2º temporada fanfic THG escrita por Anne Atten


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

nossa, faz tempo que não apareço aqui...mas aqui estou! espero que gostem do capítulo



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Lexi estava de costas para mim, guardando algumas peças de roupa no armário.
–Obrigado, mas não é necessário, amanhã mesmo iremos partir.
Ela se virou para mim sorrindo.
–Então terei motivo para entrar aqui novamente sem ser uma intrusa.
Comecei a corar, nós tínhamos acabado de se conhecer, e ela estava dando em cima de mim? Talvez Katniss tenha tido aquele ataque porque tinha percebido isso...mas por que? Katniss com ciúmes? Era mais fácil um raio cair na minha cabeça.
–Acho melhor você sair, eu preciso descansar da viagem. - disse já tirando os sapatos. Teria no máximo uns vinte minutos, depois teria que me arrumar.
–Quer que eu traga um café?
Não seria má ideia, mesmo que quisesse Lexi longe, estava precisando de um.
–Pode ser.
Ela se retirou.

Cinco minutos depois, ouvi uma batida na porta.
–Pode entrar.
–Com licença.
Lexi apareceu com uma bandeja com a xícara de café, um potinho com açúcar e uma colher.
–Aqui está.
–Obrigado.
Com isso, ela se retirou, não sem antes dar um daqueles sorrisos estranhos. Bem, ela não era estranha. Lexi era uma garota bonita, impecável. Mas eu não queria nada com ela, ela me parecia interesseira, e além do mais, eu gostava da Katniss.
Tomei o café amargo mesmo, precisava ficar atento. Se os temores de Katniss fossem verdade...não queria nem pensar. Acabo cochilando com o pensamento que daqui a algumas semanas, estarei de volta em casa.

P.O.V Katniss
Vejo Lexi saindo do quarto de Peeta e depois de alguns minutos, ela volta lá com uma bandeja. Ele deve estar com dor de cabeça. Isso me dá a ideia de ir até lá. Mas talvez ele queira ficar sozinho...e também, acabei de falar com ele.
Consegui convencer Effie que não era preciso tirar todas as roupas, peguei as de cima mesmo. Nós vamos ir embora amanhã, não faz sentido arrancar tudo.
Ouço uma batida na porta.
–Pode entrar. - digo com a esperança de que seja Peeta. Mas me decepciono. -Ah, Lexi...precisa de alguma coisa?
–Só de conversar com você.
O que será que ela quer comigo?
–Pude notar que você não gostou muito de mim, não é mesmo? Queria saber o por que, Katniss, fiz algo que lhe desagradou?
Ela me olhou com uma falsidade que tive vontade de dar uns belos socos nela. Mas decidi ficar quieta, afinal, essa casa é dela.
–Imagine, Lexi. Nada. O que te levou a pensar isso? - já que ela é falsa, posso ser também. Não é nenhum problema.
–Que bom, então. Achei que não tivesse gostado de mim. Me desculpe qualquer coisa.
–Imagina, o que poderia ter feito? - abro um sorriso cínico e ela sai do quarto.
Não posso deixar de pensar que ela pode estar tramando alguma coisa.

Por mim, eu nem trocaria de roupa. Cheguei a meia hora, nem deu tempo de soar! Mas Effie disse que é melhor trocar de roupa, então ok.
Coloco uma calça preta de veludo, uma blusa cinza e uma blusa feita de lã muito bonita. Não sei para que todo esse luxo, o pessoal do 11 é simples, o pessoal do 12 também, não consigo entender. Ah, sim, tem a Capital também, temos que ser os ícones, os modelos a ser seguidos. Tenho nojo desse gente, mas logo eles irão pagar.
Meus pensamentos de vingança são interrompidos por uma batida na porta.
–Entra.
É Peeta.
–Katniss, está na hora do discurso. - assinto com a cabeça. -Vai ser difícil. Eu gostava da pequena Rue, sua irmã também.
–E eu também, mas vamos parar de falar sobre isso se não vou começar a chorar agora mesmo.
Ele concorda com a cabeça e descemos as escadas de braços dados.
–Katniss, você terá que ficar ao lado ele enquanto ele faz o discurso. - fala Haymitch.
–Não, Haymitch, ela não tem. - fala Peeta em minha defesa.
–Isso não é nenhum sacrifício, você consegue se controlar por alguns minutos. Só queremos que você apareça.
–Pra que fazer isso comigo? Você já foi para os jogos, eu perdi a minha irmã, essa garota me lembra tanto ela, por que diabos eu tenho que estar lá se o vencedor é Peeta?
Haymitch se aproxima de mim.
–Você não terá que falar nada, só ficar do lado dele, entendeu? É só isso.
Essa batalha eu não irei vencer, e também, se for pensar, não é nada demais.
Vamos até o edifício de justiça e eles abrem as portas. Na hora que eu vejo a multidão, me viro para entrar de novo, mas Effie me empurra. Não será nada fácil. Há dois palanques lá no fundo, um com a família de Thresh e outra com a de Rue. Seus olhos estão vermelhos e imagino o ódio que estão sentindo, não só de Peeta, mas de mim também.
–Boa tarde, estou aqui em nome do distrito 12.
Peeta continua seu discurso, falando sobre Thresh e sobre Rue. Uma lágrima escorre por minha face. Respiro fundo, ele aperta minha mão.
–Talvez queira dizer umas palavras.
Isso soa mais como uma afirmação do que uma pergunta. Limpo a garganta.
–Eu acompanhei os jogos como vocês, e eu sei a dor que sentem. - digo apontando para as famílias. -Minha irmã morreu, ela tinha a idade de Rue. Doeu tanto em mim e ainda dói, ela era uma inocente. Thresh e Rue também eram inocentes. Se eu pudesse fazer alguma coisa, eu faria. Quando vi Rue morrer eu me senti terrível, porque ela era amiga da minha irmã, tão pequena quanto ela. Era uma criança e não merecia aquilo! Ninguém merecia! Mas eu obviamente não podia fazer nada, e eu só queria dizer que eu sinto muito pela sua perda, mas que eu não posso fazer nada. Sou tão incapaz de agir quanto vocês são.
No momento em que falo isso, desejo não ter falado. As câmeras devem ter captado isso, isso foi uma crítica muito forte aos jogos. Foi um insulto à Snow. Peeta me olha como se eu fosse louca.De repente a população começa a fazer o nosso sinal de luto, respeito por minhas palavras, e quero gritar para que parem, que parem se não vão morrer. O primeiro que faz isso é arrastado.
–NÃO! NÃO FAÇA ISSO! - grito, mas os dois Pacificadores continuam arrastando-o. -PAREM!
Peeta me arrasta para trás e me debato, sem sucesso.
–FAÇAM ELES PARAREM!
As portas de fecham e Haymitch toma meu braço e me puxa escada acima, Peeta atrás.
–Ficou maluco, garoto? Como deixou ela falar alguma coisa? - pergunta Haymitch furioso.
–Você fez ela ir lá...
–Mas não para isso! E o que foi aquilo, garota? Você ridicularizou a Capital! Você os insultou!
–Eles mereceram! - grito, com os olhos cheios de lágrimas.
–Mas eles não queriam ouvir isso! Agora esse cara vai morrer, entendeu, morrer! E é tudo sua culpa!
Desabo no chão.
–Chega, Haymitch! Ela já entendeu que fez besteira, agora pare! Não vê que ela está mal? - Peeta grita.
Se eu causei esse tumulto por meu pequeno discurso improvisado, imagine se eu tivesse estimulado o povo a lutar...no momento eu tinha achado minhas palavras dignas, eu só disse a verdade, que sentia muito pela perda, mas foi muito mais do que isso para eles.
–Katniss, Haymitch já foi. - fala Peeta, passando a mão nos meus cabelos. -A culpa foi minha, você estava muito nervosa, recentemente magoada...
–Não foi sua culpa, fui eu que falei aquilo tudo, só não sabia que ia causar tudo aquilo. - começo a soluçar de tanto que choro. Então Peeta me envolve em seus braços, e de alguma maneira, me sinto mais segura do que realmente estou.
–Logo logo estaremos em casa e tudo isso vai ter terminado. - fala ele. -Se você não estiver bem, nós não vamos no tal do jantar.
Ah, o jantar. Tinha me esquecido completamente.
–Não estou com a menor vontade, mas isso não conta. Eu preciso ir, certo? Sou sua namorada, esqueceu? - abro um sorriso amarelo. -Eu tenho que ir.
–Não deveria ter te metido nessa viagem, desculpa.
Dou um tapa no braço dele.
–Para de se desculpar, caramba. Ninguém me obrigou a vir.
Engraçado que uns dias atrás eu estava reclamando de ter vindo.
–Você fez um favor a mim e a minha mãe, pelo menos me sinto mais segura. Não sei se realmente estou, mas tenho impressão que por enquanto está tudo bem comigo. - falo.
–Vamos, então.
Ele estende a mão e me levanto do chão.

Chegamos na casa do prefeito, que está vazia. Ele já deve estar preparando os últimos detalhes para o tal jantar. Subimos as escadas e quando terminamos de subir, Peeta tomba pra frente.
–Você está bem? - digo segurando-o antes que ele caia. Ele se apoia na parede.
–Me deu um mal estar agora...deve ser por causa de tudo isso que está acontecendo. Vou me deitar, daqui a pouco passa.
–Tem certeza de que está tudo bem? - pergunto, realmente preocupada.
Ele assente com a cabeça e entra em seu quarto. Eu vou para o meu.


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Notas finais do capítulo

e aí, o que acharam? o que será que o Peeta tem? tan tan tan tan



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