How to survive escrita por Hayley Deschannell


Capítulo 24
Imunes legítimos




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Joel.

Incrível. Inacreditável. Na verdade não tão inacreditável, por que essa garota é capaz de tudo. Exatamente nesse dia, uns 7 anos atrás, eu poderia estar morto. Se não fosse pela Ellie, além de eu estar morto, hoje não estaríamos tendo um dia bom como esse. Um dia como eu não tinha desde a noite em que perdi Sarah. Com certeza essas duas seriam boas amigas.

7 anos antes.

Ellie.

Sim, eles eram vaga-lumes. Assim como fizeram com Trent, me levaram para uma bateria de exames. Passando pelo corredor, vi uma sala com vários infectados amarrados pelo pescoço. Em outra sala eu vi uma reunião, ouvi algo sobre uma mutação criada em laboratório. Então tudo o que Trent me disse era verdade.

Tudo começou com os vaga-lumes. Uma facção rebelde contra o governo, como os soldados diziam, uma organização terrorista. Não tinham um poder nuclear ou coisa parecida. Mas tinham um poder químico oculto. Iriam começar uma guerra química contra o governo. E iriam sair ganhando.

O plano era infectar figuras importantes, mas acabou saindo do controle. Não foi previsto que um infectado poderia infectar outra pessoa por conta própria. Mas já estava feito. A mutação no fungo Cordyceps foi criada em laboratório, criando um novo fungo que parasita em cérebros humanos, tornando-os seres irracionais e extremamente primitivos sem nenhuma capacidade de diferenciar o certo e o errado.

Então o plano B entra em ação. E esse plano evolve Trent, eu, e todos os imunes. Depois que Marlene descobriu, em mim, uma chance de criar uma cura, um segundo plano para tomar o poder de tudo, surgiu no núcleo de ideias dos Vaga-lumes.

O plano B na verdade era chamado de E.I.V.L., mais conhecido como: Exercito Imune Vaga-lume. Sim, o plano deles era criar um tipo de antídoto preventivo e distribuí-lo apenas para os membros da organização, tornando-os imunes e dominando o resto da população dessa maneira. Uma ditadura eterna, não governamental.

Minhas esperanças simplesmente acabaram. Minha vontade era deitar num canto daquela sala de manicômio e dormir para sempre. Mas Trent abriu meus olhos. Nós tínhamos que sair dali, com ajuda do William, e avisar a todos lá fora o que estava realmente acontecendo.

Era hora do almoço, a hora que nosso plano estraria em ação. Estávamos no refeitório, totalmente branco para variar, com um guarda em cada canto. Trent conversou com os outros imunes e quatro deles iriam nos ajudar no plano: Samuel, o garoto brasileiro que é forte e rápido; Olive, uma inglesa bem magra que aparenta ter uns 40 e sempre estar resfriada; Pierre, um francês alto e barbudo que conhece todos os cantos da ilha; e Giuseppe, um italiano que sabia como ser o centro das atenções. Cada um se ofereceu para uma função. O garoto jovem nos ajudaria a enfrentar qualquer guarda, a mulher magra e o italiano inventariam distrações e o barbudo nos conduziria até William e até a saída.

– Eu sei onde ficam os outros prisioneiros. – Sussurrou Pierre, com seu sotaque francês, na mesa do almoço. – É só seguir aquele corredor, e depois de duas portas, entrar no próximo corredor à esquerda. No fim tem a cela deles, onde provavelmente seu namorado está.

– Mas qual é o plano afinal? – Perguntou Giuseppe se segurando para não gritar – Se eu for distrair esses guardas, não vou conseguir alcançar vocês depois.

–Nós não vamos apena fugir daqui. Quando sairmos, vamos derrubar esse lugar, e vamos tirar todos daqui. – Disse Trent.

– Bem, eu não tô perdendo nada lá fora mesmo... – Respondeu o italiano segurando uma risada. – Então vamos começar com isso logo.

Giuseppe levantou e foi pra mesa ao lado, onde um imune que sempre estava com cara de bravo ficou encarando ele. De repente o os dois estão se batendo e rolando no chão, os amigos do cara bravo vão ajudar, e os guardas que estavam por perto vão todos correndo para tentar separa-los. O italiano era realmente bom no que fazia. Primeira etapa, cumprida.

Nós cinco saímos correndo, abaixados e em silencio em direção ao corredor. Por sorte não haviam câmeras em nenhum lugar. No meio do caminho um guarda apareceu, mas antes de sacar a arma, Samuel, que parecia ter uns 18 anos, atacou o guarda tão rápido que em um piscar de olhos ele já estava no chão, morto. Foi tão impressionante que eu quase comecei a rir. Chegamos no fim do corredor, onde Trent, Pierre e Samuel arrombaram a porta. Will e mais outros dois homens estavam lá dentro, numa espécie de solitária, com seus pratos de comida.

Explicamos para eles enquanto corríamos para a saída, eu segurando a mão do Willy. Mas tivemos que mudar a rota. Por pouco um grupo de cinco guardas armados viu a gente. Mas Pierre nos puxou para uma sala para nos escondermos no ultimo segundo. Mas não era uma sala qualquer. Estava escura, mas tinha uma janela de vidro e uma porta, que dava para uma outra sala. Observamos pelo canto da janela. Era o laboratório. Enorme. E tinham pessoas lá dentro, que sempre estavam colocando frascos num tipo de freezer. Quando fechavam a porta dessa geladeira gigante dava para ver uma placa pendurada nela, escrito: Antídotos.

– Não podemos sais daqui sem aquilo – Eu disse. – Nem que for só uma amostra, sei lá... É a nossa chance de impedir tudo isso! – Os outros me olharam como se eu fosse maluca.

– Ela ta certa – Disse Trent.

– E outra coisa, o que garante que vamos conseguir sair vivos pelo rio? – William, que estava mexendo em algumas coisas atrás de nós, entrou na conversa – Eu posso me infiltrar e eliminar toda a segurança enquanto vocês pegam isso, e nos encontramos na saída.

– Mas como?

Ele se virou e pegou algo na bagunça que estava revirando.

– Achei esses três uniformes.

E assim começa nosso plano alternativo. Will e os outros dois prisioneiros vestiram os uniformes e foram acabar com a segurança, levando a arma que Samuel pegou do primeiro guarda.

Enquanto isso, nós cinco, os imunes, entramos no laboratório, eu e o brasileiro derrubamos alguns caras de branco, mas nenhum tinha arma. Alcançamos o freezer e todos enchemos os bolsos com vários pequenos frascos de antidoto. Então olhei para trás. Um dos caras de branco foi mais esperto, ele se escondeu.

E agora estava prestes a apertar o botão vermelho de emergência, que ficava na parede.


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Notas finais do capítulo

Volteeei galera! E mais um suspense como de costume, heheheheheheheeh
Comentem, favoritem, acompanhem e recomendem por favorrrrrrrrrrrrr!!!!!!!
E muito obrigado pela minha primeira recomendação *-*
Tchau!



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