American Horror Story: Circus escrita por MikeJ


Capítulo 6
01x06: Just A Crazy Man!




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Luz forte, tão forte que ardia os olhos. Vozes ao redor, cheiro de remédios, soro nas veias. Foi tudo o que Stive viu, antes de desmaiar novamente.

Mais uma vez o policial abre seus olhos, esfrega sua mão direita no olho esquerdo, parecia confuso. Havia uma pessoa no quarto, um homem, branco, alto de cabelos castanhos encaracolados, olhos da mesma cor e usava óculos, pelas vestimentas era um policial de cargo mais elevado do que o de Stive. Ele estava de pé, ao lado da cama. Stive ao perceber a presença do homem, logo se desperta.

Stive: Tenente Igor!

Igor: Stive.

Os dois fazem um sinal de saudação.

Igor: Finalmente acordou.

Stive: Por quanto tempo eu estive apagado?

Igor: Isso não vem ao caso. Mas sim o motivo de você estar tão cansado.

Stive respira fundo e começa a contar.

Stive: Bem, tudo começou quando você mandou a mim e minha equipe naquele circo, em busca daqueles jovens...

Igor: Sim? Prossiga.

Stive continua e conta tudo o que havia presenciado. Uma dançarina pirotécnica com habilidades sobre-humanas, um homem-urso, o engolidor de espadas capaz de suportar cortes e ferimentos, o apresentador do circo psicopata, etc. Logo após terminar de contar tudo, Igor olhava com uma expressão estranha para Stive, uma mistura de desconfiança e espanto.

Igor: Homem-urso? Mutante de fogo? Policial, você está bem?

Stive: Você pode achar que eu estou louco, mas três jovens e dois policiais estão perdidos, naquele circo.

Igor: Olha, tudo isso é inacreditável, mas você está certo, temos cinco desaparecidos, devemos investigar.

O tenente faz um sinal e sai da sala, logo após sair da sala, a cena muda para a tenda de Madame Samy. A senhora fazia algo com suas cartas de tarô, quando ela para de repente, seus olhos ficam brancos por completo e ela tem uma visão. A cartomante havia acabado de ver todo o diálogo de Stive e Igor. Quase que instantaneamente ela sai de sua tenda e corre até a tenda de HappyEater, ela adentra no local rapidamente, bufando de cansaço.

Samy: HappyEater! HappyEater!

HappyEater: O que houve Madame Samy?

Samy: Policial, hospital, investigar!

HappyEater: O que? Tenha calma mulher!

Samy: Tudo bem...

A mulher respira fundo e logo em seguida diz.

Samy: Aquele policial que estava aqui no circo, conseguiu fugir! Ele está internado agora, ele já conversou com um tenente e eles irão investigar o circo, dessa vez com uma tropa maior.

HappyEater bate com o punho fechado na mesa, seus olhos expeliam raiva e ódio.

HappyEater: Avise todos os artistas para esconder, queimar, jogar fora, o que seja, tudo o que for suspeito ou que possa nos entregar.

Samy faz que sim com a cabeça e sai. A informação que começou a ser passada pela Madame vazou como uma rede de informação por todo o circo, em questão de minutos todos já sabiam. Artistas corriam de um lado para o outro. Cheiro de fumaça, eles queimavam algumas provas, buracos estavam sendo escavados por todo o circo, batidas e sons de correntes podiam ser ouvidos. Calabouços e passagens ocultas! Todos de alguma forma ou de outra escondiam seus “podres”. Madame Samy pensava em como esconder Gabriela.

Samy: O que eu faço com você?

Gabriela: Deixe-me ir! Simples assim.

Samy: Pra você fazer o mesmo que seu amiguinho? Não mesmo!

A feiticeira continuava caminhando de um lado para o outro, até que parou por um instante, pegou uma roupa em um armário e jogou no colo de Gabriela.

Samy: Vista isso!

Gabriela: Me obrigue!

Samy: Você não vai querer que eu faça isso.

Disse Samy com um olhar sombrio. A policial entendeu o olhar, após ser desamarrada, vestiu a roupa escolhida pela velha. Aliás, a roupa consistia de uma saia comprida, vermelha, com detalhes dourados, uma blusa estampada com símbolos de feitiçaria e em sua cabeça havia um lenço roxo com detalhes prateados.

Gabriela: Estou parecendo você. Uma velha!

Samy que estava de costas, vira-se rapidamente e furiosa. Logo em seguida ela estapeia Gabriela que cai sentada na cadeira, ela tenta levantar, mas Samy a prendia com uma força invisível. Samy sobe na cadeira, ficando sobre Gabriela, aproxima seus lábios no dela e começa a absorver uma áurea verde, aos poucos a juventude de Gabriela sumia, o mesmo acontecia com a velhice de Madame Samy. Depois de alguns minutos, Madame Samy agora estava jovem e a policial velha.

Madame Samy: E agora? Quem é a velha?

Gabriela: Mesmo eu estando nesse estado deplorável eu ainda posso falar, quando eles chegarem aqui, tudo será revelado!

A voz da mulher, agora velha, estava fraca e rouca.

Madame Samy: Obrigada por me avisar, eu até havia esquecido, isso ajudou muito.

A feiticeira vira-se e começa a espremer e amassar algumas coisas num recipiente, a mistura forma um liquido vermelho. Ela aperta as bochechas da policial e derrama o líquido em sua boca. Logo que imediatamente, a garganta de Gabriela começa a ficar vermelha, um vermelho forte que aos poucos se tornava um roxo. Ela gritava de dor, gritou até um certo momento, quando tudo o que saía de sua boca era gemidos baixinhos.

Madame Samy: Essa poção queimou suas cordas vocais minha querida. Você não pode falar e nem gritar mais!

Enquanto lágrimas escorriam sobre a face de Gabriela, Madame Samy gargalhava, uma gargalhada profunda e tenebrosa. A cena muda e mostra Dani e Keylla arrumando seus tecidos.

Keylla: Somos as únicas nesse circo que não temos nada para esconder.

Dani: Aquele pobre homem de 2005 não pode dizer o mesmo.

Keylla: Não me culpe! Você sabe quem eu sou, o que eu sou! Sabe que é difícil controlar meus instintos.

Dani: É por isso que se esconde nos tecidos?

Keylla: Sim, esse é o motivo, mas e você? Por que se esconde no tecidos?

Dani para por um momento, fica pensativa e depois responde.

Dani: Porque eu simplesmente gosto. As pessoas podem fazer as coisas porque gostam, sabia disso?

Keylla dá de ombros e continua organizando os tecidos. Logo após terminarem de organizar os tecidos, as duas saem caminhando e se deparam com Marcel limpando suas espadas.

Dani: Limpando as provas de seus crimes?

Marcel: Não preciso disso, se eu cometi algo no passado, ninguém sabe e por que? Porque eu simplesmente sei me livrar de tudo e limpar minhas mãos de toda a culpa.

Keylla: Então você já fez?

Marcel estava olhando para suas espadas enquanto as limpava. Através do reflexo de uma delas ele olha para as mulheres e diz.

Marcel: Isso não te interessa.

As duas reviram os olhos e saem do local. A cena muda, já era noite, tudo estava escuro e o circo estava em silencio. Até que Igor liderando uma equipe de aproximadamente dez homens invade o local.

Igor: Duas equipes de cinco, uma para cada lado, vamos encontrar essas pessoas ainda hoje.

O outro policial que liderava a segunda equipe concorda com a cabeça e sai. A equipe liderada por Igor adentra na tenda principal, logo após entrarem, os holofotes acendem e miram em direção aos policiais. No centro do palco estava HappyEater.

HappyEater: O circo já fechou faz um certo tempo.

Igor: Desculpe-me senhor, mas algumas pessoas desapareceram e todas foram vistas pela ultima vez aqui, no seu circo.

HappyEater: Pedir permissão não arranca um braço não é mesmo?

Igor: Meu senhor, somos autoridades. Se estamos aqui é por um motivo importante e se o senhor negar nossa presença aqui, teremos que agir com mais violência.

HappyEater: Tudo bem, tudo bem. Não quero violência no meu circo, fiquem a vontade para fazer o que vocês quiserem.

HappyEater adentra nas sombras e some, deixando que os policiais façam seu trabalho. Depois de cerca de duas horas, as duas equipes se encontram na entrada do circo.

Igor: Eu não achei nada, tudo limpo e vocês?

Tenente 2: Nós também não achamos nada, somente um simples circo.

Igor: Temos cinco desaparecidos, um único policial vivo...

Tenente 2: Você não está insinuando que o Stive...

Igor: Não, eu não estou insinuando, tenho certeza. Stive sequestrou e matou essas pessoas.

Os dois se encaram. A cena muda e mostra Stive acordando na cama do hospital mais uma vez, porém dessa vez ele estava preso à cama.

Stive: O que? Por que eu estou preso?

Igor: Investigamos todo aquele circo, policial, cada canto. Interrogamos vários artistas também. Nada foi encontrado e você foi o único que saiu de lá. Isso não soa estranho?

Stive: Eu sou um policial, por qual motivo eu mataria essas pessoas?

Igor: Diga-me você!

Stive: Vocês estão cometendo um erro!

Stive começa a gritar, mas era em vão, Igor e os médicos haviam saído da sala, deixando Stive sozinho, preso à cama.


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Notas finais do capítulo

Personagem novo:
— Igor (Tenente)

* Uma perguntinha para os leitores: Keylla disse que é alguém ou outra coisa. O que vocês acham que ela é?

ps: Para aqueles que gostam dos capítulos sangrentos e com mortes, desculpe-me, esse é o capítulo mais simples e "normal" (entre aspas, porque nada nessa fanfic é normal, hahaha).