American Horror Story: Circus escrita por MikeJ
Luz forte, tão forte que ardia os olhos. Vozes ao redor, cheiro de remédios, soro nas veias. Foi tudo o que Stive viu, antes de desmaiar novamente.
Mais uma vez o policial abre seus olhos, esfrega sua mão direita no olho esquerdo, parecia confuso. Havia uma pessoa no quarto, um homem, branco, alto de cabelos castanhos encaracolados, olhos da mesma cor e usava óculos, pelas vestimentas era um policial de cargo mais elevado do que o de Stive. Ele estava de pé, ao lado da cama. Stive ao perceber a presença do homem, logo se desperta.
Stive: Tenente Igor!
Igor: Stive.
Os dois fazem um sinal de saudação.
Igor: Finalmente acordou.
Stive: Por quanto tempo eu estive apagado?
Igor: Isso não vem ao caso. Mas sim o motivo de você estar tão cansado.
Stive respira fundo e começa a contar.
Stive: Bem, tudo começou quando você mandou a mim e minha equipe naquele circo, em busca daqueles jovens...
Igor: Sim? Prossiga.
Stive continua e conta tudo o que havia presenciado. Uma dançarina pirotécnica com habilidades sobre-humanas, um homem-urso, o engolidor de espadas capaz de suportar cortes e ferimentos, o apresentador do circo psicopata, etc. Logo após terminar de contar tudo, Igor olhava com uma expressão estranha para Stive, uma mistura de desconfiança e espanto.
Igor: Homem-urso? Mutante de fogo? Policial, você está bem?
Stive: Você pode achar que eu estou louco, mas três jovens e dois policiais estão perdidos, naquele circo.
Igor: Olha, tudo isso é inacreditável, mas você está certo, temos cinco desaparecidos, devemos investigar.
O tenente faz um sinal e sai da sala, logo após sair da sala, a cena muda para a tenda de Madame Samy. A senhora fazia algo com suas cartas de tarô, quando ela para de repente, seus olhos ficam brancos por completo e ela tem uma visão. A cartomante havia acabado de ver todo o diálogo de Stive e Igor. Quase que instantaneamente ela sai de sua tenda e corre até a tenda de HappyEater, ela adentra no local rapidamente, bufando de cansaço.
Samy: HappyEater! HappyEater!
HappyEater: O que houve Madame Samy?
Samy: Policial, hospital, investigar!
HappyEater: O que? Tenha calma mulher!
Samy: Tudo bem...
A mulher respira fundo e logo em seguida diz.
Samy: Aquele policial que estava aqui no circo, conseguiu fugir! Ele está internado agora, ele já conversou com um tenente e eles irão investigar o circo, dessa vez com uma tropa maior.
HappyEater bate com o punho fechado na mesa, seus olhos expeliam raiva e ódio.
HappyEater: Avise todos os artistas para esconder, queimar, jogar fora, o que seja, tudo o que for suspeito ou que possa nos entregar.
Samy faz que sim com a cabeça e sai. A informação que começou a ser passada pela Madame vazou como uma rede de informação por todo o circo, em questão de minutos todos já sabiam. Artistas corriam de um lado para o outro. Cheiro de fumaça, eles queimavam algumas provas, buracos estavam sendo escavados por todo o circo, batidas e sons de correntes podiam ser ouvidos. Calabouços e passagens ocultas! Todos de alguma forma ou de outra escondiam seus “podres”. Madame Samy pensava em como esconder Gabriela.
Samy: O que eu faço com você?
Gabriela: Deixe-me ir! Simples assim.
Samy: Pra você fazer o mesmo que seu amiguinho? Não mesmo!
A feiticeira continuava caminhando de um lado para o outro, até que parou por um instante, pegou uma roupa em um armário e jogou no colo de Gabriela.
Samy: Vista isso!
Gabriela: Me obrigue!
Samy: Você não vai querer que eu faça isso.
Disse Samy com um olhar sombrio. A policial entendeu o olhar, após ser desamarrada, vestiu a roupa escolhida pela velha. Aliás, a roupa consistia de uma saia comprida, vermelha, com detalhes dourados, uma blusa estampada com símbolos de feitiçaria e em sua cabeça havia um lenço roxo com detalhes prateados.
Gabriela: Estou parecendo você. Uma velha!
Samy que estava de costas, vira-se rapidamente e furiosa. Logo em seguida ela estapeia Gabriela que cai sentada na cadeira, ela tenta levantar, mas Samy a prendia com uma força invisível. Samy sobe na cadeira, ficando sobre Gabriela, aproxima seus lábios no dela e começa a absorver uma áurea verde, aos poucos a juventude de Gabriela sumia, o mesmo acontecia com a velhice de Madame Samy. Depois de alguns minutos, Madame Samy agora estava jovem e a policial velha.
Madame Samy: E agora? Quem é a velha?
Gabriela: Mesmo eu estando nesse estado deplorável eu ainda posso falar, quando eles chegarem aqui, tudo será revelado!
A voz da mulher, agora velha, estava fraca e rouca.
Madame Samy: Obrigada por me avisar, eu até havia esquecido, isso ajudou muito.
A feiticeira vira-se e começa a espremer e amassar algumas coisas num recipiente, a mistura forma um liquido vermelho. Ela aperta as bochechas da policial e derrama o líquido em sua boca. Logo que imediatamente, a garganta de Gabriela começa a ficar vermelha, um vermelho forte que aos poucos se tornava um roxo. Ela gritava de dor, gritou até um certo momento, quando tudo o que saía de sua boca era gemidos baixinhos.
Madame Samy: Essa poção queimou suas cordas vocais minha querida. Você não pode falar e nem gritar mais!
Enquanto lágrimas escorriam sobre a face de Gabriela, Madame Samy gargalhava, uma gargalhada profunda e tenebrosa. A cena muda e mostra Dani e Keylla arrumando seus tecidos.
Keylla: Somos as únicas nesse circo que não temos nada para esconder.
Dani: Aquele pobre homem de 2005 não pode dizer o mesmo.
Keylla: Não me culpe! Você sabe quem eu sou, o que eu sou! Sabe que é difícil controlar meus instintos.
Dani: É por isso que se esconde nos tecidos?
Keylla: Sim, esse é o motivo, mas e você? Por que se esconde no tecidos?
Dani para por um momento, fica pensativa e depois responde.
Dani: Porque eu simplesmente gosto. As pessoas podem fazer as coisas porque gostam, sabia disso?
Keylla dá de ombros e continua organizando os tecidos. Logo após terminarem de organizar os tecidos, as duas saem caminhando e se deparam com Marcel limpando suas espadas.
Dani: Limpando as provas de seus crimes?
Marcel: Não preciso disso, se eu cometi algo no passado, ninguém sabe e por que? Porque eu simplesmente sei me livrar de tudo e limpar minhas mãos de toda a culpa.
Keylla: Então você já fez?
Marcel estava olhando para suas espadas enquanto as limpava. Através do reflexo de uma delas ele olha para as mulheres e diz.
Marcel: Isso não te interessa.
As duas reviram os olhos e saem do local. A cena muda, já era noite, tudo estava escuro e o circo estava em silencio. Até que Igor liderando uma equipe de aproximadamente dez homens invade o local.
Igor: Duas equipes de cinco, uma para cada lado, vamos encontrar essas pessoas ainda hoje.
O outro policial que liderava a segunda equipe concorda com a cabeça e sai. A equipe liderada por Igor adentra na tenda principal, logo após entrarem, os holofotes acendem e miram em direção aos policiais. No centro do palco estava HappyEater.
HappyEater: O circo já fechou faz um certo tempo.
Igor: Desculpe-me senhor, mas algumas pessoas desapareceram e todas foram vistas pela ultima vez aqui, no seu circo.
HappyEater: Pedir permissão não arranca um braço não é mesmo?
Igor: Meu senhor, somos autoridades. Se estamos aqui é por um motivo importante e se o senhor negar nossa presença aqui, teremos que agir com mais violência.
HappyEater: Tudo bem, tudo bem. Não quero violência no meu circo, fiquem a vontade para fazer o que vocês quiserem.
HappyEater adentra nas sombras e some, deixando que os policiais façam seu trabalho. Depois de cerca de duas horas, as duas equipes se encontram na entrada do circo.
Igor: Eu não achei nada, tudo limpo e vocês?
Tenente 2: Nós também não achamos nada, somente um simples circo.
Igor: Temos cinco desaparecidos, um único policial vivo...
Tenente 2: Você não está insinuando que o Stive...
Igor: Não, eu não estou insinuando, tenho certeza. Stive sequestrou e matou essas pessoas.
Os dois se encaram. A cena muda e mostra Stive acordando na cama do hospital mais uma vez, porém dessa vez ele estava preso à cama.
Stive: O que? Por que eu estou preso?
Igor: Investigamos todo aquele circo, policial, cada canto. Interrogamos vários artistas também. Nada foi encontrado e você foi o único que saiu de lá. Isso não soa estranho?
Stive: Eu sou um policial, por qual motivo eu mataria essas pessoas?
Igor: Diga-me você!
Stive: Vocês estão cometendo um erro!
Stive começa a gritar, mas era em vão, Igor e os médicos haviam saído da sala, deixando Stive sozinho, preso à cama.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Personagem novo:
— Igor (Tenente)
* Uma perguntinha para os leitores: Keylla disse que é alguém ou outra coisa. O que vocês acham que ela é?
ps: Para aqueles que gostam dos capítulos sangrentos e com mortes, desculpe-me, esse é o capítulo mais simples e "normal" (entre aspas, porque nada nessa fanfic é normal, hahaha).