Norman estava em transe. Ele estava tentando ajudar Anna. Se o fantasma dela estivesse ali, ele conversaria com o espectro para que voltasse ao corpo da menina. So que o problema era que não havia fantasma nenhum. Anna ainda estava viva, de alguma forma, mas depois de alguns minutos, ele desistiu de procurar espíritos e voltou a consciência.

– Elsa, Anna não esta morta. – ele começou. Ela olhou para ele aliviada. – Mas eu não sei como traze la de volta.

Nesse momento eles ouviram alguém batendo a porta. Elsa se adiantou ate a fechadura e a girou devagar. Em um segundo, um vulto com cabelos loiros entrou no quarto e correu ate a cama onde Anna estava.

– Kris- Kristoff?

O jovem garoto, de aparência rude acariciava o rosto de Anna, cheio de ternura.

– Elsa, o que aconteceu? – a voz dele estava fraca, rouca. Ela se aproximou, mas não muito e contou a ele o que havia acontecido. Quando ela terminou, ele estava com o rosto contraído, detendo as lagrimas.

– Kristoff, eu sinto muito, mas tenho uma reunião dos membros do concelho para atender. Você pode... ficar aqui se quiser. – Ele assentiu. – Bom, então, com licença.

Ela desceu as escadas o mais rápido que seus saltos permitiram. Norman veio correndo atrás dela. Na sala de reuniões, com o braço direito envolto em um manto purpura, Dracula estava sentado com a aparência doente.

– Senhor Dracula, o que aconteceu? – Elsa perguntou, cautelosa. O garotinho ouviu enquanto ele contava que haviam encontrado um rachadura no véu. Ele se transformou em morcego para olhar mais de perto, e foi quando uma fio de fumaça serpenteante se enroscou em sua asa, fazendo o cair e bater a cara contra o chão.

Nessa parte Norman soltou uma risadinha. O vampiro olhou pra ele e mostrou as presas fazendo Norman pular de susto. Depois disso ele foi ate Coraline, que conversava animada com uma garota de cabelos ruivos rebeldes. Ela estava mostrando como a varinha de Rabdomante funcionava. Aparentemente, elas haviam achado agua, porque suas roupas e cabelos estavam encharcados, pingando no chão de madeira.

Mais afastados estavam uma garota loira com mechas rosas e coturnos, que brincava com um relógio de bolso. Ao seu lado, um garoto gótico, com olhos negros e braços cruzados a olhava de canto, parecendo estar se divertindo com a cena. Nesse momento, Elsa estava escutando algo que MK lhe sussurrava no ouvido. Quando a garota se afastou, Elsa estava mais pálida que o normal, mas sacudiu a cabeça e se levantou.

– Hei, atenção pessoal. – Elsa se virou para o garoto e a garota no canto da sala. – Então, vocês disseram que viajaram ate aqui pelas sombras, como?

– Ahn, sem ofensas, vossa Majestade, mas, nos temos noticias urgentes, direto da Terra do Nunca. Meggie mandou. Não da tempo de explicar como funcionam viagens nas sombras. – o garoto gótico respondeu, entediado.

– Da terra do nunca? Ah, fala serio, esse lugar é so um conto de fadas! – Uma garota próxima a Norman falou. Lucille era o nome dela, pelo que ele se lembrava. – Não é? – Ela perguntou, um pouco insegura.

Elsa limpou a garganta.

– Ahn Lucille, Meggie é uma Língua Encantada, o que quer dizer que ela pode criar tempestades, tirar personagens e ate se transportar pra dentro dos livros, apenas lendo em voz alta.

Lucille arregalou os olhos e esbarrou em uma cadeira, se afastando um pouco de Elsa. Ela piscou varias vezes antes de responder.

– Ah tá. Ok então.

– Bom. Ela vai chegar aqui em alguns dias. Ela descobriu quem esta por trás do Vírus da morte, e vai explicar tudo quando chegar. – Alice, a garota loira continuou.

Depois de alguns minutos a sala de reunião estava vazia. Elsa dispensou todos pra irem as suas casas e descansarem. Coraline e Norman dormiriam no palácio, assim como Nico e Alice.

Durante o jantar, eles descobriram que Nico, era um filho de Hades, deus grego do submundo, o que explicava seu poder de viajar nas sombras. Quando Elsa contou sobre o que havia acontecido com Anna, ele e Alice se entreolharam rapidamente. Nico encarou Elsa com aqueles olhos negros como poços de escuridão e falou:

– Eu posso curar sua irmã, mas preciso do liquido que vocês derramaram nas chamas do templo.

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