– Detetive Crawford, pode entrar ela já está lhe esperando. - ouvi o Policial falar e o agradeci. Dessa vez, havia entrado sozinha, estaria visitando Suzan que acabará de ser presa a poucas horas e confesso que nunca pensei em ter uma noite tão turbulenta assim, já eram quase 1 da manhã e eu estava ali na cadeia, apenas para poder arrancar mais algumas informações em cima da Mandante do crime, afinal onde estava Megan?
– Olha só se não é a detetive Crawford - ouvi Suzan responder debochada e me sentei a sua frente. Sorri ao ver suas mãos algemadas.

– Boa noite Senhorita Allen, e sua estadia como vai? - perguntei irônica o que me fez sorrir mais ainda.

– Não ficarei aqui por muito tempo - ela respondeu com um sorriso vitorioso.
– Bem .. - arqueei minha sobrancelha - Eu realmente acredito nisso pode ser que você seja solta, depende da sua cooperação com o meu serviço - falei e ela riu debochada. Ridícula e mimada! Argh, essa garota me dava nos nervos.
– Acha mesmo que vou cair nessa de confesse seu crime e reduzimos a sua pena? - ela falou atrevida.
– Ok, então apodreça na cadeia. - falei naturalmente e me levantei.
– Você acha mesmo que vai encontrá-la viva? - sorri comigo mesma, ponto ela estava o suficientemente perturbada para começar a falar de Megan e talvez soltar sobre seu paradeiro. - Daqui a pouco todos vão saber onde eu estou e ela estará morta em questão de segundos. Acha mesmo que eu seria burra de deixá-la sozinha? - me virei para Suzan com o mesmo sorriso falso em meus lábios.

– E você acha que nós somos burros? Já sabemos quem é seu comparsa, inclusive seu paradeiro. Ele é bem burro pra um criminoso perfeito, só que vocês dois esqueceram de um detalhe - a cara dela de pavor estava cada vez mais demonstrando que a qualquer momento ela poderia soltar a pista que nós tanto queríamos. - Sou Nicolle Crawford a melhor detetive que essa cidade já conheceu, e até os piores criminosos tropeçam na minha mão. - pisquei a ela que me olhava enfurecida.

– Ela irá morrer e você não será mais a lenda que diz que é . - sorri e ouvi meu celular chamar. Era Collins, ponto! Tempo o suficiente para rastrear o paradeiro de Megan. - Fala Collins, o que me conta?

– Encontrei o paradeiro de Megan, venha vamos buscá-la. Interior de Nova York, é em uma parte um pouco deserta perto de..– eu o interrompi no mesmo instante.
– Estou indo, obrigada - falei sorridente. - Bem, tenho que ir buscar minha prenda, espero que você apodreça atrás dessas grades senhorita Allen, foi um prazer imenso conversar com você.

– Ela estará morta - Suzan falava com um ódio incomum, como se realmente Megan tivesse feito algo grave a ela.
– Quem sabe - falei e ela insistiu.
– Aquela vadia vai morrer, só eu vou sair ilesa dessa história, somente eu! Você, seu parceiro, aquela maldita todos, irão pagar bem caro! Bem caro. - ela dizia com raiva.
– Senhorita Allen acabo de adicionar ameaça, desacato a autoridade e formação de quadrilha a sua ficha. Mais alguma coisa? - falei debochada e sai imediatamente dali. Allen poderia fazer a ameaça que fosse, mas não conseguiria o que queria. Não mataria Megan e nem machucaria Ross, mas, não ia mesmo!

(...)

Cheguei na delegacia Ross, Lee e Collins estavam a minha espera.
– Até que enfim, achei que fosse dormir por lá - Collins disse exagerado. Revirei meus olhos e vi Ross extremamente sério.
– Drama a essa hora da madrugada Collins? - perguntei e notei que a expressão de Ross não mudava. - Bem, aconteceu algo por aqui?
– Encontramos o paradeiro de Megan como eu lhe disse no telefone, quer dizer não exatamente o paradeiro, mas descobrimos a cidade em que ela está . - Collins respondeu aliviado. - é praticamente interior de Ogdensburg, só não localizemos a casa ou o local que ela está sendo mantida refém.
– Meus pais, tinham uma casa lá, na verdade minha mãe ainda tem. Podemos ir para lá e ficar de vigia. - Ross respondeu.
– Bem.. - eu falei.
– Você e Ross podem ir hoje, eu e Lee iremos amanhã a noite, assim que tudo ficar resolvido por aqui. Se vocês tiverem alguma novidade poderão nos avisar e daremos as providências.

– Tudo bem por mim... Ross? - perguntei e ele afirmou com a cabeça. - Bem, vou então arrumar minhas coisas aqui e depois ir para casa pegar algumas roupas...
– Olha só o grupo está combinando algo e não chamaram a detetive novata - ouvi uma voz aguda soar entre nós, era a da tal Lauren. Era só o que me faltava.

– Porque você não faz parte da equipe - respondi grosseiramente. Meu dia havia sido cheio demais para ter que aguentar chatices dela ainda.
– Vou comunicar ao Sr. Smithers sobre estarem me deixando de lado, nos casos então.. - ela falou enjoada.
– Isso o comunique - falei e antes que eu pensasse em continuar a falar o que eu estava antes de ser interrompida por essa jumenta ela abriu a boca novamente.
– Detetive Crawford, querida. Este caso não é mais seu, a partir de agora eu estou no comando dele esqueceu? Eu sugiro que eu e o Detetive Ross - ela piscou a ele , o que fez meu sangue ferver de ódio. Maldita vaca! - Acredito que nós dois devemos ir ao encontro da menina desaparecida.
– Senhorita Lauren, na qual eu não faço a menor questão de chamar de detetive. Em primeiro lugar, não sou querida sua, não sou íntima e nem pretendo ser. Em segundo lugar, você estava na sala quando o seu querido chefe disse para que EU resolvesse o caso. Vou traduzir para que você possa entender melhor : MEU caso, MINHAS decisões! Conseguiu compreender ou você prefere que eu desenhe? - falei irônica, enquanto os outros seguravam as risadas.

– Nossa você me odeia mesmo, o que foi que eu te fiz querida? - ela me olhava com falsidade.
– Nasceu, isso foi o suficiente, aliás você respirar já é o suficiente, porque não tenta fazer o contrário, faria um bem imenso para a humanidade. - falei rispidamente. - Ah e a propósito, como eu disse e repito não me chame de querida, eu não tenho parentesco com bovinos. - mantive meu sorriso irônico e fitei Ross, que mantinha o semblante sério.
– Acho que você está perdendo a noção não é? - ela me perguntou cruzando os braços.
– Acredito que você já tenha perdido a sua faz tempo, se é que um dia você teve uma. Collins , vamos manter conforme combinado tudo bem? - falei e ele afirmou com um sorriso maroto, eu queria rir, mas, nem que eu quisesse conseguiria estava extremamente nervosa e mexida com tudo aquilo. O pior é que Ross também estava e mal estava falando, aqui estava me agonizando profundamente.

– Ross, querido.. você vai com eles? - ela perguntou quase pulando em cima dele.

Respira Nick, respira pra não cometer um homicídio doloso.
– Irei, Nick é minha parceira e como manda o figurino, devo acompanhá-la aonde for para protegê-la e exercer o meu papel de um ótimo detetive. Você deveria ler o código de ética dos detetives, te ensinaria muitas coisas, principalmente que quando não se tem moral, não se deve abrir a boca. - Ross respondeu secamente me deixando de boca aberta. Oi? O que tinha sido aquilo?

Lauren saiu bufando em direção ao lado de fora do departamento, nem ligamos. Eu apenas precisava arrumar minhas coisas e fazer com que aquela sexta-feira acabasse logo, pelo amor de Deus, que dia!

(...)