Meu Nome é Melody escrita por Maria Leal


Capítulo 2
Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464668/chapter/2

O Gustavo recebeu a notícia que tinha passado na faculdade de medicina e seus pais lhe deram uma viagem para comemoração então ele me chamou. Minha mãe depois de tanto choro e de se cansar de me ouvir implorando para ir disse que só me deixaria ir se Gabriel também fosse, ela imprudentemente achava mais seguro que ele estivesse lá comigo, que eu faria menos besteiras ou algo do tipo, ingênua. Consegui convencer a mãe do Gabriel e ele conseguiu convencer a mãe da Denise que convenceu a Eduarda a ir que convenceu o Pedro, irmão da Denise... Por fim éramos muitos para viajar o que deixava minha mãe mais segura, mas de maior de idade só tinha o irmão do Gustavo que tem 20 anos.

Quase uma semana falando com Gabriel e com o Gustavo sobre aonde ficaríamos acabamos decidindo um acampamento em uma floresta perto da praia. Nossos pais também entraram em um acordo antes de nós e só permitiram que fossemos se cada um ficasse, sozinho, em sua própria barraca para evitar o que eles chamam de ''excesso de contato físico''. Para garantir que não quebrássemos a regra eles mandaram com a gente a irmã mais velha e excessivamente chata do Gabriel, e ela estava levando o trabalho bem a sério porque ela esperava acordada, umas 3 horas depois de todo mundo ir dormir, para ir dormir também. Os dias começaram normais, de manhã a gente ia para a praia e a noite a gente fazia uma fogueira e ficávamos cantando e conversando, coisas normais, mas os problemas só começaram a aparecer depois dos primeiros dias.

No terceiro dia eu acordei com uma dorzinha de cabeça chata, fraca, mas que crescia gradativamente a ponto de, na hora do almoço eu não conseguia ouvir um grilo cantando então decidi ir para a barraca. Depois de quase uma hora rodando de um lado para o outro deitada, consegui dormir uns 20 minutos mas, não resolveu muita coisa. E fiquei assim, nesse dorme e acorda, até umas 23h. Depois fiquei olhando para fora da barraca, a cabeça tinha melhorado mas não adiantaria eu ir para fora, todo mundo já tinha ido dormir, então fui dormir de novo.

Acordei com um barulho e minha cabeça latejando como se alguém tivesse me acertado com alguma coisa, o zíper da barraca balançando e o pior, uma sombra enorme, uma homem. Minha visão ainda estava embaçada por ter acabado de acordar então comecei a gritar desesperadamente e o homem tampou minha boca.

– Cala a boca, Melody. Vai acordar todo mundo.

Mas a voz era familiar, o susto tinha sido tanto que eu nem havia percebido quem era o Homem.

Gustavo.

– GUSTAVO, VOCÊ ME DEU UM SUSTO.

– Mel, se você não parar de gritar quem dará um susto na gente daqui a pouco é a Rebeca.

– Desculpa, tinha esquecido deste detalhe, você está louco? Se alguém encontrar você aqui a gente tá ferrado.

– Mel- Ele falou com a voz doce e me olhando nos olhos- Você some reclamando de dor de cabeça, entra aqui e fica o dia todo sem nem dar sinal de vida, esse é o mínimo que posso fazer por você, independente de quem for que esteja de vigia, seja a Rebeca ou seja um anjo.

Quando ele falou isso senti minhas bochechas ruborizarem, assim que ele percebeu ele falou

– Adoro quando você fica assim vermelhinha- E sorriu, o que só me fez ficar mais vermelha. Aquele sorriso tão lindo e perfeito que fez com que eu me arrepiasse e me olhou nos olhos, fazendo meu coração acelerar, aqueles olhos, os olhos que sustentavam meu olhar nos momentos tristes, aqueles olhos que eram meu porto seguro nos piores momentos, aqueles olhos que foram o motivo pelo qual não desisti da minha missão, a missão que futuramente me perseguiria.

Ele estava sentado então che-guei mais perto e me ajoelhei para ficar na altura dele e o beijei, suas mãos encaixadas na minha cintura e seus cabelos entre meus dedos, tudo em seu lugar, como um quebra- cabeça.

– Senti saudades do seu beijo e do seu abraço, a Rebeca leva essas coisas muito a sério

– É minha comemoração, ela não conseguiria estragar isso, de forma alguma- Ele deitou e me puxou para cima dele.- Agora você vai me dizer o que fez aqui o dia todo.

E me beijou, comecei a me sentir mal e girei para sair de cima dele, meu estômago começou a embrulhar e eu não tinha mais controle sobre meu corpo, comecei a ter uma convulsão e depois apaguei, só lembro de ter visto entre a escuridão olhos verdes me encarando e ouvi um sussurro chegando cada vez mais perto que dizia '' Minha filha, sua vez. Se prepare para o que está por vir''


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Nome é Melody" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.