Entre Vivos e Mortos escrita por TheBlackWings


Capítulo 19
Capítulo 19 – Infeliz Realidade.


Notas iniciais do capítulo

Agradeço novamente aos meus leitores por seus Reviews! Sejam curtos e diretos ou longos e discritivos, todos me fazem bem! Obrigado!



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Uma tempestade era o que se formava! Não no céu, mas no interior de cada cavaleiro presente naquele momento do anúncio. O chão estremecera, todos estagnaram. A surpresa era visível no rosto de todos. Olhavam-se, boquiabertos, enquanto o serviçal, desesperado, corria escadaria abaixo para avisar Tatsumi.

- Isso... É verdade?? – Jabu murmurou consigo mesmo, e esta era a pergunta de todos naquela sala.

- Não pode ser!!! – Seiya não podia acreditar naquilo, em um movimento pôs se a correr escadaria a cima até o quarto da jovem. Os outros o seguiam, menos Dohko.

Ao abrir a porta o fato foi consumado de forma estranha. O quarto permanecia impecável, tirando o fato de a cama estar levemente desarrumada. A janela entreaberta deixava a luz do sol entrar, e a luz do abajur perto da cama aceso mostrava que ela havia desaparecido a noite. Além disso, nada mais. Nenhum vestígio.

- Eu não acredito – Dizia Seiya, com os punhos cerrados de ódio. – Como ela poderia sumir bem debaixo de nossos olhos?

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- É apenas isso que tem a me dizer?? – Brandia o todo poderoso mestre do Santuário. O jovem cavaleiro a sua frente se mantinha em silencio. – Que devo esperar mais e mais?

- Foi sim. – Um respondeu calmamente, sem se abalar com a voz firme do homem.

- O tempo do seu amigo esta se esgotando... – Reclamou o homem alto no topo das escadarias. Se levantando, completou. – E eu espero ver resultados.

Mu não respondeu, apenas observou o homem se afastar e sumir nas longas cortinas atrás de seu trono.

O grande mestre do Santuário é o homem mais poderoso entre os oitenta e oito cavaleiros de Athena. Poder, nesse caso, não significa a força física ou psíquica dele, e sim sua inteligência, fidelidade e capacidade para controlar esse enorme grupo de guerreiros. Deve ser um homem bom por natureza, que seja amado pelas pessoas como se fosse um Deus. Ares, porém não parece ter essas qualidades. Suas ordens e regras impostas são bastante cruéis, algumas contrariam regras de antigos mestres, como usar os cavaleiros negros em batalha.

Porém, suas ordens são inquestionáveis.

Atrás da sala do trono, andava furioso pela semi escuridão do cômodo. Apenas as tochas acesas nos pilares iluminavam precariamente o local, deixando um ar misterioso.Espelhos eram espalhados nas paredes, ricamente decoradas com ouro e preciosidades. Parou diante um enorme espelho, A meia luz deixava tudo com um ar demoníaco. Seus cabelos acinzentados e encaracolados caiam por cima das vestes. Encarava o espelho como se encarasse a própria alma.

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- Só pode existir uma explicação. – A voz de Hyoga surgiu do fundo do quarto, fazendo todos os presentes se virarem para ele. – O responsável estava entre nós.

Todos se entreolharam. Fazia sentido, porém, desconfiar de um dos próprios companheiros era algo difícil. Começaram a murmurar e tentar imaginar quem seria.

- Temos que pensar em quem não estão aqui. - Geki falou, enquanto todos concordaram.

- Será aquele tal de Dohko?? – Jabu brandiu. – Eu nunca confiei nele!

- Não pode ser ele! Ele é um cavaleiro de Ouro! – Seiya tentou defende-lo.

- Como você sabe?? – Jabu e Seiya estavam muito nervosos.

- Não pode ser o Dohko – Shiryu interrompeu a briga, ambos olharam para ele. – Ele estava conosco lá embaixo.

- Então quem é que esta faltando? – Hyoga completou. Todos se olhavam. Ikki, parado junto da porta, parecia perturbado com algo. Quando Hyoga terminou sua frase, algo parecia ter iluminado sua cabeça.

- Não pode ser. – Sussurrou pra si mesmo, e saiu disparado porta a fora. Os cavaleiros perceberam, mas não deram importância.

Todos ainda tentavam acreditar. Seiya olhou em roda atordoado, depois se virou novamente para Hyoga.

- Você acha que foi Shun?

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Ikki disparava pelos corredores, já andava a frente das portas que dava aos quartos dos cavaleiros. Parecia bastante perturbado andando pelos corredores. Dizia a si mesmo que estava errado.

- Não pode ser ele. –

Aproximou-se da ultima porta do corredor. Ela estava entreaberta. Por um momento, se sentiu aliviado ao ouvir um movimento dentro do quarto. Segurou a maçaneta e abriu a porta para trás, porém não era Shun quem estava lá.

- Olá, sabia que você iria vir aqui. – Dohko estava frente à cama, de braços cruzados. Ikki olhou em roda, não havia mais ninguém. A mala de Shun havia sumido, a cama arrumada e tudo organizado. Olhou novamente para Dohko, tentando entender. – Imagino que esteja se perguntando o que ouve.

Não teve resposta. O cavaleiro mais velho estava sério como não havia sido visto ainda. O jovem Fênix não queria acreditar ainda.

- Entendo que seja difícil para você. – Dohko tentou continuar. – Mas preciso que entenda.

O cavaleiro de ouro andou um pouco pelo quarto vazio. Ikki adentrou e começou a olhar melhor tudo.

- Pode dar uma olhada. – Disse o outro, chegando perto da porta de saída.

Ikki andou até a janela entreaberta, olhando tudo. A cortina se debatia ao vento sobre a cama, quando viu, por detrás da brancura translúcida da cortina.

- Olhe, aqui! – Apontou para um objeto entre a cama e a janela, Dohko foi olhar. A caixa de sua armadura, com o relevo da bela Andrômeda enrolada nas correntes permanecia esquecida encostada na cama.

- Eu vi. – Dohko se aproximou da caixa e empurrou sua tampa, a seguir pediu para Ikki conferir o interior.

- Vazia? Por quê? Por que ele deixaria a urna de sua armadura? – Ikki contestou.

- É uma longa história Fênix. – Dohko falou, indo em direção a porta. – Preciso que venha comigo. Vou te explicar no caminho.

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- Eu não acredito nisso!! – Seiya protestava com Hyoga. – O Shun não faria algo assim!!

- Tem alguma outra explicação, Seiya? – Hyoga mantinha se calmo. Todos se entreolhavam. Seiya pensou um pouco e depois olhou para Shiryu.

- O que você acha Shiryu?? – Perguntou o cavaleiro de Pégaso.

- Acho que temos que procurá-lo primeiro.

Todos concordaram e se direcionaram até seu quarto. Depois de andar por alguns corredores, alcançaram a ultima porta, que estava aberta, para surpresa de todos. Seiya, Shiryu e Hyoga foram os primeiros a entrar. Tudo parecia normal.

- Ele não esta aqui. – Seiya constatou, olhou em roda novamente. - Nem as coisas dele.

- Tem razão. – Shiryu concordou. – Esta tudo em ordem, como se ele tivesse saído há algum tempo.

Hyoga sequer falou nada. Estava certo de suas desconfianças dês de o começo. Apenas andava de um lado a outro. Jabu, que há essa hora já havia invadido o quarto também, encontrou algo.

- Olhem isso!! – berrava, olhando a urna encostada na cama. – Esta vazia!!

Todos ficaram surpresos, Ichi e Nachi foram olhar mais de perto. Hyoga andava pelo banheiro que havia no quarto, quando viu alguma coisa.

- Seiya, veja isto. – Falou, Seiya se virou e foi ate sua direção. Hyoga mostrava jogado em um canto do piso do banheiro, algumas ataduras negras e desgastadas. O cavaleiro se aproximou para ver melhor quando notou que estavam ensangüentadas.

- O que...? – Hyoga apenas levantou e saiu do local. Seiya o seguiu boquiaberto.

- Não há duvidas. – Hyoga disse, e todos concordaram silenciosamente.

- E o que faremos agora?  - Nachi perguntou confuso com a situação.

- Procurar Dohko de Libra. – Disse Hyoga, já saindo porta a fora.

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Nenhum vento batia nas arvores naquele dia. Parecia que a natureza estava em sono profundo. O único som eram os passos dos cavaleiros nas folhas secas do chão.

Ikki tentava acompanhar o passo de Dohko. Ambos já andavam em meio às arvores do bosque. Ambos carregavam apenas suas urnas nas costas. Andavam rápido e em silêncio até algo os fazer parar. Bem em sua frente uma energia brilhante se formou, de onde surgiu Mu. Ikki se assustou, mas Dohko ficou satisfeito.

- Levei um tempão para te achar. – Brincou Mu, antes de notar as urnas nas costas. – O que ouve?

- A jovem foi seqüestrada. – O mais velho contou sério para o jovem a sua frente. – Mas já sabemos quem foi.

Ikki abaixou a cabeça ao ouvir Dohko.

- Entendo. O que devo dizer para o mestre? – Mu não demonstrou uma grande emoção com a notícia.

- Eu mesmo direi. Estamos indo para o Santuário.

- Eu os levo.

-Agradeço, mas antes quero que me faça um favor.

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Os cavaleiros de Bronze seguiam Hyoga até a entrada da mansão. Ao chegar lá, não encontraram Dohko.

- O que ouve? Onde ele esta? – Jabu reclamou.

- Será que ele também...? – Nachi não completou a frase, pois algo os interrompeu.

- Dohko de Libra se dirige ao Santuário. Devem fazer o mesmo. – A voz surgiu junto a uma energia incrível alguns metros a frente de onde estavam. Logo, essa luz se evaporou deixando apenas a silhueta de um homem.

- Quem... Quem é você? – Seiya perguntou, e todos entraram em guarda.

- Vim do Santuário e estou ajudando Dohko. Meu nome é Mu, cavaleiro de Ouro de Áries.

Todos ficaram em Silencio. Ele tinha razão, seu cosmo era muito poderoso, porem calmo e concentrado. Mais um cavaleiro de Ouro surge ali. Shiryu tomou a frente.

- E por que temos que ir ao Santuário?

- Uma grande ameaça se aproxima, e nenhum de vocês esta pronto para ela. – Mu respondeu seriamente, e todos reclamaram.

- Somos cavaleiros e estamos prontos para qualquer coisa!! – Ichi berrou.

- Não, não estão prontos. Vocês não entendem o que estou falando. Bem, não tenho tempo para explicações, é apenas isso que devem fazer.  – Ao falar isso, se virou e iria logo desaparecer, quando Seiya o interrompeu.

- Me diga, se formos ao Santuário, iremos resgatar Saori? – A pergunta fez mu se virar novamente.

- Irão sim. – Logo depois de responder, desapareceu envolto a energia brilhante que se formou. Novamente apenas os cavaleiros de bronze se encontram no local.

Todos se olhavam com dúvida, o que deveriam fazer? Seiya se enfureceu, e foi à frente de todos.

- Eu vou para o Santuário!! Temos que Salvar a Saori!! – Todos se olharam.

- Eu também vou salva-la!! Jabu também gritou.

- Tem razão! – Alguns gritaram também. Shiryu e Hyoga pareciam mais preocupados com a grande ameaça que o homem havia citado.

- Então vamos! – Seiya ergueu o punho e todos fizeram o mesmo, depois se puseram a correr porta a fora.

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Dohko e Ikki esperavam Mu no mesmo lugar. Ikki parecia preocupado, olhava a mansão, que mal era visível, e lembrou- se de uma coisa.

- Dohko, não deveríamos levar a armadura de ouro de Sagitário? Ela esta desprotegida.

- Não. – Dohko respondeu friamente, nem olhou para o jovem cavaleiro.

- O que?

- A armadura de ouro não esta no santuário por uma boa razão. Toda armadura tem vontade própria. – Ikki ouvia silenciosamente.

Algum tempo depois, Mu surgiu e logo todos foram levados com seu teletransporte para o Santuário.

Surgiram ao pé da escadaria da Casa de Áries. Ikki ficou deslumbrado com a bela imagem das casas zodiacais. A casa de Áries era um belo templo grego bem conservado. Suas escadarias brancas eram enormes. Atrás de si, viu o resto do Santuário: Vários jovens aspirantes a cavaleiros lutavam entre si, ou passavam por rigorosos treinamentos de seus mestres e mestras. Ao fundo, um enorme coliseu antigo. Em algumas colinas mais afastadas, via-se uma enorme torre de Relógio.

O Santuário era belíssimo, e fazia jus a sua fama de Berço dos cavaleiros.

- Aqui estamos. – Disse Mu, se virando para Dohko e sorriu. – Você sabe como chegar ao mestre.

- Claro que sei. – Riu o cavaleiro mais velho.

- Bem, voltarei ao meu posto de Guardião. Quando precisar de mim avise. – Mu se despediu e começou a subir as escadarias até sua casa zodiacal.  Dohko se virou para Ikki, este fascinado observando tudo.

- Meu jovem, eu vou te explicar. – Apontou para o topo da enorme montanha. – Lá encima fica o templo de Athena e do Grande Mestre.

- E como chegaremos lá? – Ikki perguntou sem tirar os olhos do topo.

- Para chegar lá, é preciso atravessas as doze casas do zodíaco. Cada uma dessas casas é protegida por um cavaleiro de Ouro, como eu e Mu. – Dohko olhava para o topo. Apenas a casa de Áries era totalmente visível.

- Então teremos que atravessá-las?

- Humm. – Dohko observava a escadaria de Áries. Depois bateu nas costas de Ikki. – Bem, eu vou te ensinar o Atalho.


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Notas finais do capítulo

Espero não ter erros de ortografia nesse capitulo! Reli ele e não encontrei! Agora estou me cuidando mais hehe...



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