Ellie.

Ele apertou o botão vermelho. Depois disso Trent o derrubou. E nós corremos como nunca, Pierre na frente. Mas Olive continuou parada.

– Olive! O que você ta fazendo?

– Achei isso – Ela respondeu segurando um revolver – Um desses estava armado.

– Ótimo, leve isso com a gente! – Pierre parecia desesperado para fugir.

– Eu acho que não. – Ela disse séria – Acho que agora é a hora perfeita para uma segunda distração. Se não vão nos alcançar.

– Mas o que você vai fazer? Eles vão te matar! – Disse Trent.

– Bem, eu já estou morrendo aos poucos. Eu estou doente, caso não tenham percebido. Não tenho nada a perder. – Então ela deu um meio sorriso, com uma cara de esperta – E além do mais, a ultima coisa que eles querem é que um imune morra. Agora vão!

Enquanto nós corríamos, ouvimos guardas gritando e então um tiro fez o silencio. Então o líder deles gritou:

– Façam alguma coisa!

Olive se sacrificou para salvar toda a sociedade. Além de nos dar um baita tempo de vantagem.

Nós continuamos correndo. As paredes brancas agora iluminadas com uma luz vermelha. Um alarme como uma buzina irritante soando sobre nossas cabeças. Os corredores pareciam um labirinto infinito. Eu ouvia barulhos de tiros em algum lugar acima de nós.

Até que ouvi um tiro a nossa frente. Pierre caiu, morto. Enquanto o sangue do francês inundava o chão, o guarda à nossa frente nos deixava imóveis na mira de sua arma.

Pronto, agora acabou de vez, pensei. Que loucura eu me meti dessa vez. O Joel não estava lá para me salvar. E graças a minha mania de achar que tudo ia dar certo, ele não seria capaz de salvar mais ninguém. Como sou burra.

E meu otimismo e autoconfiança se foram em segundos. Como sou precipitada.

Ouvi um tiro que me tirou do transe. Eu olhei para baixo, esperando encontrar minha roupa manchada com meu sangue. Mas estava impecável. Então eu olhei para frente, e vi que o guarda estava morto. Um dos prisioneiros apareceu na curva do corredor, vestindo o uniforme branco. Nunca estive tão aliviada na minha vida.

– Cara, que merda, quase enfartei! – Disse Samuel

– Por aqui! – Gritou nosso herói.

– Você está bem? – Trent tirou as palavras da minha boca quando percebemos varias manchas de sangue no uniforme branco.

– Esse sangue não é meu. Vamos.

Encontramos a saída, e nos demos conta que estava escuro. Eles nos enganam até no horário das refeições.

Realmente estávamos saindo dali. William e o outro prisioneiro chegaram em um barco, e todos corremos em direção a eles. Meus bolsos pesavam com os antídotos. Minha vontade era pular nos braços do Will e gritar. Dos meus olhos saíam lagrimas de felicidade. Iriamos por um fim em tudo isso. Finalmente.

Entramos no barco.

Mas é claro que estava fácil demais. Subitamente, antes de alcançar Will, fui interrompida por um impacto tão forte nas costas que fui jogada ao chão, e para fora do barco. Quando atingi a água rasa senti a dor se espalhar em meu corpo.

Eu não conseguia me mover. E muito menos manter os olhos abertos.

Então eu vi Joel. Não, não era ele. Era outro homem. Um soldado. Eu parecia mais nova.

Ele olhava nos meus olhos e mandava eu ficar longe de encrencas. Que não poderia mais cuidar de mim porque já tinha uma família para cuidar.

E então o cenário mudou, e eu estava numa briga. Contra dois outros caras mais velhos. Óbvio que eu estava levando a pior. Mas ela chegou. Riley. Detonou os caras sozinha.

O cenário mudou de novo. Era madrugada. Eu estava no meu quarto. E ouvi passos lá fora. Eu segui o barulho até chegar em Riley. Saímos dali. Fomos parar num shopping em ruínas. Um velho soldado me levou para um passeio a cavalo.

Então eu pisquei e estava de volta ao meu quarto. Riley estava ali também, segurando um pingente dos vaga-lumes diante do meu rosto.

Agora os cenários mudavam rapidamente. Eu estava recebendo um envelope da marlene, uma carta da minha mãe. Depois eu e Riley estavamos no fliperama. Fomos mordidas. E então eu estava me abrigando da chuva com Tess e Joel. Mudou, eu e ele estamos lutando contra um grupo de caçadores, e então ele fica ferido.

Então chega o inverno, e subitamente tudo começa a pegar fogo, ouço afamiliar risada de David. Fecho os olhos e acordo num hospital com médicos com mascaras colocando um inalador no meu rosto. Eu apaguei. E os lugares continuavam mudando. As pessoas também. Eu vi Trent, Mable, Tommy e Maria. Então William apareceu. Até o Duque. Brandon também. Estavam todos de volta. Mas não estavam felizes. Will gritava meu nome. Trent chorava. Então o cenário mudou. Tudo estava escuro.