2º temporada fanfic THG escrita por Anne Atten


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Thiilipe Potter Everdeen por recomendar a história! E realmente, estou muito chateada. Na primeira temporada todo mundo comentava, no fim dela, queriam a segunda. Daí postei e não tem quase ninguém comentando! Sério pessoal, to ficando muito brava...



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Respiro fundo e abro a porta do meu quarto. O vestido será apenas para o jantar, no momento uso uma calça vermelha (mas não daqueles vermelhos vibrantes) e uma blusa simples branca. Bom, não é literalmente simples, já que é de um tecido muito confortável e provavelmente valeria uma fortuna, mas é o melhor do simples que consegui por aqui.
–Ainda acho que poderia usar algo mais chique. - comenta Cinna.
–Eu estou bem assim.
Ele assente com a cabeça.
Cinna não tinha ficado me enchendo para trocar de roupa, ele disse que essa, apesar de simples, está bonita. Mas Effie faz totalmente ao contrário.
–Katniss! Você não vai sair assim! Volte já para o quarto e coloque outra roupa...
–Effie, eu não sou da Capital pra ficar usando roupas coloridas!
–Eu disse chique, não colorida! - ela resmunga.
Respiro fundo, tentando me controlar. Já deveria saber que ela agiria assim. Não tenho nada contra Effie, esse é o jeito dela.
–O que é que está acontecendo aqui? - pergunta Haymitch, adentrando a sala.
–A Katniss aqui, não quer se vestir melhor.
Haymitch apenas dá de ombros.
–Por mim, tanto faz.
Ele sai e Effie vai atrás dele, deixando eu e Cinna sozinhos. Me sento em uma poltrona e ele em outra. Observo o extenso campo, quer dizer que já estamos no 11. Não vai demorar muito para chegarmos.
–Vou deixá-los a sós. - fala Cinna. Não entendo de primeira, então me viro. Peeta está parado na porta.
O estilista sai e Peeta entra e se senta ao meu lado. Ficamos alguns segundos sem falar nada.
–Hum...bonito dia. - fala ele.
É nossa primeira conversa desde hoje cedo, quando ele meio que disse que gostava muito de mim.
–É.
Minha cabeça está para baixo, e acho que isso não é lá muito legal. Por isso levanto o rosto. Minha cabeça se choca com algo duro e depois macio.
–Ai. - resmungo ao mesmo tempo que Peeta.
Ele também estava com cabeça baixa. Ele também resolveu levantá-la, bem na hora que eu fiz o mesmo!
–Peeta, me desculpa. - falo. Seu nariz está sangrando.
–Me ajuda aqui!
–C-certo.
Pego um guardanapo que está na mesa e começo a limpar o ferimento.
–Tá doendo. - ele murmura.
–Eu sei...segura isso no seu nariz, tá? Vou pegar um gelo.
Ele assente com a cabeça.
Vou até o frigobar e pego um gelo. Pego um pano, que Effie me mataria se visse como eu vou usá-lo, e enrolo ele no gelo.
–Aqui.
Peeta tira o guardanapo ensaguentado do nariz e eu pressiono o gelo. Ele reclama de dor, mas eu não paro, até que o trem começa a desacelerar.
–Pronto, isso vai servir. Mais tarde você pode usar alguma pomada.
–Obrigado.
–Não há de que.
Me livro do pano e do guardanapo do lixo. Afinal, querendo ou não, eu que causei isso.
De alguma forma agradeço por ter sido assim, não tivemos que conversar sobre o ocorrido.
–Peeta, sério, foi mal mesmo.
–Você não fez nada, eu que sou lerdo.
Abro um pequeno sorriso. O que menos quero agora é que ele pense que fiz isso de propósito.
Passamos pela sala de jantar, rumo às portas do vagão. Passamos por um espelho e paro. Meu cabelo está bonito, meu rosto está mais bonito. Não me sinto assim a muito tempo. Continuo andando. O trem para bruscamente e caio nos braços de Peeta. Meu coração acelera. Ele me levanta e ficamos cara a cara. Não consigo sair dali, fico presa em seus olhos. A porta abre e levo um flash na cara. Saio do meu transe e me separo de Peeta.
Não tenho tempo nem de respirar, somos guiados para a casa do prefeito, onde vamos nos instalar e depois iremos para a praça, onde Peeta fará seu discurso ao distrito 11. Para a família de Rue...
Há apenas câmeras espalhadas, nos gravando, mas não encontramos mais fotógrafos. Percebo que existem muitos pacificadores e isso me dá um frio na espinha. Sem pensar, seguro na mão de Peeta. Ele me encara primeiro, mas depois a aperta. Como um sinal de "está tudo bem". Só que não está.
Sinto Snow ao longe, os olhos cravados na sua televisão, tentando entrar na minha mente, ver no que estou pensando. Isso me deixa desconfortável.
Felizmente, chegamos lá.
–Bem vindos. - o prefeito começa, mas não presto atenção. Meus olhos varrem por todas as direções, tentando ver onde estão as câmeras.
–Gostou daqui? - ouço a voz do prefeito, distante.
Peeta aperta minha mão.
–Perdão, como disse? - pergunto. Não sabia que ele estava se dirigindo a mim.
–Se está gostando. - ele abre um sorriso.
–Sim, belos...campos. - digo apontando para a janela. É a coisa mais lógica que penso.
Rue trabalhava ali, era explorada. Não consigo achar esses campos bonitos, mas não posso dizer isso.
–Bom, vou deixá-los descansar. Minha filha vai guiá-los para seus aposentos
Uma garota alta e bonita atravessa a porta. Ela tem cabelos longos loiros e olhos azuis. Percebo que sua aparência é meio deslocada por aqui, a maioria das pessoas tem olhos pretos e cabelos pretos nesse distrito.
–Por aqui. - ela diz e dá uma boa olhada em Peeta. Isso me incomoda.
Seguimos a garota. Effie e Haymitch estão conversando com o prefeito.
Subimos as escadas. A casa é grande e também sofisticada, prefeitos sempre tem alguns benefícios da Capital, mas nada impede que seus filhos sejam sorteados.
–Você, - ela aponta para mim. -Ficará nesse quarto de hóspedes. E você, - ela aponta para Peeta. -Nesse.
–Obrigado. - ele fala.
A garota é tão oferecida que abre um sorriso largo e enrola seu cabelo no dedo. Certamente, é uma garota bonita. Sinto uma pontada no estômago.
–Obrigada por nos guiar, agora eu preciso conversar com Peeta. - puxo ele para o meu quarto e bato a porta na cara da garota.
–O que foi isso?
–Isso o que? - pergunto dando de ombros. -Só preciso falar com você.
Não sei o que deu em mim, Peeta pode ficar com qualquer garota,não me importo...não mesmo.
–Ah, é? Sobre o que?
Tento pensar em alguma coisa.
–Snow. - isso. -Sinto que ele está me observando lá da Capital, ele está me analisando.
–Faz sentido...
–Peeta, eu to com medo. - falo sinceramente. Ele vem até mim e coloca a mão nos meus ombros. Meu coração parece prestes a sair.
–Não precisa ter medo, ele não sabe que planejamos...
Dou uma pisada forte no seu pé.
–Katniss!
–Desculpa, é só que...acho melhor não falarmos disso aqui. - sussurro. Ele assente com a cabeça. Não me sinto segura para falar aqui.
–Você acha que no trem... - começa ele.
–Não, não pode. Em hipótese alguma. Haymitch não seria tão descuidado. - mas não tenho tanta certeza assim. E se haviam câmeras no trem enquanto falávamos sobre a revolução?
Toc Toc
–Peeta, acho melhor você ir. - falo.
–Certo.
Ele abre a porta. É Effie.
–Ah, você está aqui! Lexi já está desfazendo suas malas.
Peeta sai do quarto e vai para o dele. Lexi. Esse é o nome daquela coisa.
–E eu vim desfazer as suas. - fala ela.
–É muito gentil da sua parte, mas não precisa, Effie.
Nunca fui mimada por ninguém, e nem quero, eu tenho mãos.
–Eu queria tanto te ajudar... - diz ela triste.
Não parece ser falsidade. Effie pode ser tudo, menos falsa. Ela por ser um pouco exótica demais, mas é uma boa pessoa. Ela gosta de ajudar. Me pergunto como ela se sente vendo as pessoas que viajam com ela pelo distrito 12, morrendo. Não deve ser feliz para ela.
–Pode ser, então.
Ela dá um sorriso de gratidão e começamos. Nunca tive tantas roupas, essas foram dadas pela Capital. Mais tarde o meu vestido laranja também estará aqui.


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Notas finais do capítulo

e então? Katniss com ciúmes...hehehe. espero ter mais comentários nesse capítulo



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