bronze em missão.

Ambos permaneceram ali, ao lado de Athena por um tempo. Às vezes se revezavam, mas jamais a deixaram sozinha. A jovem continuava angustiada, e o tempo passou. Agora afastados da Deusa, o mestre e o cavaleiro de ouro falavam em tom baixo.

- Já mobilizei os cavaleiros de ouro que estão no santuário no momento. – Disse Dohko ao mestre. – Eles permanecerão em seus templos.

- Está certo. Os soldados já estão sendo informados para se prepararem. Seja o que for estaremos preparados. – Completou Saga, ainda segurando o elmo.

- Acho que devemos dar o sinal de alerta. – Disse o cavaleiro, quando algo chamou a atenção de ambos. Uma movimentação inesperada, ambos se viraram para a jovem depressa, mas ela não estava mais no trono. Sua silhueta foi vista sumindo sob as cortinas atrás do trono. Ambos correram na direção da passagem.

Subiram rapidamente as escadarias, mas já haviam perdido de vista da Deusa. Chegaram, então ao terraço sob os pés da estátua de Athena. Do outro lado, no fim do terraço, a jovem olhava o horizonte de montanhas e o infinito céu azul.

- Athena, o que... – O mestre falava, quando parou de repente, logo atrás da jovem. Dohko fez o mesmo. Ambos logo notaram, o que perturbara a deusa até aquele momento finalmente surgira.

Ao horizonte, o que era azul se tornou vermelho, e depois negro. Sob as formações rochosas que se elevavam, manchas negas surgiam do chão, uma atrás da outra, por toda a extensão de montanhas próximas ao templo. Centenas de soldados do inferno, munidos de lanças e foices, estandartes negros, por todo lado. Essa massa negra começou a descer furiosamente as montanhas, deixando a vista o pior.

No alto, onde antes haviam surgido às sombras do inferno, agora pousava parte da elite do exército do deus dos mortos. Espectros, com suas Sapuris negras, surgiam atrás das rochas ou pousavam nos picos. No topo, liderando aquele enorme exército, dois dos mais poderosos espectros de Hades e Juízes do Inferno. Minos de Griffon e Aiacos de Garuda.  Sobre eles, planando a uma grande altura, uma presença negra magnífica, com suas quatro asas brilhantes abertas. Tinha uma Sapuris de espectro, e um cosmo divino, Shun.

Os dois cavaleiros de ouro, Saga e Dohko se puseram ao lado da Deusa. Eram sua única proteção, nada poderia lhe acontecer. Imediatamente todo o santuário se agitou, era uma invasão. Soldados e cavaleiros se prepararam imediatamente para a batalha. Os cavaleiros de ouro antes em suas casas agora surgiam junto aos cavaleiros, para evitar que aquela massa de soldados invadisse.

A primeira linha de soldados negros com foices e lanças avançava. A distância entre o santuário e o inimigo era considerável, e a linha do exercito de Athena também avançava. Do alto do templo, era possível ver boa parte do santuário, e agora os inimigos se aproximavam.

- Os cavaleiros não irão conter tantos inimigos. – Disse Saga, ainda junto à jovem, que permanecia em silêncio observando os inimigos.

- A primeira linha é formada apenas por soldados rasos de Hades. – Respondeu Dohko sem fitá-lo. – É uma chance que temos.

O cavaleiro de Libra estava preocupado com algo maior. Maior que a quantidade de soldados ou espectros, maior que os dois juízes presentes. Maior até que o jovem que flutuava sob eles, rodeado de poder. Algo estava sob eles, e não era o cosmo de qualquer espectro ali. Saga entendeu sua expressão. Por hora, torceu para estar errado.

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Os urros de ódio ressoaram junto com o bater das armas em combate. O encontro das tropas de soldados estourou espalhando pelo campo sangue e poder. Era a primeira vez dês de que Hades se libertou que estavam todos ali, no mesmo cenário, dividindo o mesmo céu escurecido por pesadas nuvens que surgiram por trás dos inimigos. Os espectros partiam direto contra os cavaleiros de prata, que estavam em maior número, mas os inimigos tinham muito poder. Sob o solo rochoso abriam-se fendas onde caiam soldados dos dois lados, e socos que eclodiam e explodiam vários ao mesmo tempo. Era uma batalha épica de poder.

Próximo aos campos de treinamento, os cavaleiros de bronze enfrentavam vários soldados, que vinham de todos os lados, como se surgissem das entranhas da terra.

- Malditos inimigos. – Gritou Hyoga, cavaleiro de cisne. Um único de seus golpes congelou vários inimigos em linha, que logo se destroçaram em pedaços. Shiryu também lutava com igual poder, mesmo sendo inimigos fracos eram muito numerosos.

- Não param de surgir – Dizia o cavaleiro de Dragão.

- Não importa quantos sejam, nos não podemos deixá-los passar daqui!! – Disse o cavaleiro de bronze de Pégaso, Seiya. Juntos dos amigos, lutavam contra os soldados armados de foices. Do meio da massa de soldados surgiu também um cosmo de um espectro. Seu golpe surpresa fez os três cavaleiros serem arrastados por alguns metros fora da linha de batalha. Ainda de pé, se prepararam para a batalha, mas nenhum inimigo surgiu.

- Mas o que...? – Exclamou Seiya, pouco antes da terra a sua volta se abrir, surgindo enormes tentáculos metálicos que se envolveram no cavaleiro de bronze com força, prendendo seus braços e pernas.

- Seiya!!!! – Exclamaram os dois outros cavaleiros, mas sem nada poder fazer, pois logo mais tentáculos surgiram prendendo-os. Gargalhando ironicamente, surgiu da terra o inimigo oculto, com sua Sapuris negra e uma face horrível.

- Malditos cavaleiros de bronze, com seus cosmos achei que fossem cavaleiros de prata... – Disse, ainda rindo. – Mas não importa, será mais fácil ainda para mim, Laimi de Verme, acabar com vocês!!

- Esta... Nos... Subestimando... – Disse Shiryu, forçando os músculos para tentar se livrar dos tentáculos.

- É inútil, jamais se livrarão, eu irei acabar com vocês logo para encontrar inimigos a minha altura!! – Provocou o espectro, enquanto os três cavaleiros se debatiam. Seus cosmos, porém, começavam a queimar com mais intensidade enquanto o inimigo ria de suas presas.

- Você vai ver... – Disse o cavaleiro de cisne, ainda elevando o seu cosmo. Como num milagre, os três explodiram sua energia, que fez os tentáculos metálicos se destruírem. Caindo no chão ou retornando a terra. O espectro, boquiaberto, gaguejava sem entender como três cavaleiros de bronze podiam ser tão fortes.

- O... O que...???

- Se nós não tivéssemos vindo para o santuário, com ceteza teria nos vencido. – Disse Pégaso, enuanto novamente os três concentravam seu poder. – Mas agora evoluímos nossos cosmos, e vamos acabar com cada um de vocês espectros!!!!! -

Juntando os cosmos, ao mesmo tempo os três cavaleiros atacaram o espectro, que tentou em vão se desviar. O impacto das cosmo-energias atirou o corpo disforme do inimigo em meio ao exercito de soldados do inferno, derrotado.

Os cavaleiros retornavam a luta, quando Seiya procurou com os olhos o topo das doze casas, o templo de Athena, imaginando como estaria Saori naquele momento. O que encontrou, porém foi uma formação de nuvens negras que se formavam nas montanhas e começava a tudo cobrir. Havia uma energia terrível ali.

- Seiya? – Disse Shiryu, olhando para trás. Apenas conseguiu ver o cavaleiro correr em direção das doze casas as pressas. – SEIYA!

- Saori, eu não posso deixá-la sozinha!!!

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O calor da ansiedade corroia seu corpo. Era uma dor fraca e insignificante diante de tantas que passou e presenciou até ali. A pulsação de seu coração que às vezes sentia tentar sair do peito. Mas não era nada para ele. O vento era frio e cortante ali, o céu estava escuro, pesado, refletindo o momento de guerra. Pairando no ar, o forte vendo fazia os cabelos curtos se jogarem com força para trás e sob os olhos.

Estava a vários metros de altura, observava de cima o encontro dos exércitos mais poderosos, e varias chamas de poder surgiam e sumiam em meio ao fervor de pessoas que lutavam por suas causas. A sua frente, via de longe a enorme estatua da deusa Athena. Ao pé dela, mal se podia ver, mas estava a pequena jovem com tanta responsabilidade. Aquele era o primeiro ataque ao Santuário, mas não o primeiro derramamento de sangue daquela época.

As lutas haviam começado há um tempo, sutilmente. Espectros eram mandados a pontos específicos do mundo, onde destruíam cidades e deixavam o rastro de sangue e morte característico deles. Os locais se tornavam infernos sobre a terra, a menos que fossem surpreendidos pelos cavaleiros de Athena. Perdas começaram a surgir depois, revelando que mesmo acuados e enfraquecidos, os Cavaleiros de Athena faziam milagres um atrás do outro. Mas não era o bastante para abalar a base do império do inferno. Hypnos e Thanatos, os deuses gêmeos mantinham-se calmos e confiantes. A decisão surpreendente, atacar diretamente o berço dos santos de Athena, algo que não era esperado que ambos, tão ponderados, fizessem.

- O Santuário não tem uma base firme. – Afirmou o deus da morte, em uma sacada do enorme castelo. Sentado frente a uma mesa, enquanto degustava uma xícara de chá. Em pé, o irmão Hypnos concordou com a cabeça. – Estamos em vantagem, e devemos aproveitar isso.

- Eu confio totalmente no julgamento dos mestres. – Disse o jovem de cabelos esverdeados, de roupa simples e surrada, que ouvia ambos perto da porta da sacada. – Mas... Não posso deixar de pensar que parece cedo demais...

- Faz sentido que pense assim, afinal foi isso que lhe ensinamos. – Falou Hypnos, fitando-o. – Mas existem casos onde é melhor agirmos rápido para evitar que eles se fortaleçam.

Shun concordou em silêncio. Aqueles dois eram incontestáveis, e ele era a ultima pessoa que pensaria em fazer isso. Sorriu pensando na personalidade de cada um, enquanto os observava conversar entre si. Eram tão diferentes, e ao mesmo tempo eram iguais. Thanatos, ainda sentado, o olhou de canto.

- O que está olhando?

- Nada, mestre. – Disse, sorrindo ainda. O Deus se levantou largando a xícara sobre a mesa de ferro forjado ao lado.

- Então, é melhor se preparar. – Disse, juntando-se ao irmão. – você ira na frente, junto com Minos e Aiacos. Eu cuidarei pessoalmente desta batalha.

- Sim, mestre.

Lembrava-se das palavras dos comandantes daquela guerra santa. E agora ali estavam, diante da batalha sangrenta. Tudo seguia como deveria ser, seus mestres mantinham tudo sob controle, devidamente planejado cada passo do exercito. O momento certo de atacar chegaria, e estavam todos prontos, ali.

Pousou a mão direita sob o peito da Sapuris, ornamentada com detalhes delicados, e também sombrios. Sentia o pulsar do seu coração, acelerado e irregular, como já estava acostumado. Era aquele local que o deixava assim, o momento mais importante para qual foi preparado dês de jovem.

De certa forma, por um momento queria ver ali, lutando ao lado de Athena, seu irmão.

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O suor escorria do rosto de Saga. Não apenas a cena da batalha sangrenta que eclodiu sob seus pés como aqueles inimigos a tanta distancia, mas que mesmo assim pareciam manter-se de olhos fixados em Athena. Tudo poderia acontecer.

Dohko de libra parecia ter uma preocupação maior, e não estava fixada nos inimigos a sua frente, e sim em algo maior. Aquela energia que sentia rodear a todos, e escurecia o dia no santuário. As nuvens se juntavam escurecendo ainda mais o local, pareciam cobri-lo com um manto de noite.

Os cavaleiros pararam de batalhar por um segundo, olhando instintivamente para o céu. Uma sombra gigante cobriu tudo, pesando no ar, com cheiro de morte. Saori olhou para o céu com firmeza, e uma divindade nunca demonstrada.

- Então é você, Thanatos, deus da morte. Eu imaginava que Hades não atacaria de tal forma covarde.

Nos céus surgiu uma estrela negra, seguida pelo perfil gigantesco de um Deus. Aquela sombra vinda dos espectros se manteve assim, gigantesca, frente à deusa. Os cavaleiros se postaram em guarda. Os soldados continuaram a lutar.

- Finalmente Athena. Acabaremos aqui com a guerra. Hades não precisará sujar suas mãos.


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Notas finais do capítulo

Notei que preocupei os leitores ao anunciar o possivel final da fanfic, mas aviso que não é nada confirmado!!! Ja sei como a terminarei, mas as coisas sempre mudam de rumos, então fiquem frios, terá varios capítulos ainda!

Alias, ja planejo um capítulo especial contando toda a vida do Shun, mas isso terão que aguardar =)



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