– MK, por favor, já olhamos aqui, vamos embora!. – Violeta resmungava contrariada ao seu lado.

– Vi, eu tenho certeza de que tem alguma coisa aqui – MK respondeu afastando alguns arbustos e passando entre eles. Violeta falou algo mas ela não pode ouvir. Seus olhos estavam focados na enorme rachadura, de quase três metros, que seguia do chão ate pouco mais da altura das arvores. Com a voz tremula ela chamou:

– Violeta, Wilbur, eu encontrei. – no momento seguinte ela sentiu alguém bater contra seu corpo com força, mas não se importou. Estava preocupada com o fato de que sua cidade, protegida por séculos, estava ameaçada, por uma simples, mas terrível, rachadura.

Violeta, assim como ela emudecera, mas Wilbur desatara a falar, como se as palavras estivessem escapando de sua mente o mais rápido possível.

– Mas e agora? O que a gente vai fazer, tem como consertar? Por que se não tiver, nos vamos morrer! Não tem outro lugar além do refugio, a gente ta frito! – Enquanto ele gritava, segurando a cabeça com as mãos Violeta se virou pra ele. Colocou as mãos em seus ombros e olhou diretamente em seus olhos. O garoto começou a falar alguma coisa, mas uma mão estalou em sua bochecha com força, seguida pelas palavras irritadas de Violeta

– Controle se, garoto gênio!

– Elsa precisa saber disso. – MK falou. Ela se aproximou da rachadura e esticou a mão, mas antes de encostar, seu corpo ficou sem peso e ela desmaiou.

......

A sua frente se estendia a parte central do refugio. Mas havia algo diferente. O ar antes puro, se tornara acido, impedindo a de respirar. Ela ouvia gritos e lamentos abafados vindo de longe, próximo aos campos. Um garoto em uma aradura verde passou em seu campo de visão, agitando sua espada contra uma nuvem de escuridão. MK se perguntou como a espada poderia fazer algum dano a nuvem, mas no momento seguinte, com um grito agoniante a nuvem se desfez em cinzas. Quando ela olhou de novo a espada do garoto reluzia em uma substancia azulada. Porem antes que pudesse perguntar o que era aquilo, no ceu surgiu um vulto branco, com enormes asas brotando das costas. MK não conseguiu identificar seu rosto, mas ela lutava bravamente, com duas espadas, mantendo uma nuvem ainda maior, de puras trevas, afastada. Ela sentiu vontade de ajudar, mas quando tentou se mover, seus pês não saíram do chão. No fundo da sua consciência, uma voz suave, quase inaudível, lhe sussurrou:

– É apenas uma visão. Não há mais esperança para esse refugio. Não confiem no Templo, seu poder se esgota rapidamente. Garota, fuja! Não há mais nenhuma esperança.

.....

MK despertou com alguém sacudindo seus ombros. A sua frente, Violeta e Wilbur a observavam assombrados. Antes que pudesse explicar qualquer coisa, uma Rena apareceu correndo pela floresta, com um boneco de neve em suas costas.

– Sven, Olaff, E ai. Tudo em cima? – Wilbur saudou os, correndo ao lado de Sven e coçando seu pescoço. A rena fez sons de alegria e moveu uma das patas freneticamente.

O pequeno boneco de neve desceu, com um sorriso fofo estampando seu rosto.

– Olaa garotas, garoto. – ele disse se referindo a Will, que riu. – A Rainha Elsa me mandou chamar vocês. Outras pessoas passaram pelo veu. Um garoto e uma garota, eles tem um aviso e Elsa quer os membros do conselho estejam presentes.

Ele começou a caminhar de volta a Sven, quando se lembrou de algo.

– Ah, e o senhor Dracula esta ferido, ele foi atingido pelo Tenebrarum nos limites do véu.

♠♠♠