O Renascer dos Saiyajins escrita por jdredalert


Capítulo 8
Capítulo 8: De volta ao lar!


Notas iniciais do capítulo

Finalmente chega o momento de deixar o Império Kelfo e retornar ao lar. Fortes emoções aguardam não somente o momento da despedida, mas também quando Spark estiver de volta na segurança da Fortaleza.



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Capítulo 8: De volta ao lar

 

As feridas do corpo de Spark foram cicatrizando em meio a uma agradável sensação de calor que se desprendia das mãos de Lily. Em menos de um minuto seus ferimentos simplesmente desapareceram, e o garoto vestiu novamente sua camisa, sorrindo para a garota, que ainda parecia preocupada. Eles já se encontravam na segurança do Templo, mas ainda assim tinha algo errado com a aprendiz de Sacerdotisa. Ela parecia séria demais, sem o habitual – e belo – sorriso no rosto. Aquilo perturbou Spark, a ponto dele perguntar a ela o que estava acontecendo.

- Ei Lily...  o que há de errado com você? Você passou o dia inteiro meio diferente. Tá tudo bem?

- Spark... Você sabe o que vai acontecer amanhã, não é? – ela perguntou, sem olhar os Saiyajin nos olhos – Você sabe que amanhã você deverá ir embora... Meu pai lutou muito enquanto você estava aqui treinando, mas não conseguiu... ele não conseguiu que você ficasse aqui por mais tempo... Spark, eu sinto muito...

- Lily... eu não sabia disso.

- Pois é... eu disse para o papai... disse a ele que eu queria que você ficasse aqui conosco, que eu queria que você vivesse aqui... que vivesse comigo. Mas o Imperador é muito inflexível, ele diz que não podemos permitir que você viva entre nós, você... um estranho...

Lily estava com a voz embargada, era evidente que a jovem Kelfo estava contendo o desejo de chorar. Mas por algum motivo, ela se recusava a deixar as lágrimas saltarem do próprio rosto. Mesmo assim, ela continuou a falar, ainda evitando o olhar de Spark.

- Durante todo este tempo que você esteve aqui, eu fiz questão de estar do seu lado. Queria construir algo, uma relação de confiança... queria tanto que você me notasse. E, por fim, isto acabou acontecendo. Pena que foi apenas agora, no final. Spark, eu não quero que você vá. Por favor, fique aqui comigo! Conseguiremos juntos, eu e você, um direito para que você permaneça entre nós! Nem que isto leve anos, nem que eu dedique toda a minha vida ou sacrifique o meu cargo de Sacerdotisa, mas eu farei isso se for por você!

- Isto não seria justo. – respondeu o Saiyajin depois de um tempo silêncio, seu rosto apontado para o chão como se houvesse algo de muito interessante em seus sapatos – Lily, isso não seria justo com você. Você me conhece há apenas um mês, mas quer desistir de tudo que batalhou durante toda a sua vida! Isso não seria certo, eu não quero arruinar o futuro de ninguém. Além do mais, você sabe que pertencemos a mundos diferentes... Mesmo que eu fique vivendo aqui, entre vocês, eu sou um guerreiro. Não posso negar isto, está no meu sangue.

- Mas é justamente por isso que eu quero que fique, Spark! – exclamou a jovem , agora não se segurando mais e deixando as lágrimas escorrerem por seu lindo rosto – Quando eu te conheci você estava extremamente ferido, entre a vida e a morte! E hoje, eu vi o porque disso! Não é porque você enfrentou um inimigo acima de seu nível, ou porque você seja um guerreiro de classe baixa, e sim porque os Saiyajins lutam por prazer! E este prazer acaba ferindo não apenas a você mesmo, mas a outras pessoas ao seu redor! Spark, eu me preocupo muito com você, e eu não quero nunca mais te ver ferido daquela maneira, tão fraco que não conseguia nem ao menos comer sem a ajuda de outra pessoa! Spark... eu te amo. E queria muito que você e eu pudéssemos viver aqui juntos, para sempre.

- Lily... eu... – porque parecia tão difícil para o jovem Saiyajin proferir aquelas palavras? – Eu também amo você... mas as coisas não podem ser desta forma. Eu acredito que não foi por acidente que eu vim parar aqui... conhecer você, seu pai, Simon e o Mestre Khan... tudo isso teve um propósito. Mas eu não posso permanecer entre os Kelfos. Neste exato momento, eu sinto meu lar me chamando de volta. Eu sinto que eu devo voltar para casa, para a única pessoa que foi a minha família, durante toda a minha vida: a mestra Lenia.

Spark caminhou até a garota e a abraçou, como nunca havia feito antes. Com todo o carinho e cuidado que ele havia aprendido a dedicar apenas a ela, como se quisesse protegê-la de todos os males do mundo. Ela encostou a cabeça no peito do rapaz, lá permanecendo sem dizer uma única pelavra.

- Eu nunca vou te esquecer, Lily. Nunca mesmo. Você marcou a minha vida de um jeito único e eu devo a você muitas de minhas conquistas. Você me ensinou muitas coisas sobre a vida e sobre os sentimentos e isso é algo que vou levar até o final da minha vida, mas... espero que você possa me perdoar. Porque, pelo menos por enquanto, eu não posso ficar aqui. Espero que um dia tenhamos uma nova chance e então poderemos ser felizes. Mas agora, eu tenho uma tarefa importante a cumprir, preciso me tornar logo o Super Saiyajin. E você, tem que terminar seus estudos e se tornar uma grande Sacerdotisa, para que possa mudar o seu reino e torná-lo mais aberto às pessoas de fora. Só assim poderemos viver juntos. Não acha?

Os olhos de Lily, molhados por causa de suas lágrimas, encheram-se de brilho. Viu nas palavras de Spark uma grande verdade, que deveria primeiro seguir com seu sonho de se tornar uma Sacerdotisa para que, juntamente com seu pai, pudesse tornar o Império Kelfo mais aberto a outras culturas. Ela sorriu para Spark, aquele sorriso doce que ele tanto gostava de admirar e o apertou com mais força.

- Você está certo... nem tudo que a gente quer, a gente pode ter na hora não é mesmo? Você é um exemplo vivo disso... quer ser mais forte, mas para isso tem que trabalhar duro! Acho que aprendi isso com você, Spark. Um sonho só se torna realidade com dedicação!

- Ah, sério? He, he, he... não era bem minha intenção! – Spark disse, completamente sem jeito, coçando atrás da cabeça. Lily apenas o puxou pela mão.

- Vem, se eu bem te conheço, você deve estar morrendo de fome! Vamos comer antes que os alunos do Mestre devorem tudo e não sobre nada para você sustentar esse seu estômago anormal! – brincou Lily, puxando-o até a área do Templo onde os alunos se reuniam para comer.

O resto da noite transcorreu normalmente. Uma breve chuva caiu, fazendo subir o agradável cheiro de terra e grama molhada, enquanto que todos se preparavam para descansar. Spark sentia-se muito bem em saber que ia voltar para casa, embora a idéia de se separar de Lily o deixasse um pouco triste. No entanto, mal conseguia se conter de emoção, imaginando que quando chegasse à Fortaleza iria querer exibir para Lenia seus novos poderes. Queria encher sua tutora de orgulho, como nunca havia feito antes em toda a vida. Queria mostrar para ela que, além dele não ser um fraco, que o treinamento dela não teria sido em vão e que ela poderia finalmente ficar satisfeita com o progresso que ele havia feito. E sorriu ao se lembrar de algo que ela havia dito para ele, no último dia de treinamento que tiveram juntos antes dele ser emboscado por Asus e vir parar no Reino dos Kelfos:

- Serei sincera com você... você é um dos alunos mais aplicados que eu já tive. Poucos treinaram duro como você e nenhum deles por tanto tempo. Você tem garra e determinação, porém é justamente isso que está começando a me desanimar. Você já deveria estar pelo menos no nível do garoto de Tank, mas a realidade é outra totalmente diferente. Você nem ao menos consegue me surpreender numa luta, nunca conseguiu me ferir e isso me faz pensar que talvez tudo isso, toda essa sua vontade de querer ser o Super Saiyajin seja uma grande perda de tempo.

- Não! Não é uma perda de tempo, não é!

- Então prove! Mostre-me desempenho! Quero evolução! Se você não começar a evoluir logo, não terei outra alternativa senão convocar uma reunião com o Governador Dio e dizer à ele que não quero mais para mim a responsabilidade de treiná-lo. É com você, Spark. É hora de você provar para mim e para todos os outros que, se ao menos não puder ser o Super Saiyajin, pode ser um poderoso guerreiro, tão forte quanto os guerreiros de primeira classe.

Deitado em sua cama, o jovem Saiyajin suspirou satisfeito. Havia conseguido progredir muito em um mês e iria mostrar para sua tutora o desempenho que ela tanto queria. A única parte que não lhe animava era ter que se reencontrar com Asus. Sabia que ele não ficaria nem um pouco feliz em revê-lo e que ambos ainda tinham contas à acertar. Se metade de seu treino teria sido para alegrar sua tutora, outra metade era para poder dar o troco em Asus, o arrogante guerreiro Saiyajin de primeira classe, cujo orgulho e o egocentrismo eram três vezes maiores que seu poder de luta, que já era surpreendente. Divagando sobre seu rival, lembrou-se de uma conversa que teve com Lenia há alguns meses, quando ambos assistiram Asus humilhar um garoto em treinamento sem nenhuma causa aparente, batendo nele em seguida.

- Toda essa arrogância, essa forma prepotente de falar – observou Lenia, sem tirar os olhos do pupilo de Tank – e até mesmo alguma coisa no estilo de luta deste garoto me lembram muito o Príncipe Vegeta.

- O Príncipe Vegeta? – repetiu o jovem, surpreso – A senhora o conheceu, mestra Leina?

- Hmpf... sim. Eu era uma adolescente na época que ele nasceu. 3.560 de poder de luta ao deixar o ventre da mãe. Aos cinco anos de idade, ele já era tão forte quanto seu instrutor, Nappa. Mais forte até, talvez. Mas desde pequeno, quando começou a aprender a falar, que as frases preferidas de Vegeta eram “seu verme” ou “miserável insolente”. Juntou-se o fato dele ser o Príncipe dos Saiyajins com o orgulho natural de nossa espécie e estava feito, o maior poço de arrogância que o Universo conheceu.

- O Príncipe Vegeta... qual o fim dele, mestra?

- Ninguém sabe ao certo que fim levou o Vegeta de uns anos para cá, mas sabemos que depois que Freeza destruiu nosso planeta, ele ludibriou Vegeta, Nappa e Raditz, filho de Bardock, dizendo que nosso planeta original tinha sido destruído por um meteoro e os três continuaram trabalhando para ele. Freeza desgraçado... ainda bem que alguém deu cabo dele... um suposto Super Saiyajin, cujo nome que corre o espaço até os dias de hoje seria Goku.

Logo Spark foi trazido de volta de suas lembranças do passado, ao ouvir passos vindos do lado de fora de seu quarto. Reconheceu aquele ki como sendo o do Mestre Khan, que conversava algo com Simon. Não conseguiu ouvir do que se tratava o assunto, mas por um momento pensou ter ouvido o próprio nome.

Resolveu dormir. O mais rápido ele o fizesse, o mais rápido estaria voltando para casa. Então, relaxou seu corpo e permaneceu deitado, imóvel, até o sono chegar a lhe arrancar do estado consciente.

 

* * *

 

No corpo, estavam suas vestes azul marinho. Nos pés, os sapatos de couro de animal. Em seu espírito, a ansiedade em voltar para casa. De manhã bem cedo Spark já estava de pé, preparado para ir. No entanto, não queria ir embora sem se despedir de todos – principalmente Lily – ou ficaria bastante sentido consigo mesmo. Ele pôs os pés para fora do quarto, passando os olhos pelo Templo pela última vez. Iria guardar cada um daqueles momentos, cada recordação daquele lugar místico por toda a sua vida. Fora naquele lugar onde ele dominou as técnicas mais incríveis e aumentou bastante seu poder. Estava grato ao Mestre Khan por tê-lo treinado e grato ainda mais por sua sorte de ter sobrevivido à luta com Asus. E de uma coisa tinha certeza: as coisas seriam muito diferentes agora, quando voltasse para a Fortaleza.

Ouviu um som de madeira e ferrolhos antigos rangendo, e sabia que aquele era o som dos portões principais do Templo se abrindo. Pouco depois vieram o Mestre Khan e o Chanceler Kopf, acompanhados por um terceiro homem que Spark não conhecia. Ele usava longas vestes brancas e usava dois colares feitos de ouro, além de um estranho adorno feito de prata e cravejado de pedras preciosas que usava na cabeça, como uma coroa. Kopf sorriu ao ver o jovem Saiyajin, que apesar de acenar para ele, não conseguia tirar os olhos do estranho. Ele tinha os olhos cerrados e uma expressão fria no rosto, onde deixava crescer uma barba semi-grisalha. E sem dúvidas, ele não para de olhar para mim.

- Meu rapaz! – disse o Chanceler, animado em rever Spark – Como tem passado?  O Mestre Khan lhe treinou bem, presumo?

- Sim senhor, ele fez um bom trabalho – respondeu o Saiyajin, querendo forçar um sorriso, prestando bastante atenção no outro homem – Hmm... é... e o senhor? Como vai?

- Ah, eu estou bem meu jovem, embora cansado. Tentei durante todo este mês convencer os outros membros do conselho para que ficasse aqui entre nós mais tempo, mas infelizmente eu fracassei... este homem que está aqui se chama Wulfric Price, ele é o líder do Conselho de Anciões e assim como eu é conselheiro direto do Imperador. Ele veio comigo para se assegurar de que você, bem... vai deixar as fronteiras do nosso Império.

Spark notou que o Chanceler tinha um grande pesar em sua voz, mas que disfarçava uma pitada de revolta também. Ele tentou imaginar Kopf e ele discutindo sobre sua permanência ou deportação do território Kelfo, com o pai de Lily sempre levando a pior em todas. Para tentar fazê-lo sentir-se melhor, Spark sorriu.

- Não será necessário. Eu já precisava voltar para casa mesmo... – disse o Saiyajin, tentado parecer extremamente feliz da vida – tenho meu treino a concluir ainda, e não posso simplesmente abandonar a mestra Lenia.

- Pois então faça-o logo, Saiyajin. – disse o homem que atendia por Wulfric Price, com uma voz rouca e carregada de arrogância e desprezo – O mais cedo você voltar para a sua casa, melhor vai ser para ambos os povos.

O olhar de Spark mudou-se totalmente, ao ouvir a voz do homem e os dois se encararam por um instante. Ele não parecia ser mais forte que o Saiyajin, mas por algum motivo não pareceu se abalar nem um pouco com a expressão facial penetrante do jovem ou a grande intenção combativa que ele exalava.

- Não posso – foi a sua resposta, quando finalmente tomou o controle de suas próprias emoções – Pelo menos, não ainda.

- Oh, e posso saber porque não? Você acabou de dizer que era preciso voltar ao seu lar e agora não pode?

- Lily. Não vou embora sem me despedir dela.

O homem ficou vermelho, e suas expressões ficaram ainda mais duras. Olhava encolerizado para Spark, enquanto a parte inferior de seu olho direito tremia involuntariamente. Quando finalmente conseguiu abrir a boca para falar, sua voz saiu ainda mais seca e arrastada.

- Khan. Vá chamar a garota agora. Diga a ela que seu amiguinho Saiyajin está de partida. – ordenou o velho ao Mestre Khan, que nem ao menos se moveu.

- Eu preferia esperar até ela acordar...

- Escute aqui seu filhote de macaco insolente, você não prefere nada! – Wulfric explodiu de raiva, incapaz de se conter - Você já passou de todos os limites, entrou em nosso território sem nosso consentimento, treinou nossas artes com um de nossos melhores mestres e ainda por cima ousa vir desafiar abertamente um membro do Alto Escalão do Império Kelfo? Entenda uma coisa, nós não queremos você aqui! Não queremos que você fique aqui entre nós, queremos apenas que você pegue este seu rabo peludo e suma daqui, está me entendendo!?

Por um instante bem longo em sua mente, Spark quis revidar. Revidar com palavras, ou mesmo com atitudes iria saciar sua vontade. Assistiu várias vezes dentro de sua mente a imagem de seu punho acertando a boca do velho Kelfo, arrancando-lhe todos os dentes num único golpe e deixando-o jogado no chão, em meio a uma poça do próprio sangue. E em seguida, controlou o máximo que pôde seus instintos agressivos e terminou a sua frase, fingindo não ter ouvido uma palavra sequer de Wulfric.

- ...não acha senhor Kopf?

Wulfric, ainda mais irado, deu as costas para os presentes e dirigiu-se à saída do Templo, bufando a cada passo. Quando finalmente deixou a presença de todos, Kopf suspirou e virou-se para Spark.

- Peço que me desculpe, meu jovem... Mas Wulfric é com certeza a pessoa que o Imperador mais ouve, mais até do que eu. Ele foi nomeado o líder do Conselho e tentou me boicotar em tudo desde então, principalmente depois de sua chegada... quase conseguiu virar o Conselho contra mim, alegando que eu estou louco. Minha popularidade me salvou de uma aposentadoria precoce...

- Ele me parece um pouco o Asus, o Saiyajin que quase me bateu. Fica fazendo questão de dizer que é alguma coisa... para mim eles dois não passam de lixo.

- Bom, é melhor agilizarmos logo as coisas... – falou Kopf, tirando o suor da testa com as costas das mãos – Khan, meu amigo, poderia ir chamar a minha filha por favor?

- Mas claro, Kopf. Aguarde um pouco.

Os dois permaneceram conversando um pouco até que o velho Mestre voltasse com Lily, que estava com cara de quem tinha acabado de acordar, mas mesmo assim ela correu até o Saiyajin e o abraçou com força. Spark retribuiu o carinho, dando-lhe um beijo logo em seguida, o que deixou a jovem Kelfo corada. Não estava acostumada a fazer aquilo na frente de outras pessoas, principalmente de seu pai, mas ele não parecia se importar.

- Então, você está indo embora agora mesmo? – ela perguntou, com um olhar tristonho.

- Sim... o dever me chama. – ele respondeu, olhando em direção ao horizonte, instintivamente buscando uma direção para casa – Mas não se preocupe... não é uma despedida definitiva, eu prometo que vou voltar para você, está me entendendo?

- Sim! E eu prometo que quando você voltar, serei uma Sacerdotisa... e juntos poderemos lutar para que você possa ficar entre nós!

- É, é bom mesmo... – respondeu o Saiyajin, vendo que Wulfric estava voltando – Tem muita coisa no seu Império que precisa mudar, para que só então possamos viver juntos. Né?

Lily o presenteou com mais um de seus belos sorrisos e os dois se abraçaram e se beijaram mais uma vez, Spark tendo certeza que Wulfric estaria no mínimo com uma expressão de nojo e desprezo no rosto, mas nem se importava. Tank costumava dizer que “Cara feia para mim é fome... por isso como sempre muitos pernis para poder ser sempre lindo!”, então aquele homem deveria estar com uma bruta fome.

Quando terminaram o beijo, Spark deu as costas e se preparou para alçar vôo de volta pra casa, mas foi detido por uma jovem voz masculina.

- Spark! Espere um momento!

Simon veio correndo, trazendo em uma das mãos o rastreador do Saiyajin, cuja lente verde estava levemente rachada desde o dia que haviam se conhecido.

- Ah, pode ficar Simon! Você me ensinou a sentir o ki, agora este aparelho é inútil.

- Mas Spark... não acha que ele é tão inútil para você quanto é para...

- Apenas fique com isso. Quando nos conhecemos, eu percebi que você não gostava muito de mim. Eu também não gostava de você, mas depois de treinarmos juntos todo este tempo, eu já posso te chamar de “meu amigo”. Então fique com ele, como sinal de nossa amizade... e prometa que sempre que for entrar numa batalha de agora em diante você vai usar este rastreador, como uma espécie de amuleto de boa sorte, ok?

Simon não esperava aquilo, ficando desconcertado. Era verdade que não gostava muito do Saiyajin, mas aquela já era a segunda vez que era chamado de amigo por ele. Então, sorriu enquanto guardava cuidadosamente o aparelho dentro de suas vestes.

- Pode deixar meu amigo. Vou usar sim... E se eu ver que vou perder uma luta, irei apelar para o seu espírito de Saiyajin para poder vencer. Eu lhe prometo isso.

Spark sorriu de volta, erguendo para o guerreiro Kelfo o polegar, que por sua vez retribuiu o gesto também. Então, deu as costas e, após liberar seu ki, disparou nos céus em altíssima velocidade com seu corpo envolto pela aura clara de sempre.

- Até que enfim... que enrolação para este sujeito mal-caráter ir embora... – Wulfric deu as costas e saiu praguejando, maldizendo Spark de todas as formas possíveis.

Lily e Simon permaneceram no lugar onde o Saiyajin alçou vôo e ficaram a olhá-lo sumir no horizonte. Kopf por sua vez chamou o Mestre Khan a sós.

- E então meu amigo... o que achou dele? – perguntou o Chanceler, sério.

- Ele tem um grande potencial, como todo Saiyajin e adora lutar. Mas não tem a crueldade característica de sua raça.

- Então acha que pode ser mesmo ele? Aquele que nós tanto esperávamos?

- Quem sabe...?  Não podemos julgá-lo por seu estado atual de força... pois poderia ser qualquer um. Sinto em dizer que, se aquilo tiver de ser verdade, só descobriremos na hora.

- Que o Deus Dragão esteja conosco, meu amigo... pois, ele então será nossa última esperança...

 

* * *

 

Quando o sol estava perto de assumir a posição de meio dia, um vulto passou rasgando os céus rapidamente, chegando até a área de vegetação árida onde ficava a Fortaleza. A enorme construção já podia ser vista pelo jovem Saiyajin, que só então percebeu como era bom estar em casa de novo. Aumentou sua velocidade, já ansiando por encontrar com Lenia, que sentia bastantes saudades. No entanto não poderia simplesmente pousar no terraço e entrar, como se nada tivesse acontecido. Resolveu  apresentar-se de frente e caminhar pelos corredores da Fortaleza, como um visitante. Um capricho, de fato. Mas ele se permitiria esta brincadeira.

Pousou diante dos portões, a mais ou menos vinte metros de distância. Depois, caminhou displicentemente até o grande portão principal, ignorando por completo os dois sentinelas que foram postos ali.

- Hei! Você aí, pare agora mesmo! – disse um deles, se adiantando – Quem é você e o que está fazendo no território dos Saiyajins?

- Quer dizer que eu fico fora por apenas um mês e você não me reconhece mais é? -  disse Spark, erguendo os olhos para o guarda.

- Você... minha nossa! Você é o Spark! Então os rumores são falsos, você está vivo!!

- Deixa eu imaginar... estão rolando fofoquinhas por aí que eu estou morto... e que foi o Asus que me matou...?

- Caramba!! Ele voltou e ainda por cima é paranormal!! – exclamou o outro guarda, um gorducho de nariz redondo, que lembrava uma batata.

Spark nem ao menos sentiu vontade de responder algo ao sentinela. Lembrou-se de que uma vez Lenia havia ameaçado-o de que se ele não ficasse mais forte, seria mandado para os portões da Fortaleza.

- Lá só ficam os mais ignorantes – disse a voz dela, em sua mente – Todos os imbecis da Fortaleza que não tem utilidade alguma trabalham na portaria e se você não conseguir fazer estes míseros exercícios, pode ter certeza que eu vou te recomendar pessoalmente para o cargo e vou dizer que tenho sérias dúvidas que você consiga exercer a função, por ser tão incapacitado. Agora treine!

É... agora eu entendo o que a mestra Lenia quis dizer... e acho que se eu soubesse que as coisas eram assim talvez eu tivesse me esforçado bem mais nos meus treinos.

Ele colocou sua mão no scanner digital, assim como sua retina, tudo tecnologia herdada dos  Tsufurujins, raça original do Planeta Vegeta. Uma voz computadorizada o saudou, com os dizeres “Seja bem vindo, Spark” , o que rendeu um comentário do Saiyajin ao passar pelos grandes portões metálicos que se abriram:

- Você não faz idéia de como é bom estar em casa de novo...

Uma das coisas que percebeu assim que começou a sua caminhada pelos corredores da Fortaleza é que todos os Saiyajins que passavam rente à ele agiam da mesma forma que os dois sentinelas: pareciam incrédulos com o que estavam vendo, alguns deles saiam da frente, abrindo caminho para que ele passasse. Outros espremiam-se contra as paredes, mas todos o encaravam como se estivessem vendo um fantasma. Spark não sabia se sentia-se incomodado ou se ficava feliz com aquela estranha sensação. Pelo menos estava tendo seu período de fama...

Sabia que estava na hora do almoço e que após ficar um mês comendo apenas grãos e cereais, desejava um grande e suculento pedaço de carne. Achou que comeria como Tank.

O refeitório estava lotado, praticamente todos os Saiyajins da Fortaleza encontravam-se lá. Quando Spark pôs os pés lá dentro sentiu uma imensa alegria ao ver as pessoas ao redor: a grande maioria de cabelos pretos e espetados, todos tinha caudas peludas e nenhuma orelha pontiaguda. Não era um sonho. Estava realmente em casa.

Iniciou então sua caminhada pelo salão, os sapatos de couro que recebera dos Kelfos fazendo mais barulho do que ele esperava em meio a toda aquela gritaria. E, à medida que andava, Spark teve a impressão que o som dos seus calçados atingindo o chão estava ficando mais alto. E mais alto. Até se dar conta de que o refeitório em peso estava ficando em silêncio e que todas as cabeças que já haviam calado a boca o seguiam, sem cerimônia. Ainda assim, ele tentou fingir que não estava acontecendo nada. Talvez eles estejam achando essas roupas Kelfo... exóticas...

Mas nada poderia fazê-lo disfarçar, nada no Universo faria Spark agir como se nada estivesse acontecendo no momento em que olhou para uma das mesas à distância e viu Asus, seus longos cabelos pretos inconfundíveis, cercado pelos três lacaios de sempre – Dirk, Dieter e Klaus – devorando um enorme pedaço de carne como uma fera esfomeada.

- Vamos, onde está a diversão? – disse ele, ainda alheio à presença do rival, embora seus companheiros já olhassem para Spark com espanto.

- Isso... isso é... – gaguejou Dirk.

- Impossível... nós matamos ele! Nós matamos ele com certeza! – exclamou Dieter.

- Spark... está vivo!? – Klaus admirou-se.

Asus parou de comer, soltando o pedaço de carne no prato, que caiu em um estrondo, fazendo os demais talheres vibrarem sob a superfície de mármore. Demorou um pouco para erguer a cabeça e quando o fez, mal pôde acreditar nos seus olhos: Os cabelos inconfundíveis; O mesmo rosto; A cauda enrolada na cintura; Os mesmos olhos de antes, porém outro olhar até então desconhecido. Um olhar... feroz.

Em sua visão, espanto. Em seu interior, ira. Em sua boca, um grito.

- Spark!!

Os dois se encararam à distância. E por um minuto, era como se houvessem apenas eles dois dentro do refeitório. Nem um único som, nem um único tilintar de talheres ou dos copos nas mesas. Nenhuma voz. Apenas os dois guerreiros, Asus e Spark.

- Como... como esse miserável conseguiu sobreviver? – perguntava-se Asus, pálido, o suor começando a brotar em seu rosto. Ainda lembrava-se vividamente da luta. Lembrava-se de ter humilhado Spark, ter batido sua cabeça no chão, de tê-lo erguido pelos cabelos e ter disparado um Big Bang Attack. Não haveria como ele estar ali, vivo diante de seus olhos. Mas estava. E certamente, se lembrava de tudo também.

A fúria de Spark era tremendamente grande. Os sorrisos maléficos, as expressões, os deboches tudo veio à tona. Conseguia ouvir com clareza as frases de Asus, enquanto lutavam há exatamente um mês atrás ecoarem por seu cérebro, gritando e o enlouquecendo.

- É esse lixo que deseja ser mais forte do que eu e se tornar o Super Saiyajin? Verme desprezível!!  Isso mesmo, rasteje como o verme que é!

- He, he, he... acho que ele já apanhou o bastante... podemos voltar para casa agora.

- Não. Ele ainda merece sofrer um pouco mais da minha ira!

- Que graça tem bater num moribundo? Prefiro enfrentar alguém que tenha poder suficiente.

- Não... esse moleque desgraçado ainda tem que sentir na pele o poder de um verdadeiro Saiyajin da raça guerreira... Voe maldito! Voe!!! Sinta o terror do poder de um verdadeiro Saiyajin guerreiro! Essa técnica é passada apenas para os guerreiros de primeiro nível, como eu! Morra! Big Bang Attack!!!

 

Estava no limite de seu auto-controle. Sentiu que seu ki se elevava a cada pulsação e que logo todos os rastreadores começaram a zunir, numa desafinada sinfonia que acabaria com certeza deixando todos eufóricos, loucos por uma luta. Mas aquilo não importava, nada mais importava para o jovem Spark. Ora, nenhum deles havia passado pelo que ele passou, quem eram eles para julgar alguma coisa? Estava diante daquele que quase havia sido seu algoz e agora era o momento do acerto de contas. Mas antes que sequer pensasse em se mover, uma mão o segurou pelo ombro, enquanto que uma voz agradavelmente familiar falou ao seu lado.

- Então, você passa um mês fora e quando volta, quer se achar o centro das atenções, não é?

Lenia, a sua instrutora Saiyajin estava lá, encarando Asus com um sorriso desafiador no rosto. Se seu olhar pudesse falar, com certeza ela estaria chamando-o para uma briga, porém ela o observou por apenas uma fração de segundo, voltando suas atenções ao seu pupilo.

- Mas que raios de trajes ridículos são esses? Aonde foi parar seu orgulho de Saiyajin, moleque!? – ela perguntou, puxando-o para longe de Asus – Ora, você vai ter que vestir roupas decentes caso não queria que as pessoas se esquivem de você como se você tivesse alguma lepra Kanaasajin!

- Mestra Lenia, é uma honra poder estar de volta aqui – disse Spark, reverenciando a sua mestra com a mão direita em cima do próprio coração

- Heh... é muito bom ter você aqui de novo, moleque – ela respondeu, sorrindo para Spark – a Fortaleza sem você aqui para que eu possa pegar no pé fica completamente sem graça! Vem, sente-se aqui comigo e me conte como foram as suas férias... depois vou te deixar por dentro do que se passou por aqui na sua ausência.

Ambos sentaram-se numa mesa afastada, junto a Tank que saudou alegremente o jovem Saiyajin. Até mesmo alguns dos guerreiros  que sempre olharam feio para o garoto ou mesmo o tratavam mal à toa o cumprimentaram à distância. Talvez, em decorrência das atitudes de Lenia durante a ausência de Spark, os Saiyajins da Fortaleza passaram a enxergar Spark com outros olhos. Exceto Asus. Encolerizado, ele deixou o refeitório sendo seguido por seus capangas, que passaram do outro lado da mesa onde Lenia, Spark e Tank estavam sentados, todos permaneceram a encarar o jovem Saiyajin como se fosse uma aparição fantasmagórica.

Ele contou toda a sua história, desde o momento que saíra da Fortaleza para treinar, o ataque covarde que sofreu e a estadia no Império Kelfo até o seu retorno ao lar, um mês depois. Lenia também contou o seu lado dos fatos, sobre a luta que teve com Asus, onde o orgulhoso Saiyajin foi humilhado por ela e a promessa dele de que em um mês iria superar os poderes da instrutora e que iria vencê-la.

- Incrível... então a senhora é realmente muito forte, mestra Lenia – disse Spark, no intervalo entre uma mordida e outra num imenso pernil. Como comer carne era bom... – Mas durante meu treinamento, eu evoluí bastante. Tenho certeza de que posso agüentar uma luta com Asus tranaquilamente.

- Ora Spark, não seja presunçoso – falou Tank, de braços cruzados – Com certeza você deve ter evoluído um pouco, mas Asus praticamente triplicou seus poderes em um mês. A ambição daquele garoto de se tornar o mais forte está fazendo com que ele supere todos os limites. É bem capaz que em pouco tempo ele realmente consiga atingir o nível de Super Saiyajin.

- Acho que só tem um jeito de descobrirmos – rebateu Spark, com um olhar sério – Me bote para enfrentar ele.

- De forma alguma. – disse Lenia, levantando-se da mesa – Independente do fato de você ter ficado mais forte ou não, ele é meu oponente. Vou brincar com ele um pouco na arena mais tarde e se sobrar alguma coisa dele restante, ai sim você poderá entrar em cena. Num outro dia, é claro. Agora venha comigo. Está na hora de você voltar a se vestir como um guerreiro Saiyajin.

Spark levantou-se também, deixando Tank sozinho na mesa e fazendo uma reverência ao instrutor antes de sair. E fez juntamente com Lenia o caminho de volta para seu alojamento, mas sem deixar de pensar em Asus e na luta que estava por vir.

 

* * *

 

Em cima de sua cama estava um presente: uma nova armadura de batalha. O colant sem mangas e as botas eram negros e brilhantes. O peitoral também era negro, porém com a parte do abdômen e das costas em verde esmeralda. Ele não possuía ombreiras, tornando a armadura ainda mais versátil. Junto aos ombros, mais detalhes em verde esmeralda. Não possuía luvas, mas em seu lugar haviam longos tensores vinho para os braços e pernas. Havia também um novo rastreador, ao lado do conjunto.

- Nossa... mestra Lenia, é perfeita! – disse Spark, admirando seu presente.

- Eu imaginei que você viria para cá muito em breve, então tratei de providenciar esta armadura nova para você como uma bonificação por você ter evoluído tanto.

- Evoluído tanto...?

- Não me venha com sua falsa modéstia, isto nem combina com um Saiyajin. Fui eu quem lhe ensinei a técnica do Canhão Supernova, você não acha que eu não iria reconhecer aquela energia toda se elevando aos céus? Hmpf... De qualquer modo, naquele momento eu tive certeza de que você estava vivo, então decidi que te daria este presente. Mas não vá pensando que eu estou de coração mole... depois da minha luta com Asus, vou voltar a treinar duro com você. Quero ver até onde chegou essa sua evolução.

- Mestra Lenia... você disse que vai enfrentar o Asus na arena? – perguntou Spark, olhando sério para a instrutora.

- Sim... ontem mesmo aquele moleque teve a audácia de me desafiar oficialmente para um combate na arena, diante de todos os Saiyajins. Não vou mentir, ele aumentou muito os seus poderes nesse último mês... no entanto, mesmo com toda essa evolução, não acho que ele vai ser capaz de me derrotar. O que me faz pensar no que ele deve estar tramando...

- Asus é um trapaceiro desgraçado... mestra Lenia, tome cuidado ao lutar com ele, está me ouvindo? Para ele não importam os meios, desde que vença... foi assim comigo e pode ser assim com você...

- E por um acaso você está pensando que eu sou uma guerreira inexperiente? – respondeu Lenia, sorrindo com malícia – Não... eu vou estar atenta a todos os movimentos daquele verme, eu sei que ele sabe muito bem que não pode me vencer e vai tentar algum truque sujo. A luta acontecerá daqui a três horas. Vê se você não vai se atrasar, ou então poderá perder o combate.

A instrutora fez menção de sair dos aposentos de Spark, mas foi detida pela voz do garoto, que a chamou.

- Mestra Lenia?

- Sim?

- É muito bom estar em casa de novo. Sabe... senti sua falta.                         

Lenia corou por um instante. Não esperava nunca aquelas palavras vindas de Spark e, por sua vez, detestava demonstrações sentimentais e não poderia – por puro orgulho – demonstrar a ele que sentiu o mesmo enquanto esteve fora. Limitou-se a dar as costas para o seu aluno, enquanto falava num tom forçadamente irônico.

- Ora, vem com sentimentalismo agora é? Acho que este período com os Kelfos te deixou um pacificador idiota que preza o amor acima de qualquer coisa, igual a eles... Comece a agir como um Saiyajin de verdade Spark, ganhe malícia. Ou você pode não ter tanta sorte da próxima vez que alguém armar uma emboscada para você.

E sem dizer mais nada, Lenia deixou Spark sozinho, com um leve ar de tristeza em seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Olá! Demorei para terminar este capítulo, mas agora finalmente ele chegou ao fim! E o herói Spark conseguiu voltar para casa! Vou falar um pouco agora sobre o retorno ao lar, assim como a despedida do Templo do Mestre Khan e a relação nada amistosa de Spark e Asus.

Começando pela despedida. Quanta rasgação de seda... foi o capítulo mais cheio de "frases inspiradoras" de toda a fic. Até promessa de casamento rolou, além de uma bela declaração de amizade. Para quebrar o clima teve apenas o personagem Wulfric, que é o típico conservador, que teme tanto aquilo que não entende direito que queria mais é que Spark caísse fora. Eu o imagino como uma pessoa um tanto amargurada e que definitivamente ache inconcebível o romance entre uma Kelfo e um Saiyajin.

Depois, quando chegou na Fortaleza, Spark e Asus trocaram aquele olhar fulminante... para mim foi a cena mais divertida que eu escrevi, que mais me passou emoção! Com certeza é meu ponto favorito da fic até agora! E é a partir do próximo capítulo que as coisas vão ferver mesmo, pois esta parte da estória já está chegando no fim... e podem ter certeza de que Spark e Asus vão trocar muito mais do que simples olhares agressivos no próximo capítulo.

Para completar, queria falar sobre a nova armadura do Spark. Não sei se eu soube descrever ela direito, mas eu quis dar a ele de presente a armadura Saiyajin mais legal que eu já vi na série: a armadura do Bardock. No começo imaginei Spark usando a mesma armadura do Vegeta em suas primeiras aparições em Dragon Ball Z (e confesso que pequei um pouco na narrativa lá no começo, por não descrevê-la direito), mas sempre o vi com a armadura do Bardock depois de seu treinamento com os Kelfos. Acho que aquela armadura inspira mais maturidade num guerreiro... De qualquer forma, espero que os fãs do Bardock gostem!

É isso ai! Espero vocês de novo no próximo capítulo!