01x03: Escaping From Hell!

—--2002, Spring Valley, Nevada (EUA)---

Era uma bela tarde de primavera, uma garotinha, de aproximadamente 10 anos e cabelos vermelho- vivo, brincava no quintal, ela não brincava de boneca, ou de casinha.... A garota brincava de queimar folhas no quintal. Uma montanha de folhas secas pegava fogo, enquanto a menina corria e sorria feliz, ao redor das chamas. Até uma mulher surge na porta dos fundos, possivelmente sua mãe.

Mãe da garota: Nilla! Já falei pra parar de incendiar coisas!

Nilla: Mas mamãe...

Mãe de Nilla: Sem mais! Já pra dentro!

Nilla entra cabisbaixa. No meio da noite, enquanto Nilla dormia, a cena de sua mãe brigando com ela, se repetia várias vezes.

“Já falei pra parar de incendiar coisas!”

“Não pode queimar seus brinquedos”

Nilla se contorcia na cama, até que acorda sentindo um cheiro estranho. Sua cama estava pegando fogo! Mas o estranho era que Nilla não se queimava, mas ainda assim, ela correu desesperada para o quarto de seus pais. Porém já era tarde demais, as chamas já haviam chegado lá primeiro.

Nilla: Mãe! Pai!

Grita a garota, ao abrir a porta e encontrar seus pais mortos.

—--Atualmente, Circo Fannark---

Mais uma noite de show no Circo Fannark. Dezenas, ou até mesmo centenas, de pessoas entravam e saíam das tendas, mas como sempre, o movimento principal estava na tenda central. Onde o show havia acabado de começar.

Apresentador Alessy: Senhoras e Senhores! Sejam bem vindos ao Circo Fannark, onde os sonhos se realizam!

A plateia grita e vibra.

Alessy: E pra começar a noite... Keylla e Dani, nos Tecidos Acrobáticos!

De repente vários tecidos caem do teto. As duas moças sobem, com uma habilidade incrível. Elas fazem uma espécie de balanço com os tecidos, logo em seguida, Keylla abre uma espacate com um tecido amarrado em cada perna, os tecidos começam a desenrolar e ela começa a cair rapidamente. A plateia olha tudo aquilo aflita, mas era somente um truque, pois alguns centímetros, antes de tocar o chão, os tecidos travam, na mesma posição inicial. Em seguida, as duas se penduram nos tecidos e começam a rodar. Pareciam que estavam dançando no ar. Os tecidos davam um efeito incrível. Em meio aos tecidos, elas desaparecem e surgem no chão, onde agradecem o público e se retiram.

Apresentador Alessy: Uau! Se eu tentasse fazer isso... Já estaria numa cadeira de rodas!

Algumas apresentações se passam, até que Marcel, entra no palco.

Apresentador Alessy: Agora, com vocês... Marcel, o engolidor de espadas!

Marcel, sem perder tempo, se posiciona e começa sua performance, a música de suspense começa a tocar e o rapaz começa a colocar lentamente a espada. Em questão de dois minutos, Marcel havia engolido a espada completamente. Ele reverencia e a plateia aplaude. Marcel faz um movimento pedindo por silencio e começa a retirar a espada, o clima estava tenso, a plateia em silencio absoluto e... Ele conseguiu. A plateia grita e vibra eufórica.

Apresentador Alessy: é isso aí pessoal, agora vamos para uma pausa de 15 minutos e retornaremos com mais apresentações! Até mais.

As pessoas saem aos poucos para a praça de alimentação. Enquanto isso, em uma pequena tenda... Era a tenda de Madame Samy, pra ser mais específico. Gabriela, estava amarrada em uma cadeira, com um pano na boca, enquanto Madame Samy lia um livro negro. Gabriela tentava gritar, mas só saía murmúrios. Madame Samy para de ler e levanta-se furiosa.

Madame Samy: Estou tentando ler, não está vendo? Vadia!

Gabriela: Me tira daqui, velha arrebentada.

Madame Samy fica furiosa com o xingamento, então ela se aproxima de Gabriela, aperta suas bochechas e começa a sugar uma espécie de fumaça azul-clara. Em questão de segundos, alguns cabelos brancos e olheiras surgem em Gabriela, enquanto a pele de Madame Samy fica mais esticada e com a aparência mais jovem.

Madame Samy: E agora, quem é velha?

Gabriela estava ofegante, mas ainda assim, Madame Samy colocou o pano de volta na boca da moça. Que apaga em um sono pesado.

Madame Samy: Isso mesmo, durma. Amanhã preciso me reabastecer.

Ao dizer isso, a cena muda e mostra Alessy entrando numa câmara, onde só havia uma roleta em que Marcelo estava preso e uma mesa cheia de objetos de tortura.

Alessy: Olá de novo, sentiu minha falta?

Marcelo cospe, mas não atinge Alessy.

Alessy: Eu também senti a sua.

Marcelo: Por que você não vai pro inferno?

Alessy: Meu querido, nós já vivemos no inferno!

Alessy estava de costas, mas ao dizer isso, vira-se rapidamente e joga uma faca, que atinge em cheio a mão direita de Marcelo. Que grita de dor.

Alessy: O show dessa noite está sendo entediante. Divirta-me.

Marcelo apenas faz uma careta de dor, mas Alessy não liga, já que ele aperta um botão do seu “controle de tortura”. A roleta para na opção: “ esticador humano”

Alessy: Ah, esse jogo é interessante, mas tem um porém... Eu perco meu brinquedo.

Marcelo olha com uma cara de espanto para Alessy, que sorri.

Alessy: Mas tudo bem, o que não fazemos para nos divertir, não é mesmo?

Ao dizer isso, Alessy acerta um porrete na cabeça de Marcelo. A cena muda e mostra Lukas na sala de HappyEater, com a arquibancada de mortos, aliás, sua amiga Daniele, ainda estava lá, morta.

Lukas: Seu monstro! O que você fez com ela?

HappyEater começa a rir.

HappyEater: Ela está tão feliz, porque você está furioso?

HappyEater começa a gargalhar novamente, porém Lukas grita furioso.

Lukas: Me tira daqui agora!

HappyEater: Mas porque? Nem começamos a nos divertir ainda!

Lukas tenta abrir a porta, mas ela ainda estava trancada.

HappyEater: Quase ia me esquecendo... Funner! Funner!

O outro palhaço entra no local.

Funner: Meu nome é Walmor! Walmor pai!

HappyEater esmurra Funner fortemente.

HappyEater: Seu nome é Funner, você nasceu e morrerá como um palhaço. Se esqueça desse nome!

Funner faz um sinal afirmativo com a cabeça.

HappyEater: Sem mais delongas, vamos começar!

Um vidro surge e tampa a área em que os palhaços estavam, formando uma espécie de cabine. No local onde Lukas estava, começa a surgir um gás. Lukas tenta segurar a respiração, mas ao inalar aquele ar, começa a rir descontroladamente. HappyEater ria da situação, Funner também sorria, um sorriso forçado, mas ainda assim, sorria.

HappyEater: Filho, sabe do que precisamos? Tecido infinito!

Funner: Como é que é?

HappyEater: Tecido infinito que sai de nossas mangas... Um clássico não é mesmo?

Funner: Ah ta, é sim...

HappyEater: Mas eu não sou como qualquer palhaço.

Ao dizer isso, ele desliga o gás, pega uma faca e desce até onde Lukas estava. Lukas ainda estava acordado, porém ria muito.

HappyEater: Qual parte é melhor? Intestino ou a pele?

Funner não responde.

HappyEater: Responda!

Funner: Intestino... é o intestino.

HappyEater: Ótimo!

Logo após dizer isso, HappyEater enfia a faca na barriga de Lukas. Ele grita, dá algumas últimas risadas e apaga, Lukas apaga para sempre, Lukas morreu. Em seguida, HappyEater enfia a mão no buraco feito pela faca e começa a puxar o intestino do rapaz. Ele puxava com as duas mãos e ria, uma risada maligna e monstruosa. Após retirar tudo, ele entrega para Funner.

Funner: Eu não quero isso.

HappyEater: É um presente! Pega logo! Ou você quer virar um deles?

Diz HappyEater apontando para as pessoas mortas na plateia. Funner pega o intestino e ambos saem, deixando Lukas morto e todo ensanguentado, jogado no chão. A cena muda e mostra Marcelo acordando, ele olha ao seu redor e não vê nada e nem ninguém, mas percebe estar deitado em uma espécie de mesa, seus braços e pernas estavam esticados, fazendo tocar em cada canto da mesa. Mas não era uma mesa comum. Ela se expandia! Exatamente, a mesa mecânica estava esticando Marcelo até a morte.

Marcelo: Socorro! Alguém! Por favor, alguém me ajuda!

Seus gritos são em vão. Marcelo estava preso... Preso para morrer. Em uma outra tenda afastada. Stive estava amarrado em uma cama e sem camiseta. Ele olha ao seu redor mas não nota ninguém. Até que Nilla entra na tenda, ela vestia somente uma espécie de roupa de baixo vermelho, um vermelho bem vivo, como o fogo.

Nilla: Oi, dormiu bem?

Stive: Onde eu estou? O que você quer comigo?

Nilla: Você está na minha tenda e eu quero você!

Ao dizer isso, Nilla sobe na cama e começa a subir até estar bem próxima de Stive.

Nilla: Agora, relaxe e aproveite.

Nilla tenta abrir a calça de Stive, mas ele se rebate na cama.

Nilla: Nãoo, não, não. Seja mais gentil.

Ao dizer isso, Nilla aperta a coxa esquerda de Stive e pelo incrível que pareça, aquela área começa a queimar. Nilla estava queimando Stive com as próprias mãos.

Nilla: Isso é pra você aprender a se comportar.

Nilla sobe e tenta beijar Stive, mas esse recusa o beijo. Nilla fica furiosa e aperta o ombro direito de Stive, que também começa a queimar. Stive grita de dor. Do lado de fora da tenda, Mike caminhava, segurando seu boneco. Ele observa por uma fenda e percebe tudo o que está acontecendo. Mike entra na tenda.

Stive: Hey! Você! Por favor me ajude!

Ao virar-se, Nilla percebe Mike, de pé na entrada da tenda, observando tudo.

Nilla: Cai fora daqui Mike!

Mike: O que você está fazendo com ele é errado! Solte-o!

Nilla: Por que você não cala a boca?

Mike: Não... Por que VOCÊ não cala a boca?

Ao dizer isso, Mike retira uma arma de suas costas e atira em Nilla. O tiro acerta em cheio a testa da mulher, que cai morta no pé da cama.

Mike: Vamos, eu vou te tirar daqui.

Mike desamarra Stive que se levanta, mas ao tentar ficar de pé, cai sentado na cama.

Stive: Ela queimou minha coxa, mal consigo andar.

Mike: Tudo bem, vem.

Stive se apoia no ombro de Mike e ambos saem. Eles andam alguns minutos, até que param na entrada da tenda principal.

Mike: Temos que atravessá-la para poder sair daqui.

Stive: Tudo bem, vamos lá.

Os dois entram na tenda. Tudo estava silencioso, silencioso até demais. Os dois já estavam no meio da tenda até que Mike para.

Stive: Que foi?

Mike: Está tudo muito quieto!

Quase que em imediato, eles ouvem risadas e do teto, caem vários tecidos. Dani e Keylla surgiam e sumiam em meio aos tecidos.

Mike: Fique atento!

Stive: Mas por quê? São apenas tecidos!

Logo que Stive disse isso, dois tecidos o prenderam, um em cada braço, pra ser mais exato e começou a controlá-lo, como um fantoche.

Keylla: Você deveria ter escutado seu amigo.

Dani: Você quis dizer, o traidor.

As moças controlam Stive para que ele ataque Mike, mas ele desvia.

Keylla: Toda garota gosta de brincar com bonecos não é mesmo?

Dani: Ainda mais um desse tamanho!

Elas tentam prender Mike com o tecido.

Mike: Vocês sabem quem sou eu e ainda assim tentam me controlar? Idiotas!

Ao dizer isso, os olhos de Joe (o boneco), brilham, o mesmo acontece com os tecidos em que as moças estavam, arrebentando-os e fazendo-as cair no chão. Mike aproveita a chance e pega Stive.

Mike: Vamos, estamos quase na saída.

Faltava aproximadamente 3 metros para eles saírem, mas das sombras, surge Marcel, o engolidor de espadas.

Marcel: Aonde é que o traidor está indo?

Mike: Não te interessa, agora saia da minha frente. Agora!

Ao invés disso, Marcel avança com uma espada, porém os dois rapazes se soltam e Marcel acerta o vazio.

Mike: Nos deixe em paz!

Marcel: Ah é? Ou você vai fazer o que? Me matar?

Marcel começa a rir, até que Stive atira em Marcel, o tiro acerta o peito direito. Marcel segura a área onde o tiro acertou, enfia o dedo e retira a bala, logo em seguida, começa a rir.

Marcel: Isso é inútil e você sabe disso!

Marcel avança e tenta matar os dois, novamente. Porém eles desviam mais uma vez, quer dizer... Quase, já que a espada fez um pequeno corte em Mike, que grita de dor.

Marcel: Golpe final.

Marcel levanta a espada para atingir Mike, mas alguém enfia uma injeção em Marcel, que desaba mole no chão. A tal pessoa, era Funner.

Funner: Vão! Fujam daqui.

Os dois saem, mas Mike para e olha para trás.

Mike: Obrigado Walmor, vamos com a gente!

Funner: Você sabe que eu não posso ir!

Mike: é, eu sei que não.

Mike volta e abraça Walmor, logo em seguida, Mike e Stive saem andando e somem no meio das sombras. Enquanto os dois se distanciavam, Walmor, ou Funner, observava a cena, com lágrimas por todo o rosto.