– Olha esse que fofo Rose?-disse Alice,segurando um conjunto de bebê azul claro.

– Vai ficar lindo no bebê.Já até posso imagina-lo usando isso.-falou Rosalie com brilho nos olhos,e já pegando a roupinha das mãos de Alice.

– Menos Rosalie,ainda falta quatro meses para as crianças nascerem.-retrucou a baixinha,revirando os olhos.

Rose já estava imensa de grávida.Ela terá gêmeos,um menino e uma menina.Alice e eu estávamos na difícil tarefa de ajudar Rosalie a comprar as coisas dos bebês.A futura mamãe complicava nosso trabalho,pois é muito seletiva e difícil de agradar com relação a qualquer assunto que envolva seus filhos.Tudo tinha que ser o melhor.A melhor marca,o melhor pano,o melhor brinquedo educativo e etc.Isso tudo já estava me deixando nervosa e impaciente.

Estávamos na quinta loja,e Rose discutia com a vendedora sobre qual formato de chupeta era o melhor.Comecei a andar pela loja e olhar as coisas de bebês.Peguei um sapatinho branco,em uma prateleira,com pequenas pérolas o enfeitando,e pensei em como seria bom fazer compras para o meu próprio bebê.

Suspirei.

Já estava casada há seis meses,e até agora nada.Edward me acalmava dizendo que era só questão de tempo,e que alguns casais demoravam até um ano para conseguir engravidar.Mas eu não queria esperar um ano para ser mãe,eu queria um filho o mais rápido possível.O alarme de meu relógio biológico já estava soando,e a cada mês que passa,eu acho cada vez mais que eu tenho algum problema.Só de imaginar que talvez eu nunca posso sentir a emoção de um bebê se mexendo em minha barriga me deixa profundamente deprimida.

Alice me tirou dos meus devaneios;

– O que está fazendo com o sapatinho?-me perguntou tentando esconder uma risada.

Então percebi que estava agarrando os pequenos sapatos,os esmagando em meu peito.Como se quisesse colocá-los dentro de meu coração.O larguei na prateleira, e dei um sorriso amarelo para a russa que me encarava tentando não rir.

– Eu gostei do sapatinho.-declarei,e Alice começou a rir.

– É eu percebi.Vamos olhar os brinquedos.-disse me puxando para o outro lado da loja,onde Rose estava entretida,lendo a embalagem de um daqueles brinquedos que fazem barulho e emitem luz.

Depois de mais duas lojas e oito sacolas cheias de artigos para bebês,eu me encontrava ligando para Edward,no meu novo celular ultra moderno que ele me deu.Era meu marido quem viria nos buscar,já que Alice e eu havíamos começado a ter aulas de direção a pouco tempo,e ainda não havíamos passado no teste final.

Rosalie não poderia nem cogitar a ideia de ter aulas de direção,Emmett hiperventilava toda vez que imaginava a esposa gravida guiando um carro.Ela teria que ter paciência,por mais que quisesse aprender a dirigir,colocar os filhos em risco desnecessário não valia a pena.

Vinte minutos mais tarde,estávamos no Volvo de Edward indo deixar as meninas em casa.Alice foi a primeira, e logo depois paramos em frente a casa de Rose e Emmett,descemos para ajudá-la a levar todas as suas sacolas para dentro de casa.

Nos despedimos e saímos.

– Tenho que passar na empresa para buscar uns papéis,tudo bem?-disse Edward,assim que entramos novamente na estrada.

– Claro,eu não conheço sua empresa.Estou ansiosa para conhecê-la.-eu sorri.

Edward sorriu também.Me fazendo derreter,como se fosse um sorvete deixado no sol.

Logo paramos em frente a um prédio magnífico,todo em vidro e aço.Meu marido saiu do carro e deu a volta para me ajudar,sorri aprovando.
Um verdadeiro cavalheiro.

Seguimos pela recepção toda em mármore branco,e entramos em um elevador que nos levou até o vigésimo andar.Onde saímos em uma segunda recepção em mármore.Passamos em um corredor,onde no final havia portas duplas de madeira e com um designe moderno,ao abrir a porta me deparei com um escritório exageradamente grande e maravilhoso.

Edward me fitava,com curiosidade e divertimento no olhar,observando minhas reações.

– E então,minha empresa tem lhe agradado até agora?-perguntou.

– Muito.

Me pergunto onde estão os funcionários,mas a julgar pela hora,já são quase sete da noite,suponho que todos já tenham ido embora.
Edward me surpreende, me arrancando de meus pensamentos com um beijo de tirar o fôlego.Eu não seria contra,se Edward quisesse realizar uma fantasia e se aventurar no escritório,afinal estamos sozinhos,e meu marido é dono da empresa.
Seria divertido.

Quando já estava ficando sem ar,uma tosse nos faz parar abruptamente.
Assustados olhamos para a porta,a procura do dono do som.Ou seria dona?

– Ohh desculpe interromper...-disse a loira bruxa,com um arrependimento mal fingido na voz.

– Não tem problema.-disse Edward com cara de poucos amigos.

– Bella querida,como vai?-pergunta a falsa.

– Bem,obrigada.-respondi secamente.

– Tanya,o que está fazendo aqui a essa hora?-pergunta Edward estreitando os olhos.

– Só estava pegando alguns documentos que meu pai me pediu.Não imaginava que houvesse alguém aqui a essa hora.-respondeu friamente.

Edward nada disse,apenas a encarou desconfiado.

– Bem já estou de saída,até logo.E foi bom revê-la,Isabella.-se despediu dizendo meu nome mortalmente devagar.

Essa mulher e as cobras de suas irmãs me dão arrepio.

Assim que Tanya saiu pela porta,Edward soltou sua respiração como se a estivesse prendendo por tempo de mais.

– O que ela fazia aqui?-perguntei.

– Não faço ideia,mas não gosto nada disso.

– Ela trabalha pra você?

Ele dá um sorriso gélido.

– Jamais contrataria alguém como Tanya.Mesmo que ela seja filha do meu sócio.Não sei o que fazia aqui,mas vou descobrir.

Meu marido andou em direção a sua mesa,e pegou uma pasta de dentro de uma gaveta.

– Vamos.-disse me oferecendo a mão,que peguei sem pestanejar.

A viagem até em casa foi silenciosa.

Assim que chegamos,Edward subiu para tomar banho e eu fiquei brincando com Liuba.O silêncio só foi quebrado durante o jantar.

– Como foi a tarde de compras hoje?-meu marido perguntou.

– Foi boa,mas queria estar no ligar de Rosalie.-confidenciei,triste.

O olhar de Edward amoleceu.

– Amor,não se preocupe nós vamos ter nosso filho.Eu prometo.

– Eu quero tanto um filho seu Edward.-disse querendo chorar.

Antes que eu conseguisse registrar seu movimento,Edward estava ajoelhado ao meu lado,acariciando meu rosto.

– Eu sei minha gatinha,eu também quero um filho seu.Muito.
Não disse mais nada apenas o abracei.

– O que acha de praticarmos para fazer nosso bebê?

– A prática leva a perfeição.-eu disse rindo,enquanto Edward já me carregava para o nosso quarto.