Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 4
Conhecendo meu novo lar - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo...

Boa leitura.



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POV Chaves

Enquanto eu esperava a mulher acordar, eu olhei para o relógio na mesinha de cabeceira e vi que ainda eram 8:15, parecia que eu estava ali por horas, como eu posso ter acordado tão cedo assim? Até que ela finalmente abriu os olhos e foi levantando, antes que ela pudesse me ver ali, eu saí correndo do quarto e dou de cara com ninguém mais ninguém menos que o Seu Madruga, trazendo uma bandeja cheia de comida, talvez ele tenha preparado o café da manhã pra ela e foi levar lá no quarto dela mesmo, antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, ele começou a falar.

–Chaves, quanto tempo faz que você tá acordado?-perguntou ele.

–Não sei, acho que à meia hora, porque eu já escovei os dentes, tomei café, troquei de roupa e vim pra cá esperar ela acordar, eu acho que já estou aqui há muito tempo.-eu disse.

–Acho que você não entendeu como veio parar aqui né?-perguntou ele, e eu assenti com a cabeça.

–Entre que nós vamos te explicar.-ele disse.

–Nós? O senhor também está envolvido nessa?- eu quase gritei.

–Sim Chaves, estou, agora entre.-ele disse, me empurrando para o quarto., onde ela me esperava alegremente.

–Ah você acordou que bom. Senta aí que eu vou explicar tudo pra você.-ela disse e eu me sentei na beira da cama.Ela respirou fundo e começou a falar.

–Pra começar, eu me chamo Alejandra, sou amiga da Glória, tia da sua amiga Patty, a Glória e eu nos conhecemos na escola, durante o jardim de infância, eu te trouxe aqui ontem porque eu confesso que fiquei bastante comovida com a sua história, o jeito que seus colegas nunca te emprestam os brinquedos, sempre te negam comida e te desprezam por você ser órfão e mesmo assim, vocês continuam sendo amigos. Mas eu já engravidei uma vez do meu falecido marido, e poucos meses depois doa morte do Carlito, eu perdi meu filho quando sofri um aborto instantâneo, e desde então, nunca mais pude ter filhos, mas quando eu te vi e soube da sua história, percebi que você é o filho que eu tanto sonhei pra mim, não se preocupe em viver aqui comigo tá? Juro que vou te fazer se sentir o menino mais feliz do mundo.- ela disse, numa voz calma e firme, com o Seu Madruga ali, era óbvio que eu podia confiar nela, mas ainda não entendi como fui parar ali.

–Tá bem mas... onde o Seu Madruga entra nessa história?- eu perguntei.

–Bom Chaves, enquanto você dormia, eu te levei até o carro do motorista dela, que te trouxe pra cá sem ao menos você perceber, colocamos aquele pijama em você que nós compramos ontem à tarde e deixamos você dormir.-explicou o Seu Madruga.

–Ontem, às duas da tarde, Seu Madruga e eu fomos comprar esse seu pijama, roupas novas pra você que eu deixei lá naquele guarda-roupa do quarto e depois nós fizemos o pedido para iniciar o processo de adoção, para que você se torne meu filho adotivo, tudo bem que eu vou cuidar de você como você merece, mas também temos que colocar meu nome no seu.-ela disse, fiquei sem palavras, ela continuou:

–Mas antes preciso saber qual é seu verdadeiro nome.-ela pediu.

–Bom... Chaves realmente é meu apelido, mas... meu verdadeiro nome é...-nessa hora escutamos um barulho na porta. de entrada, me assustei.

–Eu atendo.- disse uma mulher lá embaixo, provavelmente seria a empregada da dona Alejandra.

–Na verdade Chaves, não precisa me dizer qual é, afinal, você fugiu de um orfanato que viveu quase a vida toda antes de se mudar pra vila, então, não tem como você saber seu nome, mas eu vou procurar um nome pra você, tudo bem?-ela perguntou com uma expressão que eu não entendi.

–Sim senhora.- eu disse depois de ter a impressão que o Seu Madruga me cutucou nas costas.

–Senhora não. Pode me chamar de "mãe", se quiser.-disse ela.

Logo em seguida, eu a abracei, nunca imaginei que uma pessoa ficaria com tanta vontade de me adotar como ela teve, aquele dia, com certeza era o mais feliz da minha vida. Depois de um tempo, eu, o Seu Madruga e a minha nova mãe descemos pra tomar café, mas como eu já tinha comido e não estava com tanta fome, eles ficaram na mesa enquanto eu fui ver televisão, mudei de canal várias vezes, até que vi que estava passando um desenho chamado Dragon Ball Z e depois veio um anúncio que ia passar A Usurpadora, achei chato o nome da novela, mas continuei vendo o desenho.

Depois do café, o Seu Madruga foi embora e Alejandra disse que a partir de amanhã, eu entraria numa escola nova, e se eu tivesse alguma dificuldade, pagaria um tutor pra mim (rico consegue tudo o que quer) pensei em meus amigos, a Chiquinha, o Quico, o Nhonho, a Popis, o Godinez e... a Patty, puxa vida, pelo menos com ela eu ainda manteria contato, já que a tia dela é muito amiga da Alejandra e ainda morava perto dela. Eu só ficava imaginando como seria aquela escola e só tinha uma palavra para defini-la. "grandissississíssima", e comecei a ficar ansioso para começar a estudar nela.

POV Chiquinha

Já fazia muito tempo que eu estava procurando pelo Chaves e pelo meu papai com todo o pessoal da vila quando eu vi meu pai virando a esquina, eu e a Bruxa do 71 corremos na direção dele e eu o alcancei e o abracei primeiro.

–Onde o senhor estava papi? Nem deixou um bilhete como faz sempre.- eu disse.

–Vamos até minha casa e eu conto tudo para vocês.-ele disse indo pra casa.

Quando ele terminou de contar, eu fiquei meio constrangida, pois o Chaves foi levado à força para um lugar que ele nem conhece e ainda com uma mulher que nem ele nem meu pai conhecem direito, e se aquela mulher fosse uma psicopata que rapta crianças e depois as mata ou coisa pior, mas no fundo, eu também senti um alívio pelo Chaves finalmente ter encontrado um lugar com comida, roupa nova e lavada e ainda uma cama aconchegante para dormir.

–Seu Madruga, eu quero te dizer que, eu achei muito boa essa sua atitude de ajudar tanto essa mulher quanto o Chaves, mas tem certeza que essa mulher é de confiança?- perguntou o professor Girafales.

–Tenho sim, pergunte só para a Glória, a vizinha daqui de cima, ela pode explicar tudo pra vocês.- disse meu pai com firmeza.

–Será que eu posso fazer uma visita para o Chaves?- perguntou o Quico.

–Claro que pode, vem que eu te levo lá.- disse meu pai.

–Só se eu for junto.- disse a Dona Florinda com aquela cara de sempre.

–Eu também vou.-disse o Professor.

–Deixa eu ir também, quero muito ver o Chaves.- eu disse.

–Tá bem Chiquinha, vamos.- disse papai.

Chegando lá, fiquei surpresa com o tamanhão da casa, parecia uma mansão, mas era uma casa, abro a porta e vejo uma cena que eu não queria ver, o Chaves abraçando a Patty, por mais que ele tenha se afastado dela quando a porta se abriu, eu pude sacar tudo, precisei me segurar, porque o sangue me subiu, dava uma raiva de ver os dois juntos, eu sou muito melhor que ela. Por fim, o Quico abraçou o Chaves, depois eu o abracei também só pra provocar aquela inútil, eu acho que deu certo, porque eu senti o Chaves ficar meio nervoso durante o abraço e sorri, vitoriosa. Agora, só precisava continuar fazendo visitas diárias pra ele.

Mas como o ditado diz: alegria de pobre dura pouco, pois o Chaves anunciou que ia estudar numa escola grande, bem diferente da nossa, que a tal da Alejandra havia matriculado ele. Pensei em protestar, mas não tinha como, o jeito era aceitar, já que ele prometeu para nós que ia passar lá na vila pra nos visitar e brincar também. Eu, Quico e Patty abraçamos ele, que correspondeu ao abraço, era como uma despedida pra sempre, mas era somente temporária, já que um dia eu voltaria a vê-lo. Agora é só esperar pra ver o que vai acontecer.

POV Chaves

Fiquei super feliz que meus amigos vieram me visitar, eu quase chorei de emoção ao vê-los entrando pela porta. Por mais que isso seja meio esquisito, a Chiquinha pareceu ficar com ciúmes de alguma coisa, pois me abraçou de um jeito que parecia que não estava gostando. Depois que meus amigos foram embora, já era de noite, eu subi, tomei um banho e desci para jantar, depois, escovei meus dentes e antes de dormir, Alejandra me mostrou o uniforme da minha nova escola e me ajudou a separar o material escolar na minha mochila, que era toda preta com uns detalhes em vermelho perto daquela coisa que fecha ela e depois eu dormi, totalmente ansioso pelo dia de amanhã na minha nova escola.


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Notas finais do capítulo

Será que o Chaves vai gostar da nova escola? Vamos ver o que vai acontecer com ele.

A propósito, quero reviewsss, por favor.



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