Entre Vivos e Mortos escrita por TheBlackWings


Capítulo 21
Capítulo 21 - O termino de um segredo.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Perdão pelo atrase, mas vocÊs sabem, natal, ano novo, alguns aniversarios por aqui... mas tudo se resolveu e estou postando, com mais ou menos um mes de atraso, o capítulo.

Espero que não o achem chato, mas foi o jeito mais facil de explicar de vez todos os acontecimentos detalhosos para não deixar brechas kurumadisticas. Assim, poderei me dedicar aos principais!



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O caminho agora era mais bem iluminado. Lamparinas douradas mostravam o caminho. No chão, o tapete vermelho com detalhes de ouro era pouco visível. Dohko seguia em silêncio, a sua frente apenas a silhueta do grande mestre.

- Poderia me acompanhar? – lembrou-se da última frase dita pelo homem mais poderoso do santuário. – Precisamos conversar. A sós.

Ikki havia ficado no hall principal. Apenas os dois estavam ali, depois das cortinas que dividem o templo do grande mestre do templo de Athena. O tapete agora sumia, assim como o templo: À frente, uma enorme escadaria subia para a base da estátua de Athena. O sol começava a se por, o céu apresentava um tom amarelado. Aos poucos, a estátua de Athena surgia no alto da escadaria, imponente, concentrada.

No pé da estatua gigantesca, Dohko a observava. Cenas de lutas passadas lhe vinham à cabeça, aquele lugar tinha muitas lembranças e segredos. Lembrou-se de Ares, e o viu pouco a frente, observando a paisagem do enorme santuário. Aproximou-se e ficou em silêncio, esperando que o próprio explique o motivo de estarem ali.

- Creio que já saiba a verdade sobre a garota. – A voz grave, porém calma do mestre se pronunciou.

- Sim. – Respondeu o cavaleiro de libra, intrigado com a ação de Ares. – Senti seu cosmo quando estava no Japão.

- Entendo. E agora me procurou para saber a verdade. – Falava ainda observado o horizonte. A cidade de Atenas se via ao longe. Dohko apenas o ouvia. Se virando calmamente, o mestre tirou o Elmo, deixando a mostra sua face e seus cabelos azulados.

- Pois bem, tentarei te explicar tudo até agora.

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O tempo parecia não passar para Ikki. Sozinho, o único movimento no lugar era o trepidar das chamas que mantinha a pouca iluminação no lugar. Já havia se passado muito tempo dês de que Dohko havia seguido Ares. Encostado em um pilar perto do meio da sala, observava o trono magnífico onde o grande mestre havia sentado antes. Imaginava a jovem Saori ali, como uma deusa e era algo absurdo.

Ao mesmo tempo em que pensava no absurdo de Saori Kido, a mimada herdeira de uma fortuna, fosse ser uma deusa, imaginava a probabilidade de seu irmão ser o seu raptor.

- Não há dúvidas... Mas... Por quê? - Pensava o cavaleiro de Fênix.

Lembrou-se da face de Shun, não havia mudado quase nada, porem ao mesmo tempo via um brilho diferente em seus olhos. Sentia que havia passado por algo que nenhum dos cavaleiros havia passado em seus treinamentos.

Enquanto divagava um som lhe fez voltar ao local. Passos vindos do grande corredor de entrada chamaram sua atenção. A pesada porta do local se abriu. Delas surgiu um homem alto de cabelos curtos dourados. Sua veste magnífica reluzia como se fosse feita de puro ouro, com detalhes minuciosos em toda sua extensão dourada e brilhante. Sua capa balançava com o movimento de seu corpo enquanto se aproximava. Carregava seu elmo junto ao corpo, deixando a face jovem, porém forte a mostra.  

Ikki o observava atento e em silêncio quando viu o homem se aproximar dele. Aparentemente intrigado, o cavaleiro o questionou.

- Quem é você e o que faz no templo do Grande Mestre? – Sua voz séria ecoou pelo salão vazio enquanto se aproximava a passos largos.

- Eu sou um cavaleiro de bronze. E estou aqui com Dohko de Libra. – Ikki respondeu encarando o homem que parou a sua frente.

- Então Libra esta mesmo no Santuário. – O cavaleiro não mudou de expressão. – Vim falar com o Grande mestre, onde ele esta?

Hesitou um pouco, Fênix se lembrou das palavras de Ikki antes de Seguir Ares.

- Não fale com ninguém, nem sobre Athena, nem sobre os cavaleiros de Bronze. – A voz dele veio a sua cabeça, junto com sua silhueta se afastando para longe. Pensou uma resposta rapidamente.

- Ele foi até o templo de Athena com Dohko, eu acho. – Se arrependeu por ter falado onde eles foram.

- O templo de Athena?? – O cavaleiro a sua frente pareceu surpreso. Direcionou seu olhar para as cortinas atrás do trono. – Ninguém além do mestre vê Athena...

O jovem cavaleiro de bronze observava a armadura do homem a sua frente. Toda a cobertura de metal dourado cintilava com a luz das tochas perto de si. Com certeza era um cavaleiro de ouro, além da bela vestimenta de batalha seu cosmo era incrível. Depois de alguns momentos em silencio, o poderoso cavaleiro se pôs a andar com passos firmes em direção a escadaria para o trono de Athena.

- Eu irei falar com o Grande Mestre. – Falou para Ikki sem se virar. O cavaleiro de bronze ficou preocupado, mas sabia que tentar detê-lo seria suicídio. Quando estava quase alcançando as escadarias, o cavaleiro dourado foi detido por uma voz vinda do nada.

- Há quanto tempo. – A voz vinha da escuridão, sem direção definida. Uma forte luz se formou, de onde surgiu a silhueta de um homem de cabelos compridos. – Não é, Aiolia de Leão?

- Ora, então você também esta no Santuário, Mu de Áries? – Aiolia disse ao se virar e reconhecer a figura de Mu. - Deve estar acontecendo algo muito importante para atrair tantos desertores.

Mu não se abalou. Estava pouco depois de Ikki, mais perto do centro do salão. Com passos calmos se aproximou de Ikki, porém continuou com a atenção voltada para o jovem cavaleiro de ouro a sua frente.

- Esta surpreso? – Disse, calmamente, como se controlasse a situação. Aiolia parecia furioso por não entender a situação.

- E não deveria? Vocês dois ignoram os chamados do Grande Mestre e, de repente surgem ambos no santuário. – Falava, indignado, o cavaleiro de Leão. O cavaleiro de Áries continuava tranqüilo.

- Eu não tenho nenhum motivo especial para estar aqui, estou apenas acompanhando Dohko. – Respondeu. – E como você sabe, ele é o mais velho entre os cavaleiros de ouro, e o mestre tem por obrigação se aconselhar com ele.

Ikki parecia meio confuso com a conversa. Dohko o mais velho? Parecia pouco mais velho que ele. No entanto, ambos os cavaleiros da elite continuavam conversando normalmente.

- Mas por que agora? – Aiolia tentava não se enfurecer.

- Esta questionando o Mestre? –Mu fez Aiolia se calar. O cavaleiro de Leão pensava, encarando Mu. Ele tinha razão. Depois de um tempo, deu meia volta e começou a andar de volta a saída do Templo do grande mestre.

- Você venceu. – Dizia ao se aproximar de Mu. Ao passar por ele ambos se encararam, porém não de forma agressiva, e sim respeitosa. – Mesmo assim, ainda sinto que há algo errado.

Mu se manteve sério, como se sentisse o mesmo. Apenas respondeu de forma simples.

- Eu entendo o que sente. – Aiolia ouviu a resposta em silêncio. Depois de um tempo, seguiu andando até sumir na escuridão. Ikki e Mu observavam sua silhueta sumir no breu após a porta do salão.

- Fez bem em não ter falado nada. – Disse a Ikki, este se voltou para o cavaleiro de ouro.

- Dohko que me deu essa ordem. – Respondeu.

- Imagino que ele tenha te explicado a situação.

- Sim.

- Ele esta no templo de Athena? – Perguntou Mu, Ikki concordou com a cabeça e logo ambos se voltaram na direção do trono. – Então vamos aguardar.

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Já fazia um bom tempo que ele o ouvia. O sol já sumira do céu, deixando um tom vermelho sangue, interrupto por algumas nuvens esbranquiçadas. A estátua de Athena agora era coberta por um véu de sombras, que a deixava com um ar ainda mais vivo. O grande mestre permanecia de costas, com os olhos cravados no horizonte brilhante. Suas vestes e ornamentos de ouro se agitavam ao vento, junto com seus cabelos azulados levemente encaracolados. Sua face era calma, e transmitia uma enorme tristeza, que mesmo nos traços jovens impunha uma experiência indiscutível. Seu cosmo era profundo e poderoso, parecia carregar um enorme fardo. 

Dohko escutava suas palavras surpreso. O mestre que havia conversado sobre os cavaleiros de Athena a dias não era o mesmo que se encontrava a sua frente. Ouvia suas palavras surreais, que narravam uma historia inacreditável. Às vezes, o sentia sofrer, segurar a face, mas continuava a falar.

- Athena nunca esteve no Santuário – Foi como começou a narrativa. Fatos incríveis que um cavaleiro jamais imaginaria que teriam acontecido. A tentativa do próprio mestre de matar Athena, a fuga de Aiolos, tudo ficou claro naquele momento. Mas, se foi ele quem tentou matar Athena, por que estaria confessando tudo naquele momento?

- O outro eu. – Como se referiu. A parte negra de sua existência, o que o fez cometer tantos crimes. Existiam dois mestres Ares. Aquele que todos acreditavam ser um Deus, e o que queria ser um Deus.

- Ares, não. – retrucou-se a si mesmo. – Ares era o irmão mais jovem do Grande Mestre. Eu sou apenas um cavaleiro. Apenas Saga de Gêmeos.

Gêmeos. Dohko parecia entender tudo. Gêmeos era o cavaleiro que tinha o bem e o mal dentro de Si. A historia fantástica agora fazia sentido.

- Uma guerra santa esta começando. – Falava não somente para Dohko, mas para si mesmo. – Temos que fazer algo... Senão.

Finalmente, um momento de silencio profundo. Dohko o observava, ainda surpreso, se fechar em sua própria dor. A brisa fria que anunciava a noite se bateu sobre ambos, que pareciam esperar uma resposta divina, um sinal que os fizesse voltar aquele mundo. Mudando a direção de sua visão, o cavaleiro de libra parecia pensar na situação e em algo para dizer.

- Saga... Não é? – Começou a falar. – Em condições normais, teríamos mais tempo para resolver isso. Porém, o tempo é curto.

O jovem grande mestre parecia ouvir atentamente. Mesmo de costas, Dohko sentia isso.

- Preciso contar com você para resolvermos isso. – A frase fez Saga se virar e olhar o homem, de certa forma havia surpresa em seus olhos. Ambos se encararam por um tempo, quando o cavaleiro de ouro de Gêmeos fez um sinal com a cabeça.

- Farei o que estiver ao meu alcance.

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Mais tempo se passou. Ambos os cavaleiros, de diferentes classes, porém mesmos objetivos, aguardavam pacientemente no grande salão do Mestre. Ikki parecia silenciosamente ansioso, já Mu era calmo e sereno. O silencio demorado foi quebrado por Ikki.

- Como sabia que Dohko e eu estávamos aqui? – Perguntou para Mu. Este pensou um pouco e respondeu.

- Não sabia. – Ikki o olhou curioso. – Eu iria falar com o grande mestre.

- Com o mestre? – O cavaleiro de Fênix parecia confuso, mas logo algo os chamou mais a atenção.

- Ora, já voltou ao Santuário? – A voz inconfundível de Libra surgiu acima da escadaria. – Como foi com os cavaleiros de bronze?

- Era sobre isso que precisava falar com você. – Mu respondeu, procurando o grande mestre com os olhos. – Onde esta o Mestre?

- Já se recolheu aos seus aposentos. Precisamos conversar. – O homem mais velho dizia se aproximando de ambos.

- Mas antes eu preciso falar com você. – Mu disse, preocupado. – Temos problemas.

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No céu agora anoitecido reluziam milhares de estrelas. Os riscos deixados por estrelas cadentes eram muito comuns. O santuário repousava em silencioso breu, apenas tochas espalhadas em certos lugares eram visíveis.

O primeiro a pisar no seco chão de terra foi Seiya. Por conhecer melhor o santuário, foi o primeiro a descer do jato da fundação Kido. Aos poucos, todos desciam e observavam o local onde se encontravam: O centro do enorme coliseu do Santuário, onde ocorriam treinamentos diariamente, porém agora jazia vazio. A luz provinha do jato pousado pouco atrás.

Ambos se olharam e pareciam entender seus olhares: Pretendiam enfrentar o grande mestre cara-a-cara.

- Agora é com você Seiya. – Jabu falou o encarando. – Você que conhece esse lugar. Onde fica o grande mestre?

- Eu sei que ele fica no templo junto ao templo de Athena, mas não sei direito como chegar lá. – respondeu. – Mas nos vamos conseguir!

- Isso!!!            – Todos concordaram e se preparavam para sair do coliseu quando ouviram passos na direção do portal.

- Eu sabia que vocês iriam vir para cá! – A voz de Dohko surgiu na escuridão. Sua figura surgiu, iluminada também pelas luzes do jato. Junto dele, apenas Mu. Todos entraram em estado de alerta.

- Devolvam a Saori!! – Jabu berrou com eles e todos concordavam. Dohko não mudou de expressão.

- Não estamos com ela. – Disse calmamente. – Eu já disse, estamos tentando ajudá-los.

- Não tente nos enganar!!! – Shiryu falou também. – Tatsumi nos contou tudo. O mestre tentou matar Athena! Vocês são o inimigo.

-Se nos fossemos o inimigo – Disse Dohko – Teria matado vocês no Japão.

Todos se silenciaram, pensativos, ouvindo o que o cavaleiro mais velho dizia.

- Eu irei explicar o que aconteceu. – Disse. – Sigam-me. Precisamos arrumar um lugar para vocês ficarem.



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Notas finais do capítulo

Gostaria de exclarecer alguns detalhes:

1º O foco geral dessa historia é Ikki e Shun. Por isso, ja aviso que os outros personagens, mesmo principais como Seiya, Shiryu e Hyoga podem ser deixados de lado em boa parte da historia.

2º Aqui termina as semelhanças com a fase santuario. De agora em diante, não seguirei a risca, pois os fatos ja se dispersaram o bastante.

Reclamações, sugestoes, elogios, aceito com muito carinho!

Abraços.



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